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Distinção dos vícios Incolumidade físico-psíquica (vício atinge a vida, saúde, segurança do consumidor) Vício de qualidade por insegurança Terminologia: Acidente de consumo, fato ou defeito do produto Incolumidade econômica (Proteção do patrimônio do consumidor) Vício de qualidade por inadequação Terminologia: Incidente de consumo, vício do produto Vícios do produto/serviço Vício do produto Vício de qualidade Vício de quantidade Vícios de serviço VÍCIO DO PRODUTO/SERVIÇO NO CDC VÍCIO DE QUALIDADE Formas V íc io q u e to rn a o p ro d u to im p ró p ri o Art. 18 § 6° São impróprios ao uso e consumo: I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam. Disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária. (Basta disparidade) Diminuem o valor ( Ex. Riscos na lataria) Formas de vício conforme a constatação Vício de fácil constatação Vício aparente (relatividade, conforme consumidor) Vícios ocultos Só aparecem algum ou muito tempo depois (Ex. computador que não admite instalação de programa) Conhecimento do vício pelo consumidor Ponta de estoque – saldos, prevalece a boa-fé do consumidor Desconhecimento do vício pelo fornecedor É irrelevante Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade. D ir ei to s d o c o n su m id o r p o r ví ci o d e q u al id ad e d o p ro d u to Art. 18. [...] § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço. Alternativas Substituição: Mesma espécie, modelo, inclusive cor Restituição (Crítica) Abatimento proporcional do preço Perdas e danos Para todos os casos: Substituição, restituição abatimento Danos patrimoniais e morais D an o s m o ra is [...] CONSUMIDOR. APARELHO CELULAR. VÍCIO DE QUALIDADE DO PRODUTO. DEFEITO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO. Visíveis os transtornos sofridos pelo demandante, a aflição, o desequilíbrio em seu bem-estar, ao não dispor do aparelho adquirido. Tal sofrimento se constituiu em agressão à sua dignidade. (TJRS. Apelação Cível Nº 70044828325, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Túlio de Oliveira Martins, Julgado em 15/12/2011) VÍCIO DO PRODUTO. MÁQUINA DE LAVAR. DEMORA DEMASIADA PARA CONSERTO. DESCASO COM O CONSUMIDOR. DANO MORAL CARACTERIZADO. DEVOLUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. MANUTENÇÃO DO VALOR FIXADO PELA SENTENÇA. [...]. Valor da indenização (R$ 2.000,00) Prazo para o fornecedor sanar o vício 30 dias Atenção: Possibilidade de redução para 7 dias ou ampliação até 180 dias Não incidência do prazo ( exercício do direito diretamente) Quando a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. Quando se tratar de vício de quantidade Quando se tratar de disparidade com a publicidade Recontagem Não é possível quando já houver “um” conserto conta-se os dias restantes. Direito à indenização pelo prazo Responsabilidade pelo vício de qualidade – responsabilidade solidária Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade VÍCIO DE QUANTIDADE Configuração Art. 19. [...]sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária. Direitos do consumidor por vício de quantidade Art. 19. [...] Podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: i - o abatimento proporcional do preço; ii - complementação do peso ou medida; iii - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; iv - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. D ir ei to s d o c o n su m id o r p o r ví ci o d e q u an ti d ad e Art. 19. [...] Podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: i - o abatimento proporcional do preço; ii - complementação do peso ou medida; iii - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; iv - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. Alternativas do consumidor Abatimento proporcional do preço Complementação do peso ou medida Substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios Restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada Perdas e danos (todos os casos) Prazo para o fornecedor (vício de qualidade) Não há prazo de 30 dias, assim sendo o consumidor pode exercer seu direito imediatamente R es p o n sa b ili d ad e ví ci o d e q u an ti d ad e Solidária entre os fornecedores (Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto [...]) Exceção: pesagem e medição (responde somente o comerciante) 19 § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais 18 § 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor. VÍCIOS DE SERVIÇOS C o n fi gu ra çã o Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária Art. 20. § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade. D ir ei to s d o c o n su m id o r p o r ví ci o d o s e rv iç o Alternativas do consumidor Reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor A restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos O abatimento proporcional do preço Perdas e danos (todos os casos) Responsabilidade pelo vício do serviço Conforme a doutrina é solidária entre os vários prestadores PRAZO PARA RECLAMAR PELO VÍCIO DO PRODUTO/SERVIÇO Prazo Produtos não duráveis trinta dias Produtos não duráveis noventa dias Início da contagem dos prazos Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. AquisiçãoVício de aparente ou de fácil constatação: contagem da entrega efetiva Vício oculto: a partir do momento que ficar evidenciado o defeito (dentro da vida útil do produto, mesmo que após os 30 ou 90 dias) Causas obstativas do prazo (20 § 2°) Efeito Controvérsia se suspensivas ou interruptivas. Prof. Interruptivas Causas I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; Reclamação via e-mail / SAC: anotar dia hora, pessoa, número do protocolo (obrigatoriedade de gravação por, 90 dias) III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. (Inclusive procedimento preliminar de investigação). Prazos e garantia legal Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito. Concomitância de garantias STJ: prazo decadencial (lei) começa a correr após o contratual! (contratual + CDC) Doutrina: Garantia contratual não cobre todos os defeitos e não confere mesmos direitos (Leonardo Bessa) Garantia estendida Após a legal, garantia comprada pelo consumidor. Utilidade ? TJRS: Ementa: [...] AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. DEFEITO EM NOTEBOOK. VÍCIO DO PRODUTO. ART. 18, CAPUT, E §1º, DO CDC. PRAZO DA GARANTIA CONTRATUAL EXPIRADO. RESOLUÇÃO A PARTIR DA GARANTIA LEGAL PREVISTA NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. – [...] VÍCIO DO PRODUTO - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO FORNECEDOR DO PRODUTO. [...]. Tratando-se de relação de consumo, a demandada, não solucionou a questão de acordo com as hipóteses do art. 18, §1º, do CDC, muito embora o consumidor tenha reclamado do vício do produto no prazo de 90 (noventa) dias contados do surgimento do problema no notebook. Expiração da garantia contratual que não afeta a garantia legal prevista no Código de Defesa do Consumidor. (Apelação Cível Nº 70044521417, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Julgado em 19/10/2011).
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