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Anexo_Reforma_Trabalhista

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LEI Nº. 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017 
Altera a CLT, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho 
• Reforma Trabalhista • 
 
A Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), que foi sancionada em 13 de julho, começa a 
vigorar em aproximadamente 120 dias. A norma moderniza dispositivos da Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), que datavam do ano de 1943, e, após tantas mudanças ocorridas 
nesses últimos 74 anos, muitas delas tecnológicas, outras na rotina e nas necessidades dos 
próprios trabalhadores, tanto das áreas urbanas quanto do meio rural, urgia a necessidade 
de adaptação e atualização da legislação trabalhista. 
Essas mudanças foram tema prioritário de intensas análises e discussões no Congresso 
Nacional durante todo o ano. Para as cooperativas que são empregadoras, o texto aprovado 
é positivo, pois facilita o relacionamento com os trabalhadores. 
O Sistema OCB, em conjunto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo, atuou durante 
todo o processo de discussão da matéria e continua articulando para que outras alterações 
favoráveis ao cooperativismo sejam introduzidas em uma provável Medida Provisória e 
novas proposições que venham a tratar do tema, de forma a colaborar com o crescimento 
e desenvolvimento das cooperativas e do país. 
Conheça, abaixo, as principais alterações trabalhistas com impacto para as cooperativas: 
 
Horas in itinere 
O que muda? As horas in itinere (tempo despendido pelo empregado, em condução 
fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por 
transporte público regular) não mais serão computadas na jornada de trabalho, por não 
serem tempo à disposição do empregador. 
Comentários do Sistema OCB: A mudança é bastante positiva para as cooperativas 
estabelecidas em locais de difícil acesso e sem transporte público regular. Essas 
cooperativas disponibilizavam transporte próprio para seus empregados e ainda ficavam 
obrigadas a efetuar o pagamento das horas de deslocamento (in itinere) incluídas na jornada 
de trabalho. Com a alteração na CLT, o tempo de deslocamento não será computado na 
jornada de trabalho, desonerando as cooperativas e reduzindo a insegurança jurídica para 
o setor. 
 
 
 
Jornada de 12hx36h 
O que muda? No novo texto de lei, fica facultado às partes da relação de trabalho, mediante 
acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo, estabelecerem o horário 
de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso. Com a 
mudança na lei, a jornada de trabalho poderá ser diferenciada e estabelecida por acordo 
individual entre o empregador e o empregado. 
Comentários do Sistema OCB: A nova previsão legal beneficia as cooperativas que 
necessitem de horário diferenciado de trabalho/funcionamento e permite que a estipulação 
da jornada diferenciada possa se dar por acordo individual entre a cooperativa e seus 
empregados para atender as especificidades do negócio. 
 
Banco de Horas e Compensação de Jornada 
O que muda? Fica admitida a estipulação de banco de horas, por acordo individual escrito 
entre empregador e empregado, desde que a compensação das horas ocorra no período 
máximo de seis meses. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo 
de compensação de jornada e o banco de horas. Para compensação anual, o banco de horas 
deverá ser pactuado via instrumento coletivo de trabalho (acordo coletivo ou convenção 
coletiva). 
Comentários do Sistema OCB: A mudança na lei é bastante benéfica para as cooperativas, 
permitindo que o banco de horas possa ser adaptado à realidade do negócio, entre períodos 
de maior e menor produtividade, sem a alteração do salário pago ao empregado. Em 
resumo, a prática permite que sejam compensadas as horas do empregado de acordo com 
a necessidade e a produção efetiva da cooperativa. É razoável, neste caso, que, mediante 
acordo entre a cooperativa e seu empregado, seja legalmente permitida a estipulação do 
banco de horas, de modo que a jornada de trabalho seja adequada às necessidades e 
condições específicas do setor. 
 
Prorrogação de Jornada de Trabalho em Ambiente Insalubre 
O que muda? Não será necessária a solicitação de autorização/licença prévia do Ministério 
do Trabalho para as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas de descanso 
realizadas em ambientes insalubres. Ademais, poderá constar, de acordo coletivo ou 
convenção coletiva, a prorrogação de jornada em ambiente insalubre, sem a licença prévia 
das autoridades competentes do Ministério do Trabalho. 
Comentários do Sistema OCB: A referida alteração legislativa beneficia as cooperativas que 
possuem trabalhadores com jornadas de 12x36 horas, em atividades insalubres, e que 
precisavam solicitar licença prévia ao Ministério do Trabalho. Outro ponto benéfico é a 
possibilidade de negociação coletiva sobre a prorrogação de jornada de trabalho em 
 
 
ambiente insalubre, sem a necessidade de licença prévia das autoridades competentes do 
Ministério do Trabalho. O processo administrativo de concessão de licença por parte do 
Ministério do Trabalho é burocrático e, por vezes, moroso, gerando insegurança jurídica 
para as cooperativas. 
 
Valorização e eficácia da negociação coletiva de trabalho 
O que muda? As convenções e os acordos coletivos passam a valer sobre a legislação para 
criar, reforçar e dispor sobre direitos trabalhistas. As negociações coletivas de trabalho 
prevalecerão sobre o legislado quando versarem sobre os seguintes pontos: a) jornada de 
trabalho; b) banco de horas anual; c) intervalo intrajornada; d) adesão ao Programa Seguro-
Emprego; e) plano de cargos, salários e funções; f) regulamento empresarial; g) 
representante dos trabalhadores no local de trabalho; h) teletrabalho, regime de sobreaviso 
e trabalho intermitente; i) remuneração por produtividade; j) modalidade de registro de 
jornada de trabalho; l) troca do dia de feriado; m) enquadramento do grau de insalubridade; 
n) prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades 
competentes do Ministério do Trabalho; o) prêmios de incentivos em bens ou serviços; e p) 
participação nos lucros ou resultados. Outros pontos poderão ser negociados coletivamente 
e terão validade sobre o legislado (rol exemplificativo). Alguns direitos não poderão ser 
suprimidos ou reduzidos por negociação coletiva. Os direitos que não poderão ser 
modificados por instrumento coletivo estão dispostos no texto da nova lei (rol taxativo). A 
duração das convenções ou acordos coletivos não poderá ser superior a dois anos. As 
condições estabelecidas em acordo coletivo prevalecerão sobre as estipulações em 
convenção coletiva. Restou vedada a ultratividade da norma coletiva, ou seja, as cláusulas 
coletivamente negociadas deixam de ser válidas quando ultrapassarem o prazo de vigência 
do acordo coletivo ou convenção coletiva, não podendo mais serem aplicadas até que nova 
negociação coletiva seja celebrada. 
Comentários do Sistema OCB: A valorização da negociação coletiva é condição do exercício 
da democracia. As normas coletivas, juntamente com a lei, compõem um sistema de direitos 
e de proteção para os trabalhadores. A autonomia coletiva é intimamente ligada à liberdade 
sindical e deve ser fortalecida e garantida de forma eficaz, válida e segura porque decorre 
de uma das mais importantes funções das entidades sindicais na defesa dos interesses e dos 
direitos das categorias (profissional e econômica) representadas. 
 
Duração do Trabalho 
O que muda? Existindo necessidade inevitável, poderá a duração do trabalho exceder o 
limite legal, não havendo necessidade de comunicação à autoridade competentedo 
Ministério do Trabalho. Assim, deixa de ser obrigatória a comunicação ao Ministério do 
Trabalho quando a duração do trabalho extrapolar o limite legal. 
 
 
Comentários do Sistema OCB: A mudança proporcionará mais segurança jurídica e menor 
burocratização para as cooperativas e não acarretará perda de direitos dos trabalhadores, 
oportunizando aos trabalhadores um complemento de renda com prestação de serviços 
extras em situações específicas de trabalho. 
 
Novas modalidades de contratação 
O que muda? O texto sancionado apresenta duas novas modalidades de contratação: 
teletrabalho e trabalho intermitente. O teletrabalho é a prestação de serviços 
preponderantemente fora das dependências do empregador (com a utilização de 
tecnologias de informação e de comunicação). Todas as disposições deverão estar previstas 
em contrato escrito. O trabalho intermitente consiste num contrato de trabalho não 
contínuo, com subordinação, pode ser determinado em horas, dias ou meses, 
independentemente do tipo de atividade do empregador. 
Comentários do Sistema OCB: A previsão legal é benéfica porque amplia o rol de 
modalidades de contratação e de prestação de trabalho nas cooperativas. 
 
Férias 
O que muda? As férias poderão ser usufruídas em até três períodos; um deles não inferior 
a quatorze dias corridos e, os demais, não inferiores a cinco dias corridos, cada período. 
Passa a ser permitido o parcelamento de férias para os menores de dezoito anos e os 
maiores de cinquenta anos. Destacamos, como ponto de atenção, a proibição de início de 
férias no período de dois dias antes de feriado ou do repouso semanal remunerado. 
Comentários do Sistema OCB: A mudança não acarreta perda de direitos de trabalhadores 
e privilegia a autonomia da vontade na dinâmica das relações de trabalho. 
 
Rescisão do contrato de trabalho 
O que muda? Não será mais necessária, como condição de validade, a assistência de 
sindicato ou do Ministério do Trabalho na homologação do pedido de demissão ou recibo 
de quitação de rescisão do contrato de trabalho firmado por empregado com mais de um 
ano de serviço. 
Comentários do Sistema OCB: A mudança não acarreta perda de direitos de trabalhadores 
e desburocratiza o processo de rescisão do contrato de trabalho, principalmente nas regiões 
onde não há sindicato organizado e nos locais onde inexiste estrutura das 
Superintendências e das Delegacias do Trabalho. 
 
 
 
Representação dos empregados 
O que muda? Nas cooperativas com mais de 200 empregados, os trabalhadores elegerão 
uma comissão para representá-los perante os empregadores. Os funcionários eleitos terão 
estabilidade desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato. O mandato 
será de um ano. 
Comentários do Sistema OCB: A representação de categoria é prerrogativa constitucional 
das entidades sindicais. O texto sancionado cria uma nova modalidade de estabilidade 
provisória para os empregados em cooperativas. 
 
Contribuição Sindical 
O que muda? A contribuição sindical, devida por trabalhadores em cooperativas e pelas 
cooperativas, passa a ter o seu recolhimento condicionado à autorização prévia e expressa 
do contribuinte (trabalhador em cooperativa ou cooperativa). 
Comentários do Sistema OCB: A contribuição sindical, também conhecida como imposto 
sindical, não foi extinta. O que muda é o recolhimento da contribuição sindical que deverá 
ser autorizado pelo trabalhador em cooperativa ou pela cooperativa. Novas regras poderão 
ser definidas em Medida Provisória a ser enviada pelo Poder Executivo para aprovação do 
Congresso Nacional.

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