Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PSICANÁLISE 9º Período – 2017.1 CRISTIANE SIQUEIRA SANTOS Matrícula - 201301420786 SERVIÇO DE PSICOLOGIA APLICADA RELATÓRIO FINAL MARIA CRISTINA FIGUEIRA LOURO – CRP- 05/14997 Rio de Janeiro Junho de 2017 Questionário de Gestalt-Terapia – AV 2 27. Quais são as funções de contato? As funções de contato são: o Id, o Eu e a Personalidade. 28. Apresente situações em que duas funções de contato estejam sendo utilizadas de modo contrário à sua finalidade original? Seguem situações: O jovem rapaz V. não expressa a sua escolha frente às ações junto aos colegas da turma da escola, e sempre relata que foram “eles que decidiram”. Essas atitudes tem levado o Jovem V. a se rotular como um pobre coitado sem opinião, e todos o chamam de “Maria vai com as outras”. 29. O que determina o surgimento da neurose de acordo com a GT? De acordo com a Gestalt a neurose é desenvolvida através da repressão e/ou resistência de expressar a sua identidade (autenticidade). 30. Caracterize o comportamento neurótico em pelo menos três aspectos. São caracterizações encontradas do comportamento neurótico, e que podem ser pensadas como decorrências de um padrão neurótico de auto–regulação: O neurótico passa a não discriminar mais o que é realmente importante para si; Perde a capacidade de perceber o óbvio; Não consegue mais entrar em contato com as suas próprias emoções e sensações; Perde a espontaneidade no seu modo de ser e deixa de ser autêntico nas suas ações. 31. Quais são as camadas de neurose? Caracterize cada uma delas. São camadas de neurose: Clichês – São falsas comunicações, o “frase feita”, contudo são necessárias para o nosso contato social. Representações de papéis - São rotulações impostas “o bom moço”, “o bad boy”. Impasses ou Camada da Morte – São momentos que exigem uma necessidade de mudança para a realização do contato, mas o mesmo encontra-se estático. Ex: “Preciso mudar de emprego, mas não consigo”. Implosão ou Camada do vazio – São decisões de escolhas críticas, e quando o contato acontece encontra-se a questão do “o que fazer agora?” caracterizando a sensação do vazio. Explosão (prazer, alegria, tristeza, raiva, etc) – O êxtase dos contatos nas camadas da neurose, onde se encontram os extremos do contato. 32. O que são disfunções de contato? Disfunções de contato são as interrupções da forma de expressar a sua identidade (autenticidade). 33. Quais são as disfunções de contato? As disfunções de contato são: Introjeção, Projeção, Deflexão, Confluência, Retroflexão, Proflexão, Egotismo e Dessensibilização. 34. Caracterize, sucintamente, cada disfunção de contato: Qual introjeção sustenta essa interrupção? Quando ela é disfuncional? Quando é saudável? Como deve ser trabalhada na clínica? Introjeção Caracterização: Incorporar regras, princípios de outros. Introjeção: Sempre acredita que os outros sabem mais do que ele. Disfuncional: Quando a pessoa é extremamente passiva. Funcional: Quando exerce a passividade como forma de viver bem em sociedade. Processo terapêutico: Ajudar o cliente a desenvolver o senso crítico da situação, e externar a sua opinião. Projeção Caracterização: Utilizar o outro como espelho. Introjeção: Sempre acredita que a responsabilidade é do outro. Disfuncional: Quando coloca a responsabilidade no outro. Funcional: Quando permite o contato e a compreensão do outro. Processo terapêutico: Ajudar o cliente a desenvolver a responsabilidade que ele coloca no outro. Deflexão Caracterização: Utiliza o comportamento de esquiva. Introspecção: Alimenta uma expectativa catastrófica caso confronte a situação. Disfuncional: Quando age como covarde, não enfrentando as situações. Funcional: Quando exerce a capacidade diplomática. Processo terapêutico: Ajudar o cliente a desenvolver a capacidade de encarar e/ou confrontar a situação. Confluência Caracterização: Perda da identidade individual. Introspecção: Sempre acredita que é impossível viver sozinho, é dependente do outro. Disfuncional: Quando não aceita as diferenças do outro. Funcional: Quando de fato é necessário desempenhar uma ação para o outro. Processo terapêutico: Ajudar o cliente a desenvolver a sua individualidade. Retroflexão Caracterização: Somatizar contra si mesmo toda a energia mobilizada que seria para o outro. Introspecção: Sempre acredita que seu pensamento é uma verdade inquestionável. Disfuncional: Quando acredita que somente seus pensamentos são verdades absolutas. Funcional:Quando imagina que algo acontece sem ser a verdade absoluta. Processo terapêutico: Ajudar o cliente a desenvolver a relação com o outro verdadeiro, não ao que ele imagina e/ou acredita que o outro é. Proflexão Caracterização: Realiza ações para o outro esperando reconhecimento. Introspecção: Sempre acredita que só pode fazer pelo outro, não por ele. Disfuncional: Quando a ação é realizada para o outro pensando na sua própria realização. Funcional: Quando a ação é realizada para o outro e causa um bem estar próprio. Processo terapêutico: Ajudar o cliente a desenvolver a sua própria satisfação. Egotismo Caracterização: Pessoa centrada nela mesma. Introspeção: Sempre acredita que ele é o centro do mundo, sabe tudo que é melhor para todos. Disfuncional: Quando a pessoa não presta a atenção na necessidade do outro, tudo é só para ela. Funcional: Quando precisa assumir uma posição de autoridade. Processo terapêutico: Ajudar o cliente a desenvolver a atenção nas necessidades do outro. Dessensibilização Caracterização: Não se dá conta do que está acontecendo. Introspecção: Sempre acredita que não aguentará “sentir”, possui sentimento contido. Disfuncional: Quando se dessensibiliza além do necessário. Funcional: Quando se dessensibiliza para encarar o seu dia-a-dia. Processo terapêutico: Ajudar o cliente a desenvolver as sensações básicas (se dar conta dos sentimentos). 35. O que é experimento? O experimento é a ferramenta metodológica básica do Gestalt-Terapeuta que convida o cliente a representar os sentimentos e ações dentro de uma sessão terapêutica, a partir da dramatização, comportamento dirigido, fantasia, sonhos ou para-casa. 36. Qual a diferença entre experimento e exercício? No experimento é realizado o convite para vivenciar, sentir ou provar, geralmente de um modo simbólico, uma situação temida ou esperada, então o experimento é o convite e o exercício é a atividade de execução do experimento. 37. O que significa dizer que em GT o terapeuta é o seu principal instrumento de trabalho? Na Gestalt o terapeuta é o principal instrumento de trabalho porque é através do terapeuta que é estabelecida uma relação, onde diálogo existencial é essencial na Gestalt-Terapia. Para que a relação aconteça os dois lados precisam estar “disponíveis” para sustentar o contato. É necessário fazer contato e permitir o contato. Cada pessoa deve se responsabilizar pela sua “parte” da relação, pela sua “parte” no processo do contato. 38. Cite e descreva três técnicas da GT. Awareness - “dar-se conta” Termo erroneamente traduzido como consciência - inclui a consciência, mas vai além dela, em outras palavras, envolve não apenas a percepção de uma situação, mas, fundamentalmente, a compreensão da totalidade dos aspectos envolvidos nessa situação. Refere-se à resposta a quatro perguntas-chave: O que estou fazendo agora? O que sinto agora? O que tento evitar agora? O que quero ou espero? Cadeira vazia Cadeira ou almofada onde o sujeito projeta um personagem com o qual deseja se relacionar. Dramatização Experimentar uma situação vivida ou fantasiada para explorar sentimentos mal identificados, esquecidos, recalcados ou desconhecidos. É proibida a exteriorização violenta ou sexual e permitidas manifestações físicas de agressividade controlada ou ternura. 39. Qual é a atitude do Gestalt-terapeuta em relação à utilização das técnicas? A atitude do Gestalt-terapeuta em relaçõesa utilização das técnicas é estar disponível para sustentar o contato entre ele e o cliente. 40. Como a GT concebe o sonho? A Gestalt concebe o sonho como mensagens existenciais. 41. Por que dizemos que a abordagem dos sonhos em GT não é interpretativa? A abordagem dos sonhos em Gestalt não é interpretativa, porque a Gestalt identifica o sonho como partes e elementos de uma “Gestalt inacabada” ou uma expressão parcial do próprio sonhador.
Compartilhar