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5. Passo 04
Centrais de abastecimento comercializam produtos que são bastante perecíveis, perdendo rapidamente o seu valor. Números do governo federal apontam que cerca de 30% de todo o desperdício de alimentos, em território brasileiro, acontecem pela falta de estrutura e plano de gerenciamento de resíduos. Esse montante vira lixo orgânico e é encaminhado sem qualquer forma de tratamento aos aterros sanitários e lixões.
Os resíduos orgânicos, que representam cerca de 50% dos resíduos urbanos gerados no Brasil, tem a particularidade de poderem ser reciclados por meio de processos como a compostagem, em qualquer escala, desde a doméstica até a industrial. Além dessa abrangência de escalas, a reciclagem de resíduos orgânicos não necessita de grandes exigências tecnológicas ou de equipamentos para que o processo possa ser realizado com segurança, de forma que a compostagem tem tido grande êxito em ações de educação ambiental associadas com jardinagem e agricultura urbana, como forma de empoderar pessoas na reprodução do ciclo da matéria orgânica e mudança de sua visão e relação com resíduos de modo geral.
A laranja está entre as frutas mais produzidas e consumidas no mundo, sendo que sua produção ultrapassa as 80 milhões de toneladas/ano. A citricultura é uma das atividades agrícolas que mais vem se desenvolvendo na região noroeste do Estado do Paraná, sendo produzidas mais de 200 mil toneladas anuais do produto. Em média, 34% da produção é transformada em suco, mas em grandes países produtores (Brasil e Estados Unidos), esta percentagem chega a 96%, o que gera grande quantidade de resíduos. Este material equivale a 50% do peso da fruta e tem uma umidade aproximada de 82%. 
5.1. Redução de Resíduos:
Entre os 3R’s, é a estratégia que possui maior potencial para redução da geração de resíduos. Isto porque é mais seguro e menos custoso prevenir do que controlar a contaminação.
A redução é caracterizada por diminuir os insumos utilizados na própria indústria. O objetivo é eliminar a maior quantidade possível de resíduos ainda na fonte de geração. Nessa prática de redução, a gestão e logística são primordiais para prevenção de desperdícios.
Para medidas de redução na geração de resíduos podem ser realizadas modificações de processo, substituição de matérias-primas e maquinários mais eficientes. Além disso, protocolos constantes que visem quantificar, controlar, gerenciar e inspecionar a geração de resíduos também colaboram para a redução.
5.2. Reutilização dos insumos: Consiste na reinserção de materiais, que seriam descartados, de volta ao processo produtivo.
A reutilização pode ser realizada na própria empresa ou fora dela. No segundo caso, a empresa se utiliza de mercados de venda de resíduos, onde outras empresas que se interessem na compra podem reutilizar o resíduo em seu processo produtivo. Nesse processo existe a vantagem de que o resíduo gerado não passa por nenhum processo de tratamento industrial. Há, portanto, tanto uma vantagem ambiental, como econômica.
5.3. Reciclagem: recuperação da matéria ou formação de subproduto
A reciclagem de materiais para a redução da geração de resíduos dá-se pela transformação química ou física dos resíduos. Nesse processo, existe a recuperação da matéria-prima e/ou a formação de um subproduto com valor comercial. Mais uma vez ressalta-se que essa nova matéria-prima pode ser utilizada tanto pela empresa geradora como por uma empresa que realiza a compra do subproduto pelo mercado de resíduos.