TRABALHO CONSTRUÇÕES VERTICAIS - MODULAÇÃO

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UNIVERSIDADE CEUMA 
 
 
 
 
 
 
 
CESAR JANSEN 38108 
ROLLANE COLLINS 31528 
LUANDERSON MARINHO 32663 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUIS - MA 
2017 
 
Sumário 
1 Introdução ...................................................................................................... 3 
2 Coordenação Dimensional ............................................................................. 4 
2.1 Coordenação Modular ............................................................................. 4 
2.2 Módulo Básico ......................................................................................... 5 
2.3 Medida de Coordenação ......................................................................... 5 
3 Analise do Projeto .......................................................................................... 6 
3.1 Proposta Modular .................................................................................... 7 
3.2 Quadro resumo ...................................................................................... 10 
4 Anexos ......................................................................................................... 11 
5 conclusão ..................................................................................................... 13 
6 Referências bibliográficas ............................................................................ 14 
 
 
 
1 Introdução 
No Brasil o processo construtivo ainda é caracterizado pela forma artesanal 
mediante seu alto índice de desperdícios, produtividade baixa e falta de nexo entre 
seus componentes. Para solucionar esse caso é necessário encontrar meios de 
racionalizar essa atividades, gerando índices de industrialização e desenvolvimento 
sustentável. A utilização da coordenação modular serve como integração do processo 
de construção, porém para que isso ocorra é necessário que todas as partes 
envolvidas sejam conscientes da mesma e a utilizem. 
Atualmente a indústria da construção civil é classificada no leque das atividades 
mais importantes para o crescimento econômico do país, entretanto seu nível de 
impactos ambientais é de grande valia, pois seu consumo de matéria prima é 
altíssimo, bem como também sua geração de resíduos. Diante dessa situação, é de 
suma importância à procura de alternativas que ajudem a diminuir os desperdícios 
nesse sistema produtivo. 
Andrade (2000, p.15), relata que a meta da coordenação modular é unificar o 
processo construtivo das diferentes classes da construção civil em torno de uma 
unidade dimensional padrão, cerceada pelo modulo, facilitando assim o processo de 
construção, eliminando desperdícios. 
A coordenação modular é a coordenação que usa um modulo de referência 
básica. Esse modulo caracteriza-se pela menor medida linear, representado pela letra 
M, cujo valor é 100 mm. O uso da mesma tem como objetivo coordenar as dimensões 
de todas as fases da construção de uma obra, desde sua fabricação inicial, sua 
execução, visando otimizar e racionalizar seus métodos construtivos (BARBOZA e 
LIMA, 2009 p. 12). 
A fase de elaboração dos projetos deve ser classificada com grau de 
importância enorme. A mesma é responsável pelo desenvolvimento, organização, e 
transferências das informações físicas e técnicas que são altamente relevantes no 
surgimento da edificação. 
 
 
2 Coordenação Dimensional 
O termo Dimensional no campo da coordenação vem de um sentido bem mais 
amplo quando comparado com a modular. Pois a dimensional admite o uso de 
qualquer medida como módulo fundamental, diferentemente da modular que só 
admite um modulo igual ou múltiplo de 100mm. 
 
Fonte: NBR 15873:2010 
2.1 Coordenação Modular 
O princípio da Coordenação Modular está baseada na norma NBR 15873, com 
publicação em 2010, vale lembrar que a mesma substituiu 25 normas anteriores. O 
grande objetivo da atualização da norma foi a compatibilização dimensionais dos 
componentes construtivos a partir da medida padrão, visando a modernização da 
indústria da construção civil brasileira. 
São objetivos da norma ABNT 15873, 210 
 Ampliar a ligação entre os diversos agentes do sistema produtivo da 
construção civil. 
 Racionalizar as mais diversas medidas usadas nas construções. 
 Otimizar a marcação do canteiro de obras para locação de instalações e 
outros componentes construtivos 
 Elevar a comunicação dos mais diversos componentes, tanto da fase 
inicial e também do decorrer da vida útil do mesmo. 
2.2 Módulo Básico 
Sendo a unidade modular o denominador comum de todas as medidas, o 
incremento unitário de todas as demais dimensões tendo por finalidade que a soma 
ou diferença de duas dimensões modulares também seja modular. 
Tendo em vista que a dimensão do módulo deve ser suficientemente grande 
para que seja possível estabelecer uma correlação satisfatória entre as dimensões 
modulares dos componentes e os espações modulares do projeto. Também sendo 
suficientemente pequena para que seus múltiplos, correspondam aos diversos 
elementos industriais. Tendo como base que a nova norma é (M) que vale a 100mm, 
norteia a indústria aberta, causando uma redução nas variedades de medidas de 
componentes fabricados aderindo a medida da norma internacional. Tendo em vista 
que esses componentes aqui fabricados seguindo essas normas serão visados para 
importação. 
2.3 Medida de Coordenação 
Chamada de medida de coordenação ou medida modular, caracterizada por um 
módulo ou até um múltiplo inteiro do modulo, essa medida inclui a medida do 
componente propriamente dito e suas folgas perimetrais necessárias em função de 
suas deformações, sua tolerâncias e sua fase de instalação. 
Mc = Mn + Ac. 
Mc é a medida de coordenação 
Mn é a medida nominal 
Ac é o ajuste de coordenação. 
 
Fonte: Medida de coordenação: 20x40x20; Medida modular: 2Mx4Mx2M. Fonte: (Amorim, Kapp 
e Eksterman, 2010). 
 
3 Analise do Projeto 
O estudo prepara primeiramente uma análise de um projeto de arquitetura com 
o objetivo de verificar, aplicando os conceitos de Coordenação Modular. Para isto foi 
adotado um modelo de casa de habitação, com térreo mais um pavimento, com 
complexidade mediana de execução. 
Mediante a avaliação do projeto, adotou-se o sistema construtivo de alvenaria 
de blocos de concreto, família de blocos de 19x19x39 e meio bloco de 19x19x19, a 
escolha desse material em questão, determina que pode ser usado uma malha 
modular horizontal de 1Mx1M e verticalmente malha de 2Mx2M, haja visto que a altura 
modular do bloco é de 20cm. 
Após a análise minuciosa do projeto verificou – se que várias medidas do 
pavimento térreo não correspondem a CM, pois não são múltiplas de 10, conforme as 
imagens abaixo. 
 
Fonte: arquivo pessoal, detalhe parede sala. 
 
Fonte: arquivo pessoal, detalhe de corte. 
3.1 Proposta Modular 
Após a verificação, será feito o ajuste na parede da sala de estar, pois a mesma 
se encontra com 3,92m, será modificado para 4,0m ou 400cm ou 40M, vide M=10cm, 
já o material construtivo será apresentado modularmente por bloco de 2Mx4Mx2M, ou 
seja, no vão em questão serão usados 10 blocos de concreto. 
 
Marcação de primeira fiada, usando bloco de 2Mx4Mx2M. 
 
 
Marcação da segunda fiada, com meio bloco de 2Mx2Mx2M. 
No plano vertical, mediante verificação do corte, constatou-se que a altura das 
paredes possuíam altura de 3,04m, com os ajuste respectivo, agora ficará com 3,0 m 
ou 300cm ou 3M. Ressaltando que foi aplicada malha vertical de 2Mx2M, após 
inserção do elemento construtivo, no caso o bloco, foi visto que a medida em projeto 
da altura do peitoril era de 90cm, não encaixou-se na modulaçãovertical de 2M, ou 
seja, a medida foi alterada para 1m ou 10M. Com relação as dimensões da janela do 
vão em questão, que em projeto era de 1,75x1,60, logo após o teste de modulação foi 
verificado que a mesma precisava passar por ajustes. Foi escolhido a esquadria de 
alumínio da marca Gravia, que trabalha com medidas nominais de 150x110, 
ressaltando que é exigido ajustes de coordenação de 5cm para cada lado, ficando 
assim com 16Mx12M. 
 
Fonte: arquivo pessoal, detalhe modulação. 
No plano de analise estrutural, foi apurado após análise que as medidas da 
suíte do pavimento superior do projeto em questão, não se caracteriza-se por 
coordenação modular, pois a mesma possui a medida real de 3,95mx3,40m, ou seja, 
será ajustada par 4,0mx3,40m que de igual forma perante o módulo de 10cm ficará 
com 40Mx34M. 
 
Fonte: arquivo pessoal, detalhe suíte pavimento superior. 
O material construtivo usado para a coordenação, será a laje pré-fabricada 
comum, conforme detalhe abaixo, vale lembrar que foi ajustado a medida da lajota 
cerâmica para 30,5cm, pois anteriormente a mesma era de 33cm, após o ajuste o 
somatório das medidas largura da vigota com a folga da de 5cm padrão mais o 
tamanho da lajota, forma-se a medida modular de 4M. 
 
Fonte: ABDI, detalhe da Laje Nominal 
 
 
Fonte: ABDI, detalhe da Laje Modular. 
Após o ajuste da laje, ocorre um casamento de medidas do intereixo da mesma 
com os vãos do compartimento, pois com a planta coordenada modularmente, fica 
fácil a distribuição das vigotas sem perdas e retrabalho. 
 
Fonte: arquivo pessoal, detalhe do vão modular e das vigotas. 
 3.2 Quadro resumo 
 
Fonte: arquivo pessoal, resumo geral da Modulação 
4 Anexos 
 
Fonte: arquivo pessoal, Detalhe planta baixa térreo 
 
Fonte: arquivo pessoal, Planta baixa pavimento superior 
 
Fonte: arquivo pessoal, corte AA 
 
Fonte: Arquivo pessoal, Fachada frontal 
 
5 conclusão 
Em face do que foi apresentado, concluímos que a coordenação modular tem 
o benefício de proporcionar uma racionalização na execução de projetos, evitando 
desperdícios, aumentando a produtividade, reduzindo os resíduos gerados, etc. esta 
forma de padronização pode ser levada a todos os elementos construtivos envolvidos 
no projeto aumentando a organização e otimização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Referências bibliográficas 
 
GRAVIA PORTAS E JANELAS, Manual de Instruções – Janelas de correr. 
Anápolis, sem data. 
http://www.gravia.net.br/portas-e-janelas/download/eterna-manual-janela-
correr.pdf 
 
GREVEN, Hélio Adão; BAUDALF, Alexandra Staudt Follmann. Introdução à 
coordenação modular da construção no Brasil: uma abordagem atualizada. Porto 
Alegre: ANTAC, 2007. – (Coleção Habitare, 9) 
AMORIM, Sergio Roberto Leusin de; KAPP, Silke; EKSTERMAN, Christine 
Fontenele. Manual de práticas recomendadas - Coordenação Modular: Caderno 1 - 
Projeto em Habitação de Interesse Social – HIS. Rio de Janeiro: CDU, 2010.51p.