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DAS PENAS ÉSPECIES CARACT. PRINCÍPIOS DA INDIVIDUALIZAÇÃO PROGRESSÃO DOSIMETRIA

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A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. 
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. 
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
 
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Penas são sanções impostas pelo Estado contra pessoa que praticou alguma infração penal. 
1. Espécies de penas (art. 32 - Código Penal - CP) 
1.1.Penas privativas de liberdade (arts. 33 e seguintes - CP): previstas em abstrato nos respectivos tipos 
penais, devem ser aplicadas diretamente. 
Tipos: 
a) Reclusão: cumprimento da pena em regime fechado, semiaberto ou aberto; 
b) Detenção: cumprimento da pena em regime semiaberto ou aberto, exceto quando houver necessidade de 
transferência a regime fechado; 
c) Prisão Simples: cumprimento da pena em regime semiaberto ou aberto, apenas para os casos de 
contravenção penal. 
1.1.2.Regimes: são impostos segundo as regras do art. 33, §2º, do CP, que determina o regime inicial 
conforme o mérito do condenado, observando-se também a quantidade de pena imposta e a reincidência. 
a) Fechado (art. 33, §1º, "a" - CP): consiste no cumprimento da pena em estabelecimento de segurança 
máxima ou média; 
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b) Semiaberto (art. 33, §1º, "b" - CP): consiste no cumprimento da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
c) Aberto (art. 33, §1º, "c" - CP): consiste no cumprimento da pena em casa de albergado ou 
estabelecimento adequado. 
 Regime especial (art. 37 do CP): consiste no cumprimento da pena por mulheres em estabelecimento 
próprio e adequado às suas necessidades, conforme distinção de estabelecimento, neste caso quanto ao sexo, 
exigido na Constituição Federal em seu art. 5º, XLVIII. 
1.1.3.Progressão: é uma regra prevista no artigo 33, §2º, do CP, em que as penas privativas de liberdade 
devem ser executadas progressivamente, ou seja, o condenado passará de um regime mais severo para um 
mais brando de forma gradativa, conforme o preenchimento dos requisitos legais, que são: cumprimento de 
1/6 da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do 
estabelecimento (art. 112, caput - Lei de Execuções Penais). 
Cumpre ressaltar que a progressão será sempre de um regime mais severo para o menos severo subsequente, 
sendo vedado, portanto, em nosso ordenamento jurídico pátrio, a progressão per saltum. 
- Requisitos da progressão 
 Regime fechado para o Regime semiaberto: 
a) cumprir, no mínimo, 1/6 da pena imposta ou do total de penas; 
b) demonstrar bom comportamento. 
 Regime semiaberto para o Regime aberto: 
a) cumprir 1/6 do restante da pena (se iniciado em regime fechado) / cumprir 1/6 do total da pena (se 
iniciado em regime semiaberto); 
b) aceitar o programa da prisão-albergue e condições impostas pelo juiz; 
c) estiver trabalhando ou comprovar possibilidade de fazê-lo imediatamente; 
d) apresentar indícios de que irá ajustar-se ao novo regime, por meio dos seus antecedentes ou exames a que 
tenha sido submetido. 
Observação: conforme os § §1º e 2º do art. 2º da nova lei de crimes hediondos (Lei nº 11.464/07), no caso 
de condenação por crime hediondo ou equiparado, o cumprimento da pena iniciará será sempre em regime 
fechado e a progressão para regime menos rigoroso está condicionada ao cumprimento de 2/5 da pena se o 
condenado for réu primário ou 3/5, se for reincidente. Exemplos: um réu primário, condenado a cumprir 
pena de 14 anos, terá a possibilidade da progressão da pena após cumprir 5 anos e 6 meses (14=1/5 > 
14/5 > 2,8 > 2,8 * 2 > 5,6 > 2/5 = 5,6); um réu reincidente, condenado a cumprir pena de 14 
anos, terá a possibilidade da progressão da pena após cumprir 8 anos e 4 meses (14=1/5 > 14/5 > 2,8 
> 2,8 * 3> 8,4 > 3/5 = 8,4). 
1.1.4.Regressão: oposto da progressão, é uma regra prevista no art. 118 da LEP, que transfere o condenado 
de um regime para outro mais rigoroso. 
Em contrapartida do que ocorre com a progressão, é a admitida a regressão per saltum, ou seja, o condenado 
pode ser transferido do regime aberto para o fechado, independente de passar anteriormente pelo regime 
semiaberto. 
Hipóteses 
a) praticar fato definido como crime doloso; 
b) praticar falta grave; 
c) sofrer nova condenação, cuja soma com a pena em execução impossibilita o cabimento do regime atual. 
 
Regressão de regime condenado pode passar para qualquer um dos regimes mais rigorosos, a chamada 
regressão de regime, caso pratique uma das seguintes hipóteses: 
- fato definido como crime doloso (para que seja decretada a regressão não é necessária a condenação 
transitada em julgado, basta a prática do delito) 
- falta grave, como fuga, participação em rebelião, posse de instrumento capaz de lesionar pessoas, 
descumprimento das obrigações, entre outras 
- nova condenação, cuja soma com a pena anterior torna incabível o regime atual 
- no regime aberto, quando o sentenciado frustrar os fins da execução (parar de trabalhar, não comparecer à 
prisão-albergue, entre outros) ou se, podendo, não pagar a pena de multa cumulativamente imposta 
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1.1.5.Direitos do preso (art. 38 - CP): todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade do preso serão 
conservados. 
1.1.6.Trabalho do preso (art. 39 - CP): será sempre remunerado, conservando-se os benefícios da 
Previdência Social. 
1.1.7.Remição (art. 126 e ss. - LEP): instituto que estabelece ao condenado a possibilidade de redução da 
pena pelo trabalho ou estudo, descontando-se 1 dia de pena a cada 3dias trabalhados e, em caso de estudo, a 
cada 12 horas de frequência escolar, divididas, no mínimo em 3 dias. O juiz poderá revogar até 1/3 do 
tempo remido, em caso em falta grave. 
1.1.8.Detração (art. 42 - CP): resume-se em abater da pena privativa de liberdade e na medida de segurança 
(art. 96 - CP) o tempo de permanência em cárcere durante o processo, em razão de prisão preventiva, em 
flagrante, administrativa ou qualquer outra forma de prisão provisória. Desta forma, se alguém foi 
condenado a 6 anos e 8 meses e permaneceu preso por 5 meses no decorrer do processo, terá que cumprir 
uma pena de 6 anos e 3 meses. A detração pode ser aplicada em qualquer regime. Também é possível sua 
aplicação quando a pena for substituída por penas restritivas de direito, já que o tempo de cumprimento 
desta pena permanece o mesmo ainda que seja para substituir a pena privativa de liberdade. 
1.2.Penas restritivas de direitos (arts. 43 e seguintes - CP): têm caráter substitutivo, sendo aplicadas 
posteriormente às penas privativas de liberdade, desde que presentes os requisitos legais para tanto. 
Classificação 
a) prestação pecuniária (art. 45, §1º - CP): conforme sua previsão legal consiste no pagamento em dinheiro 
de valor fixado pelo juiz à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação 
social. O juiz também pode, mediante aceitação do beneficiário, substituir a prestação em dinheiro por 
prestação de natureza diversa como, por exemplo, entrega de cestas básicas; 
b) perda de bens e valores (art. 45, §3º - CP): consiste no confisco de bens e valores (títulos, ações) 
pertencentes ao condenado, revertido ao Fundo Penitenciário Nacional, na quantia referente ao montante do 
prejuízo causado ou do provento (vantagem financeira) obtido pelo agente ou por terceiro em consequência 
do crime praticado, prevalecendo a de maior valor; 
c) prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas (art. 46 - CP): consiste na atribuição de 
tarefas gratuitas ao condenado junto a entidades sociais, hospitais, orfanatos, escolas e outros 
estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais (conforme o §2º deste artigo). Para 
haver a concessão da substituição da pena é necessário que o réu tenha sido condenado a cumprir pena 
privativa de liberdade superior a 6 meses e, ainda, que as tarefas não prejudiquem sua jornada normal de 
trabalho. As tarefas deverão ser estabelecidas de acordo com a aptidão do condenado e cumpridas em razão 
de 1 hora por dia; 
d) interdição temporária de direitos (art. 47 - CP): as penas de interdição temporária de direitos consistem 
em: 
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo (art. 47, 
I - CP): aplica-se aos crimes praticados no exercício de cargo, função, atividade pública ou mandato eletivo 
sempre que infringirem seus respectivos deveres. 
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de 
licença ou autorização do poder público (art. 47, II - CP): aplica-se aos crimes praticados no exercício de 
profissão, atividade e ofício sempre que infringirem seus respectivos deveres. 
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo (art. 47, III - CP): aplica-se aos 
crimes culposos praticados no trânsito. 
IV - proibição de frequentar determinados lugares (art. 47, IV - CP): aplica-se aos lugares onde há 
relação entre o crime praticado e a pessoa do agente, com o objetivo de prevenir que este volte a frequentar 
respectivo estabelecimento e cometa novo crime.··. 
 
e) limitação de fim de semana (art. 48 - CP): consiste na obrigação do condenado de permanecer, aos 
sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado e, 
durante a sua permanência, poderão ser ministrados cursos e palestras ou atribuídas atividades alternativas 
(art. 48, § único - CP). 
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1.2.1.Substituição (art. 44, §2º - CP): consiste nas regras necessárias para a substituição de pena privativa 
de liberdade por penas restritivas de direitos. Sendo a pena igual ou inferior a 1 ano poderá ser substituída 
por multa ou por uma pena restritiva de direitos. Caso a pena inicialmente fixada seja inferior a 6 meses não 
poderá ser aplicada a pena de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas (art. 46, caput - 
CP). 
Se a pena for superior a 1 ano, ela poderá ser substituída por pena restritiva de direitos e multa ou duas penas 
restritivas de direitos. 
1.2.2.Conversão de penas restritivas de direitos em privativas de liberdade (art. 44, §4º - CP): consiste 
na perda do benefício que foi concedido ao condenado quando houver o descumprimento injustificado das 
condições impostas pelo juiz da condenação. Desta forma, a pena restritiva de direitos retornará à sua pena 
original, a pena privativa de liberdade. Deve-se lembrar que, "no cálculo da pena privativa de liberdade a 
executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta 
dias de detenção ou reclusão" (art, 44, §4º, do CP). 
1.3.Penas de multa (ou pecuniárias) (arts. 49 e seguintes - CP): conforme o caput, 1ª parte, do artigo 49 do 
CP, a pena de multa "consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e 
calculada em dias-multa". 
1.3.1.Cálculo do valor da multa: o valor do dia-multa não pode ser inferior a 1/30 (um trigésimo) do maior 
salário mínimo mensal vigente na época do fato, nem superior a 05 (cinco) vezes este valor. Eis um exemplo 
prático do cálculo: 
 Valor do maior salário mínimo mensal vigente = R$ 330,00 
 Valor mínimo de dia-multa = 1/30 => 330/30 => R$ 11,00··. 
 Valor máximo de dia-multa = 5x330 => R$ 1.650,00 
Desta forma, o valor de dia-multa a ser fixado pelo juiz deverá ser no mínimo 12 (doze) reais e no máximo 
1.800 (mil e oitocentos) reais. Se o mínimo de dias-multa corresponde a 10 (dez) dias e o máximo 360 
(trezentos e sessenta), obtém-se o valor total da multa fazendo o seguinte cálculo: 
 X (dias-multa) multiplicado por Y (valor do dia-multa fixado pelo juiz) = Total da pena de dias-multa.··. 
1.3.2.Pagamento da multa (art. 50 - CP): após 10 (dez) dias da sentença condenatória transitar em julgado, 
o réu deverá iniciar o pagamento da multa. A cobrança da multa poderá ser efetuada por meio de desconto 
no vencimento ou salário do condenado em três hipóteses: 1ª) quando a pena for aplicada isoladamente; 2ª) 
quando a pena for aplicada cumulativamente com uma pena restritiva de direitos; 3ª) quando for concedida a 
suspensão condicional da pena. Estas hipóteses serão possíveis, desde que o desconto não incida sobre os 
recursos indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família, conforme o §2º do art. 50 do CP. 
1.3.3.Fixação da pena de multa: para estabelecer o número de dias-multa, que será no mínimo de 10 dias e 
no máximo de 360 dias (art. 49, caput, 2ª parte - CP), o juiz deverá observar a culpabilidade do agente, 
conforme o critério previsto nos arts. 59, caput e 68, caput, ambos do CP. Para a fixação do valor do dia-
multa o juiz deverá analisara situação econômica do condenado (art. 60 - CP). 
 
Referência bibliográfica 
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal: Parte Geral - 12ª edição - Editora Saraiva - 2006; 
NUCCI, Gulherme de Souza. Manual de Direito Penal: Parte Geral/Parte Especial - 2ª edição revista, atualizada e ampliada – 
Editora RT – 2006; 
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal: Parte Geral - 21ª edição - Editora Atlas - 2004. 
 
 
 
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O princípio da individualização da pena está positivado no artigo 5°, XLVI da CF. 
Em linhas gerais, essa norma determina que as sanções impostas aos infratores devem ser personalizadas e 
particularizadas de acordo com a natureza e as circunstâncias dos delitos e à luz das características pessoais 
do infrator. Assim, as penas devem ser justas e proporcionais, vedado qualquer tipo de padronização. 
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PROGRESSÃO DA PENA 
É um direito garantido a condenados, e deve ser concedido por um juiz, que analisará o mérito do condenado 
para concedê-la ou não. O mérito do condenado, será avaliado conforme o parecer da Comissão Técnica de 
Classificação, exame criminológico, comprovação de comportamento satisfatório, bom desempenho no 
trabalho que lhe foi atribuído e verificação de condições pessoais, compatíveis com o novo regime (semi-
aberto ou aberto). O condenado inicia o cumprimento da pena em regime fechado, progride para o semi-
aberto e depois para o aberto e a finalidade disto é a busca da reintegração do condenado gradativamente à 
sociedade. A lei brasileira diz que réus condenados por crimes hediondos não têm direito ao benefício da 
progressão de pena (de regime fechado para regime semi-aberto e aberto). 
 
1 - (Prova: CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia / Direito Penal / Crimes Hediondos; Progressão da 
Pena) 
No que se refere às contravenções penais, aos crimes em espécie e às leis penais extravagantes, julgue 
os itens a seguir com base na jurisprudência dos tribunais superiores. 
O indivíduo penalmente imputável condenado à pena privativa de liberdade de vinte e três anos de 
reclusão pela prática do crime de extorsão seguido de morte poderá ser beneficiado, no decorrer da 
execução da pena, pela progressão de regime após o cumprimento de dois quintos da pena, se for réu 
primário, ou de três quintos, se reincidente. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2 - (Prova: FCC - 2005 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - Primeira Fase / Direito Penal / Progressão da 
Pena ) 
A regra geral é a de que o sentenciado pode progredir de regime de pena quando o seu mérito o 
recomende e tenha cumprido no regime anterior pelo menos 
a) um terço da pena. 
b) um sexto da pena. 
c) metade da pena. 
d) dois terços da pena. 
 
3 - (Prova: CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia / Direito Penal / Das Penas; Progressão da Penal) 
Um cidadão condenado a pena de reclusão de 15 anos pela prática de um homicídio deve, 
obrigatoriamente, iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, podendo, no entanto, trabalhar 
fora do estabelecimento prisional, em serviços de natureza privada, durante o período diurno, desde 
que mediante prévia autorização judicial. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4 - (Prova: CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário - Direito - Área Judiciária - específicos / Direito 
Penal / Crimes Hediondos; Progressão da Pena) 
Acerca do direito penal, julgue os itens seguintes. 
Considere a seguinte situação hipotética. 
Maura praticou crime de extorsão, mediante sequestro, em 27/3/2008, e, denunciada, regularmente 
processada e condenada, iniciou o cumprimento de sua pena em regime fechado. Nessa situação 
hipotética, após o cumprimento de um sexto da pena em regime fechado, Maura terá direito à 
progressão de regime, de fechado para semiaberto. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
 
 
 
 
 
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5 - ( Prova: FCC - 2009 - DPE-SP - Defensor Público / Direito Penal / Progressão da Pena) 
Abzuilson, em razão de progressão de regime de cumpri mento de pena, cumpria pena em regime 
aberto quando foi autuada ao processo de execução nova condenação pela prática de crime cometido 
antes de ser progredido. O juiz da execução penal deve 
a) ouvi-lo nos termos do art. 118, § 2o da Lei de Execução Penal e regredi-lo para o regime fechado . 
b) ouvi-lo nos termos do art. 118, § 2o da Lei de Execução Penal e regredi-lo para o regime semi-aberto, 
porque não há regressão por salto. 
c) regredi-lo com fundamento no art. 52 da Lei de Execução Penal, que diz que a prática de fato previsto 
como crime doloso é falta grave. d) aplicar o art. 111 da Lei de Execução Penal para determinar que a pena 
mais grave seja cumprida primeiro. 
e) aplicar oart. 111 da Lei de Execução Penal e fixar o regime de cumprimento de acordo com o resultado 
das penas somadas, descontadas a remição e a detração. 
 
6 - (Prova: FCC - 2008 - MPE-PE - Promotor de Justiça / Direito Penal / Progressão da Pena) 
Por detração penal compreende-se: 
a) a possibilidade que tem o preso, em regime fechado ou semi-aberto, de descontar parte da execução da 
pena pelo trabalho. 
b) o cômputo no prazo da pena privativa de liberdade, do tempo de prisão provisória ou administrativa. c) a 
atenuação da pena por ato do Poder Executivo. 
d) a conversão da pena restritiva de direito em pena privativa de liberdade. 
e) a substituição da pena privativa de liberdade por multa. 
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Fonte: http://www.questoesdeconcursos.com.br 
Gabarito: 1 - C; 2 - b; 3 - E; 4 - E; 5 - e; 6 - b; 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. 
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. 
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 e 905146573 para Classe 16 - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
 
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A dosimetria (cálculo) da pena é o momento em que o Estado – detentor do direito de punir (jus puniendi) – 
através do Poder Judiciário, comina ao indivíduo que delinque a sanção que reflete a reprovação estatal do 
crime cometido. 
O Código Penal Brasileiro, em sua parte especial, estabelece a chamada pena em abstrato, que nada mais é 
do que um limite mínimo e um limite máximo para a pena de um crime (Exemplo: Artigo 121. Matar 
Alguém: Pena: Reclusão de seis a vinte anos). 
A dosimetria da pena se dá somente mediante sentença condenatória. 
 
A dosimetria atende ao sistema trifásico estabelecido no artigo 68 do Código Penal, ou seja, atendendo a três 
fases: 
1 - Fixação da Pena Base; 
2 - Análise das circunstâncias atenuantes e agravantes; 
3 - Análise das causas de diminuição e de aumento; 
 
A primeira fase consiste na fixação da pena base; isso se dá pela análise e valoração subjetiva de oito 
circunstâncias judiciais. São elas: 
 - Culpabilidade (valoração da culpa ou dolo do agente); 
 - Antecedentes criminais ( Análise da vida regressa do indivíduo- se ele já possui uma condenação com 
trânsito em julgado – Esta análise é feita através da Certidão de antecedentes criminais, emitida pelo juiz; ou 
pela Folha de antecedentes criminais, emitida pela Polícia civil); 
 - Conduta social (Relacionamento do indivíduo com a família, trabalho e sociedade . Pode –se presumir 
pela FAC ou pela CAC); 
 - Personalidade do agente (Se o indivíduo possui personalidade voltada para o crime); 
 - Motivos (Motivo mediato); 
 - Circunstâncias do crime (modo pelo qual o crime se deu); 
 - Consequências (além do fato contido na lei); 
 - Comportamento da vítima (Esta nem sempre é valorada, pois na maioria das vezes a vítima não contribui 
para o crime). 
Nesta análise, quanto maior o número de circunstâncias judiciais desfavoráveis ao réu, mais a pena se afasta 
do mínimo. O juiz irá estabelecer uma pena base, para que nela se possa atenuar, agravar, aumentar ou 
diminuir (Próximas etapas da dosimetria). 
 
Na segunda fase da dosimetria se analisa as circunstâncias atenuantes e agravantes. 
Atenuantes são circunstâncias que sempre atenuam a pena, o artigo 65 do CP elenca as circunstâncias 
atenuantes (Ex: Artigo 65, I: Ser o agente menor de vinte e um, na data do fato, ou maior de setenta, na data 
da sentença.). 
Agravantes são circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualifiquem o crime. As 
circunstâncias agravantes são de aplicação obrigatória, e estão previstas nos artigos 61 e 62 do Código 
Penal. São de aplicação restritiva, não admitindo aplicação por analogia. O legislador não prevê o percentual 
a ser descontado ou aumentado na pena em função dos agravantes e dos atenuantes. 
 
A terceira fase da dosimetria consiste nas causas especiais de diminuição ou aumento de pena, aplicadas 
sobre o resultado a que se chegou na segunda fase, estas ora vêm elencadas na parte especial, ora na parte 
geral. 
 
http://www.infoescola.com/direito/dosimetria-da-pena/

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