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TESES DE MÉRITO PROCESSO PENAL

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A reprodução do material disponibilizado neste blog é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. 
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis 
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
 
 
 
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A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis 
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 
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Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
 
 
TESE PRINCIPAL DE MÉRITO 
 
A aplicação da pena só é possível se a conduta é criminosa e o agente culpável. A causa que justifica a 
persecução penal ou a condenação é o cometimento de crime, sendo assim, não é justo que alguém que não 
tenha cometido crime, ou que tenha cometido sem culpabilidade, seja condenado. 
Dessa forma, sempre que inexistir o fato ou este não constituir infração penal, quando a conduta for típica 
mas existir circunstância que exclua o crime ou que isente de pena o réu, quando o réu não é o autor do 
crime ou não houver provas suficientes para sustentar a condenação, a defesa deve arguir uma tes de mérito. 
Os requisitos indispensáveis para que o estado exerça o “jus puniendi” (direito de punir) é a tipicidade, a 
antijuricidade e a culpabilidade. No Brasil existe uma corrente doutrinária que defende que o crime compõe-
se apenas de fato típico e antijurídico, descartando a culpabilidade como integrante da estrutura do crime 
sendo, apenas, pressuposto da pena. Mesmo que adotemos esse posicionamento, se o agente não for 
culpável, não poderá ser condenado. Nesse caso, a sentença será absolutória por falta de justa causa. 
Resumindo, as situações de falta de justa causa são: 
1 - o fato que foi imputado na denúncia não aconteceu; 
2 - o fato que foi imputado na denúncia aconteceu mas o acusado não contribuiu para a sua ocorrência; 
3 – o fato ocorreu e o acusado o causou mas o fato é atípico; 
4 – o acusado praticou fato típico mas estava amparado por excludente de ilicitude; 
5 – o acusado praticou fato típico mas não poderia ser culpado quando o fez; 
6 – o acusado praticou fato típico, antijurídico e culpável mas sua conduta é isenta de pena por sua relação 
de parentesco com o autor ou vítima; 
7 – não há provas suficientes. 
Existe ainda a possibilidade de que, em um determinado processo, não haja justa causa para a condenação 
por um determinado crime, mas seja possível a condenação por outro. É a chamada “falta de justa causa 
relativa”. Quando isso acontece, o pedido não é a absolvição e sim a desclassificação da infração ou 
abrandamento da pena. 
Por uma questão de organização e para facilitar o raciocínio, quando eu fiz a prova eu segui o conselho dado 
pelos professores de cursinho e dividi minhas teses em 3 partes: 
A – Teses de NULIDADE 
B – Teses de EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
C – Teses de MÉRITO 
Vamos conversar sobre as teses de NULIDADE? 
Abram no artigo 564 do Código de Processo Penal e peguem duas canetas marca-texto. 
As nulidades podem ser ABSOLUTAS (podem ser alegadas a qualquer tempo. A violação causa o prejuízo) 
ou RELATIVAS (que, caso não alegadas pela parte interessada, poderão ser convalidadas). 
No meu código eu grifei as nulidades absolutas de determinada cor(verde, por exemplo) e as relativas de 
outra(azul, por exemplo), para facilitar a visualização. Vamos elencá-las? 
NULIDADES ABSOLUTAS: 
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; 
II - por ilegitimidade de parte; 
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de 
prisão em flagrante; 
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; 
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 
anos; 
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente,(…) 
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos 
perante o Tribunal do Júri; 
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; 
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Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
 
 
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade; 
k) os quesitos e as respectivas respostas; 
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; 
m) a sentença; 
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; 
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba 
recurso; 
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento; 
NULIDADES RELATIVAS 
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela 
parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; 
e) (…)e os prazos concedidos à acusação e à defesa; 
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o 
julgamento à revelia; 
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei; 
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato. 
Gente, habitualmente a nulidade é alegada primeiro, de forma preliminar, porque pediremos a anulação do 
processo todo ou de parte dele. 
Mas Henrique, a absolvição (tese de mérito) não é melhor? 
Sim, mas pensa comigo: como é que eu vou absolver se o processo “não existe”? 
Sempre a nulidade vem primeiro? 
Note-se que, se da minha tese de mérito, caso acolhida, gere uma nulidade, então devo primeiro pedir o 
acolhimento da tese de mérito. Para ficar mais claro, se o sujeito está sendo processo na Justiça Comum 
Federal e minha tese de mérito defenda que o crime seja de competência da Justiça Comum estadual, eu 
peço a desclassificação e, então, que seja anulado o processo “ab initio” em razão da incompetência 
absoluta. 
Na minha prova uma questão muito polêmica foi quanto à“reformatio in pejus”. Olha, sinceramente eu 
não aleguei em forma de preliminar, porém me deram nota máxima. Eu aconselho vocês a alegarem em 
preliminar de nulidade para que a boca miúda do povo não tenha o que falar na correção. 
As nulidades poderão estar relacionadas às arbitrariedades, que é quando umdireito subjetivo é negado, 
como por exemplo, o sursis. 
Mas Henrique, eu to desesperado(a)! não consigo visualizar nulidade! 
Gente, o melhor conselho que eu dou à vocês é ESTUDEM! 
Na minha preparação eu grudei na cadeira e não sai até conseguir, ao menos, identificar as nulidades nas 
questões! 
 
Bibliografia: 
Prática Penal – Ângela C. Cangiano Machado; Guilherme Madeira Dezem; Gustavo Octaviano Diniz 
Junqueira; Maria Patrícia Vanzolini Figueiredo. 8ª edição. São Paulo – editora RT. (é o de capa roxa). 
Prática Profissional de Direito Penal – Rodrigo Bello; Gabriel Habib. 2ª edição. Salvador – editora 
JusPODIVM. 
http://ordemetprogresso.wordpress.com/2012/02/28/teses-defensivas-nulidade/

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