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Prévia do material em texto

REFORMA 
TRABALHISTA
Por Chríssia Pereira
Introdução
Em 11 de Novembro de 2017, entra em vigor a Reforma 
Trabalhista (Lei nº 13.467 de 13 de julho de 2017). Pensando nos 
colegas advogados, convidamos nossa colunista Chríssia 
Pereira, especialista em Direito do Trabalho, para preparar uma 
série de artigos sobre o tema. 
Foram preparados cinco artigos, para que de forma sucinta, seja 
conhecido ponto a ponto de todas as alterações em Processo 
do Trabalho, e como isso irá lhe afetar a rotina dos advogados e 
toda a população do país.
Os 5 temas serão: 

1. Aspectos práticos do processo do trabalho; 
2. Custas e Honorários; 
3. Peticionamento e Provas; 
4. Responsabilidade, execução e desconsideração; 
5. Arquivamento e Revelia, Recursos e Súmulas 
Apesar de ser uma matéria polêmica, nossa intenção aqui é 
trazer a discussão à tona, sem tomar partido, estimulando o 
debate saudável e o enriquecimento do tema. Esperamos 
que a leitura seja agradável e traga os esclarecimentos que 
você desejou a fazer o download desse material.
Módulo I: 
Contagem de Prazos em Dias Úteis, 
Prescrição e Prescrição Intercorrente 
presentes na Reforma Trabalhista. 
Contagem dos Prazos em Dias Úteis
Os prazos processuais serão contados em 
dias úteis, com exclusão do dia do 
começo e inclusão do dia do vencimento: 
“Art. 775.  Os prazos estabelecidos neste 
Título serão contados em dias úteis, com 
exclusão do dia do começo e inclusão do 
dia do vencimento. 
1º Os prazos podem ser prorrogados, 
pelo tempo estritamente necessário, 
nas seguintes hipóteses: 
I - quando o juízo entender necessário; 
II - em virtude de força maior, 
devidamente comprovada. 
2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos 
processuais e altera 
Vale lembrar, que antes os prazos eram 
contados de forma contínua, a mudança 
acompanha o Novo CPC. O artigo é bem 
recepcionado pelos advogados, porém 
em fase de transição é sempre 
importante manter a atenção. 
Índice > Módulo I
Prescrição
Importante esclarecer que, para o trabalhador, 
continua igual o fato de que este somente poderá 
reclamar direitos dos cinco anos anteriores, e no prazo 
de 2 anos após o término do contrato de trabalho. 
Vejamos então, o caput do art. 11 da Lei 13.467: 

“A pretensão quanto a créditos resultantes das 
relações de trabalho prescreve em cinco anos para 
os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 
dois anos após a extinção do contrato de trabalho. ” 
Índice > Módulo I
Prescrição Intercorrente
Prescrição Intercorrente é aquela que ocorre, quando 
o processo fica parado por um prazo determinado, e 
ao final deste tempo o processo é extinto. 
A súmula 327 do STF, traz o entendimento de 
aplicabilidade quanto à créditos trabalhistas “O 
direito trabalhista admite prescrição intercorrente”. 
No entanto, o TST através da Súmula 114, entendeu 
que não é aplicável à Justiça do Trabalho tal instituto. 
Admitindo-a excepcionalmente apenas para multas 
administrativas impostas pela fiscalização do 
trabalho (Lei de Execuções Fiscais (Lei 6.830/80 – 
usada para cobrança de créditos inscritos na dívida 
ativa da União) nos termos do artigo 642 da CLT “A 
cobrança judicial das multas impostas pelas 
autoridades administrativas do trabalho obedecerá 
ao disposto na legislação aplicável à cobrança da 
dívida ativa da União, (…).” 
Ainda que o entendimento já estivesse consolidado, 
a reforma trabalhista traz a prescrição intercorrente 
para a justiça do trabalho em seu texto: 
Art. 11 - A.  Ocorre a prescrição intercorrente no 
processo do trabalho no prazo de dois anos. 
1º - A fluência do prazo prescricional intercorrente 
inicia-se quando o exequente deixa de cumprir 
determinação judicial no curso da execução. 
2º - A declaração da prescrição intercorrente pode 
ser requerida ou declarada de ofício em qualquer 
grau de jurisdição 
Assim, se durante à execução trabalhista, houver 
determinação para o exequente e este se manter 
inerte, por mais de dois anos o juiz poderá 
reconhecer de ofício a prescrição intercorrente do 
crédito trabalhista, em qualquer grau de jurisdição. 
De forma que, em concordância com o Novo CPC 
incidirá sobre o processo trabalhista também o 
seguinte artigo: “art. 924, V, do Novo CPC: Art. 924. 
 Extingue-se a execução quando: V – ocorrer a 
prescrição intercorrente. ”
Índice > Módulo I
Módulo II:
Regime de Custas, Gratuidade da 
justiça, honorários advocatícios de 
sucumbência e Honorários periciais 
na Reforma Trabalhista.
Regime de Custas
Vejamos o que dispõe a redação do art. 789 da 
CLT: 
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos 
dissídios coletivos do trabalho, nas ações e 
procedimentos de competência da Justiça do 
Trabalho, bem como nas demandas propostas 
perante a Justiça Estadual, no exercício da 
jurisdição trabalhista, as custas relativas ao 
processo de conhecimento incidirão à base de 
2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 
10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e 
o máximo de quatro vezes o limite máximo 
dos benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social, e serão calculadas: 
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017) 
I - quando houver acordo ou condenação, 
sobre o respectivo valor; 
II - quando houver extinção do processo, sem 
julgamento do mérito, ou julgado totalmente 
improcedente o pedido, sobre o valor da 
causa; 
III - no caso de procedência do pedido 
formulado em ação declaratória e em ação 
constitutiva, sobre o valor da causa; (Redação 
dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) 
IV - quando o valor for indeterminado, sobre o 
que o juiz fixar. 
Como vimos acima, fica estabelecido o limite 
máximo do valor das custas processuais em 4 
vezes o limite dos benefícios do Regime Geral 
de Previdência Social. Na redação anterior, não 
havia limite máximo para as custas, apenas se 
estipulava o mínimo em discordância com a 
Súmula 667 do STF “ Viola a garantia 
Constitucional de acesso à jurisdição a taxa 
judiciária calculada sem limite sobre o valor da 
causa. ” Atualmente o teto previdenciário tem o 
limite de R$ 22.125,24. O percentual de custas 
permanece em alíquota de 2%.
Índice > Módulo II
Justiça Gratuita
Justiça Gratuita 
O benefício da justiça gratuita será 
concedido apenas aos que receberem salário 
igual ou inferior a 40% do limite máximo dos 
benefícios do Regime Geral da Previdência 
Social, ou à parte que comprovar sua 
hipossuficiência de recursos para pagamento 
das custas do processo, vejamos texto de lei: 
“Art. 790. 
3º É facultado aos juízes, órgãos 
julgadores e presidentes dos tribunais do 
trabalho de qualquer instância conceder, 
a requerimento ou de ofício, o benefício 
da justiça gratuita, inclusive quanto a 
traslados e instrumentos, àqueles que 
perceberem salário igual ou inferior a 
40% (quarenta por cento) do limite 
máximo dos benefícios do Regime Geral 
de Previdência Social. § 4º O benefício da 
justiça gratuita será concedido à parte 
que comprovar insuficiência de recursos 
para o pagamento das custas do processo. 
” (NR) 
Anteriormente, apenas a mera declaração de 
insuficiência financeira era suficiente para 
gozar do benefício, e que a pessoa não 
recebesse salário inferior ao dobro do salário 
mínimo vigente. Agora, vinculou-se a 40% 
do RGPS, ou seja 40% de R$ 5.531,31 = R$ 
2.212,52. 
Lembre-se que nos moldes no Novo CPC art. 
105, o advogado com poderes específicos 
pode afirmar o estado de vulnerabilidade de 
seu cliente. Outro dispositivo do CPC que 
incidirá supletivamente é o art. 15, que diz 
queo juiz poderá indeferir a justiça gratuita 
nos casos em que faltarem pressupostos 
legais para a concessão de gratuidade.
Índice > Módulo II
Honorários Periciais na Reforma Trabalhista
A parte sucumbente no objeto de perícia será 
responsável pelo pagamento dos honorários periciais: 
“Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos 
honorários periciais é da parte sucumbente na 
pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária 
da justiça gratuita. 
1º Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo 
deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo 
Conselho Superior da Justiça do Trabalho. 
2º O juízo poderá deferir parcelamento dos 
honorários periciais. 
3º O juízo não poderá exigir adiantamento de 
valores para realização de perícias. 
4º Somente no caso em que o beneficiário da justiça 
gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes 
de suportar a despesa referida no 39 caput, ainda 
que em outro processo, a União responderá pelo 
encargo. ” (NR) 
O texto súmula 236 do TST traz o seguinte verbete “A 
responsabilidade pelo pagamento dos honorários 
periciais é da parte sucumbente na pretensão do objeto 
da perícia. ” Inspirou o texto da Reforma Trabalhista. 
Destaca-se que nos termos do artigo acima citado 
ainda que beneficiária da justiça gratuita, caso o 
beneficiário não tenha créditos para suportar a despesa, 
a União deverá assumir imediatamente. Caso tenha 
créditos, deverá ser retido do crédito que tenha direito 
judicialmente. A melhor interpretação, para não cair em 
flagrante inconstitucionalidade o beneficiário somente 
deverá suportar caso o crédito promova sua 
incontestante alteração na condição econômica. (art. 12 
da Lei 1.060/1950 
Os honorários periciais serão fixados até o limite 
estabelecido no Conselho Superior da Justiça do 
Trabalho. Os valores poderão ser parcelados, proibindo-
se o adiantamento de honorários para início da perícia. 
Impossível falar de tal tópico, sem comentar acerca do 
receio, medo, que será gerado ao empregado que 
queira buscar a justiça do trabalho, para reparar uma 
condição negativa de trabalho, que só poderá ser 
identificada através de uma perícia judicial, a 
possibilidade de descontar os honorários periciais de 
eventual crédito trabalhista existente. Não parece 
razoável que tal valor, seja descontado de crédito de 
natureza alimentar, quando for beneficiário da justiça 
gratuita.
Índice > Módulo II
Honorários de Sucumbência na Reforma Trabalhista
Os honorários sucumbenciais chegam a justiça do 
trabalho, nos seguintes termos: 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa 
própria, serão devidos honorários de sucumbência, 
fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o 
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que 
resultar da liquidação da sentença, do proveito 
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, 
sobre o valor atualizado da causa. 
1º Os honorários são devidos também nas ações 
contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte 
estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua 
categoria. 
2º Ao fixar os honorários, o juízo observará: 
I – o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo 
exigido para o seu serviço. 
3º. Na hipótese de procedência parcial, o juízo 
arbitrará honorários de sucumbência recíproca, 
vedada a compensação entre os honorários. 
4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde 
que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro 
processo, créditos capazes de suportar a despesa, as 
obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão 
sob condição suspensiva de exigibilidade e somente 
poderão ser executadas se, nos dois anos 
subsequentes ao trânsito em julgado da decisão 
que as certificou, o credor demonstrar que deixou 
de existir a situação de insuficiência de recursos que 
justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-
se, passado esse prazo, tais obrigações do 
beneficiário. 
5º São devidos honorários de sucumbência na 
reconvenção. ” 
O artigo em regra é bem recepcionado pela advocacia 
trabalhista, que há tempos reivindica tal recebimento. A 
previsão de recebimento de 5% a 15%, é inferior ao 
previsto no art. 85, § 2º do Novo CPC, e deixou de trazer 
a aplicação de honorários sucumbenciais recursais. 
O artigo trouxe a aplicação de sucumbência recíproca, e 
também a possibilidade de caso a parte for beneficiária 
da justiça gratuita, o crédito ficará suspenso de 
exigibilidade, só podendo ser executado, se no prazo de 
dois anos deixar de existir a situação de insuficiência de 
recursos, conforme texto do §4º. 
Diferente do entendimento quanto aos honorários 
periciais, o STF já reconheceu por meio da Súmula 
Vinculante 47, o caráter alimentar dos honorários 
sucumbenciais, portanto, estes devem sim incidir sobre 
qualquer crédito obtido no processo judicial.
Índice > Módulo II
Módulo III:
Peticionamento (Petição Inicial e 
Exceção de Incompetência 
Territorial) e Distribuição do Ônus da 
Prova na Reforma Trabalhista.
Petição Inicial
O antigo texto, tratava exclusivamente da necessidade 
do pedido e não fazia qualquer referência à 
determinação ou a indicação de valores, exigência de 
certeza. Vejamos a nova redação do art. 840: 
“Art. 840. 
§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a 
designação do juízo, a qualificação das partes, a breve 
exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, 
que deverá ser certo, determinado e com indicação de 
seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu 
representante. 
§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 
duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou 
secretário, observado, no que couber, o disposto no § 
1o deste artigo. 
§ 3o Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o 
deste artigo serão julgados extintos sem resolução do 
mérito. ” 
Quanto ao requisito certeza, este deve seguir os 
moldes do art. 243 do Código Civil, em resumo, o 
pedido deve ser expresso, específico e individualizado 
na petição inicial. Quanto a exigência de determinação 
em regra ele é mero sinônimo de liquidez. Com o 
advento do Código de Processo Civil de 2015, este 
passa a tratar de forma categórica, que o pedido deve 
ser certo (art. 322), e também determinado (art. 324), 
sendo tais dispositivos aplicáveis ao processo do 
trabalho desde então. 
A novidade mesmo ficou na liquidez dos pedidos, já 
que somente nas causas inferiores a 40 salários 
mínimos é que tais pedidos deveriam ser liquidados. 
Agora em todas as ações, não é necessária uma 
memória de cálculo, mas deve indicar o valor do 
pedido. 
A soma dos valores é importante para determinar valor 
da causa, que em consequência terá efeitos sobre 
custas, definição de honorários advocatícios. Cabe 
ressaltar que tal valor não vinculará o magistrado, que 
pode deferi-lo em citra petita (dentro do pedido), mas 
não pode deferir ultra petita, ou seja, acima do pedido, 
a não ser em hipóteses autorizadas por lei. (art 492 do 
CPC) 
Cabe ressaltar que na falta de um ou mais peitos sem 
liquidação, não obstará o processo quanto aos demais 
pedidos feitos, com a exceção de conexão entre 
pedidos.
Índice > Módulo III
Exceção de Incompetência Territorial 

na Reforma Trabalhista
Muda-se o procedimento da Exceção de Incompetência, 
o prazo passa a ser de 5 dias a contar da notificação, e 
não mais da audiência, e em peça apartada: 
“Art. 800. Apresentada exceção de incompetência 
territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação,antes da audiência e em peça que sinalize a existência 
desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido 
neste artigo. 
§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e 
não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 
desta Consolidação até que se decida a exceção. 
§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, 
que intimará o reclamante e, se existentes, os 
litisconsortes, para manifestação no prazo comum de 
cinco dias. 
§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o 
juízo designará audiência, garantindo o direito de o 
excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por 
carta precatória, no juízo que este houver indicado 
como competente. 
§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o 
processo retomará seu curso, com a designação de 
audiência, a apresentação de defesa e a instrução 
processual perante o juízo competente. ” (NR) 
A mudança é vista de forma positiva, vez que evita 
deslocamentos desnecessários, e tem procedimento 
mais rápido ao permitir a apresentação remota do 
incidente. A observação maior fica na preclusão 
temporal, ou seja, não apresentação da Exceção de 
Incompetência em cinco dias úteis a partir da 
notificação, não poderá mais o reclamado arguir, 
mesmo que em audiência como previsto anteriormente. 
O prazo para resposta da exceção também é de 5 dia 
úteis 
O processo principal fica sobrestado enquanto ocorre o 
andamento da Exceção de Incompetência, nos termos 
do art 799 da CLT que permanece com mesma redação, 
e do art. 340 § 3º do CPC. Caso o Juiz entenda 
necessidade de prova oral, poderá marcar audiência, 
não cabe recurso imediato da decisão que indeferir a 
realização de audiência 
Quanto a oitiva de testemunhas essa poderá ser feita 
por carta precatória. Após da decisão da Exceção o 
Processo retorna o curso normal, não cabe recurso 
imediato da decisão que acolhe a decisão se forem 
destinados a outra vara da mesma regional do juízo 
excepcionado, porém quando houver remessa para 
tribunal distintos, caberá recurso nos termos da súmula 
214 do Colento TST, item C.
Índice > Módulo III
Inversão do Ônus da prova na Reforma Trabalhista
Segue abaixo o novo texto de lei: 
Art. 818. O ônus da prova incumbe: 
I - ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu 
direito; 
II - ao reclamado, quanto à existência de fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do 
reclamante. 
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de 
peculiaridades da causa relacionadas à 
impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir 
o encargo nos termos deste artigo ou à maior 
facilidade de obtenção da prova do fato contrário, 
poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo 
diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, 
caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se 
desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
§ 2o A decisão referida no § 1o deste artigo deverá 
ser proferida antes da abertura da instrução e, a 
requerimento da parte, implicará o adiamento da 
audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer 
meio em direito admitido. 
§ 3o A decisão referida no § 1o deste artigo não pode 
gerar situação em que a desincumbência do encargo 
pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. 
” (NR) 
Em síntese, atribuiu-se ao reclamante o ônus da prova 
constitutivo, e ao reclamado, ônus da prova do fato 
impeditivo, modificativo ou instintivo. A mudança 
seguiu a tendência doutrinária de aplicação do art. 15 
do CPC. 
O artigo citado acima admite três critérios, critério 
tradicional estético (nos termos do CPC revogado), 
dinâmico- quando este for importo por norma 
jurídica e o critério facultativamente adotado pelo juiz 
conforme as peculiaridades de cada processo. 
O juiz poderá determinar o adiamento de audiência, 
caso o requerimento de inversão do ônus da prova 
seja feito em audiência, para que não seja 
caracterizado o cerceamento de Defesa, ressalte-se 
que trata de exceção e não regra a sua inversão.
Índice > Módulo III
Módulo IV:
Responsabilidade por Dano 
Processual, Desconsideração da 
Personalidade Jurídica e Execução 
Trabalhista na Reforma Trabalhista.
Responsabilidade por Dano Processual na Reforma Trabalhista
O art. 793-A abaixo citado, trata-se de uma 
disposição literal do texto do art 79 do CPC. 
Reconhecendo assim, a vítima de litigância 
improba, dando-lhe direito a reparação do dano 
processual. Importante destacar que o advogado 
também poderá responder por tal dano: 
"Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele 
que litigar de má-fé como reclamante, reclamado 
ou interveniente. ‟ 
Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele 
que: 
I – deduzir pretensão ou defesa contra texto 
expresso de lei ou fato incontroverso; 
II – alterar a verdade dos fatos; 
III – usar do processo para conseguir objetivo 
ilegal; 
IV – opuser resistência injustificada ao 
andamento do processo; 
V – proceder de modo temerário em qualquer 
incidente ou ato do processo; 
VI – provocar incidente manifestamente 
infundado; 
VII – interpuser recurso com intuito 
manifestamente protelatório." 
Já o art. 793-B, é disposição literal do art 80 do CPC, 
O rol citado acima é meramente ilustrativo. O juiz 
constatado qualquer das hipóteses, poderá aplicar 
multa de até 20% do valor da causa, que será 
revertida para União, nos termos do art. 77 do CPC. 
Já o texto do Art. 793- C citado abaixo, traz a 
tríplice responsabilização do improbus litigator: em 
pagar multa, indenizar perdas e danos e arcar com 
honorários advocatícios e despesas processuais. 
Aqui o valor das sanções aplicadas ao litigante de 
má fé serão revertidas ao beneficiário da parte 
contrária. Observar-se-á também o erro redacional, 
leia-se que o correto é que no lugar de “juízo” a 
palavra “juiz”. E a mudança sobre o valor aplicado 
em valor da causa irrisórios que poderá ser de duas 
vezes o limite máximo dos benefícios da 
Previdência Social.
Índice > Módulo IV
Responsabilidade por Dano Processual na Reforma Trabalhista
"Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o 
juízo condenará o litigante de má-fé a pagar 
multa, que deverá ser superior a 1% (um por 
cento) e inferior a 10% (dez por cento) do 
valor corrigido da causa, a indenizar a parte 
contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a 
arcar com os honorários advocatícios e com 
todas as despesas que efetuou. 
§ 1º Quando forem dois ou mais os litigantes 
de má-fé, o juízo condenará cada um na 
proporção de seu respectivo interesse na 
causa ou solidariamente aqueles que se 
coligaram para lesar a parte contrária. 
§ 2º Quando o valor da causa for irrisório ou 
inestimável, a multa poderá ser fixada em até 
duas vezes o limite máximo dos benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social. 
§ 3º O valor da indenização será fixado pelo 
juízo ou, caso não seja possível mensurá-lo, 
liquidado por arbitramento ou pelo 
procedimento comum, nos próprios autos.‟ 
Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 
793-C desta Consolidação à testemunha que 
intencionalmente alterar a verdade dos fatos 
ou omitir fatos essenciais ao julgamento da 
causa. 
Parágrafo único. A execução da multa prevista 
neste artigo dar-se-á nos mesmos autos. ‟ 
O art. 793-D é a tradução do art. 5 do CPC 
“aquele que de qualquer forma participa do 
processo deve comportar-se de Boa-fé. 
Portanto, aquele que participa como 
testemunha também tem o dever de 
colaborar para uma decisão justa. Portanto 
nasce a multa sancionatória por improbidade 
testemunhal. Tal multa deverá ser revertida 
emfavor da parte que for potencialmente 
prejudicada. E mesmo que tenha a retratação 
da testemunha, a multa deverá continuar a 
ser aplicada, será retirada apenas a sanção 
penal dos autos.
Índice > Módulo IV
Desconsideração da Personalidade 

Jurídica na Reforma Trabalhista
Quando da vigência do Novo CPC este criou 
instauração de incidente processual, que garantia 
ampla defesa, dilação probatória, possibilidade de 
cabimento de recurso, a instrução Normativa 
39/2016 reconheceu tal aplicação com suas 
ponderações, mesmo com vários doutrinadores 
contra esta aplicação no Processo do Trabalho. A 
Reforma Trabalhista, resolve o impasse e passa a 
ser aplicado a desconsideração da personalidade 
jurídica, conforme se aplica no CPC (art 133). 
"Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o 
incidente de desconsideração da personalidade 
jurídica previsto nos artigos 133 a 137 da Lei nº 
13.105, de 16 de março de 2015 – Código de 
Processo Civil. 
§ 1º Da decisão interlocutória que acolher ou 
rejeitar o incidente: I – na fase de cognição, não 
cabe recurso de imediato, na forma do § 1º do art. 
893 desta Consolidação; II – na fase de execução, 
cabe agravo de petição, independentemente de 
garantia do juízo; III – cabe agravo interno se 
proferida pelo relator em incidente instaurado 
originariamente no tribunal. § 2º A instauração do 
incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de 
concessão da tutela de urgência de natureza 
cautelar de que trata o art. 301 da Lei nº 13.105, 
de 16 de março de 2015 (Código de Processo 
Civil).‟ 
Destaca-se que, não há determinação para que o 
regramento seja aplicado por inteiro ao Processo 
do Trabalho, há que se considerar a 
compatibilidade com o processo do trabalho. 
Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa 
jurídica, terá prazo de 5 dias úteis para se 
manifestar e requerer provas, o § 1º acolhe regras 
do processo do trabalho: irrecorribilidade 
imediata da decisão que acolhe a 
desconsideração, na fase de execução, quando se 
tratar de responsabilidade do sócio caberá agravo 
de petição, independente de garantia do juízo, na 
fase recursal, em incidente instaurado 
originalmente pelo relator caberá o agravo 
interno. 
A instauração suspenderá o incidente, podendo o 
juiz deferir medidas cautelares que impeçam o 
sócio de desfazer do patrimônio.
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Execução Trabalhista na Reforma Trabalhista
Execução Trabalhista na Reforma Trabalhista 
Manteve-se a justiça do trabalho a 
competência para execução de ofício de 
contribuições previdenciárias, conforme já 
dispunha a Súmula Vinculante 53 do STF. 
Segue abaixo o novo texto de lei: 
“Art. 876. 
Parágrafo único. A Justiça do Trabalho 
executará, de ofício, as contribuições sociais 
previstas na alínea a do inciso I e no inciso II 
do caput do art. 195 da Constituição Federal, 
e seus acréscimos legais, relativas ao objeto 
da condenação constante das sentenças que 
proferir e dos acordos que homologar. ” (NR). 
A alteração pela Reforma Trabalhista no 
texto abaixo, art. 878, sai na contramão do 
princípio da celeridade e do princípio do 
impulso oficial, consagrados na Constituição 
Federal, além do atrito com o próprio texto 
constitucional, art 114, VIII. Processualmente, 
é necessário apurar-se o crédito trabalhista 
para então liquidar e homologar as 
contribuições previdenciárias. 
O texto, retirou a obrigação do juiz de 
prosseguir de oficio, em processos em que a 
parte estiver representada por advogado. 
Mas, a doutrina majoritária tem entendido 
que não há que se falar em prejuízo se o juiz 
resolve iniciar o processo de ofício, vejamos 
o artigo: 
Art. 878. A execução será promovida pelas 
partes, permitida a execução de ofício pelo 
juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas 
nos casos em que as partes não estiverem 
representadas por advogado. Parágrafo 
único. (Revogado). ” (NR)
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Execução Trabalhista na Reforma Trabalhista
Art. 879. 
§ 2º Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo 
deverá abrir às partes prazo comum de oito dias 
para impugnação fundamentada com a indicação 
dos itens e valores objeto da discordância, sob 
pena de preclusão. 
§ 7º A atualização dos créditos decorrentes de 
condenação judicial será feita pela Taxa 
Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do 
Brasil, conforme a Lei nº 8.177, de 1º de março de 
1991. ” (NR). 
O art. 879 diminui o prazo de 10 dias para 
impugnação em 8 (oito) dias, e o transforma em 
prazo sucessivo, e incumbe ao juiz o dever de 
abertura do prazo. Lembrando que a perda do 
prazo provoca preclusão temporal. 
Na impugnação, a parte deve apresentá-la 
tempestivamente, delimitando os itens aos quais 
surgiram insurgências sobre os valores, e 
fundamentação da crítica dos cálculos. 
Quanto a aplicação da Taxa Referencial, esta vem 
sendo alvo de críticas, vez que não é suficiente 
para corrigir a inflação do período. 
Quanto ao art. 882, que segue abaixo, a grande 
novidade está no seguro-garantia judicial, 
conforme a lei 8.666/1993 é aquele que “garante o 
fiel cumprimento das obrigações assumidas por 
empresas em licitações e contratos”, o Novo CPC 
já havia trago tal inovação que agora adentra ao 
Processo do Trabalho: 
“Art. 882. O executado que não pagar a 
importância reclamada poderá garantir a 
execução mediante depósito da quantia 
correspondente, atualizada e acrescida das 
despesas processuais, apresentação de seguro-
garantia judicial ou nomeação de bens à penhora, 
observada a ordem preferencial estabelecida no 
art. 835 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 
– Código de Processo Civil. ” (NR)
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Execução Trabalhista na Reforma Trabalhista
Art. 883-A. A decisão judicial transitada 
em julgado somente poderá ser levada a 
protesto, gerar inscrição do nome do 
executado em órgãos de proteção ao 
crédito ou no Banco Nacional de 
Devedores Trabalhistas (BNDT), nos 
termos da lei, depois de transcorrido o 
prazo de quarenta e cinco dias a contar 
da citação do executado, se não houver 
garantia do juízo. 
Art. 884. 
§ 6º A exigência da garantia ou penhora 
não se aplica às entidades filantrópicas 
e/ou àqueles que compõem ou 
compuseram a diretoria dessas 
instituições. ” (NR). 
O prazo para apresentação dos 
Embargos à Execução prevalece o 
mesmo: 5 dias, bem como a matéria de 
defesa. A novidade está na dão exigência 
de garantia ou penhora das entidades 
filantrópicas, vale ressaltar que a 
Constituição Federal já isenta de 
contribuição social, tais entidades. O 
dispositivo veio com nomenclatura 
ultrapassada, deve ser compreendido 
como Entidades Beneficentes, para tal 
isenção estas, e seus dirigentes devem 
exibir o Certificado de Entidades 
Beneficentes de Assistência Social.
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Módulo V:
Arquivamento e Revelia, Recursos e 
Súmulas na Reforma Trabalhista.
Arquivamento e Revelia na Reforma Trabalhista
O primeiro disposto a ser analisado 
contraria a súmula 377 do TST: “Exceto 
quanto à reclamação de empregado 
doméstico, ou contra micro ou pequeno 
empresário, o preposto deve ser 
necessariamente empregado do 
reclamado. Inteligência do art. 843, § 1°, 
da CLT e do art. 54 da Lei Complementar 
n° 123, de 14 de dezembro de 2006. (ex-
OJ n° 99 - Inserida em 30.05.1997) ”, 
vejamos: 
Art. 843. 
3oO preposto a que se refere o § 1odeste 
artigo não precisa ser empregado da 
parte reclamada.” (NR) 
A Súmula citada acima deverá ser 
cancelada pelo TST vez que agora passa 
a ser contra legem. De todaforma a 
Súmula era alvo de debate doutrinário 
vez que o texto do art. 843 nada tratava 
expressamente sobre a exigência de ser 
empregado o preposto. 
Agora adentremos de fato em nosso 
assunto, O caput do art. 844 manteve-se 
inalterado, portanto a consequência da 
ausência do autor segue sendo o 
arquivamento. Inovação Importante se 
faz no §2º:
Índice > Módulo V
Arquivamento e Revelia na Reforma Trabalhista
Art. 844. 
2o Na hipótese de ausência do reclamante, este 
será condenado ao pagamento das custas 
calculadas na forma do art. 789 desta 
Consolidação, ainda que beneficiário da justiça 
gratuita, salvo se comprovar, no prazo de 
quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo 
legalmente justificável. 
3o O pagamento das custas a que se refere o § 
2oé condição para a propositura de nova 
demanda. 
4o A revelia não produz o efeito mencionado 
no caput deste artigo se: 
I - havendo pluralidade de reclamados, algum 
deles contestar a ação; 
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - a petição inicial não estiver acompanhada 
de instrumento que a lei considere 
indispensável à prova do ato; 
IV - as alegações de fato formuladas pelo 
reclamante forem inverossímeis ou estiverem 
em contradição com prova constante dos 
autos. 
5oAinda que ausente o reclamado, presente o 
advogado na audiência, serão aceitos a 
contestação e os documentos eventualmente 
apresentados.”(NR) 
Como visto autor deverá ser condenado em 
custas caso falta a audiência de conciliação, 
caso este não seja beneficiário da assistência 
gratuita não há o que se argumentar. No caso 
de beneficiário da assistência gratuita, deverá 
ocorrer a condenação, mas a exigência de seu 
recolhimento pelo prazo de dois anos, e serão 
recolhidas caso a situação de miserabilidade da 
parte reverta sua condição econômica, passado 
este prazo e a situação se manteve a suspensão 
temporária da exigibilidade de despesas e 
honorários torna-se definitiva. Destaca-se que 
sua ausência deverá ser justificada no prazo de 
15 dias para que possa ter a suspensão 
temporária.
Índice > Módulo V
Arquivamento e Revelia na Reforma Trabalhista
A comprovação de pagamentos das 
custas para propositura da ação previsto 
no § 3ª, é condição, e não impedimento 
para a nova ação. 
Quanto ao §4º Sobre os efeitos da 
revelia, este segue o art. 345 do CPC. Já 
no § 5º introduz uma exceção à regra, 
porque tecnicamente revelia nada mais é 
do que a ausência de defesa. Portanto o 
novo dispositivo supera a súmula 122 do 
TST. Ressalta que mesmo afastada à 
revelia, não estará afastado os efeitos da 
confissão ficta. Quanto à replica da 
defesa, esta deverá impugnar todos os 
documentos da contestação, não o 
fazendo de forma genérica, ou 
intempestivamente, pois neste caso 
neutralizará os efeitos da confissão ficta, 
o fazendo de forma correta ocorrerá a 
ficta confessio em relação a todos os 
fatos alegados em sede de inicial.
Índice > Módulo V
Sistema Recursal na Reforma Trabalhista
O art. 896, trata sobre o Recurso de Revista, 
que tem por função uniformizar a 
jurisprudência trabalhista, debatendo a 
disposição legal, constitucional e a 
divergência jurisprudencial. Com o novo 
texto a arguição de nulidade por negativa de 
prestação jurisdicional (que tem por objetivo 
a anulação do acordão em que não foi 
examinado provas e fatos, e a determinação 
de sua omissão), traz um novo pressuposto 
intrínseco de admissibilidade, qual seja a 
transcrição no recurso, do trecho dos 
Embargos de Declaração, em que foi pedido 
o pronunciamento do Tribunal Regional 
sobre a questão vinculada em sede de 
Recurso Ordinário e, a transcrição do trecho 
que rejeita tais embargos quanto a este 
pedido. 
Art. 896. 
1o-A. 
IV - transcrever na peça recursal, no caso de 
suscitar preliminar de nulidade de julgado 
por negativa de prestação jurisdicional, o 
trecho dos embargos declaratórios em que 
foi pedido o pronunciamento do tribunal 
sobre questão veiculada no recurso ordinário 
e o trecho da decisão regional que rejeitou 
os embargos quanto ao pedido, para cotejo 
e verificação, de plano, da ocorrência da 
omissão. 
3o(Revogado).

4o(Revogado).

5o(Revogado).

6o(Revogado). 
14. O relator do recurso de revista poderá 
denegar-lhe seguimento, em decisão 
monocrática, nas hipóteses de 
intempestividade, deserção, irregularidade 
de representação ou de ausência de 
qualquer outro pressuposto extrínseco ou 
intrínseco de admissibilidade. ” (NR)
Índice > Módulo V
Sistema Recursal na Reforma Trabalhista
O maior objetivo dos dispositivos acima é 
com certeza a obrigação da uniformização 
da jurisprudência. Observa-se que há uma 
lacuna no Incidente de Uniformização 
Jurisdicional, o § 3º da CLT faz esta 
previsão, menciona o Processo Civil de 
1973, que está revogado, e não houve 
menção ao texto do Novo CPC, deste 
modo o incidente deixa de ser aplicado na 
justiça do Trabalho, e cada Regional deverá 
unificar a sua jurisprudência com base nos 
art. 947 e 976 do Novo CPC. Assim, fica 
inviável a possibilidade de Ministro do TST 
determinar que o Tribunal Regional 
uniformize a sua jurisprudência. 
Nas hipóteses de deserção, 
intempestividade, irregularidade de 
representação ou de pressupostos 
extrínsecos ou intrínsecos o Ministro 
relator tem a possibilidade de decidi-lo 
monocraticamente podendo negar ou dar 
prosseguimento. Aplica-se 
subsidiariamente o artigo 932 do CPC, que 
completa as demais possibilidades. 
Quanto à transcendência (art.896-A), 
demonstração de relevância do apelo, é 
preciso que o advogado entenda que esta 
deve demonstra-la em sede recursal: 
“Art. 896-A. 
1oSão indicadores de transcendência, 
entre outros: 
I - econômica, o elevado valor da causa; 
II - política, o desrespeito da instância 
recorrida à jurisprudência sumulada do 
Tribunal Superior do Trabalho ou do 
Supremo Tribunal Federal; 
III - social, a postulação, por reclamante-
recorrente, de direito social 
constitucionalmente assegurado; 
IV - jurídica, a existência de questão nova 
em torno da interpretação da legislação 
trabalhista.
Índice > Módulo V
Sistema Recursal na Reforma Trabalhista
2oPoderá o relator, monocraticamente, 
denegar seguimento ao recurso de revista 
que não demonstrar transcendência, 
cabendo agravo desta decisão para o 
colegiado. 
3oEm relação ao recurso que o relator 
considerou não ter transcendência, o 
recorrente poderá realizar sustentação oral 
sobre a questão da transcendência, durante 
cinco minutos em sessão. 
4oMantido o voto do relator quanto à não 
transcendência do recurso, será lavrado 
acórdão com fundamentação sucinta, que 
constituirá decisão irrecorrível no âmbito do 
tribunal. 
5oÉ irrecorrível a decisão monocrática do 
relator que, em agravo de instrumento em 
recurso de revista, considerar ausente a 
transcendência da matéria. 
6oO juízo de admissibilidade do recurso de 
revista exercido pela Presidência dos 
Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à 
análise dos pressupostos intrínsecos e 
extrínsecos do apelo, não abrangendo o 
critério da transcendência das questões nele 
veiculadas.” (NR) 
O artigo acima, diz que o juízo de 
admissibilidade do Recurso de Revista será 
feito pelo Presidente do Tribunal Regional, 
em análise aos pressupostos intrínsecos e 
extrínsecos, não podendo abranger o critério 
de transcendência. Após distribuído o 
Recurso o Relator poderá denegar 
prosseguimento a aqueles que não tiverem 
demonstrado a transcendência,caberá 
agravo da decisão do colegiado limitado a 
este requisito. Mantido o voto do relator, 
constituirá uma decisão irrecorrível.
Índice > Módulo V
Sistema Recursal na Reforma Trabalhista
O artigo 899 tratará sobre o depósito 
recursal: 
“Art. 899. 
4oO depósito recursal será feito em conta 
vinculada ao juízo e corrigido com os 
mesmos índices da poupança. 
5o(Revogado). 
9o O valor do depósito recursal será 
reduzido pela metade para entidades 
sem fins lucrativos, empregadores 
domésticos, microempreendedores 
individuais, microempresas e empresas 
de pequeno porte. 
10. São isentos do depósito recursal os 
beneficiários da justiça gratuita, as 
entidades filantrópicas e as empresas em 
recuperação judicial. 
11. O depósito recursal poderá ser 
substituído por fiança bancária ou seguro 
garantia judicial. ” (NR) 
Sobre as mudanças trazidas pela Reforma 
Trabalhista, para as pessoas mencionadas 
no §9º, as custas são reduzidas pela 
metade independente de sua condição 
financeira. Ademais, a isenção do 
depósito recursal para os beneficiários da 
justiça gratuita, agora é incontroverso na 
Justiça do Trabalho, bem como para 
empresas em recuperação judicial. 
Também, passa a permitir que o 
recorrente busque ajuda financeira seja 
por fiança bancária ou seguro-garantia 
para garantir o valor do depósito 
recursal, viabilizando seu preparo.
Índice > Módulo V
Súmulas e Uniformização de 

Jurisprudência na Reforma Trabalhista
Acerca das Súmulas e Uniformização 
Jurisprudencial diz o Novo texto de lei: 
“Art. 702. 
1. f ) estabelecer ou alterar súmulas e 
outros enunciados de jurisprudência 
uniforme, pelo voto de pelo menos dois 
terços de seus membros, caso a mesma 
matéria já tenha sido decidida de forma 
idêntica por unanimidade em, no 
mínimo, dois terços das turmas em pelo 
menos dez sessões diferentes em cada 
uma delas, podendo, ainda, por maioria 
de dois terços de seus membros, 
restringir os efeitos daquela declaração 
ou decidir que ela só tenha eficácia a 
partir de sua publicação no Diário Oficial; 
3oAs sessões de julgamento sobre 
estabelecimento ou alteração de 
súmulas e outros enunciados de 
jurisprudência deverão ser públicas, 
divulgadas com, no mínimo, trinta dias 
de antecedência, e deverão possibilitar a 
sustentação oral pelo Procurador-Geral 
do Trabalho, pelo Conselho Federal da 
Ordem dos Advogados do Brasil, pelo 
Advogado-Geral da União e por 
confederações sindicais ou entidades de 
classe de âmbito nacional.
Índice > Módulo V
Súmulas e Uniformização de 

Jurisprudência na Reforma Trabalhista
4oO estabelecimento ou a alteração de 
súmulas e outros enunciados de 
jurisprudência pelos Tribunais Regionais 
do Trabalho deverão observar o disposto 
na alínea f do inciso I e no § 3odeste 
artigo, com rol equivalente de 
legitimados para sustentação oral, 
observada a abrangência de sua 
circunscrição judiciária. ” (NR) 
Em resumo o procedimento agora, com 
a Reforma Trabalhista, para súmulas e 
enunciados jurisprudenciais uniformes, 
devem adotar as seguintes formalidades: 
quórum qualificado de dois terços dos 
membros, matéria decidida de forma 
idêntica por no mínimo dois terços dos 
membros, ao menos em dez sessões 
diferentes em cada uma, as sessões para 
estabelecimento ou alterações dos 
verbetes deverão ser públicas e 
divulgadas com trinta dias de 
antecedência. E devem possibilitar a 
sustentação oral do Procurador-Geral do 
Trabalho, do Conselho Federal da OAB, 
do Advogado-Geral da União e por 
confederações ou entidades sindicais de 
âmbito nacional. Há sem dúvidas uma 
clara intensão do legislador em dificultar 
a edição de normatização pelo TST. 
Índice > Módulo V
Conclusão
A Reforma Trabalhista é uma matéria complexa. 
Seja qual for o lado em que você tomou parte, a 
favor, contra ou mesmo concordando e 
discordando apenas de alguns trechos, havemos 
de concordar que a Justiça do Trabalho precisa 
passar por mudanças. 
Já discutimos em alguns posts no blog do SAJ 
ADV os pontos positivos e negativos da Reforma 
Trabalhista. Mas agora chegou a hora de ouvir a 
opinião de vocês, e quem sabe em breve faremos 
mais uma série de conteúdos sobre o tema. Mande 
seu email e nos procure nas redes sociais, estamos 
dispostos a responder as mais diversas questões. 
Por fim, queremos agradecer mais uma vez nossa 
sempre competente colunista Chríssia Pereira. Seu 
extremo conhecimento em Direito do Trabalho e 
seu acompanhamento íntimo com a Reforma 
Trabalhista foi essencial para a construção desse 
material. 
Nos vemos nos próximos materiais. E você já sabe, 
tudo sobre o mercado jurídico você encontra em 
posts diários no blog do SAJ ADV – Software 
Jurídico.

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