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Resumo Geral Estratigrafia

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Estratigrafia
A Estratigrafia é a ciência que trata da descrição de todos os corpos de rochas que formam a crosta terrestre, rochas sedimentares, ígneas, metamórficas e sua organização em unidades mapeáveis distintas.
As definições são tão variadas quanto os autores que trataram do assunto. A definição
de Weller, apesar de ser um pouco antiga, ainda é bastante atual (Weller, 1960, Stratigraphic principles and practice).
Weller, 1960. A estratigrafia é o ramo da geologia que estuda as rochas estratificadas e
sedimentares, considerando, para as diversas unidades estratigráficas, a descrição da seqüência vertical e horizontal, as correlações e o mapeamento. Esta definição distingue o aspecto mais teórico ou científico - estudo e interpretação - do aspecto mais prático e rotineiro - descrição das seqüências, correlações e mapeamento - da estratigrafia. A definição implica também que todas as rochas estratificadas não são necessariamente sedimentares e que todas as rochas sedimentares não são sempre estratificadas.
A estratigrafia antiga é baseada em uma tríade composta pela Litoestratigrafia
(sedimento), Bioestratigrafia (fóssil) e Cronoestratigrafia (tempo).
Desenvolvimento e Evolução da Estratigrafia Moderna
Fase Tradicional (• PRÉ 1950. Descrição. Correlação. Nomenclatura. Cronoestratigrafia / litoestratigrafia. Paleontologia estratigráfica. Interpretação geral dos fenômenos deposicionais.)
Fase dos Modelos do Holoceno (3d) (• 1950 Relaciona: ambiente, processo, litofácies.
Executa sondagens rasos em fácies recentes. Estabelece modelos de deposição de siliciclásticos e carbonatos (fluvial, deltáico, costeiro, planícies de marés, recifes...) A estratigrafia tradicional orienta-se mais em direção a sedimentologia.)
Fase dos Sistemas Deposicionais (• 1960/1970 Relaciona análogos recentes e antigos.
Infere processos para fácies antigos. Define sistemas deposicionais antigos a partir das relações tridimensionais entre fácies. Desenvolvimento dos sistemas deposicionais. Infere a paleogeografia e prevê reservatórios de hidrocarbonetos e camadas impermeáveis.)
Estratigrafia Sismica. (• 1970/1980 Interpreta a litoestratigrafia a partir da sísmica.
Define limites entre seqüências: são as descontinuidades importantes na sedimentação. Reconhece os componentes das fácies sísmicas (configuração ou tipo de estratificação,
continuidade da estratificação, forma externa ou geometria). Introduz o conceito de trato deposicional (system tract). Identifica variações do nível do mar.)
Estratigrafia Seqüencial (• 1980/1990 Tratos deposicionais relacionados com as
variações do nível do mar. Ciclicidade das seqüências. Relaciona as variações da lâmina d'água com a tectônica e a eustasia, e com a fonte do sedimento. Controvérsia com relação a globalidade dos fenômenos.)
Análise de Bacia Integrada. (• 1990. • Integração entre geotectônica e sedimentação.
Arcabouço de seqüências desde 1ª até 5ª ordem. Crítica dos conceitos anteriores.)
- Relação com Outras Disciplinas
• Geotectônica. Tipo de bacia de sedimentação.
• Geologia estrutural.	Levantamento de perfis estratigráficos.	Estabelecimento da seqüência vertical cronológica.
• Paleontologia. - Cronologia relativa dos depósitos.	- Ambiente sedimentar.
• Geofísica. Sismoestratigrafia.
• Sedimentologia, petrologia sedimentar. Descrição dos sedimentos e rochas sedimentares (textura e estruturas sedimentares), diagnóstico do ambiente de sedimentação, estudo da diagênese que é relacionada com a evolução da bacia (soterramento e soerguimento).
• Geoquímica. Idade absoluta pelo estudo dos isótopos radioativos. Variações de
ambiente ou de clima definidos pelo estudo de alguns isótopos estáveis. Estudo da matéria orgânica (em geologia do petróleo) informa sobre a evolução térmica da bacia.
• Geologia Econômica, do Petróleo, e Hidrogeologia. Aproveita-se bastante de um
bom conhecimento das bacias sedimentares (boa análise de bacia).
Pai da estratigrafia - Nicolau Steno
Princípios Estratigráficos
Nicolau Steno
Princípio da Horizontalidade:
Os estratos sedimentares formam-se horizontalmente, à medida que chegam na bacia, por efeito da gravidade.
A deformação dos estratos é posterior a sua deposição.
Continuidade Lateral:
Um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de sua extensão, independente da variação de fáceis.
É possível estabelecer correlação entre sequencias sedimentares de locais distintos.
Princípio da Sobreposição:
Numa sequencia estratigráfica não deformada o estrato mais recente está a cima de um estrato antigo.
Permite identificar a idade nos diferentes estratos através da sua posição relativa.
Não se aplica a camadas deformadas ou invertidas.
James Hutton
Inclusão:
O estrato que apresenta a INCLUSÃO é mais recente que o fragmento do estrato incluído.
Os fragmentos incluídos são mais antigos.
Uniformitarismo:
O presente é a chave do passado. Todos os fenômenos físicos que ocorrem hoje são os mesmos que ocorreram no passado, não variando a intensidade.
Princípio da Interseção:
Sempre que uma estrutura é cortada por outra, a que corta é mais recente
Fraturas, falhas, intrusões.
Willian Smith
Sucessão Faunística:
Cada espécie fóssil viveu por um determinado tempo, não podendo reaparecer jamais após sua extinção.
Conhecido o tempo de existência de uma espécie, as rochas que apresentam esses
fósseis têm a mesma idade de formação dos fósseis.
Identidade Paleontológica:
Consiste em admitir que um conjunto de estratos de mesmo conteúdo paleontológico é de mesma idade que outro conjunto de estratos que contenha o mesmo conteúdo paleontológico.
Este princípio não é válido para todos os fósseis, pois muitos fósseis têm longa
duração. É necessário usar fósseis guias, isto é, fósseis de pequena distribuição vertical (duração) e ampla dispersão horizontal.
Louis Antonie Marie Joseph DOLLO
1. Lei da Inversibilidade da Evolução ou Lei de DOLLO:
 A evolução biológica é irreversível. A evolução é sempre progressiva, ou seja, não admite recuo nem retorno à forma antiga.
Johannes Walther
Lei das Fáceis:
A Lei de correlação de fácies de Walther é o princípio de que as fácies que ocorrem em sucessões verticais concordantes também ocorrem em ambientes lateralmente adjacentes.
Esta lei apenas é válida em zonas onde não se tem descontinuidades.
Tempo Geológico e Datação
O que é o tempo geológico (TG)? Uma escala obtida a partir da datação relativa e absoluta.
Datação relativa: Datação por fóssil
Datação absoluta: Datação por minerais radioativos
Qual a importância do TG? Reconhecer os eventos, sequenciar os eventos.
Qual sua aplicação? Usado como calendário.
Divididos em Éons, Eras, Períodos, Épocas e Idades
Fósseis Guia -> Trilobitas (Cambriano ao Permiano)
Amonites (Devoniano ao Cretáceo)
Unidade 03 – Análise de fácies
Subdivisão de Fácies
Conceito de Fácies: corpo rochoso que apresenta determinado conjunto de características que permitem diferenciá-lo dos corpos rochosos adjacentes e que foi depositado sob um determinado processo sedimentar relativamente constante.
Tipos de Facies:
Se divide em sigmoidal, lenticular e tabular.
Biofácies: tipo de conteúdo fossilífero (taxonomia).
Tafofácies: tipo e modo de preservação dos fósseis (propriedades tafonômicas).
Eletrofácies: propriedades físicas medidas em furos de sondagem.
Sismofácies: assinatura sísmica dos refletores.
Lito fácies: 
Podem ser agrupados em escala de poço (externo) e escala de afloramento (interno).
Externo: abrange a geometria (tabular, sigmoidal, lenticular e refletem as condições de deposição daquela unidade) e as relações de contato (reflete as relações de passagem entre uma facie e outra).
Interno: abrange a litologia (composição), textura (tamanho dos clastos), cor, estrutura
sedimentar (permite distinguir os clastos que foram depositados por fluidos ou por fluxos gravitacionais) e paleocorrente (demonstra as mudanças no sistema fluvial).Associação de Fácies:
 São grupos de fáceis geneticamente relacionadas entre si e que tem um significado paleoambiental. Agrupando fáceis em associações fica possível interpretar o sistema deposicional. Através dela é possível fazer uma relação tridimensional de fácies, ou seja, uma relação especial expressa, como correlações entre perfis e seções.
Sucessão de Fácies: é uma sucessão vertical de rochas sedimentares caracterizada por uma
mudança progressiva de uma ou mais parâmetros que podem ser o tamanho do grão; ou o teor de argila\areia; ou a quantidade de bioturbações; ou uma sucessão de diferentes fácies que ocorre em uma ordem particular e determinada. Abrange a Lei de Walther que dita que as fácies que se sobrepõem verticalmente também possuem uma correlação lateral.
Ambientes Sedimentar:
 Local geográfico onde ocorre a sedimentação. Caracterizado por parâmetros físicos (clima, temperatura, vento, correntes, profundidade), químicos (composição da atmosfera, salinidade, pH, Eh) e biológicos (flora, fauna, cobertura vegetal). A fácies sedimentar é dependente do ambiente onde ocorre a sedimentação.
	
Continental
	
Transição
	
Marinhos
	Ambiente de depósito de carbonatos
	
Leque aluvial
	
Delta
	Raso (plataforma)
	
Litorâneo a marinho raso
	Fluvial
	
Praia ou planície de maré
	
Profundo leque submarino
	
	Desértico
	
	
	
	Lacustre
	
	
	
	Glacial
	
	
	
Sistemas Deposicionais: Conjunto de fácies agrupadas espacialmente através de associações/sucessões ou dos elementos arquiteturais. Se trata de uma assembleia tridimensional de litofácies, abrangendo todo o sedimento depositado em uma área.
Tratos de sistemas geométricos: é uma sucessão lateral de sistemas deposicionais depositados no mesmo intervalo de tempo. Pode ser constituída por sistemas continentais costeiros, de plataformas e mar profundo. São diferenciados com base no seu padrão de empilhamento.
Retrogradacional: característico de transgressão marinha. Numa coluna estratigráfica o
material mais grosso fica no fundo e o mais fino por cima.
Progradacional: característico de regressão marinha. Numa coluna estratigráfica o material mais grosso fica por cima e o fino no fundo.
Agradacional: indica estabilidade do sistema.
Tratos de Sistemas Deposicionais: Conjunto de sistemas deposicionais contemporâneo. É a sucessão lateral dos sistemas deposicionais depositados no mesmo intervalo de tempo. São interpretados através de padrões de empilhamento, posição dentro da sequência e
tipos de superfícies limitantes. O timing de tratos de sistemas é relacionado à curva de variação do nível do mar.
	Leque aluvial
	Fluvial entrelaçado
	Fluvial Meandrante
	Delta
	Marinho raso
Unidade 04 – Tipos de eventos/Sedimentação Episódica
Parking área (usado para turbiditos) – área de acumulação localizada próxima à quebra da plataforma.
Turbiditos – A corrente de turbidez é um fluxo gravitacional subaquoso. Os turbiditos mais característicos são os chamados “clássicos”, apresentam a seqüência de Bouma e constituem espessos depósitos em bacias de margem ativa. Ocorre apenas em ambiente marítimo.
A seqüência de Bouma é formada, da base para o topo, do intervalo gradacional (A) que possui 10cm de espessura, do intervalo com laminação paralela (B), do intervalo com microlaminação cruzada (C) e de intervalos pelíticos superiores (D/E). Correspondendo aos períodos entre pulsos sucessivos de corrente de turbidez, deposita-se o chamado intervalo
hemipelágico, que consta de níveis delgados de argila e/ou carbonatos, formados por restos de organismos planctônicos. Separa a formação de turbiditos, sendo o topo do turbidito mais antigo.
OBS: esta parte preta abaixo do depósito A é o hemipelágio de um turbidito mais antigo. 
Tempestitos - Harms atribuiu a estratificação cruzada (Hummocky) como um processo característico dos tempestitos, mas não ocorre apenas neste tipo de sedimentação.
Em termos de fácies e de geometria deposicional, esses depósitos assemelham-se a turbiditos, tendo uma geometria lobada e organização vertical parecida com a da seqüência de Bouma. A diferença está no intervalo correspondente ao C de Bouma, que nos tempestitos se caracteriza por estratificação gerada numa combinação de fluxo unidirecional e oscilatório (hummocky e outros tipos de ondulações). O equivalente hemipelágico dos tempestitos consiste nos chamados hardgrounds, intercalações centimétricas de material cimentado, com abundantes icnofósseis, representando o endurecimento do substrato por ação de organismos. Da mesma maneira que os turbiditos, admite-se que a deposição de cada episódio individual se dê em questão de horas, enquanto um longo período de não deposição separaria eventos consecutivos.
Tsunamitos - Este fenômeno favorece a formação de depósitos relativamente espessos, os quais, não contêm a estratificação cruzada hummocky. Esta camada apresenta uma gradação normal, sendo comuns intraclastos de fosfatos e carbonatos.
Inunditos - São os depósitos resultantes de inundações extremamente violentas em ambientes fluviais e marinhos (acrescenta-se os de leque aluvial e fan-delta). Todo depósito fluvial (barras de meandro, barras longitudinais e transversais) seria um inundito, uma vez que a sedimentação neste domínio só se dá efetivamente durante as cheias. Por isso, consideram-se os inunditos clássicos, parafraseando uma classificação semelhante para turbiditos. Os inunditos clássicos constam de camadas plano-paralelas de arenitos e folhelhos, às vezes imbricadas, de granodecrescência ascendente, espessura variável (milímetros a metros), apresentando a seqüência de Bouma. Na grande maioria das vezes, esta ocorre incompleta, iniciando-se pelo intervalo b ou c (o intervalo a, gradacional, é muito raro). Marcas de sola são abundantes. O que realmente diferencia inunditos clássicos de turbiditos clássicos é a presença de feições de água muito rasa ou de exposição subaérea, como fendas de ressecamento, pingos de chuva, marcas de raízes ou icnofósseis específicos, ou então associação muito íntima com depósitos rasos.
Os inunditos clássicos corresponderiam a jatos com maior eficiência de distribuição num esquema de deposição semelhante ao dos turbiditos. Esta condição resultaria de maior quantidade de argila incorporada à corrente, que, sob fluxo hiperpicnal, se desloca a grandes distâncias. Por outro lado, as sigmoides (corpos arenosos ou arenoargilosos que resultam da desaceleração muito rápida de jatos altamente turbulentos à saída de cursos d’água), teriam uma maior eficiência de distribuição, depositando em locais relativamente próximos às bocas dos cursos d’água, em condições de fluxo homopicnal.
Fluxo hiperpicnal: a carga de sedimentos flui junto ao fundo.
Fluxo homopicnal: o material fica em suspensão e é depositado conforme o fluxo decresce em velocidade.
Sismitos – Sismitos são depósitos que resultam diretamente de abalos sísmicos ou se originam quando um dado processo é precedido ou se dá simultaneamente a um evento sísmico de magnitude adequada. Os abalos litosféricos atuam sobre sedimentos inconsolidados, provendo sua fluidização, o que causa estruturas deformacionais características deste processo, como ball & pillows, convoluções, dish, parabrechas intraclásticas e mesmo a homogeneização total dos sedimentos. Por outro lado, o efeito desses abalos é mais acentuado em taludes, mesmo os de baixa declividade, onde um terremoto de certa magnitude pode provocar escorregamentos e disparar fluxos de detritos e correntes de turbidez. Uma outra forma, sob a qual ondas sísmicas podem ser transferidas aos sedimentos, seria através dos tsunamis, fluidizando a camada superficial e provocando o fluxo, sob creep, de uma pasta homogênea que, quando se deposita, leva o nome de homogenito. Entretanto, fluidizações e movimentos de massa não são processos exclusivamente gerados pelos abalos sísmicos. Qual seria a evidência circunstancial da ação desteprocesso? O porte e a extensão da deformação seriam determinantes, bem como a inclusão num contexto deposicional tectonicamente ativo. Os exemplos mais bem documentados de sismitos provêm de lagos e bacias marinhas profundas, devido a seu potencial de preservação mais alto.
UNIDADE 5
Procedimentos estratigráficos: Descrição, classificação, nomeação e correlação das unidades rochosas com a finalidade de estabelecer o seu relacionamento no espaço e sua sucessão no tempo.
Objetivo: Ordenar no tempo e no espaço o registro geológico valendo-se de princípios fundamentais, métodos particulares (classificação estratigráfica, correlação estratigráfica) e do auxílio de outras disciplinas – determinar a sucessão vertical dos corpos rochosos, relações de idade, distribuição geográfica.
Nomenclatura Estratigráfica 
Sistema de nomes adequados dados as unidades estratigráficas específicas.
O objetivo de um sistema de classificação é promover a comunicação sem ambiguidade. Dessa forma um código deve promover o reconhecimento da distinção entre características.
International Stratigrafic Guide (1976)
Codigo brasileiro de Nomeclatura Estratigráfica (1982)
Codigo de Nomeclatura Estratigráfica
Conjunto de normas estabelecidas com base nos princípios estratigráficos e ideias aceitas, visando padronizar e formalizar procedimentos e terminologias.
Classificação Estratigrafica:
As rochas podem ser classificadas de diversas formas. O ISSC (International Subcommission on Stratigraphic Classification) reconhece três unidades formais com maior abrangencia e aplicação internacional.
	Abrangencia regional e local
	Unidades Estratigraficas
	Propriedades e Atributos
	Abrangencia regional e local
	Litoestratigráfica
	Litologia
	Abrangencia regional e local
	Litodemica
	Lítica
	Abrangencia regional e local
	Bioestratigráficas
	Fóssil
	Abrangencia regional e local
	Cronoestratigráfica
	Tempo de formação
	Abrangencia Global
	Geocronológica
	Tempo de formação
	Abrangencia regional e local
	Magnetoestratigrafica
	Polaridade magnética
	Abrangencia regional e local
	Quimioestratigrafica
	Isótopos estáveis
	Abrangencia regional e local
	Cicloestratgrafia
	Ciclos sedimentares
	Abrangencia regional e local
	Sismoestratigrfica
	Refletores sísmicos
	Abrangencia regional e local
	Sequencia Deposicionais
	Variações do nível do mar
Unidades Estratigráficas
Unidades baseadas no conteúdo ou limites físicos
Litoestratigrafica
Litodemica
Bioetsratigrafica
Magnetoestratigrafica
Litoestratigrafia:
É a parte da estratigrafia que estuda as características litológicas dos estratos
Não preocupa nem com o tempo de deposição nem com a história da formação das rochas
Unidade Litoestratigráfica:
É um conjunto de estratos ou pacote rochoso caracterizados por vários litotipos.
Estabelecidas em termos de litologia dos estratos e suas relativas posições estratigráficas.
Abrangem rochas sedimentares metassedimentares, ígneas efusivas ou metavulcanicas.
Parametros importantes para a definição dessa unidade inclui a homogeneidade lotologica e o reconhecimento dos limites inferiores, superiores e lateral dos corpos.
Ex: Supergrupo – Grupo – Formações – Unidades fundamentais – Membros - Camadas
Formações - unidade fundamental pois é essa unidade que se mapeia: Critérios
Elevado grau de homogeneidade litológica, mas pode ser formada por:
Um único litossoma ou um dos litossomas interdigitados e assim consistir de uma única litologia. Ex: o arenito Botucatu da bacia do paraná
Dos litossomas sucessivamento alternados e assim inclui rochas de duas litologias diferentes que se repetem várias vezes. Ex formação rio do rastro composta de uma sucessão alternada de arenito e folhelho.
Diversos litossomas intercalados e repetidos que as distinguem de formações adjacentes homogêneas. Ex: formações Itaituba e nova Olinda compostas de calcário, anidrita, dolomita, halita, folhelho, siltito e arenito que se repetem varias vezes.
Definição de limites
Mapeável em superfície e subsuperfície
Espessura varia de menos de um metro e vários milhares de metros
Não indica gênese
Denominação gráfica fixa
Membro – Subunidade da formação
Camada – Somente camadas chaves, marcadoras uteis para fins estratigráficos recebem nome próprio.
Lente – corpo de rocha com atributos diferentes, limitado dentro da formação e com menor extensão que o membro.
Unidade Litodêmica:
São baseadas em características litológicas de corpos não estratificados (ex: rochas ígneas intrusivas, metamórficas e sedimentares deformadas.
Hierarquia: Litodema – Suite – Complexo 
Os nomes das unidades são compostas pela litologia predominante + localidade geográfica. Ex: Granito Piranhas ou acrescido pelo substantivo. Ex: Suite Tal, Complexo tal.
Obs: Suíte: composto por unidades do mesmo tipo litológico. Complexo: Várias unidades.
Origem das unidades litodemicas: limites convergentes
Convergencia oceano-oceano
Convergencia oceano-continente
Sismoestratigrafia
Teve início entre os anos 60 e 70. Possui 03 fundamentos:
1 – A sedimentação é um processo cíclico (ocorrendo transgressão e regressão marítima).
2 – As reflexões sísmicas primárias são produzidas no local onde se verifica um contraste abrupto de impedância acústica, sendo paralelas as superfícies de estratificação e discordância.
3 – As reflexões tem significado cronoestratigráfico.
Pendância acústica = densidade x velocidade
Refletores Sísmicos:
Significado físico: as reflexões sísmicas são respostas das camadas terrestres às ondas acústicas.
Significado geológico: os refletores apresentam superfícies de deposição e discordância, tendo desta forma um significado cronoestratigráfico e NÃO LITOESTRATIGRÁFICO.
As reflexões sísmicas estão relacionadas a: superfícies estatais (síncronas), discordância, superfícies com correspondência geológica e diácronas, ruídos e distorções.
Para interpretações sismoestratigráficas são usados os padrões de nome: análise de sequência sísmica (sismosequência), análise de fácies sísmicas (sismofácies) e análise das variações relativas do nível do mar (Onlap e Toplap Costeiros).
Análise de Sequência Sísmica
É a subdivisão de uma sequência sísmica em pacotes de reflexões concordantes, separados por superfícies de descontinuidades, interpretados segundo o conceito de sequência deposicional. A sequência deposicional é uma sucessão relativamente concordante de estratos geneticamente relacionados, limitados por discordâncias ou suas concordâncias correlativas.
1 a 10 – truncamento com discordância erosiva sobre o 10 (esta seção é uma sismosequência). O 11 foi erodido, restando apenas esta pequena parte. Ocorreu um hiato deposicional do 10 até o 16. 11 a 19 – progradação de estratos. Há conformidade entre os estratos (16,17,18,19), pois estão em sequência e estão completos. 20 a 25 – começa uma sequência paralela, mas ela é truncada no encontro com a 19. Conformidade em A: os estratos estão paralelos, sem hiatos e com continuidade de deposição.
OBS: Concordância relativa (paraconformidade): os estratos estão paralelos, mas não possuem indícios de erosão e deposição, além de possuírem idades diferentes.
Refletores discordantes: terminação lateral das camadas no seu limite original (lapout), truncamento por erosão (ocorre na parte superior da sequência) e truncamento tectônico (contato de sequências causados por falhas).
*comparar a foto abaixo com a foto anterior.
Limite inferior da sequência:
Concordância: os refletores (camadas) estão concordantes com os limites inferiores da sequência.
O lapout se divide em Onlap e Downlap. Ambos podem ser diferenciados quando não há muita deformação tectônica.
Onlap: camada originalmente horizontal que termina contra uma superfície inclinada ou a camada originalmente inclinada termina no ponto mais alto contra uma superfície com inclinação maior. Marca beiradas de bacias, mas se algum momento estiver mais próximo ao meio da bacia, isso quer dizerque em algum momento este lugar foi a beira da bacia.
Downlap: camada originalmente inclinada que termina no ponto mais baixo, sobre uma superfície originalmente horizontal ou inclinada.
Limite superior da sequência:
Concordância: os refletores (camadas) estão concordantes com os limites superiores da sequência.
A origem dos refletores discordantes podem ser:
Toplap: é um lapout no limite superior da sequência deposicional, sendo um progradação (regressão marítima – material mais grosso em cima e mais fino embaixo) em águas rasas.
Truncamento por erosão: terminação lateral das camadas por erosão. Ocorre apenas no limite superior da sequência. Podem ser Erosional (ocorre apenas no limite superior) e Estrutural (ocorre no contato de sequências por falha).
Padrão de sequencias sísmicas
Fácies sísmicas:
É o registro nas reflexões sísmicas dos fatores geológicos que as geraram, tais como: litologia, estratificação, feições deposicionais, etc. Na interpretação das fácies sísmicas são descritos os parâmetros dos padrões de reflexão e suas interpretações geológicas. Os parâmetros considerados são: configuração, amplitude, continuidade, frequência, velocidade da onda no intervalo e a geometria. 
Configuração: Mostra o padrão da estratificação dentro da sequência sedimentar.
Reflexão interna: são reflexões que se referem ao padrão de estratificação grosseiro identificado nos registros sísmicos, podendo ser ou não progradacional.
Caótico: ocorre um fluxo de detritos sem padrão.
Sem refletores: sedimento homogêneo, como o argilito.
Continuidade dos refletores: informa respeito da continuidade das estratificações e dos processos de deposição.
Amplitude dos refletores: corresponde a espessura das linhas.
Frequência dos refletores: depende do conteúdo em fluidos e espessura das camadas.
Velocidade de propagação: informa uma estimativa da litologia, porosidade e conteúdo em fluidos.
Indicadores Sismoestratigráficos de Variações Relativas ao Nível do mar
Eustasia: variação absoluta do nível do mar. Controla a extensão lateral da bacia (transgressão e regressão eustáticas).
Tectonismo: em um sentido amplo se refere a movimentos em escala crustal (subsidência e soerguimento da bacia).
Aporte sedimentar: influencia na extensão da bacia (efeito de preenchimento) e também sua geometria (diferentes geometrias demonstram variações no tipo e taxa de aporte). 
Existem 3 padrões de reflexão sísmica que são indicadores de variação do nível do mar: onlap costeiro, toplap costeiro e deslocamento para baixo do onlap costeiro.
Quimioestratigrafia
É o estudo e datação de estratos sedimentares pelas análises da razão isotópica e dos elementos traços.
É a parte da estratigrafia que se ocupa com a composição geoquímica dos materiais sedimentares da crosta terrestre, assim como das analises de variação, ao longo do tempo, da concentração nas rochas de determinados elementos, isótopos ou compostos químicos.
É utilizada quando:
Falta material adequado para datação;
Tem baixa diversidade ou ausência de organismos (fósseis)
Normalmente são utilizados carbonatos, evaporitos, BIF e folhelhos betuminosos.
Objetivos:
Detecção de eventos geológicos [eventos anóxicos (sem oxigênio), vulcanismo, variações eustáticas (variação do nível do mar no globo), ciclos deposicionais].
Detecção de acumulações que representam alvos de prospecção (rochas geradoras, acumulações de minerais de interesse econômico)
Correção de intervalos do registro geológico
Paleoclimatologia / paleoceanografia 
Aplicações:
Auxilio na correlação de sequencias onde outras técnicas resultam pobres.
Como complemento aos dados de bioestratigrafia para melhorar a resolução dos intervalos.
Estratigrafia de sequencias de alta resolução.
Analise de variação de proveniência.
Análise descrição e analise de associações de fácies.
Análise de mudanças diagenéticas e história deposicional.
Análise de bacias sedimentares.
Ao longo de uma sucessão estratigráfica vários tipos de informações podem ser utilizados para o estudo das relações e correlações sedimentares
Isótopos estáveis (estrôncio - Sr, O, C, S, H)
Conteúdo de carbônico orgânico (COT)
Elementos maiores (Ca, Fe, Si, Al, Sr, Mn, Mg, S.…)
Elementos traço (Le, Ce, Nd, Sm.…)
Os dados são obtidos através da utilização de equipamentos sofisticados.
ICP AES, ICP MS, Fluorência de raios x Ativação neutrônica
Obs: Rocha geradora de petróleo – folhelho betuminoso
Fracionamento isotópico:
Razão isotópica: S O18 
S O18 – Notação isotópica de O
 
Pesado = O18 - Positivo
Leve = O16 - Negativo
O16 - Evapora e tem preferência pelo vapor ou sólido (fica na carapaça)
O18 – Chove e tem preferencia pelo líquido.
O O16 concentra mais na água do mar, só que quando tem evaporação o O18 e o O16 vão para a nuvem, porém o O16 tem preferência pelo sólido, então chove O18.
Períodos interglacial – sem deglaciação ou glaciação - o ciclo é contínuo, tem um equilíbrio na água do mar, portanto a razão isotópica no mar é igual a 0. -> Razão 0.
No ambiente de glaciação o O16 concentra no continente e o O18 no mar, congela e quando chove (neva) o O16 (pois tem preferencia pelo solido – gelo é solido) fazendo com que o mar fique mais rico em O18, ou seja, mais positivo. -> Razão Positiva (+)
Períodos de Deglaciação concentram o O16 no mar, pois as calotas derretem e como o O16 tem preferência pelo sólido ele está concentrado nas calotas e com o derretimento tende a concentrá-lo no mar. -> Razão Negativa (-)

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