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TRABALHO CONSTRUÇÃO CIVIL

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Introdução
A impermeabilização é uma técnica que consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de proteger as diversas áreas de um imóvel contra ação de águas que podem ser de chuva, de lavagem, de banhos ou de outras origens. Água infiltrada nas superfícies e estruturas afeta o concreto, sua armadura (“ferragem”), as alvenarias e os revestimentos. O ambiente fica insalubre (umidade, fungos e mofo), diminuindo a vida útil da edificação, sem falar no desgaste físico e emocional do proprietário ou usuário que sofre com a má qualidade de vida causada pelos problemas existentes no imóvel. A exemplo dos projetos de arquitetura, da estrutura de concreto armado, das instalações hidráulica e elétrica, de paisagismo e decoração, entre outros de uma obra comercial, industrial ou residencial, a impermeabilização também deve ter um projeto específico, um projeto que detalhe os produtos e a forma de execução das técnicas de aplicação dos sistemas ideais de impermeabilização para cada obra.
Desde há muito tempo procuram-se soluções na direção de se prolongar a vida útil dos imóveis, no constante trabalho para resistir às infiltrações. No Brasil as primeiras impermeabilizações utilizavam óleo de baleia na mistura das argamassas para o assentamento de tijolos e revestimentos das paredes das obras que necessitavam desta proteção. Como em qualquer atividade humana que envolve canalização de recursos financeiros, temos que analisar a chamada “relação custo/benefício”. Em impermeabilização não é diferente.
Quando feita de forma correta, com produtos e serviços adequados, por empresas idôneas, os custos de uma impermeabilização atingem, na média, 2% do valor total da obra. Se forem executados apenas depois de serem constatados problemas com infiltrações na edificação já pronta, a impermeabilização ultrapassa em muito este percentual, envolvendo até valores em torno de 10% do custo total da obra [1].
1. Tipos de sistemas de impermeabilização
•Rígidos: vendidos como argamassas industrializadas, produtos bicomponentes ou aditivos químicos para argamassa ou concreto. Neste caso, os produtos incorporam-se às estruturas tratadas, adquirindo suas características, como é o caso dos revestimentos de argamassa, pisos de concreto, fundações, etc.
•Flexíveis: Mantas pré-fabricadas ou moldadas no local, formando uma membrana protetora depois de secas, que garantem a estanqueidade das estruturas, além de se adaptarem às movimentações a que estão sujeitas. Exemplo disso é a manta asfáltica que, formada por filamentos de poliéster ou véu de fibra de vidro, confere ao produto grande resistência mecânica, sendo indicada para estruturas sujeitas a movimentação e fissuras [2].
1.1. Qual sistema utilizar?
Hidrofugantes: Repelem a água, podendo ter sua aplicação diretamente sobre as superfícies minerais. Indicados para tijolo e concreto aparentes, cerâmica porosa, fachadas de pedra e telha cerâmica.
Argamassa Polimérica: Bicomponente, pré-dosado, composto por cimento, aditivos, agregados e polímero que, juntos, formam um revestimento impermeável. Indicada para piscinas, poço de elevadores, rodapés, áreas frias (banheiros, cozinhas, áreas de serviço), subsolos, reservatórios e caixas d'água.
Emulsão Acrílica: De base acrílica com elastômero, formando uma membrana líquida, é aplicada a frio e moldada no local. Indicada para superfícies expostas, como lajes, marquises, coberturas e paredes sujeitas à ação da chuva.
Manta Alsfáltica: Pré-fabricada e composta por asfalto modificado com polímeros e armada com estruturante. Indicada para lajes transitáveis (planas ou inclinadas), jardineiras, floreiras, piscinas, áreas frias, reservatórios e caixas d'água.
Emulsão Asfáltica: Monocomponente e aplicada a frio como pintura em demãos, requerendo proteção mecânica. Indicada para lajes, terraços e áreas frias.
Calafetador: usado para preencher juntas (internas ou externas, horizontais ou verticais). Indicado para vedação em caixilhos e vedações em geral.
Hidrorrepelente: Com a função de repelir a água, não forma filme ou altera a aparência do substrato. Indicado para superfícies minerais, como tijolos e concreto aparentes, cerâmica porosa, fachadas de pedras e telha cerâmica [2].
1.2. Onde devemos impermeabilizar
• Telhados e coberturas planas;
• Terraços e áreas descobertas;
• Calhas de escoamento de águas pluviais;
• Caixas d’água, piscinas e tubulações industriais;
• Pisos molhados, tais como banheiros, cozinhas e áreas de serviço;
• Paredes onde a água escorre e recebem chuva de vento;
• Esquadrias e peitorais de janelas;
• Soleiras de portas que abrem para fora;
• Água contida no terreno, que sobre por capilaridade ou infiltra-se em solos abaixo do nível freático, entre outros [2].
2. Aplicação e cuidados
A aplicação varia de acordo com o material, mas alguns cuidados servem para todos os sistemas de impermeabilização. Por exemplo, antes de impermeabilizar, a superfície precisa ser regularizada com areia e cimento com caimento para os ralos; deve estar limpa, lisa e sem poeira, graxa ou óleo; e as trincas e fissuras devem ser tratadas de modo compatível com o sistema impermeabilizante que será aplicado. Durante a aplicação, o tráfego deve ser liberado somente para os profissionais da obra, que terão de usar calçados apropriados. Após a conclusão do serviço, é feito um teste de estanqueidade com lâmina de água por 72 horas para verificar a integridade do sistema [3].
2.1. Impermeabilizantes rígidos
A argamassa polimérica é um produto industrializado pronto para uso. Basta misturar a emulsão de polímeros ao cimento e aos aditivos minerais. Ela é aplicada com brocha ou projetada com equipamentos de projeção sobre superfície úmida, mas não encharcada. As demãos devem ser cruzadas com 1 kg de produto por m2. Esse impermeabilizante deve ser curado com água e não deve ser exposto a raios solares.
A argamassa impermeável é preparada na obra com a mistura de um aditivo impermeabilizante ao cimento, à areia e à água. Ela deve ser chapiscada em paredes internas ou externas para formar uma camada impermeável. São necessárias duas ou três camadas com 1,5 cm de espessura. Para alisar a massa é recomendada desempenadeira de madeira de modo a manter os poros. A argamassa deve ser mantida úmida por, no mínimo, três dias [3].
2.2. Impermeabilizantes flexíveis
É preciso verificar se esse tipo de impermeabilizante exige substrato seco ou se este pode ser levemente úmido. As membranas podem ser aplicadas com rodo, rolo de lã de carneiro ou spray em diversas camadas de acordo com a especificação do projeto. A manta asfáltica é colada com maçarico ou asfalto quente sobre o primer. A manta de PVC é soldada a quente, de forma que uma manta se funda com a outra. E a manta de EPDM é colada com uma fita de borracha de EPDM que, ao receber a cola, se dissolve e une duas mantas na emenda [3].
2.3. Escolha adequada
A especificação correta do sistema de impermeabilização deve, ainda, ser compatibilizada com os outros sistemas componentes da edificação, como por exemplo, concretos, argamassas de revestimento, argamassas colantes e rejuntamentos. Para isso, é bom ter uma equipe técnica preparada para oferecer a melhor solução disponível [3].
2.4. Normas técnicas
Há inúmeras normas técnicas que regulamentam o uso de impermeabilizantes rígidos e flexíveis. Duas superimportantes são a NBR 9.574:2008 – Execução de Impermeabilização e a NBR 9.575:2010 – Impermeabilização – Seleção e Projeto, ambas da ABNT. A primeira aborda o preparo do substrato e a aplicação de cada tipo de impermeabilização. Na segunda, há diversos termos e definições referentes à impermeabilização e produtos e sistemas utilizados, assim como tipos de impermeabilização. Ela apresenta, ainda, como deve ser o projeto de impermeabilização, dividido em três fases: estudo preliminar, projeto básico e projeto executivo.
Os impermeabilizantes rígidos devem seguir os parâmetros da NBR 11.905:2015 –  Argamassa Polimérica Industrializada paraImpermeabilização e da NBR 16.072:2012 –  Argamassa Impermeável, as duas da ABNT. Já para os impermeabilizantes flexíveis há muitas normas, todas da ABNT. Abaixo está algumas:
NBR 9.685:2005 – Emulsão Asfáltica para Impermeabilização
NBR 9.690:2007 – Impermeabilização – Mantas de Cloreto de Polivinila (PVC) NBR 9.952:2014 – Manta Asfáltica para Impermeabilização
NBR 11.797:1992 – Mantas de Etileno-propileno-dieno-monômero (EPDM) para Impermeabilização – Especificação
NBR 13.321:2008 – Membrana Acrílica para Impermeabilização
NBR 15.352:2006 – Mantas Termoplásticas de Polietileno com Alta Densidade (PEAD) e de Polietileno Linear (PEBDL) para Impermeabilização [3].
Conclusão
	A impermeabilização é muito importante para evitar transtornos para os donos dos imóveis com infiltração. A água que entra na edificação além de afetar as ferragens, também ocasiona um ambiente desagradável para viver, pois propicia a propagação de fungos.
	Fica economicamente mais viável e causa menos transtornos quando a impermeabilização é feita em fase de projeto, seguindo corretamente a forma de aplicação e seus cuidados, e contando, se possível, com o auxílio de um profissional da área. Isso faz com que diminua o valor a ser gasto, já que irá evitar os problemas, em vez de corrigir.
Referências
[1] IBI Brasil. O que é impermeabilização? Disponível em: <http://www.ibibrasil.org.br/saiba-mais/o-que-e-impermeabilizacao>. Acesso em: 23 set. 2017.
[2] Leroy Merlin Brasil. Tipos de sistemas de impermeabilização. Disponível em: <http://www.leroymerlin.com.br/dicas/tipos-de-sistemas-de-impermeabilizacao>. Acesso em: 23 set. 2017.
[3] Mapa da Obra. Impermeabilização rígida e flexível: diferenças a aplicações. Disponível em: <http://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/impermeabilizacao-rigida-e-flexivel-diferencas-e-aplicacoes/>. Acesso em: 24 set. 2017.

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