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6) Inflamação Crônica

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Disciplina: Processos Patológicos
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Prof. Ms. Bruna Rocha de Souza
TÉRMINO DA INFLAMAÇÃO 
AGUDA – FENÔMENOS 
REPARATIVOS
Inflamação Aguda: se instala e termina em alguns dias ou no
máximo 12 semanas
Instalada a inflamação se o agente é eliminado
Inflamação aguda entra em declínio
TÉRMINO DA INFLAMAÇÃO AGUDA
Faringite Aguda ou Meningite Viral
Duram alguns dias desaparecendo manifestações clínicas e
lesões teciduais
TÉRMINO DA INFLAMAÇÃO AGUDA
Decréscimo da resposta inflamatória indica que houve queda:
• Produção de mediadores pró inflamatórios
• Dos fenômenos vasculares e exsudativos
• Produção de mediadores anti-inflamatórios, que atuam
inibindo os fenômenos da inflamação
TÉRMINO DA INFLAMAÇÃO AGUDA
Regressão da inflamação aguda leva
Reabsorção do exsudato
Retorno de fagócitos para a circulação linfática e sanguínea
Paralelamente inicia-se a reparação tecidual
TÉRMINO DA INFLAMAÇÃO AGUDA
Na reparação tecidual:
Se houve necrose pouco extensa e o tecido tem capacidade
regenerativa ocorre = REGENERAÇÃO
Na hepatite viral aguda = hepatócitos se regeneram
recuperando o tecido anatômico e funcionalmente
TÉRMINO DA INFLAMAÇÃO AGUDA
Na reparação tecidual:
Se houve necrose extensa há então = CICATRIZAÇÃO
Pleurite aguda purulenta = fibrose podendo comprometer o
tecido deixando sequelas
TÉRMINO DA INFLAMAÇÃO AGUDA
Capacidade de reparar lesões inflamatórias depende do tipo de
inflamação e componentes genéticos do indivíduo
REGENERAÇÃO é facilitada através de fatores de crescimento
TÉRMINO DA INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÕES CRÔNICAS
Ocorre devido a persistência do agente agressor que não foi
eliminado pelos mecanismos de inflamação aguda
Não existem critérios homogêneos considerando-se crônicas as
inflamações que durem até seis meses
INFLAMAÇÃO CRÔNICA - FENÔMENOS PRODUTIVOS
Na inflamação crônica os fenômenos vasculares persistem ao
lado dos reparativos
Por isso órgão com inflamação crônica tem áreas:
• completamente cicatrizadas
• áreas de cicatrização recente
• áreas onde predomina a exsudação
INFLAMAÇÃO CRÔNICA - FENÔMENOS PRODUTIVOS
Exsudato das inflamações crônicas apresenta particularidades:
• PMN não são mais células predominantes: macrófagos e
linfócitos tem maior sobrevida (inibição de apoptose)
Céls da inflamação crônica sofrem modificações
morfofuncionais
INFLAMAÇÃO CRÔNICA - FENÔMENOS PRODUTIVOS
Alterações morfofuncionais de células na inflamação crônica
Linfócitos ativados 
transformam-se em 
Produtores de citocinas (Linfócito T)
Produtores de anticorpos (Linfócito B)
Monócitos 
transformam-se em 
Macrófagos que têm maior poder
fagocitário e microbicida
Mastócitos e células 
dendrídicas
Aumentam em número
Não existem muitos modelos experimentais que reproduzam
inflamações crônicas
Alterações morfofuncionais de células na inflamação crônica
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
Dependendo do estímulo que recebem os Linfócitos T,
leucócitos em especial macrófagos
Podem formar agregados celulares GRANULOMAS
GRANULOMAS Conjunto organizado de células inflamatórias
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
Macrófagos se agrupam (semelhantes as céls epiteliais)  não
mais fagocitam
Chamados de Células Epitelióides
 Se organizam em camadas em torno do agente inflamatório
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
Presença de céls gigantes multinucleadas (resultante da fusão
dos macrófagos)
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
Granulomas Epitelióides são avasculares
Acredita-se que céls epitelióides produzem citocinas que
inibem a proliferação epitelial, mas...
... ...Eles podem evoluir para cura por fibrose
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
Suas céls produzem citocinas que induzem deposição de
colágeno, fibras elásticas produzindo cicatrizes
Se o agente inflamatório e a necrose não forem
completamente reabsorvidos  fibrose avança para o centro
do granuloma  se estabiliza encapsulando-os
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
Se houver reabsorção completa do agente indutor 
do granuloma
Fibrose é removida por ação de colagenases
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
Eosinófilo
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
INFLAMAÇÕES GRANULOMATOSAS
INFLAMAÇÕES PRODUTIVAS
São geralmente inflamações crônicas onde fenômenos
reparativos são mais evidentes
Inflamação com estímulo exagerado à proliferação conjuntivo-
vascular, acometendo mucosas tornando-as mais espessas e
salientes
INFLAMAÇÕES PRODUTIVAS
Inflamação Hiperplásica
Comuns na:
Retite (Inflamação crônica do reto)
Colite (Inflamação no intestino grosso devido infecção, falta de
circulação, radiação)
Cistite polipoide (Inflamação na bexiga)
INFLAMAÇÕES PRODUTIVAS
Inflamação Hiperplásica
Inflamação Hiperplásica - Colite
INFLAMAÇÕES PRODUTIVAS
Em algumas inflamações crônicas a fibrose excessiva
subvertem a arquitetura do órgão e suas funções
Cirrose pós-hepatite
Doença crônica do fígado  alteração de suas células
(cicatrizes e regeneração)
INFLAMAÇÕES PRODUTIVAS
Inflamação Esclerosantes
INFLAMAÇÕES PRODUTIVAS
INFLAMAÇÕES PRODUTIVAS
Fibrose pulmonar
Causada por uma Doença Intersticial Pulmonar (DIP), incluem
dezenas de doenças que causam inflamação nos alvéolos
levando à cicatrização e fibrose
• Pneumonia, infecções, uso de drogas, doenças auto imunes
INFLAMAÇÕES PRODUTIVAS
Inflamação Esclerosantes
INFLAMAÇÕES PRODUTIVAS
MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS
DAS INFLAMAÇÕES
• Agente inflamatório libera antígenos que são levados ao
linfonodos = proliferação celular = aumentando o tamanho
deles
• Agente etiológico é infeccioso e chega ao linfonodo = produz
reação inflamatória
MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS DAS INFLAMAÇÕES
Aumento do volume dos linfonodos (Íngua)
PROCESSO DE CURA 
ESPONTÂNEA DAS 
INFLAMAÇÕES
Cura com restituição da integridade anatômica e funcional
• Ocorre quando a destruição é discreta
• Há absorção do exsudato e tecido necrosado
Pneumonia sem complicações  epitélio dos alvéolos se
regenera rapidamente
PROCESSO DE CURA ESPONTÂNEA DAS INFLAMAÇÕES
Cura por Cicatrização
• Forma comum de cura de muitas inflamações, especialmente
quando fenômenos alterativos são intensos
Cicatriz pode produzir consequências são várias podem
determinar alterações graves:
PROCESSO DE CURA ESPONTÂNEA DAS INFLAMAÇÕES
Cura por Cicatrização
Cicatrização do pulmão: afeta o brônquio  provocando
Bronquiectasia (distorção ou alargamento dos brônquios)
Pneumonias: fibrina contida nos alvéolos  obstrui a
penetração do ar
PROCESSO DE CURA ESPONTÂNEA DAS INFLAMAÇÕES
Cura por Cicatrização em Serosas
Ocorre em derrames fibrinosos abundantes não absorvidos e
persistente
Sinéquias na pleura: dificulta os movimentos respiratórios
Aderência dos folhetos pericárdicos: dificulta movimentação
cardíaca IC
PROCESSO DE CURA ESPONTÂNEA DAS INFLAMAÇÕES
Cura por Encistamento
Quando a inflamação é curada em geral o exsudato é
absorvido
Em certos casos por ser abundante ou por falhas nos
mecanismos o exsudato não é totalmente eliminado
PROCESSO DE CURA ESPONTÂNEA DAS INFLAMAÇÕES
Cura por Encistamento
Organismo reage ao corpo estranho formando cicatriz fibrosa
Encapsulamento do exsudato Encistamento
PROCESSO DE CURA ESPONTÂNEA DAS INFLAMAÇÕES
Cura por Calcificação
Inicia-se na parte periférica do exsudato ou tecido necrótico
progredindo para o centro
Calcificação aparece inúmeras inflamações:
Endocardite: doença infecciosado coração
Pericardite: doença infecciosa do pericárdio
Pleurite: inflamação na pleura
PROCESSO DE CURA ESPONTÂNEA DAS INFLAMAÇÕES
DOENÇA CRÔNICA
• ARTRITE REUMATÓIDE
ARTRITE REUMATÓIDE
É uma doença sistêmica crônica
Sistema imunológico  responsável por proteger o nosso
organismo  AR ataca os tecidos do próprio corpo
especificamente a membrana sinovial (película fina que reveste
as articulações)
ARTRITE REUMATÓIDE
Resultado desse ataque:
Inflamação das articulações  consequente dor, inchaço e
vermelhidão
ARTRITE REUMATÓIDE
ARTRITE REUMATÓIDE
Se não tratada adequadamente  inflamação persistente das
articulações  compromete e limitações nas atividades do dia
a dia
• Causas não são totalmente bem delineadas
• Diversos cientistas no mundo sugerem ser de origem genética
ARTRITE REUMATÓIDE
ARTRITE REUMATÓIDE
Deformidades articulares causadas pela AR
ARTRITE REUMATÓIDE
ARTRITE REUMATÓIDE
Tratamento
Reduzir a inflamação articular e a dor, maximizar a função
articular, evitar a destruição das articulações e a deformidade
dos membros
Terapia ideal varia de acordo com as características individuais
do paciente
ARTRITE REUMATÓIDE
• Medicamentoso (anti-inflamatórios e analgésicos)
• Não farmacológico (exercício, terapia física, ocupacional)
• Cirúrgico (ruptura de tendão, destruição óssea e articular,
eventualmente próteses)

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