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RECURSOS ELEITORAIS

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Prof. Odemirton Oliveira
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 É a manifestação de inconformismo da parte vencida no pleito judicial que, por intermédio dele, postula o reexame da decisão que lhe tenha sido desfavorável. (Tito Costa)
 
 Recursos: exercitáveis dentro da mesma relação processual contra decisões ainda não transitadas em julgado. 
 
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 No sistema do Código Eleitoral e da Lei Complementar 64/90, a regra é o prazo geral de 3 dias para a interposição de recursos eleitorais. No sistema da Lei n. 9.504/97, a regra geral de prazo para a interposição de recurso é de 24 horas, para as hipóteses de pedido de direito de resposta e infrações às normas sobre propaganda eleitoral.
 
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 O art. 257 do Código Eleitoral prescreve que os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo.
 Chama-se efeito suspensivo a eficácia do recurso que obsta a produção das eficácias sentenciais.
 Possibilidade de atribuição de efeito suspensivo ao recurso, através de ação cautelar, presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora. 
 
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 ART. 216 DO CE: enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado exercer o mandato em toda sua plenitude.
 ART 16-A da Lei 9.504/97: O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior. 
 ART 26-C da LC 64/90: O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso contra as decisões colegiadas a que se referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1o poderá, em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal e desde que a providência tenha sido expressamente requerida, sob pena de preclusão, por ocasião da interposição do recurso.
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Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, salvo quando neste se discutir matéria constitucional.
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá ser interposto.
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As decisões dos juízes eleitorais poderão ser fustigadas pelo recurso inominado (art. 266 e 267 do CE).
Será interposto em petição devidamente fundamentada, inclusive com a juntada de novos documentos.
 Intimado o recorrido, este ofertará suas contrarrazões, no mesmo prazo para a interposição do recurso. 
Havendo juntada de documentos, o recorrente terá vista dos autos em 48 horas.
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 a) apreciar o direito de resposta;
 b) julgar o pedido de cancelamento de inscrição e exclusão do eleitor;
 c) pedido de inscrição eleitoral e transferência do domicílio eleitoral;
 d) Julgarem a ação de investigação judicial e ação de impugnação de mandato eletivo, em eleições municipais, representação pelo art. 41-A e por conduta vedada aos agentes públicos, art. 73 da Lei das Eleições.
 e) Designação de mesários, seções eleitorais, escrutinadores. 
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 Após a sua interposição, poderá o juiz eleitoral exercer o juízo de retratação, devendo a outra parte ser intimada para recorrer, em caso de modificação do julgado ou para apresentar suas contrarrazões, em caso de manutenção da sentença.
 O juiz eleitoral não pode se negar a fazer subir o recurso, nem mesmo em face de sua intempestividade, que deverá ser apreciada pelo TRE. 
 Cabimento de Mandado de Segurança, contra ato do juiz que não recebe ou processa o recurso.
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Embargos de declaração (Art. 275 do CE);
Agravo (retido e de instrumento) nas decisões interlocutórias que causarem prejuízo à parte). Entendimento do TSE;
Das decisões finais de condenação ou absolvição, nos crimes eleitorais, cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias (art. 362 do CE). Efeito devolutivo e suspensivo.
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I. Composta pelo juiz eleitoral e de dois ou quatro cidadãos.
II. Dos seus atos cabem recursos inominados, recurso parcial e recurso contra a Diplomação.
III. À medida que os votos forem sendo apurados, poderão os fiscais e delegados de partidos, assim como os candidatos, apresentar impugnações, em relação à apuração ou à identidade do eleitor.
IV. Se a interposição for oral deverá ser reduzido a termo.
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RECURSO ORDINÁRIO;
RECURSO ESPECIAL;
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO;
AGRAVO DE INSTRUMENTO;
AGRAVO REGIMENTAL(contra decisões do presidente do TRE e relator de recurso)
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Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais. (art. 121, § 4º, inciso I e II da CF).
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Uniformização da jurisprudência, não tendo como escopo a discussão da justiça e injustiça das decisões do TRE, mas sim controlar se tais decisões foram proferidas contra norma federal expressa, ou se entre elas há divergência de interpretação.
Há necessidade de prequestionamento, isto é, referência feita pelo acórdão atacado à questão federal controvertida pelas partes, necessário que o próprio acórdão enfrente ou debata o ponto controvertido.
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Interposto o recurso especial contra decisão do TRE, a petição será juntada aos autos em 48 horas, conclusos os autos ao presidente, este proferirá despacho fundamentado, admitindo ou não o recurso. Se for admitido, será aberta vista à parte recorrida, para que no tríduo legal, apresente contrarrazões. Apresentada ou não, será enviado ao TSE.
Denegado o recurso especial caberá agravo de instrumento para o TSE.( art. 279 do CE).
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É cabível quando:
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção. ( Art. 121,§ 4º, III, IV e IV, da CF).
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Interpõe-se o recurso ordinário dirigido ao presidente do TRE, que poderá mandar intimar o recorrido para que ofereça suas contrarrazões. Ultrapassado o tríduo legal, com o seu oferecimento ou sem ele, serão os autos remetidos para o TSE.
Inadmitido o recurso poderá o recorrente interpor agravo de instrumento.
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AGRAVO REGIMENTAL: cabe contra as decisões do presidente ou de relator, na forma do regimento interno dos tribunais. 
Tem a finalidade de submeter ao plenário, na primeira oportunidade, a decisão atacada.
RECURSO ORDINÁRIO: é cabível contra decisão do TSE que denega mandado de segurança e habeas corpus.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: decisões que contrariarem dispositivo da Constituição, ou declararem a inconstitucionalidade de Lei Federal. 
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Apresentado o recurso e conclusos ou autos ao presidente do TSE, proferirá ele, em 48 horas, despacho fundamentado, admitindo ou não sua interposição. Acolhido o recurso, abrir-se-á vista ao recorrido para, em 48 horas, apresentar suas contrarrazões, após encaminha-se ao STF.
Se o recurso for indeferido pelo presidente do TSE, caberá agravo de instrumento ao STF.
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É cabível perante as decisões do Juiz Eleitoral, do Tribunal Regional Eleitoral e Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 275. São admissíveis embargos de declaração:
        I - quando há no acórdão obscuridade, dúvida ou contradição;
        II - quando fôr omitido ponto sôbre que devia pronunciar-se o Tribunal.
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§ 1º Os embargos serão opostos dentro em 3 (três) dias da data da publicação do acórdão, em petição dirigida ao relator, na qual será indicado o ponto obscuro, duvidoso, contraditório ou
omisso.
 § 2º O relator porá os embargos em mesa para julgamento, na primeira sessão seguinte proferindo o seu voto.
§ 3º Vencido o relator, outro será designado para lavrar o acórdão.
§ 4º Os embargos de declaração suspendem o prazo para a interposição de outros recursos, salvo se manifestamente protelatórios e assim declarados na decisão que os rejeitar.
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Se a decisão eleitoral tiver por base o art. 41-A (captação ilícita de sufrágio) e art. 73 e ss. da Lei das Eleições(condutas vedadas aos agentes públicos), o efeito é imediato, afastando-se o detentor do mandato.
Se a decisão for em Ação de Impugnação de Registro de Candidatura ou Ação de Investigação Judicial Eleitoral(por abuso de poder econômico ou político) é necessário o transito em julgado da decisão ou a condenação por órgão colegiado, conforme a LC 64/90.

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