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DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 1 PATOLOGIAS DO ESTÔMAGO DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 2 DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 3 PRINCIPAIS PATOLOGIAS: Gastrite, Ùlcera Péptica, DRGE e Câncer DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 4 Gastrite significa inflamação da mucosa do estômago. Mucosa, uma camada rosada parecida com a que temos em nossa boca. O QUE É? Úlcera é uma lesão da mucosa do esôfago, estômago ou duodeno (porção inicial do intestino). O principal agressor em relação à mucosa do estômago e do duodeno são o Helicobacter pylori e os medicamentos antiinflamatórios e aspirina. Biópsia gástrica: pesquisa a presença do Helicobacter pylori, bactéria descoberta em 1987. DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 5 DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 6 Causas: Acidez em excesso (Pepsina e HCl), Infecção bacteriana: helicobacter Pylori; só ocorre em tecidos inflamados (Úlcera) Medicamentos antiinflamatórios e Ac. Acetilsalicílico (uso indevido) Fumo: facilita surgimento e dificulta cicatrização. Stress, ansiedade, preocupação. DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 7 Sintomas: Dor; enjôo, sensação de estufamento, pirose (azia) e sangramento Tratamento Gastrite: Usar inibidores da secreção ácida. (Omeprazol, Ranitidina e Cimetidina) Alimentar-se a cada 3 horas com alimentos leves e pouco temperados. Anti-ácidos: utilizados como adjuvantes. DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 8 TRATAMENTO DA ÚLCERA A eliminação do Helicobacter pylori com o uso de antibióticos associados a inibidores da secreção ácida resulta na cura da doença Se a bactéria é eliminada, a taxa de recidiva é insignificante. O uso indiscriminado de antiinflamatórios deve ser combatido. Desestimular o fumo também constitui uma ótima atitude preventiva. As restrições alimentares não parecem úteis na prevenção da úlcera péptica DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 9 GASTRITE Presença à Microscopia de Inflamação da Mucosa Gástrica. DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 10 EROSÃO Lesão superficial da mucosa que não penetra a camada muscular da mucosa. DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 11 Lesão da mucosa, mais profunda, atingindo a camada muscular da mucosa. ÚLCERA DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 12 Doença Péptica Localização Gástrica Duodenal Causa Primária Secundária DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 13 Doença Péptica Secundária Causas 1. Gastropatia de Stress (Gastrite e Úlcera) Quadro agudo, ocorrendo em pacientes criticamente doentes Parto Traumático, Sepse, Queimaduras, Trauma Craneoencefálico, Múltiplos Traumas, Grandes Cirurgias, Insuficiência Respiratória, Choque. DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 14 Doença Péptica Secundária Causas 2. Drogas e toxinas Corticóide Anti-Inflamatórios não hormonais Corrosivos Etanol Outros agentes (Ferro, Cloreto de Potássio, Sais de Cálcio, Penicilinas, Sulfonaminas, Cloranfenicol, Tetraciclinas e Cefalosporinas DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 15 Helicobacter pylori Epidemiologia Transmissão Pessoa a Pessoa Fecal – Oral Oral – Oral Gástrica – Oral Aparelhos endoscópicos contaminados Animais Água e alimentos contaminados Vetores DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 16 Helicobacter pylori Epidemiologia Fatores de Risco Nível sócio econômico baixo na infância Idade: a infecção ocorre na infância, geralmente antes dos cinco anos. Prevalência aumenta com a idade, mas em países em desenvolvimento já é alta (80%) em crianças menores de 10 anos. Profissão Etnia História Familiar de Doença Péptica, principalmente materna. DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 17 Helicobacter pylori DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 18 Doença Péptica Tratamento Objetivos Aliviar os sintomas Cicatrizar a lesão Prevenir recidivas DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 19 DIETOTERAPIA VET, PTN, CHO, LIP = Normais (selecionar as fontes) Sem condimentos Temperatura sem extremos SH fracionamento e volume Fibras Micronutrientes de acordo com o QC DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 20 CÂNCER GÁSTRICO DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 21 Etiologia/fatores de risco • Fatores de risco grupo sanguíneo A, história familiar influência ambiental: quando migra, próxima geração tem risco semelhante ao novo ambiente dieta e drogas: alimentos condimentados, ricos em sal e defumados vegetais e frutas frescas, ricos em vitaminas C e E, protegem aspirina e tabaco aumentam risco H. pylori – aumenta 3 vezes o risco - úlcera gástrica e gastrite de corpo aumentam - úlcera duodenal diminui risco DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 22 CÂNCER GÁSTRICO AVANÇADO DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 23 Quadro Clínico •Maioria se apresenta nos estádios III ou IV •Assintomáticos nos estádios iniciais •Dores abdominais branda, as vezes não notada • Náuseas e vômitos presentes em obstrução parcial/total • Perda ponderal e hiporexia sintoma mais comum • Sangramento mais comum é perda de sangue oculto, hemorragia digestiva é rara (5%) • Disfagia • Síndromes paraneoplásicas sind. Trousseau, acantose nigricans, neuropatia periférica • Massa abdominal, linfonodomegalias sinais de doença avançada DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 24 DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 25 Tratamento Cirurgia de ressecção é o único tratamento curativo, melhor paliativo e previne complicações Cirurgias paliativas: ressecções econômicas, sem linfadenectomia Cirurgia depende da localização do tumor Tumores distais: • gastrectomia subtotal radical, com ressecção de 75% do estômago, piloro e 2cm do duodeno. • Preservar baço e pâncreas caso não envolvidos Tumores proximais: • gastrectomia total, esplenctomia, reconstrução em Y-Roux DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 26 DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 27 DIETOTERAPIA Via de acesso para alimentação VET, PTN, CHO, LIP = Hipo, Normo, hiper (Ver situação e selecionar as fontes) Sem condimentos Temperatura sem extremos SH fracionamento e volume Fibras Micronutrientes de acordo com o QC DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 28 DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 29 DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 30 DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 31 Caso Clínico JFT,68ª, casado, pardo, natural da Paraíba, há 40 anos no RJ, brasileiro QP: “dor no estômago e doença do coração” HDA: há 1 ano com quadro de epigastralgia em queimação, associada a plenitude pós-prandial e vômitos. Piora com a alimentação. Refere também dispnéia aos pequenos esforços , edema membros inferiores, dispnéia noturna. HDA: Foi realizado EDA que evidenciou lesão ulcerada em corpo alto do estômago e fundo de 2 cm com diagnóstico de adenocarcinoma e H. pylori +. Nega emagrecimento, hiporexia e febre. HPP: Nega DM, IAM, Cirurgias, HAS, Alergias e Hemotransfusões DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 32 HS. Tabagista 58 maços/ano Ex-etilista pesado há 5 anos. Parou há 1 ano. H. Fam: filho queixa-se de epigastralgia Exame físico: LOTE,corado, hidratado, eupneico em repouso. Ausência de TJ ao decúbito dorsal PA: 110x80 mmHg FC: 80bpm Abdome flácido , dor em flanco esquerdo à palpação. Ausência de VMG ou massas MMII sem edemas DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 33 Internação em 06-10-2005 Hipóxia, edema MMII, dificuldade de urinar e evacuar Plenitude pós-prandial e dispepsia Feitos: ECO, EDA, RX, US abdominal EDA 10-10-2005: Gastropatia congestiva leve Deformidade antro-pilórica Lesão ulcerosa gástrica de 2 cm irregular e bordos elevados em cárdia - biópsias EDA 21-07-2005: Gastrite antral erosiva elevada leve Alta 19-06-2005 DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 34 Ambulatório de CM: 16-11-2005 AdenoCA Gástrico Intramucoso; HP + TC marcada para 07-12-2005 Internação : 03-12-05 Gastroenterologia Mantinha quadro de dispnéia aos pequenos esforços TC tórax + Abdome ECO; RX; ECG HT: 40,5% PA 120x70 mmHg DIETOTERAPIA I - PROFª RENATA OLIVEIRA 35 Gastrectomia total reconstruída em Y de Roux. PO imediato: insuficiência respiratória, permanecendo entubado. Com melhora, paciente é extubado e liberado a dieta. Faça a Prescrição Nutricional para o caso acima, desconsiderando a Gastrectomia total e considerando-a!
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