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Sujeito do Processo 3 Partes e Procuradores

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06/09/2017
1
PROCESSO CIVIL I
SUJEITOS DO PROCESSO 
Partes e Procuradores
Introdução 
Primeiramente, é importante ressaltar que “Sujeitos do processo” é
expressão ampla. Portanto, compreende todo aquele que participa do
processo, podendo ser um sujeito parcial como as partes e os terceiros
intervenientes ou um sujeito imparcial a exemplo do Juiz e seus
auxiliares.
É importante destacar que o processo, em regra, só se estabelece com
a participação de três sujeitos principais: JUIZ, AUTOR E RÉU. Por outro
lado, tratando-se de jurisdição voluntária haverá estado e interessados.
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1. PARTES DO PROCESSO
As partes do processo são sujeitos parciais, sendo que, em geral são o autor
e o réu. O autor é aquele que formula um pedido em juízo e o réu aquele
contra o qual se pede uma tutela jurisdicional.
Para Marinoni “parte é aquele que demanda em seu próprio nome ou em
cujo nome é demandada e aquele em face de quem essa atuação é
demandada".
E por isso que, Elpídio Donizetti, conceitua a parte como sujeito parcial, que
pede ou contra quem é pedido uma providência jurisdicional e, por isso,
integram o contraditório e são abrangidos pelos efeitos da coisa julgada.
Importante: 
Parte no aspecto processual ocupa um dos polos do processo, ou seja, da relação
juridica de direito processual.
Portanto, “pouco importa, para a determinação do conceito de parte, se esses
sujeitos debatem no processo direito que dizem ser seu, ou mesmo que se conclua
que esse direito não existe. Não importa, em outros termos, para essa definição, que
a parte seja legítima do ponto de vista do direito material”.
CUIDADO: Em regra, a parte no processo é parte no direito material, isso porque,
ninguém pode pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado por
lei (art. 18 do CPC).
Exemplo de substituição processual ou legitimação extraordinária está prevista na Lei
8.560/92 que regula a investigação de paternidade, pois o art. 2º, §4º da citada lei
atribui legitimidade para o MP propor ação de investigação de paternidade.
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3
Considerada a importância das Partes e dos Procuradores para o
estabelecimento da relação jurídica processual, o Livro III do NCPC, traz
disciplina normativa relativa às partes e aos seus procuradores
subdividida em quatro capítulos:
1. Cuida da capacidade processual;
2. Regulamenta os deveres das partes e seus procuradores;
3. Cuida dos procuradores;
4. regulamenta a sucessão das partes e de seus procuradores.
Vejamos em detalhes essa disciplina normativa:
Capacidade processual (arts. 70 a 76)
Neste capítulo, verificamos quem pode assumir a posição de autor e de
réu no direito brasileiro, ou seja, quem possui capacidade de estar em
juízo.
Para verificar a higidez deste pressuposto processual precisamos
diferenciar três institutos distintos, mas, complementares, quais sejam:
A) A CAPACIDADE DE SER PARTE; B) A CAPACIDADE DE ESTAR EM
JUÍZO E C) A CAPACIDADE POSTULATÓRIA. VEJAMOS:
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CAPACIDADE DE SER 
PARTE
CAPACIDADE DE ESTAR 
EM JUÍZO 
CAPACIDADE
POSTULATÓRIA 
Corresponde à capacidade de ter
direitos e obrigações na ordem civil,
conforme dispõe o art. 1º do CC.
Só aquele que, por força da lei civil,
pode contrair obrigações, portanto,
assumir direitos e deveres como
sujeito de direitos pode ser
considerado titular de uma relação
jurídica a ser levada ao Estado-juiz.
Todos que possuem personalidade
jurídica, tem capacidade de ser parte.
Ou seja, “toda pessoa que se encontre
no exercício de seus direitos tem
capacidade para estar em juízo”
(NCPC, art. 70)
Corresponde à capacidade de exercício
do direito civil, vale dizer, à verificação
sobre em que condições o titular de
direitos no plano material pode,
validamente, exercê-los.
Portanto, embora a pessoa tenha
capacidade para ser parte, pode não
ter capacidade para estar em juízo em
razão de sua incapacidade, nos termos
do Art. 3º e 4º do Código Civil.
Neste caso, todo aquele que não
possui capacidade para estar em juízo
deverá ter sua capacidade integrada
ou complementada nos termos do Art.
71 da NCPC.
capacidade de postulação é a aptidão
para realizar os atos do processo de
maneira eficaz.
A capacidade de postulação em
nosso sistema processual compete
exclusivamente aos advogados.
É por isso que é obrigatória a
representação da parte em juízo, por
advogado, regularmente inscrito na
Ordem dos Advogados do Brasil
(NCPC, art. 103)
OBSERVAÇÃO: 
A capacidade de ser parte não se restringe aos entes personalizados. É
que, a lei pode conferir direitos ou prerrogativas para entes sem
personalidade jurídica, isto é, sem capacidade de adquirir direitos e
obrigações na ordem civil, por exemplo: ESPÓLIO, MASSA FALIDA,
SOCIEDADES SEM PERSONALIDADE JURÍDICA.
Neste caso, referidos entes podem ser parte, pois embora não tenham
personalidade jurídica tem capacidade de ser parte, isso porque, tais
entes, segundo a doutrina e jurisprudência, são dotadas de
PERSONALIDADE JUDICIÁRIA, ou seja, podem postular em juízo
quando a lei lhes atribuir um direito. (Elpídio Donizetti)
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IMPORTANTE:
Considerando que nem todos os sujeitos de direitos possuem
capacidade para estar em juízo, o Código de Processo Civil determina
algumas regras específicas de representação processual.
1. INCAPAZ:
De acordo com o Art. 71 do NCPC o incapaz será representado ou
assistido por seus pais, por tutor ou por curador na forma da lei. Essa é a
regra geral prevista no Código de Processo Civil.
2. CURADOR ESPECIAL: 
Porém, o Art. 72 do CPC determina que o Juiz deverá nomear curador
especial em DUAS HIPÓTESES:
I - Incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste
colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade;
II - Réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora
certa, enquanto não for constituído advogado.
O CPC indica no parágrafo único do art. 72 que a CURATELA ESPECIAL será
exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. Importante frisar que, o
caso previsto no inciso I, representa uma exceção a regra geral prevista no
Art. 71 do CPC.
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3. CAPACIDADE PROCESSUAL DAS PESSOAS CASADAS:
O art. 73 trata da legitimidade dos cônjuges para postualr em juízo. Em rigor,
não se trata de disciplina relativa à capacidade de ser parte ou de estar em
juízo (legitimação processual), mas, mais ampla e genericamente, de
LEGITIMIDADE PARA AGIR dos cônjuges.
É importante destacar que a falta de consentimento, quando necessário e não suprida
pelo Juiz, invalida o processo, nos termos do Art. 74, paragrafo único, do CPC. Caso, a
concessão da autorização seja negada, sem justo motivo ou seja impossível sua
concessão o consentimento pode ser suprido judicialmente conforme art. 74.
ATIVA PASSIVA
A legitimação processual do cônjuge para ser autor 
está prevista no Art. 73 do NCPC.
Por outro lado a legitimidade passiva encontra-se 
encartada no §1º do Art. 73. 
Representação das pessoas jurídicas e entes
despersonalizados:
A representação das pessoas jurídicas, pessoas formais e entes despersonalizados está
prevista no Art. 75 do Código de Processo Civil.
Porém, antes de adentrarmos no estudo das hipóteses previstas no Art. 75, é importante
destacar, novamente que o NCPC atribui capacidade para ser parte a alguns entes
despersonalizados, o que chamamos acima de PERSONALIDADE JUDICIÁRIA.
Neste caso, embora não gozem de personalidade jurídica, são admitidas a figurar em
relações processuais quer no polo passivo como ativo, a exemplo da MASSA FALIDA,
HERANÇA JACENTE E O ESPÓLIO (ART. 75, INCISOS V, VI, VII) E AS SOCIEDADES SEM
PERSONALIDADE JURÍDICA (ART. 75, INCISO IX)
**VAMOS ANALISAR O ARTIGO 75 DO CPC.
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Vícios de representação processual
O art. 76 do CPC regula a hipótese devício na representação processual.
Presente VÍCIO DE REPRESENTAÇÃO, o Art. 76 do NCPC, determina que, em
primeiro plano, deve ser determinada a suspensão do processo e concessão
de prazo razoável para a parte sanar o vício. Portanto, o NCPC prevê
condições de saneamento dos defeitos para o regular prosseguimento do
processo.
É o que expõe o Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a
irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e
designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
Não sendo sanado o vício, as consequências variam consoante se trate
de processo em trâmite na Instância Originária ou nos Tribunais.
1. NA “INSTÂNCIA ORIGINÁRIA” (ART. 76, §1º):
O §1º do art. 76, preceitua que: (a) O processo será extinto se a
providência de saneamento couber ao AUTOR; (b) Se couber ao RÉU,
ele será considerado revel e (c) Se couber a TERCEIRO, ele será
considerado revel ou extinto o processo, dependendo do polo
processual em que se encontre.
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2. NA FASE RECURSAL (ART. 76, §2º): 
Não sendo sanado o vício de representação na fase recursal, o §2º do art. 76
do NCPC, determina que compete ao relator não conhecer do recurso se a
providência couber ao RECORRENTE ou, se couber ao RECORRIDO,
determinar o desentranhamento das contrarrazões.
É inequívoco que, a regra, tem aplicação para quaisquer Tribunais que
atuem, ao longo do processo, em seus respectivos segmentos recursais.
É importante frisar, ainda, antes do reconhecimento do vício e decretação
das consequências previstas no dispositivo, cabe ao juiz (ou, no âmbito dos
Tribunais, ao relator) intimar as partes e/ou os terceiros para que sanem a
irregularidade.
O direito de sanar os vícios de representação estão intimamente
relacionados com os princípios previstos nos arts. 6º, 9º e 10 e, no
âmbito recursal, do parágrafo único do art. 932 e do próprio § 3º do
art. 1.029.
Importante destacar que, a ressalva é razão bastante para entender
que, com o CPC de 2015, fica superada a orientação contida na Súmula
115 do STJ.
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2. DEVERES DAS PARTES E DE SEUS 
PROCURADORES (ART. 77 A 81 DO NCPC):
Primeiro é importante destacar que, sendo o processo uma relação jurídica,
as partes exercem determinados poderes e deveres processuais.
O Professor Luiz Guilherme Marinoni destaca que as partes exercem todos os
poderes inerentes a propositura da ação, ou seja, exerce todas as posições
jurídicas que substancializam seu direito fundamental ao processo. Exemplo:
direito de ação, exercício do contraditório, direito de produzir provas, dentre
outros.
Em contrapartida, o Código de Processo Civil atribuiu uma série de deveres
para as partes e seus procuradores, Vejamos:
Primeiro, devemos destacar que, o art. 77 do CPC enumera um rol de
deveres jurídicos das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que
participarem do processo.
Esse rol, previsto no art. 77 do CPC, deve ser considerado exemplificativo em
razão do princípio geral da boa-fé objetiva (art. 5º do NCPC) e de outros
deveres dispersos pelo Código, como por exemplo: art. 379, II, art. 380, II,
Art. 744, todos do NCPC. **Vamos analisar o art. 77 do CPC:
Efetivada uma análise do art. 77 do CPC, verificamos que o principal dever da
parte é atuar com boa-fé (art. 5º e 77). Conforme destaca Luiz Guilherme
Marinoni a boa-fé é norma fundamental que pode ser encarada sob duas
perspectivas:
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PERSPECTIVA SUBJETIVA PERSPECTIVA OBJETIVA
Subjetivamente, a boa-fé pode ser
traduzida como um "estado de
consciência".
É o dever de agir de boa-fé que impõe o
dever de veracidade, o dever de
completude e o dever de lealdade (art.
77, I, II e III do NCPC).
Vale dizer: dever de dizer a verdade, não
formular pedidos ou defesas destituídas
de fundamento ou praticar atos inúteis
ou desnecessários.
Objetivamente, a boa-fé constitui um
dever comportamental.
É o dever de se comportar com boa-fé
que impõe o dever de cumprir com
exatidão todas as ordens judiciais e de
não praticar inovação ilegal no estado de
fato ou de direito da causa (art. 77,IV e
VI do NCPC)
É importante detalhar que, as condutas previstas no art. 77, incisos IV e
VI, configuram ato atentatório a dignidade da justiça, competindo ao
Magistrado, sem prejuízo das sanções civis, criminais e processuais
cabíveis, aplicar multa de até 20% do valor da causa. (art. 77, §3º e
seguintes).
Caso o valor da causa seja irrisório ou inestimável, a multa por ato
atentatório a dignidade da justiça poderá ser fixada em até 10 (dez)
vezes o valor do salário mínimo (art. 77, §5º).
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3. RESPONSABILIDADE DAS PARTES POR 
DANO PROCESSUAL (ART. 79 A 81 DO NCPC):
Cássio Scarpinella Bueno informa que o Art. 79 do CPC fixa a
responsabilidade por perdas e danos daquele que, como autor, réu ou
interveniente litigar de má-fé.
É que, durante o trâmite do processo, o Juiz tem o poder-dever de zelar pela
solução do litígio de forma adequada, reprimindo os atos que se manifestem
contrários ao desenvolvimento regular do feito e à dignidade da justiça.
Portanto, verificando que uma das partes está litigando de má-fé, o Juiz deve
aplicar, de ofício e em qualquer grau de jurisdição, multa em valor superior a
1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa (art. 81 do CPC).
Hipóteses de litigância de má-fé:
Primeiro, é importante destacar que a responsabilidade pelo dano processual,
decorrente da litigência de má-fé, pressupõe o elemento objetivo (dano) e o subjetivo
(culpa).
Em relação ao elemento objetivo, o art. 80 do CPC indica que litiga de má-fé quem:
1. deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
2. alterar a verdade dos fatos;
3. usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
4. opor resistência injustificada ao andamento do processo;
5. proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
6. provocar incidente manifestamente infundado;
7. interpor recurso com intuito manifestamente protelatório.
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3. DAS DESPESAS, DOS HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS E DAS MULTAS. 
O CPC além de tratar da responsabilidade por danos processuais,
também regula a responsabilidade pelas despesas do processo, pelos
honorários advocatícios e por multas.
Pelo art. 84 do CPC as despesas do processo abrangem custas
processuais, indenizações de viagem, remuneração de assistente
técnico e a diária de testemunhas. Portanto, compreende qualquer
valor devido em razão do processo.
Ônus de adiantar e obrigação de pagar:
Pelo art. 82 incumbe às partes prover todas as despesas processuais
dos atos que realizarem ou requererem, tendo o ônus de adiantar o
pagamento, desde o início do processo até o final do processo,
incluindo a atividade satisfativa.
Importante: Quando o ato for determinado de ofício pelo Juiz ou a
requerimento do MP compete ao autor adiantar as despesas (art. 82,
§1º)
Em que pese as partes tenham o ônus de adiantar as despesas
processuais, a obrigação de pagar irá recair, em regra, ao vencido na
causa (art. 82, §1º).
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Princípio da sucumbência ou da causalidade: 
Pelo regra da sucumbência ou da causalidade, a obrigação de arcar com todo
o custo do processo, pagando as despesas processuais e os honorários
advocatícios deve recair sobre aquele que deu causa ao processo.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:
O art. 85 informa que a sentença condenará o vencido, portanto, o
sucumbente a pagar os honorários ao advogado do vencedor. É importante
ressaltar que referido honorários são conhecidos como honorários de
sucumbência e distinguem dos honorários contratuais estabelecidos entre o
advogado e seu cliente.
Vamos analisar mais detidamente os preceitos relativos aos honorários de
sucumbência previsto no Código de Processo Civil.
4. DA SUCESSÃO DAS PARTES E DOS 
PROCURADORES (ART. 108 A 112DO NCPC): 
Com o aperfeiçoamento da relação processual, dada a integração de
todos os seus elementos subjetivos, ou seja, de todas as partes, a
demanda se estabiliza. Não por outro motivo, o art. 108 do CPC
informa que, no curso do processo, somente é lícita a sucessão
voluntária das partes nos casos expressos em lei.
Portanto, é possível citar como exemplo de sucessão, os casos de
cessão do objeto litigioso por ato inter vivos e causa mortis. Para esses
casos o CPC regulamentou a sucessão das partes, vejamos:
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1. SUCESSÃO INTER VIVOS:
Na chamada sucessão inter vivos as partes alienam a coisa ou do direito litigioso
por meio de negócio jurídico. Esse negócio é entabulado entre pessoas vivas.
Exemplo: Cessão de Crédito.
Conforme o Art. 109 do CPC a alienação da coisa ou do direito litigioso por ato
entre vivos não altera a legitimidade de partes.
Neste caso, mesmo que o titular do direito material litigioso possa transferi-lo na
pendência do processo, não deixará de ser a parte da relação processual. Porém, a
partir da alienação, passará a agir como substituto processual do adquirente, ou
seja, exercerá a legitimidade extraordinária.
IMPORTANTE: No caso em apreço, a sucessão processual poderá ocorrer caso a
parte contrária consinta (art. 109, §1º). Porém, ingressando ou não no processo a
sentença produzirá efeitos entre as partes originárias e o adquirente ou cessionário
(art. 109, §3º)
2. SUCESSÃO CAUSA MORTIS:
Está prevista no art. 110 ao destacar que, ocorrendo a morte de qualquer
das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos sucessores.