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Estatuto do Desarmamento e Tipos Penais

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17/11/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Estatuto do Desarmamento
Lei 10826/03
 
 
 Sinarm – Sistema Nacional de Armas – cabe a ele, no âmbito da Delegacia da Polícia Federal, gerenciar
o controle de armas e respectivos registros.
 
 Situações:
1- registro: autorização para o proprietário manter a arma de foto na sua residência ou local de
trabalho. O registro não permite o porte. É sempre obrigatório, salvo para armas obsoletas (são
aquelas fabricadas há mais de 100 anos; sem condição de disparo e cuja munição não seja mais
fabricada em escala comercial; réplicas históricas);
2- porte: possibilidade de se portar a arma de fogo consigo.
 
 O registro e o porte são expedidos pela polícia federal mediante autorização do Sinarm.
 
 
Tipos Penais:
 
 
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Artigo 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou,
ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou
empresa:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Nomen iuris: Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa
 Elemento subjetivo: dolo – não admite culpa
O dispositivo típico prevê dois núcleos, possuir ou manter, razão pela qual é classificado como crime de ação múltipla
 Deve ser arma de fogo: se não tem mais poder vulnerante, não há crime (ex/ armas antigas).
 Abolitio criminis do artigo 10, § 1º, II da antiga lei (arma de brinquedo).
 O artigo 18 da LCP foi derrogado, pois não mais se aplica às armas de fogo e munições, mas somente
às armas brancas.
 A atual lei incluiu as munições no tipo penal, atendendo com isso reclamos da doutrina.
 Sujeito que recebe arma que sabe ser produto de roubo: responderá pelo delito mais grave (dependerá
se a arma era permitida ou proibida).
 
 
Artigo 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora
de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte
de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras
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formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro)
horas depois de ocorrido o fato.
 
 Nomen iuris: Omissão de cautela
 
 Elemento subjetivo: culpa. Não foi utilizada a fórmula clássica empregada pelo CP, mas é possível de se
extrair da expressão “omissão de cautela”. Deve o juiz analisar se foram observadas as cautelas devidas; se formal e
mesmo assim o menor alcançou a arma (ex/ arrombou a gaveta), não há crime.
 Parágrafo único: crime de mera conduta / omissivo próprio, daquele que não comunica o extravio no
prazo de 24hs. Elemento subjetivo desse tipo: dolo (sabia do extravio e mesmo assim não comunicou). A questão é: 24hs
a partir de qual momento ? Do fato ou da comunicação do fato ao responsável ?
 
Artigo 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente.
 
 
 Nomen iuris: Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
 
 Sujeito ativo: qualquer pessoa
 Sujeito passivo: a coletividade (trata-se de crime vago).
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 Elemento subjetivo: dolo – não admite a modalidade culposa
 Norma penal em branco: o que vem a ser arma de fogo de uso permitido ?
 Tipicidade: O dispositivo típico apresenta mais de um núcleo, razão pela qual é classificado como crime
de ação múltipla
· portar: significa trazer consigo. Não é necessário a possibilidade de pronto uso.
· Deter: significa ter a arma consigo de maneira relativamente transitória. A detenção fugaz não
configura o crime (ex/ daquele que simplesmente segura a arma de um amigo, enquanto esse pega
algo em sua pasta).
· Adquirir: significa obter, seja gratuita ou onerosamente
· Fornecer: entregar de qualquer forma
· Receber: é o entrar na posse
· Transportar: remover de um local para outro por meio que não seja pessoal
· Emprestar: confiar a alguém que faça uso da arma
· Remeter: enviar o objeto por qualquer meio
· Empregar: significa usar
· Manter sob guarda: é o ter sob vigilância, ainda que em nome de terceiro.
· Ocultar: é o esconder
 
 
 Artigo 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
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Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável
 
 Nomen iuris: Disparo de arma de fogo
 
 Este artigo derrogou o artigo 28 da LCP, pois este só continua a ser aplicado para os fogos de artifício.
 Quanto ao conflito entre os artigos 132 e em tela, segue-se a seguinte regra: se o disparo é
intramuros, ainda exponha em risco terceiros – art. 132. Se o disparo é extramuros: crime em tela, tendo em vista que se
coloca em risco a incolumidade pública.
 Concurso de crimes entre o porte irregular e o disparo: impossível, pois o segundo absorve o primeiro
 
Artigo 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou
restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou
restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridadepolicial, perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de
identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou
adolescente; e
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VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
 
 
 Nomen iuris – posse ou porte ilegal de arma de uso restrito
 
 As armas de uso restrito são aquelas que estão prescritas no artigo 161 do Decreto 55649/65 – são as
que constituem material bélico, carabinas raiadas (com calibre superior a 11.47mm) e revolveres de calibre superior a 38,
pistolas automáticas de calibre superior a 7.65mm, pistolas automáticas, armas de gás, cartuchos das armas proibidas,
munições que possam provocar incêndios ou explosões, armas dissimuladas, lunetas (mira laser) – se estiver na arma
regular, tudo bem e armas longas.
 
 
 A análise típica foi efetuada no artigo 14.
 
 
 Parágrafo Único do art.16:
Inciso I: adulteração de sinal identificador
 Em função da redação, deverá ser provado quem suprimiu ou alterou a marca ou numeração, o que é
muito difícil.
 
 Inciso II: modificação de característica de arma de fogo
 Difícil de se provar quem efetuou tal modificação.
 
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 Inciso III: posse de artefato explosivo ou incendiário
 São os artefatos que tem capacidade de causar explosão ou incêndio. Esse inciso derrogou o artigo 253
do CP.
 
 Inciso IV: posse de arma com identificação adulterada
 Esse inciso resolve os problemas existentes nos incisos I e II, em que deve ser provado quem fez as
adulterações / modificações, pois neste, basta que o agente porte arma com essa característica.
 
 Inciso V: entrega de arma de fogo, acessório ou munição a criança ou adolescente.
 Este inciso ab-rogou o artigo 242 do ECA. Não há distinção entre arma de uso permitido ou restrito.
 
 Inciso VI: produção ou reaproveitamento de munição ou explosivo
 
 
 
 Artigo 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de
serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência
 
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 Nomen iuris – comércio ilegal de arma de fogo
 
 A peculiaridade do tipo em questão recai no sujeito ativo, pois determina que o crime será cometido
por aquele que exerce atividade comercial ou industrial (compreendendo inclusive aquele que a exerce de forma
clandestina). Ocorre, porém, que tal atividade deve ser exercida com habitualidade, não incidindo, como consequência,
àquele que vende ilegalmente uma única vez arma de fogo.
 
 
Artigo 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
 
 
 Nomen iuris – tráfico internacional de arma de fogo
 
 O legislador pune também a comercialização internacional de arma de fogo. Pelo presente tipo, a
entrada ou saída irregular de arma, fato este que configuraria o denominado tráfico de armas.
 Não exige a habitualidade (diferentemente do tipo anterior), razão pela qual a entrada de uma única
arma pela forma explicitada no tipo caracteriza o crime em questão.
 Deve ser observado, entretanto, que deve a conduta ter sido praticada em um esquema de tráfico
internacional, isto é, de um esquema internacional, pois se foi uma mera importação pessoal sem esse alcance, não há
crime.
 
 Artigo 19 – natureza jurídica: causa de aumento de pena
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 Nas hipóteses dos artigos 17 e 18 a pena será aumentada da metade se a arma for de uso restrito.
 A importação de armamento proibido e a apreensão em território nacional não faz com que a
competência seja da justiça federal, pois se houver somente prova da apreensão da arma proibida, a competência será a
Justiça Estadual. Porém, se houver prova da autoria de contrabando a competência será da justiça federal
 
 
 Artigo 20 – natureza jurídica: causa de aumento de pena
 
 A lei favorece a obtenção de armas para determinadas pessoas, razão pela qual, se tais agentes vierem
a cometer um dos crimes previstos nos artigos 14, 15, 16, 17 e 18 haverá incidência da agravante de metade.
 
 Artigo 21 – vedação da liberdade provisória
 
 O STF, na ADin 3112-1, declarou inconstitucional este artigo.
 
 
 Ação Penal: em todos as modalidades típicas é pública incondicionada.
 
 
 
 
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LEI DE DROGAS
(Lei nº 11.343/06)
O vocábulo droga é de origem persa, e significa demônio. Segundo a Organização Mundial da Saúde, droga é toda
substância que, introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções. Já, tóxico, é toda droga
capaz de provocar, após introduzida no organismo vivo, reações graves. Entorpecente é toda droga capaz de provocar
entorpecimento ou torpor. Narcótico, por sua vez, é a droga opiácea que, introduzida no organismo vivo, é capaz de
provocar sedação e analgesia[1][1].
Visando atender a uma demanda social por um endurecimento da legislação repressiva do tráfico de drogas, foi então
promulgada a Lei nº 11.343/2006. O motivo da criação desta lei foi devido à extrema nocividade dessa criminalidade que
sempre anda associada a muitos outros delitos de elevado potencial lesivo. A exemplo disso está os ilícitos ligados ou
financiados pelo narcotráfico, comércio e porte ilegal de armas, homicídio, roubo, sequestro, entreoutros.
O álcool é a droga mais comum de consumo e a mais tolerada pela sociedade, tendo em vista ser a mais antiga delas.
Outras drogas aparecem nos ritos sagrados dos templos de Dionísio, no oráculo de Delfos; enquanto no Oriente o homem
aprende a extrair o ópio do suco da papoula. Heródoto conta que os citas se embriagavam com os vapores das sementes
de cânhamo lançadas sobre pedras aquecidas, o que demonstra a antiguidade do vício da maconha. A planta, sagrada para
os hindus, também era tida como divina por certas tribos africanas, donde vieram as sementes para o Brasil nas tangas
dos escravos. Ao chegar à América, a erva iria encontrar os astecas adorando e comendo um cacto, a fim de se pôr em
contato com as divindades através da mescalina, enquanto os incas mascavam as folhas de coca[2][2].
Há muita discussão acerca das definições e diferenças do que vêm a ser drogas, entorpecentes, substâncias pscicotrópicas
e tóxicos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) faz constantemente publicações visando unificar os conceitos e
terminologias que envolvem o tema. Portanto, unificando as definições destes, as drogas são substâncias químicas,
naturais ou sintéticas, que têm a faculdade de agir sobre o sistema nervoso central, e se dividem em três grupos:
psicoléticos ou tranquilizantes (diminuem o tono psíquico, seja diminuindo a vigília, estreitando a faixa de poder
intelectual, ou deprimindo as tensões emocionais, exemplo, barbitúricos); psicanaléticos ou estimulantes (aumentam o
tono psíquico, estimulando a vigília, melhorando a fadiga e agindo sobre as depressões, a exemplo, as anfetaminas);
psicodisléticos ou psicodélicos (produzem distorções, desvios ou anomalias na atividade cerebral. São as drogas
perturbadoras e alucinógenas, como a LSD, o ópio, a cocaína, o crack etc).
São várias as causas que conduzem o ser humano à dependência, chamada de toxicomania, podendo citar: a fuga da
transição de personalidade e à angústia existencial (procurando a droga para preencher um vazio), procurar a
transcendência (no contexto místico-religioso) ou em buscar do prazer (o uso das drogas é feito solitário e
desregradamente, tendendo à desintegração, à marginalização, chegando a provocar decadência física e psíquica,
originada dos desequilíbrios individuais e sociais).
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Vicente Greco Filho ensinava em relação à toxicomania:
(...) deveria atingir certo grau de periculosidade individual e social, conforme os seguintes
fatores:
a) elevado teor de influência sobre o sistema nervoso central, de modo que pequenas doses da
droga bastem para produzir profunda modificação no seu equilíbrio e levem a instaurar-se
rapidamente a dependência de fundo orgânico ou simplesmente psicológico;
b) importância das perturbações físicas ou psíquicas que se originam do seu reiterado consumo,
assim lesando gravemente as pessoas que a utilizam e, por via de conseqüência, produzindo
dano social [3][3].
A nova lei de drogas, que entrou em vigor no dia 8 de outubro de 2006, revogou as Leis n. 6.368/76 e 10.409/02, com
base no artigo 75 da nova lei.
Um dos objetivos principais da atual Lei 11.343/2006 é diferenciar o traficante do mero usuário de drogas. Com
distanciamento entre estes, atenua as condutas dos usuários e dependentes, e agrava a situação penal dos traficantes e
dos agentes responsáveis pela disseminação de drogas, aumentando o mínimo da pena privativa de liberdade para os
respectivos crimes. Assim, o usuário de drogas terá tratamento especial, podendo ser-lhe imposta pena restritiva de
direitos cominada abstratamente no tipo penal (art. 28). A aplicação de pena privativa de liberdade não será mais possível
para o usuário, mas a conduta de possuir ou portar droga para seu próprio uso continua sendo tipificada como crime.
O conceito de drogas encontra-se no art. 1º, Parágrafo único, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos
capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo
Poder Executivo da União. Foi criado o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, um grande avanço em relação
às leis anteriores.
Trata-se de crime comum, de perigo abstrato, de mera conduta, de ação múltipla e unissubjetivo.
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
O sujeito passivo é o Estado.
A objetividade jurídica é a tutela da saúde pública. Secundariamente, a vida e a saúde de cada indivíduo.
O objeto material é droga.
 
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Exercício 1:
Não constitui causa especial de aumento de pena a prática do tráfico de drogas:
A)
dentro de estabelecimento hospitalar
B)
nas imediações de delegacia de polícia. 
C)
nas dependências de complexo penitenciário. 
D)
entre municípios de um mesmo Estado. 
E)
no exercício de atividade educativa
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
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A) Um dos objetivos principais da atual Lei 11.343/2006 
E) Um dos objetivos principais da atual Lei 11.343/2006 
D) Um dos objetivos principais da atual Lei 11.343/2006 
Exercício 2:
O agente que adquire e guarda, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal:
A)
poderá ser preso em flagrante, desde que apresentado imediatamente após o fato à autoridade judicial 
B)
deverá ser imediatamente encaminhado à autoridade policial, que o submeterá a exame de corpo de delito e o dispensará
C)
será processado e julgado na forma da Lei nº 9.099/1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais 
D)
será processado e julgado segundo as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execuções Penais 
E)
será processado e julgado segundo as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execuções Penais
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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D) A aplicação de pena privativa de liberdade não será mais possível para o usuário, mas a conduta de possuir ou portar
droga para seu próprio uso continua sendo tipificada como crime. 
B) A aplicação de pena privativa de liberdade não será mais possível para o usuário, mas a conduta de possuir ou portar
droga para seu próprio uso continua sendo tipificada como crime. 
A) A aplicação de pena privativa de liberdade não será mais possível para o usuário, mas a conduta de possuir ou portar
droga para seu próprio uso continua sendo tipificada como crime. 
C) A aplicação de pena privativa de liberdade não será mais possível para o usuário, mas a conduta de possuir ou portar
droga para seu próprio uso continua sendo tipificada como crime. 
Exercício 3:
Assinale a incorreta:
A)
no crime de drogas – lei 11.343/06 – considera o ébrio etílico com um drogado
B)
O elemento objetivo do tipo no crime de drogas (conduta) vem representado por cinco verbos (adquirir, guardar, ter em
depósito, transportar, trazer consigo), necessitando da ocorrência de pelo menos dois deles para configurar o crime em
tela; 
C)
consuma-se o crime de abuso de autoridade – (LEI N. 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965) quando a conduta do agente
público é buscar uma finalidade alheia ao interesse público, valendo-se de sua condição de agente público. 
D)
é o crime de abuso de autoridade considerado um crime próprio pela doutrina e jurisprudência;
E)
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se o crime de abuso de autoridade for praticado por agente federal, a competência para processar o agente será a Justiça
Federal; se praticado por autoridade ou agente de autoridade estadual, o juízo competente será a Justiça Estadual. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) A aplicação de pena privativa de liberdade não será mais possível para o usuário, mas a conduta de possuir ou portar
droga para seu próprio uso continua sendo tipificada como crime. 
B) A aplicação de pena privativa de liberdade não será mais possível para o usuário, mas a conduta de possuir ou portar
droga para seu próprio uso continua sendo tipificada como crime. 
Exercício 4:
Em relação aos crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei n° 10.826/2003), é INCORRETO afirmar que será:
A)
punido o comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição
B)
punida a omissão de cautela 
C)
punida a posse irregular de arma de fogo de uso permitido 
D)
punida a posse ou porte legal de arma de fogo de uso restrito 
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E)
punido o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
B) Nomen iuris: Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido 
A) Nomen iuris: Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido 
C) Nomen iuris: Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido 
D) Nomen iuris: Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido 
Exercício 5:
Em 17/2/2005, Vitor foi surpreendido, em atitude suspeita, dentro de um veículo estacionado na via pública, por policiais
militares, que lograram êxito em encontrar em poder do mesmo duas armas de fogo, sem autorização e em desacordo
com determinação legal, as quais eram de sua propriedade, sendo um revólver Taurus, calibre 38, com numeração de
série raspada, e uma garrucha, marca Rossi, calibre 22. 
De acordo com a situação hipotética acima, com o Estatuto do Desarmamento e com a jurisprudência do STF, assinale a
opção correta.
 
A)
Vitor praticou a conduta de portar arma de fogo com numeração suprimida
B)
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A conduta de ser proprietário de arma de fogo não foi abolida, temporariamente, pelo Estatuto do Desarmamento 
C)
A posse pressupõe que a arma de fogo esteja fora da residência ou local de trabalho 
D)
Vitor praticou a conduta de possuir arma de fogo
E)
A conduta de portar arma de fogo foi abolida, temporariamente, pelo Estatuto do Desarmamento
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 1- registro: autorização para o proprietário manter a arma de foto na sua residência ou local de trabalho. O registro não
permite o porte. É sempre obrigatório, salvo para armas obsoletas (são aquelas fabricadas há mais de 100 anos; sem
condição de disparo e cuja munição não seja mais fabricada em escala comercial; réplicas históricas); 
Exercício 6:
Considere as afirmações com relação a Lei 10826/03:
I – Sinarm – Sistema Nacional de Armas – cabe a ele, no âmbito da Delegacia da Polícia Federal, gerenciar o controle de
armas e respectivos registros;
II – Situações:1- porte: autorização para o proprietário manter a arma de foto na sua residência ou local de trabalho. O
porte não permite o registro. É sempre obrigatório, salvo para armas obsoletas (são aquelas fabricadas há mais de 100
anos; sem condição de disparo e cuja munição não seja mais fabricada em escala comercial; réplicas históricas); 2-
registro: possibilidade de se portar a arma de fogo consigo;
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III – O registro e o porte são expedidos pela polícia civil mediante autorização do Sinarm.
 
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) Sinarm – Sistema Nacional de Armas – cabe a ele, no âmbito da Delegacia da Polícia Federal, gerenciar o controle de
armas e respectivos registros. 1- registro: autorização para o proprietário manter a arma de foto na sua residência ou
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local de trabalho. O registro não permite o porte. É sempre obrigatório, salvo para armas obsoletas (são aquelas
fabricadas há mais de 100 anos; sem condição de disparo e cuja munição não seja mais fabricada em escala comercial;
réplicas históricas); 2- porte: possibilidade de se portar a arma de fogo consigo.

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