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DOR[1]

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O ENFERMEIRO E A AVALIAÇÃO DA DOR
Professora Enfª Lílian dos Santos Libório
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DOR
“A dor é nosso mecanismo básico de defesa”
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CONCEITO
Sensação desagradável, variável em intensidade, extensão e em localização, produzida pela estimulação de terminações nervosas especializadas em sua recepção.
Sofrimento moral, mágoa, pesar, aflição.
 Aurélio Buarque de Holanda
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É uma experiência sensorial e emocional desagradável que é associada a lesões. 
A dor é sempre subjetiva. Cada indivíduo aprende a utilizar este termo através de suas experiências (Associação Internacional para o Estudo da Dor - IASP).
Sociedade Americana de Dor descreve a dor como o quinto sinal vital que deve ser registrado ao mesmo tempo e no mesmo ambiente clínico em que também são avaliados os outros sinais.
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Maneira de Sentir e Modo de
Expressar
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Epidemiologia da Dor
No Brasil as afecções do aparelho locomotor são as causas mais frequentes de dor;
Lombalgias ocorrem em aproximadamente 70% dos brasileiros, cefaléias, dores abdominais e dor generalizada são também muito prevalentes em nosso meio;
Mais de 1/3 dos brasileiros julga que a dor crônica os limita para as atividades habituais e mais de ¾ para as atividades recreacionais, relações sociais e familiares;
A prevalência de dor nas unidades de internação hospitalar oscila entre 45% a 80%.
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Estima-se que 80% a 85% dos indivíduos com mais de 65 anos apresenta pelo menos um problema significativo de saúde que os predisponha a apresentar dor .
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NOCICEPÇÃO
É o conjunto da percepção de dor que somos capazes de distinguir. 
Está intimamente ligada ao sistema emocional, bem como se relaciona com vários outros sistemas do corpo tais como o Sistema Imunológico.
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CLASSIFICAÇÃO
DOR AGUDA (Menos de 6 meses):
está relacionada a traumas, causas infecciosas ou inflamatórias; há expectativa de desaparecimento após a cura da lesão;
 há respostas associadas (elevação da pressão arterial, taquicardia, taquipnéia, entre outras);
 ansiedade e agitação psicomotora são respostas frequentes e têm a função biológica de alertar o organismo sobre a agressão.
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CLASSIFICAÇÃO
DOR CRÔNICA (mais de 6 meses):
 É aquela que persiste após o tempo razoável para a cura de uma lesão ou que está associada a processos patológicos crônicos.
 Causam dor contínua ou recorrente
 Mal delimitada no tempo e espaço
 Ansiedade e depressão são respostas emocionais frequentes.
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Recorrentes
Apresenta-se em períodos de curta duração que, no entanto, se repetem com frequência. 
Exemplo clássico deste tipo de dor é a enxaqueca.
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TIPOS DE DOR
• DOR CUTÂNEA OU SUPERFICIAL
 Localizada com precisão
• DOR PROFUNDA
 Origina-se de estruturas profundas do organismo – músculos, tendões , articulações.
• DOR FANTASMA
 Existe uma permanência da memória da dor mesmo após sua remoção
• DOR REFERIDA
 Dor sentida distante da área lesionada, apesar de haver ligação nervosa entre elas. 
• DOR NEUROPÁTICA
 Decorrente de lesões parciais ou totais das vias nervosas centrais ou periféricas (herpes zoster, AVE)
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DOR REFERIDA
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Dor Irradiada
É uma dor profunda. Consequência da irritação direta de um nervo sensitivo ou misto. 
A dor irradiada é sentida exatamente no território correspondente à raiz nervosa estimulada. Ex: ciatalgia.
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Características semiológicas da Dor
1. Localização
2. Irradiação
3. Caráter ou qualidade
4. Intensidade
5. Duração
6. Evolução
7. Relação com as funções orgânicas
8. Fatores desencadeantes ou agravantes
9. Fatores que aliviam
10. Manifestações concomitantes
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CARÁTER OU QUALIDADE
 Dor pulsátil: Alguns Tipos de cefaléia
 Dor surda (contínua, mas imprecisa e que não tem grande intensidade) – ex: dor lombar
 Dor constritiva/ aperto: IAM
 Dor do membro Fantasma: dor no membro amputado
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Contínua: se mantém sem interrupção. Ex: dor da pancreatite aguda;
Cólica: se acompanha de sensação de torcedura . Ex: cólica intestinal, cólica menstrual;
Pontada / fincada: lembra a sensação desencadeada por um objeto pontiagudo 
Ex: dor pleurítica;
Queimação: lembra a sensação decorrente da estimulação por calor intenso. 
Ex: dor da esofagite;
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INTENSIDADE
Leve
Moderada
Intensa
Muito intensa
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Escala Linear Analógica Visual
A maior intensidade de dor já sentida, a qual localiza-a no contínuo da escala, o grau da intensidade de sua dor.
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Escala Verbal:
0 – Sem Dor
1 – Dor Ligeira
2 – Dor Moderada
3 – Dor Intensa
4 – Dor Máxima
Escala de Faces
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Escala Analógica Visual de Faces
Geralmente utilizada em pediatria, onde a criança é convidada a graduar sua dor através dos símbolos abaixo
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Escala Linear Analógica Não-Visual
A quantificação da intensidade dolorosa é feita através de escores que variam de zero a dez, sendo essa caracterizada por dor leve, intensa, aguda ou muito intensa.
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EVOLUÇÃO
Pode intensificar-se progressivamente
Pode ser rítmica
Pode apresentar surtos periódicos ao longo da duração da doença
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FATORES DESENCADEANTES OU AGRAVANTES
Execução de esforço
Alimentação
Compressão do local
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Quanto a intensidade: crianças 3 – 7 anos
Modelo de Esquema Corporal: a criança é orientada a indicar em um desenho de corpo humano o local da dor sentida.
Escala de OUCHER: dispõe de seis fotografias de crianças chorando apresentando diferentes níveis de expressões faciais de desconforto. A criança relaciona a expressão que melhor reflete sua experiência de dor.
Escala de Cores: o paciente é orientado a escolher uma das três cores que considera melhor descrever a intensidade da dor.
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Escala de OUCHER
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Dor
Escala de Cores 
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Lista de verificação da Dor em Crianças que não se comunicam.
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Assistência de Enfermagem no Controle da Dor
Compreender a identificação de queixa álgica, a caracterização da experiência dolorosa;
Aferir as repercussões da dor no funcionamento biológico, emocional e comportamental do indivíduo;
Identificar os fatores que contribuam para a melhora ou piora da queixa álgica;
Selecionar alternativas de tratamento e verificar a eficácia das terapêuticas implementadas (PIMENTA, 1998).
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Os objetivos da avaliação da experiência dolorosa são: 
Determinar os elementos que possam justificar ou exacerbar a dor, sofrimento e a incapacidade;
Apurar o impacto da dor na vida do indivíduo;
Realizar e registrar sistematicamente as ações implementadas para contribuir para a melhora do manejo da dor. 
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A mensuração das características da dor compreende a identificação dos aspectos relativos ao:
Início da queixa; 
Localização; 
Intensidade; 
Frequência e duração;
Padrão de instalação dos episódios;
Investigação dos fatores de melhora e piora do sintoma.
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A aferição da intensidade da dor deve ser realizada:
na admissão do doente;
após um procedimento doloroso;
ao aparecimento de uma nova queixa álgica;
rotineiramente, dependendo da natureza e magnitude da dor.
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Nesta perspectiva cuidar de alguém com dor não significa apenas realizar técnicas para deixá-lo “confortável”, mas também, mostrar na relação profissional/cliente:
Interesse;
Compaixão;
Afetividade;
Intuito de aliviar, confortar, apoiar, ajudar, favorecer, promover, restabelecer, e torná-lo satisfeito com o seu viver.
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As ações de enfermagem podem englobar diversas técnicas, que podem ser desenvolvidas de forma direta ou indireta através de:
Aproveitamento de um relacionamento confiante;
Criação de um ambiente calmo e confortável;
Mudanças de posição;
Distração para desviar a sua atenção da dor;
Técnicas de modificação comportamental;
Promoção da autoconfiança;
Estabelecimento de uma
boa comunicação-empatia;
Apoio emocional ao doente e família.
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Além destas medidas, o enfermeiro pode, no intuito de uniformizar a prática com linguagem específica, após a elaboração do diagnóstico de enfermagem de dor aguda ou crônica, utilizar as Intervenções de Enfermagem (Nursing Intervention Classification -NIC).
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Fonte: McCloskey JC, Bulechek GM, editors. Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). 3ª ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2004.
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REFERÊNCIAS
Guyton AC, Hall JE. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.
Pinto CMI, Porto IS. A dor como quinto sinal vital. In: Figueiredo NMA. Práticas de enfermagem: ensinando a cuidar de pacientes em situações clínicas e cirúrgicas. São Caetano do Sul, SP: Difusão Paulista de Enfermagem; 2003.
Saça CS, Carmo FA, Arbuleia JPS, Souza RCX, Alves SA, Rosa BA. A dor como 5º sinal vital: atuação da equipe de enfermagem no hospital privado com gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). J Health Sci Inst. 2010;28(1):35-41

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