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30/11/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/10
Artigo 155.
“Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena ­ reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º ­ A pena aumenta­se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º ­ Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí­la de um a dois terços, ou aplicar somentea pena de multa.
§ 3º ­ Equipara­se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto qualificado
§ 4º ­ A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I ­ com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II ­ com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III ­ com emprego de chave falsa;
IV ­ mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 5º ­ A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior”. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
 
 
           Nomen iuris: Furto
 
                        Conceito: é a subtração de coisa alheia móvel com o fim de assenhoramento definitivo.
 
                        Elementos do tipo:
                        ­ subtrair: é o tirar coisa de alguém (o agente recebe a coisa em posso ou detenção, de forma vigiada, e leva a coisa mesmo assim ­ é o que difere da apropriação indébita, pois neste
crime a posse é desvigiada).
                        ­ para si ou para outrem: é o elemento subjetivo do tipo (elemento subjetivo do injusto), ou seja, a finalidade do agente de tomar posse da coisa com ânimo de assenhoramento definitivo
(é o animus rem sibi habendi). Caso o agente não tenha a finalidade de assenhorar­se em definitivo da coisa, estaremos diante do furto de uso, e, como não há descrição típica neste caso, o fato será
atípico.
                        ­ coisa alheia móvel: é o objeto material.
                                   Coisa alheia é o que pertence a terceiro (a res nullius e a res derelicta não acarretam em furto, pois a coisa ,nestes casos, não pertence a ninguém ou está abandonada ­ agora,
quando se tratar de res desperdicta, em que a coisa está perdida, estaremos diante da apropriação de coisa achada e não furto, pois não há subtração. A coisa de uso comum não pode ser objeto de furto,
salvo quando for destacada de seu ambiente natural e esteja sendo explorada por alguém (dois requisitos: ex// água encanada ­ foi destacada do seu ambiente natural e está sendo explorada). O ser
humano não pode ser objeto de  furto, pois não é coisa, e muito menos alheia. Por outro  lado, a subtração de cadáver é possível, mas não será  furto por haver crime próprio  (artigo 211), em que a
objetividade jurídica tutelada é o respeito aos mortos ­ excepcionalmente, porém, o cadáver poderá ser objeto de furto quando pertencer a alguém Ex// cadáver pertencente à faculdade de medicina. Caso
a subtração seja de órgão de pessoa viva para transplante ilícito, será aplicada a Lei 9434/97.
                                   A palavra alheia é o elemento normativo do tipo (deve­se efetuar um juízo de valor para que haja tipicidade ­ assim, se a coisa não for de terceiro, mas do próprio agente, o fato
será atípico, por ausência de tipicidade). Aquele que subtrai coisa própria que se encontra em poder de terceiro, em razão do contrato ex// mútuo pignoratício, cometerá o delito previsto no artigo 346. O
credor que subtrai bem do devedor para se auto­ressarcir, em razão de dívida já vendida e não paga, cometerá o delito do artigo 345.
                                   obs// o furto é considerado um delito anormal por ter, em sua descrição típica, além dos elementos objetivos (objeto material, verbo, sujeito passivo e ativo), elementos subjetivos.
30/11/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/10
                                   Por derradeiro, a coisa alheia dever ser móvel (é aquela que pode ser removida pela ação do homem ou que tem movimentos próprios). Ressalta­se que os bens considerados
imóveis por ficção do direito civil, são móveis no direito penal ex// um navio, uma aeronave etc
 
                        Objetividade jurídica: a posse e a propriedade da coisa.
 
                        Sujeito ativo: qualquer pessoa, salvo o proprietário.
                        Trata­se de crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa.
                        Quanto ao proprietário, a tipicidade se dará à luz do delito descrito no artigo 346, CP.
                        Aquele que furta o ladrão cometerá furto, não em razão do 1º ladrão, mas sim em relação à vítima originária, pois a posse do 1º ladrão é ilegítima e para que haja furto há necessidade da
posse ser legítima.
 
                        Sujeito passivo: pessoa física ou jurídica, titular da posse, detenção ou propriedade.
 
                        Conduta: o núcleo do tipo é subtrair, que significa tirar, retirar. Este apossamento poder ser feito de forma direta ou indereta.
                        O apossamento direto é aquele em que o sujeito ativo subtrai pessoalmente o objeto material. Já no apossamento indireto, a subtração é efetuada, por exemplos, por animais adestrados.
 
                        Consumação: quando a coisa sai da esfera de vigilância da vítima e entra na posse tranquila do agente, ainda que por pouco tempo. Assim, se o agente subtrai coisa da vítima, e na fuga
a perde, sendo preso posteriormente, responderá por furto consumado, pois a vítima sofreu prejuízo. Da mesma forma, se o crime é praticado em concurso de agentes e um deles consegue fugir com a res
furtivae, todos responderão por furto consumado.
                        A prisão em flagrante não acarreta, necessariamente, furto tentado; é o caso do flagrante ficto em que o agente é encontrado com o objeto do crime (armas, papéis etc), logo após o seu
cometimento.
                        Deve­se ressaltar que o furto é um crime material e instantâneo, ou seja, na descrição típica consta a conduta e o resultado visado pelo agente, havendo necessidade que este último
ocorra para que se opere a consumação. Além disto, é um crime instantâneo, pois a consumação ocorre em um momento certo e determinado, não se prolongando no tempo.
 
                        Tentativa (conatus): é possível.
                        Ocorrerá quando o agente não lograr consumar o crime por circunstâncias alheias à vontade do agente.
 
                        Concurso de crimes: o furto admite o concurso material, formal e a continuidade delitiva.
 
                        Pergunta: Como será a responsabilização do ladrão que, após o furto, vende a coisa à terceiro de boa fé como se a coisa fosse sua ? Responderá por furto e estelionato?
                        Resp// As regras do antefactum e postfactum impuníveis não poderão ser aplicadas, muito embora sejam crimes conexos (há relação de meio e fim entre dois fatos), pois constituem
ofensas a bens diversos ou pertencentes a pessoas diversas.
                        Não se pode dizer que o estelionado é um postfactum impunível, uma vez que nesta espécie de progressão criminosa exige­se menor gravidade da conduta subsequente em face da
anterior, o que não ocorre.
                        Da mesma forma, não há que se falar em antefactum impunível, uma vez que são diversos os sujeitos passivos (para que haja antefactum impunível há necessidade que se trate de um
mesmo bem jurídico, pertencente a um mesmo sujeito).
                        Assim, o agente será responsabilizado por furto e estelionatoem concurso material
 
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http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/10
 
                        Furto de uso
                        Ocorre o furto de uso quando o agente subtrai a coisa sem o animus furandi e com a intenção de restituí­lo.
                        O agente tem o propósito de somente fruir a coisa momentaneamente e devolvê­la ao seu dono. Não age com ânimo de assenhoramento definitivo, que é necessário para a caracterização
do furto simples (depreende­se da expressão: “para si ou para outrem”).
                        Para que haja o furto de uso, acarretando com isso a atipicidade do fato (não há crime por ausência de disposição legal, mas haverá ilícito civil), há necessidade do preenchimento de dois
requisitos: fim de uso momentâneo da coisa e pronta restituição.
                        A restituição deve ser da própria coisa e nas mesmas condições em que se encontrava.
 
 
                        Furto noturno: artigo 155, § 1º
                        É uma causa especial de aumento de pena (aumenta a pena em 1/3).
                        A majorante aplica­se em razão da maior precariedade de vigilância do bem jurídico por parte do titular.
                        Para que incida esta causa de aumento de pena, basta que a conduta típica ocorra durante o período em que a população costumeiramente vem a se recolher para o repouso noturno. Essa
circunstância deverá ser aplicada diante do caso concreto, razão pela qual o magistrado deverá apreciar quais são os hábitos da região dos fatos.
                        O furto noturno só aplicável à forma simples de furto e não à forma qualificada, pois neste há uma pena maior autônoma.
 
                        Furto privilegiado: artigo 155, § 2º
                        Requisitos:
                                             ­ que o agente seja primário (não há um conceito de primariedade, mas pode se chegar a ela a contrário senso, ou seja, primário é aquele que não é reincidente). obs/ os maus
antecedentes não atingem a primariedade
                        ­ que o bem subtraído seja de pequeno valor.
                        Coisa de pequeno valor é aquela que não excede a um salário mínimo. Havendo várias coisas, os valores são somados.
                        O valor da coisa é aferido no momento da subtração. Por isto não se deve confundir valor da coisa com prejuízo, pois mesmo que a coisa seja devolvida para a vítima, não havendo, então,
qualquer prejuízo, se o valor da mesma for superior a um salário mínimo, não há que se falar em privilégio.
                        Não é possível a aplicação do privilégio ao furto qualificado, pois as consequências do privilégios são muito brandas (pena de multa), sendo incompatível com a forma qualificada; além
disto, a posição geográfica dos parágrafos torna impossível que isto ocorra, pois o privilégio só é aplicável ao que vem antes dele.
                        Pergunta: Reconhecido o privilégio, quais as suas consequências?
                        Resp// O juiz poderá:
                        ­ substituir a pena de reclusão pela de detenção;
                        ­ diminuir a pena de 1/3 a 2/3;
                        obs/ estas duas hipóteses podem ser aplicadas cumulativamente
                        ­ desprezar a pena privativa de liberdade e aplicar somente pena de multa. (esta hipótese será mais benéfica ao réu, pois se houver uma condenação posterior, a pena de multa não
impedirá a concessão de sursis).
                        Presentes os requisitos legais, o privilégio é um direito público subjetivo do réu.
 
                        Furto de energia: artigo 155, § 3º
30/11/2016 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/10
                        Trata­se de uma norma penal explicativa, pois define que a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico equipara­se a coisa móvel.
                        Se houver simples alteração no medidor de luz estaremos diante de estelionato, pois o agente teve por escopo enganar a companhia de luz.
                        Pergunta: Pode o furto ser considerado um crime permanente?
                        Resp// Sim, quando a subtração for de energia e por meio de extensão clandestina.
 
                        Furto qualificado: art. 155, § 4º
                        I ­ se o crime é praticado mediante destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa. (há necessidade do rompimento ou destruição do obstáculo. A simples remoção do
obstáculo poderá caracterizar a qualificadora da escalada, mas não esta).
                        Diferença entre rompimento e destruição: recai na gravidade do dano, pois na destruição ela é total (ex// destruição de vidro); já no rompimento é parcial (ex/ rompimento de um
cadeado).
                        Abrange obstáculos ativos (alarmes) e passivos (portas e cadeados); porém, o simples desligamento do sistema de alarme não qualifica o crime.
                        O dano praticado não configura crime autônomo, pois será absorvido pelo furto que será praticado, afinal foi o meio para a realização do delito fim, sendo por este absorvido. (agora, se o
agente entrar na casa, furtar os objetos e ainda destruir uma série de objetos para o seu deleite; neste caso responderá por furto em concurso material com dano) ­ o dano deve ser praticado antes ou
durante, para ser absorvido.
                        O entendimento majoritário posicionou­se no sentido de que esta qualificadora só se aplica se o obstáculo não integra o bem que se pretende subtrair. Ex// arrombamento da porta da
garagem para  subtrair  o  automóvel  que  lá  está.  Em sentido  contrário,  quando o arrombamento  /  destruição ocorre para  subtrair  a  coisa em que  se praticou o dano, não  incidirá  a qualificadora Ex//
destruição do vidro de um automóvel para furtá­lo. (assim, se for destruído o vidro de um automóvel para subtraí­lo, o agente será responsabilizado por furto simples; agora, se a destruição tiver sido
efetuada para subtrair o toca­fitas, o agente responderá por furto qualificado).
 
                        II ­ Furto cometido mediante fraude, abuso de confiança, escalada ou destreza.
                        ­ Abuso de confiança:
                        Requisitos: ­ (Subjetivo) que a vítima deposite especial confiança no agente ex//amizade (obs/ na relação de emprego não há, necessariamente; especial confiança ­ dependerá do caso
concreto ­ Com relação aos empregados domésticos, a  jurisp/ se divide, pois parte entende que  incidirá esta qualificadora, pois haveria relação de confiança, mas outra parte entende que não, pois a
confiança depositada seria somente uma necessidade para o cumprimento dos afazeres ­ assim, no famulato (furto de emprega doméstica) há necessidade de que se deposite especial confiança, pois se a
confiança for normal, somente incidira a circunstância agravante prevista no artigo 61, II, f, CP.
                                           ­ (Objetivo) que o agente pratique o furto aproveitando­se de alguma facilidade decorrente desta relação de confiança.
 
                        ­ Fraude:
                        Haverá a incidência desta qualificadora quando o agente utilizar qualquer artimanha para ludibriar a vítima e facilitar a subtração. Ex// uso de um crachá da empresa para facilitar o
ingresso na mesma; ‘A’ diz a ‘B’que o pneu do seu carro está furado ­ quando ela sai do carro é efetuada a subtração; test­drive com posterior subtração.
 
                        ­ Escalada:
                        É a utilização de via anormal para ingressar no local do furto. (Ex/ telhado, túnel, pularo muro, utilização de cordas etc). Há necessidade que o agente empregue esforço razoável para
transpor o obstáculo.
 
                        ­ Destreza:
                        É a habilidade física ou manual que permite que o agente pratique a subtração sem que a vítima perceba.
                        Não se aplica esta qualificadora se a vítima estiver dormindo ou em estado avançado de embriaguez.
                        Há necessidade de que a vítima não perceba que está sendo subtraída, pois se ela perceber, o furto tentado será simples. Para que haja furto tentado qualificado, terceira pessoa é que
deverá perceber a subtração e alertar a vítima.
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                        III ­ Furto cometido com o emprego de chave falsa.
                        Considera­se chave, todo o instrumento capaz de abrir uma fechadura sem arrobamento (ex// chave mixa, grampo etc).
                        Quando ao emprego da chave verdadeira furtada, obtida mediante fraude ou copiada, duas posições:
                                   ­ (Magalhães Noronha) qualifica o crime, pois a lei veda a abertura ilícita ­ é a posição a ser adotada, pois é, inclusive, a posição do STF;
                                   ­ (Damásio e Nelson Hungria) não qualifica o crime, pois a chave falsa é uma condição objetiva, e o que é falso não pode ser verdadeiro.
 
                        IV ­ Furto cometido em concurso de agentes.
                        Concurso de duas ou mais pessoas.
                        Quando o legislador empregar a expressão “concurso”, estará englobada a co­autoria e a participação.
                        Esta qualificadora é empregada mesmo que um do coautores não seja identificado ou mesmo que seja inimputável.
 
                        Artigo 155, § 5º ­ Lei 9426/96
                        Furto de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou País. A qualificadora só é aplicável se for transposta a fronteira, caso contrário, não.
                        Esta qualificadora é a única em que a subtração ocorre antes; já nos demais casos, as qualificadoras são meios para a execução da subtração.
                        Havendo a incidência de duas ou mais qualificadoras, somente uma será utilizada para qualificar o delito, sendo as demais utilizadas como circunstância para o agravamento da pena­base.
Pena:
­ furto simples (caput): reclusão, de 01 a 04 anos, e multa;
­ furto qualificado (§4°): reclusão, de 02 a 08 anos, e multa;
­ furto qualificado (§5°): reclusão, de 03 a 08 anos.
 
Ação Penal: Pública Incondicionada
 
 
 
 
Artigo 156, CP
“Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena ­ detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º ­ Somente se procede mediante representação.
§ 2º ­ Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente”.
 
 
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                        Nomen Iuris: furto de coisa comum
 
                        É a subtração de coisa que pertence também a outrem
 
                        Objetividade jurídica: posse e propriedade legítima
 
                        Sujeito ativo: sócio, coerdeiro ou condômino.
                        Trata­se de crime próprio que só pode ser praticado pelas pessoas indicadas na figura típica fundamental.
                        obs/ se a sociedade se constitui como pessoa jurídica, o furto será simples (artigo 155), pois a subtração será de coisa alheia (da pessoa jurídica)­ (o furto cometido por sócio em face do
patrimônio da sociedade que tenha personalidade jurídica não é realizado em detrimento dos sócios, mas da sociedade, pois o patrimônio da sociedade não constitui patrimônio dos sócios). Agora, quando
a sociedade não se constitui em pessoa jurídica, o furto será de coisa comum ­ Ex/ ‘A’ compra um livro com ‘B’ em sociedade. Depois, ‘A’ subtraiu o livro.
 
                        Sujeito passivo: quem detém legitimamente a coisa comum, ou seja, o sócio, o condômino, o coerdeiro ou terceira pessoa.
                        obs// se a detenção era ilegítima, haverá furto comum por ausência de tipicidade. ­ se a coisa se encontrava na posse daquele que subtraiu, haverá apropriação indébita.
 
                        Há necessidade de que a coisa seja comum, ou seja, o agente deverá ter parte ideal da coisa, não importando o montante.
 
                        Elemento subjetivo: dolo + elemento subjetivo do injusto
                        A expressão para si ou para outrem configura o animus rem sibi habendi, ou seja, o animo de assenhoramento definitivo necessário para a configuração do crime.
 
                        Consumação: aplicam­se as regras do furto simples, ou seja, o furto é um crime material, instantâneo e plurissubsistente, razão pela qual há necessidade da ocorrência do resultado para
que o crime venha a se consumar, ocorrendo em momento certo e determinado.
                        A consumação ocorrerá quando a coisa sai da esfera de vigilância da vítima e entra na posse tranquila do agente, ainda que por pouco tempo.
                        A tentativa é admissível.
 
                        Causa de exclusão da ilicitude: artigo 155, § 2º
                        Muito embora conste no tipo a expressão: “não é punível”, não se trata de uma causa extintiva da punibilidade, mas de exclusão da antijuridicidade. Isto se dá em razão do fato de que o
legislador empregou a expressão: não é punível a subtração, e não a expressão não é punível o agente. Assim, o fato não punível é fato lícito, sendo, então, uma causa excludente da antijuridicidade.
                        Requisitos;
                                   ­ que a coisa seja fungível (coisas móveis que podem ser substituídas por outras da mesma espécie, qualidade e quantidade).
                                   ­ que o valor da coisa não exceda a cota parte a que tem direito o sujeito.
                        Havendo dúvida sobre o montante da cota parte, suspende­se o processo, pois se trata de uma questão prejudicial (não correndo o prazo prescricional) até que se resolva o problema.
 
: Detenção, de 06 meses a 02 anos, ou multa
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                        Ação penal: artigo 156, § 1º
                        Ação penal pública condicionada à representação.
 
 
EXERCÍCIO:
(FCC/TCE­PB/2006) João, maior, ingressou numa residência pela porta que estava aberta e Pedro, com 12 anos de idade, ficou do lado de fora, vigiando. Após a subtração de objetos de valor, João fugiu do
local em companhia dde Pedro, que não participou dos lucros da venda do produto do crime. Nesse caso, João:
a) responderá por furto simples, pois Pedro não participou do proveito do crime.
b) responderá por furto simples, pois Pedro era menor inimputável.
c) responderá por furto qualificado pelo concurso de agentes.
d) responderá por furto simples, pois Pedro não ingressou na residência.
e) responderá por furto simples, pois a participação de Pedro foi de menor importância.
  
Resposta: não  influi na  responsabilização de  João, o  fato de Pedro ser  inimputável penalmente  (por ser menor de 18 anos), ou não  ter participado do proveito do crime (posto que se  trata de etapa
posterior e independente à consumação do crime).Dessa forma, considerando que há previsão de qualificadora quando o furto for praticado por concurso de agentes (art. 155, § 4º, IV, CP), a resposta
correta é a letra "C".
 
 
Exercício 1:
Como se dará a responsabilização penal daquele que tenta subtrair a carteira da vítima, colocando a mão no bolso desta, mas não consegue em virtude do fato de que a “res furtiva” havia sido esquecida
em casa.
A ­ não haverá responsabilização penal, por se tratar de crime impossível por absoluta impropriedade do objeto material; 
B ­ não haveria responsabilização penal, por se tratar de crime impossível por absoluta ineficácia do meio;   
C ­  haverá responsabilização por furto tentado, tendo em vista que estamos diante de uma relativa impropriedade do objeto material;   
D ­ haverá responsabilização por furto tentado, tendo em vista que estamos diante de uma relativa ineficácia do meio. 
E ­ haverá responsabilização por furto consumado, tendo em vista que a intenção do agente será considerada. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A ­ Deve­se ressaltar que o furto é um crime material e instantâneo, ou seja, na descrição típica consta a conduta e o resultado visado pelo agente, havendo necessidade que este último ocorra para que se
opere a consumação. Além disto, é um crime instantâneo, pois a consumação ocorre em um momento certo e determinado, não se prolongando no tempo. 
Exercício 2:
Como se dará a responsabilização do ladrão que, após o furto, vende a coisa a terceiro de boa­fé como se a coisa fosse sua ?
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A ­ responderá por estelionato, somente, tendo em vista que o furto será absorvido, segundo a regra do antefactum impunível; 
B ­ responderá por furto, somente, tendo em vista que o estelionato será absorvido, respeitando a regra do post factum impunível; 
C ­ responderá por furto e estelionato em concurso formal de crimes; 
D ­ responderá por furto e estelionato em concurso material de crimes; 
E ­ não haverá responsabilização penal. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A ­ o núcleo do tipo é subtrair, que significa tirar, retirar. Este apossamento poder ser feito de forma direta ou indereta. 
B ­ o núcleo do tipo é subtrair, que significa tirar, retirar. Este apossamento poder ser feito de forma direta ou indereta. 
C ­ o núcleo do tipo é subtrair, que significa tirar, retirar. Este apossamento poder ser feito de forma direta ou indereta. 
D ­ o núcleo do tipo é subtrair, que significa tirar, retirar. Este apossamento poder ser feito de forma direta ou indereta. 
Exercício 3:
3­Considere as afirmações:
I­ o furto não pode ser considerado crime permanente;
II­ a qualificadora da escalada, prevista no artigo 155 do CP, incidirá na hipótese em que o agente utilizar somente escadas para realizar a subtração;
III­ a qualificadora do rompimento ou destruição de obstáculo, prevista no artigo 155 do CP, só será aplicada se o obstáculo não integrar o bem que se pretende subtrair, segundo entendimento majoritário;
IV­ a subtração levada a cabo por 4 pessoas acarretará na responsabilização por furto qualificado pelo concurso de agentes em concurso formal com associação criminosa.
 
Diante das assertivas, é certo afirmar:
 
Para consulta:
“Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena ­ reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º ­ A pena aumenta­se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º ­ Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí­la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º ­ Equipara­se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto qualificado
§ 4º ­ A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I ­ com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II ­ com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III ­ com emprego de chave falsa;
IV ­ mediante concurso de duas ou mais pessoas.
                      
§ 5º ­ A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior”. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
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A ­ somente uma delas é correta; 
B ­ somente duas delas são corretas; 
C ­ somente três delas são corretas; 
D ­ todas são corretas; 
E ­ todas são incorretas. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A ­ o núcleo do tipo é subtrair, que significa tirar, retirar. Este apossamento poder ser feito de forma direta ou indereta. 
Exercício 4:
Mara, empregada doméstica, subtraiu joias de sua empregadora Dora, colocando­as numa caixa que enterrou no quintal da residência. No dia seguinte, porém, Dora deu pela falta das joias e chamou a
polícia que realizou busca no imóvel e encontrou o esconderijo onde Mara as havia guardado. Nesse caso, Mara responderá por:
A ­ apropriação indébita 
B ­ furto tentado 
C ­ furto consumado 
D ­ roubo 
E ­ estelionato 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
B ­ Mara responderá por 
C ­ Mara responderá por 
Exercício 5:
O crime de furto, do art. 155 do Código Penal, 
I. tem pena aumentada se praticado por funcionário público; 
II. tem pena aumentada se praticado durante o repouso noturno; 
III. é qualificado se praticado mediante o concurso de duas ou mais pessoas. 
É correto o que se afirma em:
A ­  II, apenas; 
B ­  III, apenas; 
C ­  I e II, apenas; 
D ­  II e III, apenas; 
E ­  I, II e III. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A ­ crime de furto, do art. 155 do Código Penal 
B ­ crime de furto, do art. 155 do Código Penal 
C ­ crime de furto, do art. 155 do Código Penal 
D ­ crime de furto, do art. 155 do Código Penal 
Exercício 6:
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Túlio furtou determinado veículo. Quando chegou em casa, constatou que no banco de trás encontrava­se uma criança dormindo. Por esse motivo, Túlio resolveu devolver o carro no local da subtração. 
Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta.
A ­ Túlio cometeu furto, sendo irrelevante a devolução do veículo na medida que houve a consumação do crime 
B ­ Túlio praticou furto, mas deverá ter sua pena reduzida em face do arrependimento posterior 
C ­  Túlio cometeu furto e sequestro culposo, ficando isento de pena em face do arrependimento eficaz 
D ­ Túlio deverá responder por roubo, pois o constrangimento à liberdade da vítima caracteriza ameaça 
E ­ Túlio não praticou crime, posto que, ao devolver voluntariamente o veículo, tornou a conduta atípica em face da desistência voluntária 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A ­ crime de furto, do art. 155 do Código Penal 
B ­ crime de furto, do art. 155 do Código Penal

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