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TRIBUNAL DO JURI

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01.08.17
Características do Tribunal do Júri
É órgão do Poder Judiciário da Justiça Comum ou Ordinária (Júri Estadual, Distrital e Federal) e possui a seguintes características:
a) Órgão colegiado – composto de 26 juízes, sendo um juiz togado e 25 jurados. É preciso que os 25 compareçam (tem a exigência mínima de 15 jurados, se não forem os 25) em todos os julgamentos, e aí dos 25 são sorteados 07 (que participarão da sessão plenária);
b) Heterogêneo – composto por juízes de carreira e juízes leigos (os jurados);
c) Temporário – os jurados são periodicamente renovados. Tem uma lista geral, proporcional ao número de habitantes do local, desta lista são sorteados 25, desses 25, são sorteados 07. Esta lista deve ser renovada anualmente; 
d) Horizontal – não há qualquer hierarquia entre o juiz-presidente e os jurados, apenas divisão de competência;
Competência Mínima do Tribunal do Júri
Crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados:
Homicídio (todas as modalidades dolosas); Participação suicídio; Infanticídio; Aborto (todas as modalidades, exceto o do art. 128 do CP).
“A competência penal do Tribunal do Júri possui extração constitucional. Assim, conforme o caráter absoluto que apresenta e por efeito da “vis atractiva” que exerce, estende-se aos crimes penais conexos ao crime doloso contra a vida”. 
A competência do Tribunal do Júri decorre de regra constitucional insculpida no art. 5º, XXXVIII. Trata-se, pois, de competência de natureza absoluta, e por via de consequência, improrrogável. 
Concretização da competência
Há uma hierarquia de apresentação como regra básica. 
A competência é dos órgãos de sobreposição (STF/STJ)? Se a competência for do STF ou STJ, o resto será ignorado. Vale também para o aspecto da justiça comum.
Qual a justiça competente? Qual a competência originária (se 1.º grau ou Tribunais)? Qual o foro competente? Qual a vara competente? Qual a competência interna? Qual a competência recursal? 
Se não tiver intimação do denunciado para oferecer contrarrazões da recusa da peça. Se não for intimado, é nulo. 
Competência é a medida ou limite da jurisdição. Nos termos do art. 69 do CPP, a competência será determinada, em regra, pelo:
I – o lugar da infração;
II – o domicílio ou residência do réu (se tiver mais de um, vê-se a prevenção);
III – a natureza da infração;
IV – a distribuição;
V – a conexão ou continência (na verdade, são causas de prorrogação da competência); 
VI – a prevenção (prevento é o juiz que tomar conhecimento primeiro do caso - conhecimento jurídico);
VII – a prerrogativa de função.
Competência em razão do lugar
Teoria do resultado – “A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução” (art. 70, CPP).
Exceção - No caso de homicídio doloso o juízo competente será o do local onde ocorreu a ação ou a omissão, adotando a teoria da atividade. Isso é no crime onde a execução começa em um local e a consumação se dá em outro. 
“[...] O local onde o delito repercutiu, primeira e primordialmente, de modo mais intenso deve ser considerado para fins de fixação da competência”, (STJ – HC 196.458/SP – 2011).
Primeira coisa que se estabelece é a regra do artigo 70, CPP. Primeira pergunta que se deve fazer é se há certeza do lugar da infração. Para não se ter confusão em relação aos limites do município. Se não tiver dúvida, há a competência estabelecida e aplica-se o artigo 70, mas se houver dúvida, deve-se buscar o local de outras maneiras, deve-se perguntar se o réu tem apenas um domicílio ou residência, se ele tiver, aplica-se a regra do artigo 72, CPP, se tiver mais de um domicílio ou residência, aplica-se o artigo 72, §1º, CPP, que é a prevenção. Se o réu não tem residência fixa ou é desconhecido seu paradeiro, aplica-se a regra do artigo 72, §2º, CPP. 
Teoria da ubiquidade: é mista, é válido para os crimes plurilocais. Artigo 6º do CP (considera-se praticado o crime no local em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado).
A aplicação do art. 6.º do CP ficou restrita aos crimes à distância ou de espaço máximo (é aquele que teve início dentro do território nacional e se consumou em território estrangeiro ou vice-versa).
Crimes com repercussão internacional: 
a) Execução da infração no Brasil e consumação no exterior: a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução (art. 70, § 1º, do CPP – se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver praticado no Brasil, o último ato de execução);
b) Execução no exterior e consumação no Brasil: a competência será determinada pelo lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir o seu resultado (art. 70, § 2º, do CPP – quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado);
c) Execução e consumação no exterior: a ação deverá ser ajuizada na capital do estado onde por último houver residido o acusado no Brasil ou, se ele nunca houver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República (art. 88 do CPP – a ação deverá ser ajuizada na capital do estado onde por ultimo tiver residido o acusado no Brasil, ou se ele nunca houver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República).
A inobservância do critério em razão do local gera nulidade relativa.
Competência em razão da matéria:
A Justiça Comum subdivide-se em: Federal e Estadual;
A Justiça Especializada subdivide-se em: a) Justiça Militar; b) Justiça Eleitoral.
Será de competência do Tribunal do Júri Federal, quando houver interesse da União no caso.
Súmula 147 do STJ: “Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função”.
Havendo ofensa à pessoa do índio, individualmente considerada, a competência será da Justiça Estadual.
Súmula 140 do STJ: “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figura como autor ou vítima”.
Por ausência de previsão, no Código Penal, o crime de genocídio, isoladamente considerado, é de competência da justiça Comum, exceto quando houver conexão com qualquer um dos crimes dolosos contra a vida.
Súmula 603 do STF: “A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri”.
Os militares dos estados, ao se envolverem em crimes dolosos contra a vida (vítima civil) serão julgados pela Justiça Estadual Comum, no entanto haverá a instauração de dois Inquéritos Policiais, um civil e outro militar, ambos com o mesmo destino.
Tratando-se de crime doloso contra a vida praticado por militar contra militar, sem qualquer relação com as funções, a competência será do Tribunal do Júri. Se tiver relação com a função, é competência da Justiça Militar. 
Crime doloso contra a vida praticado por militar contra civil, ainda que em serviço, a competência é do Tribunal do júri.
Prorrogação de competência.
A conexão pressupõe duas ou mais infrações penais realizadas mediante duas ou mais condutas. Continência tem unidade de infração e pluralidade de agentes, ou no caso do artigo 70, que é concurso formal, artigo 73, que é aberratio ictus, ou artigo 74, CPP. Ambos evitam decisões conflitantes e favorecem a economia processual.
O desaforamento é um instituto que só existe no Tribunal do Júri. Significa tirar de um foro e levar para outro, preferencialmente onde for mais próximo possível da comarca para não se afastar muito do juiz natural da causa.
Competência por Conexão
“É um vínculo que entrelaça duas ou mais ações a ponto de exigir que o mesmo juiz delas tome conhecimento e as decida. É o liame, nexo que aconselham a junção dos processos”.A conexão pressupõe necessariamente a existência de duas ou mais infrações penais, cometidas mediante duas ou mais condutas. 
Serão de competência do Tribunal do Júri os crimes conexos aos crimes dolosos contra a vida. São esses os tipos de conexão:
1.ª - Conexão objetiva é o vínculo existente entre as infrações penais, subdivide em: 
a) Conexão teleológica – ocorre quando um crime é cometido para garantir a execução de outro.
b) Conexão consequencial – dá-se quando o homicídio é praticado com a finalidade de assegurar: 
b.1 - a “ocultação do crime”; quando mata antes de cometer o crime, pra ninguém ver; comete um crime antes de cometer o principal. 
b.2 - a impunidade do crime; comete o crime principal primeiro e depois um outro.
b.3 - a vantagem de outro crime: 
 a) produto do crime; b) preço do crime; c) proveito do crime. 
2.ª - Conexão intersubjetiva – (art. 76 I CPP) é recomendada quando circunstâncias que relacionam, por um motivo, os sujeitos da prática delituosa (seus autores). São três os critérios de determinação:
a) Por simultaneidade - (ocasional) ocorre quando duas ou mais infrações houverem sido praticadas por várias pessoas ocasionalmente reunidas (sem intenção de reunião) em um só contexto espacial e temporal. 
b) Por concurso - ocorre quando duas ou mais pessoas praticam várias infrações, em concurso, embora diverso o tempo e o lugar. 
c) Por reciprocidade - é a hipótese em que duas ou mais infrações são praticadas por várias pessoas umas contra outras. 
 OBS.: Conexão é concurso material praticado por duas ou mais pessoas e continência é concurso formal. 
08.08.17
A Lei 11.313/2006, de 28.06.06, alterou o caput do art. 60 da Lei 9.099/1995 e mandou respeitar as regras de conexão e continência. O seu parágrafo único determinou a manutenção das regras da composição civil e da transação penal.
Primeiro se resolve a fase consensual, para depois partir para a conflitiva. Se tiver uma conexão entre um crime doloso contra a vida e uma infração de menor potencial ofensivo, o juiz, antes de fazer a instrução, marca uma audiência preliminar para resolver a fase do juizado especial; resolver a composição civil ou a transação penal. 
“É irrecorrível a decisão que indefere a reunião de processos quando não caracterizada a conexão ou continência” STJ DJ 06/04/98. Relator Min Cid Flaquer Scatezzini. Não se junta processo se não tiver conexão ou continência; não há recurso. 
Conexão instrumental ou probatória – ocorre quando a prova de uma infração ou de qualquer de seus elementos influírem na prova de outra infração (art. 76 III). 
Competência por Continência
Conceito – é quando uma causa está contida na outra. “Implica litispendência parcial. Emerge da unidade de ações decorrentes da coautoria eventual ou necessária, do concurso formal, do aberratio ictus e da aberratio delicti”, e da autoria mediata. 
Quando tem um crime só e várias pessoas. Coautoria eventual acontece quando duas ou mais pessoas praticam o mesmo crime que não exige a pluralidade de agentes, quando uma pessoa só pode cometer. Coautoria necessária é quando é necessária a pluralidade de pessoas para cometê-lo. Todos deverão estar no mesmo processo, tanto da coautoria eventual, quanto da necessária. Porém, há casos que há a necessidade de separar. 
Obs.: o júri pode julgar homicídio culposo se houver conexão ou continência. Um crime puxa o outro. 
A continência promove a cumulação:
a) Subjetiva – (art. 77 I) quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração, é chamado litisconsórcio passivo.
a1) Na autoria mediata – nesse caso há sempre o abuso do homem privado da autodeterminação. Quando o indivíduo se vale de terceira pessoa por razões diversas para cometer o delito (artigo 62, CP).
Da cumulação objetiva (art. 77, II) 
“Ocorre quando há uma unidade de conduta e pluralidade de infração. São os casos de concurso formal de crimes, (art. 70 do CP), ou nas hipóteses de erro na execução (aberratio ictus) e resultado diverso do pretendido (aberratio delictus), artigos 73/74 do CP”. 
Uma conduta, vários crimes.
“O principal corolário da conexão e da continência é a unidade de processo e julgamento, a cumulação processual, para qual é mister que haja uma vis atractiva de um processo sobre o outro ou outros prorrogando a competência do juízo de atração, determinando o foro prevalente”. Um crime vai puxar o outro, predomina o foro prevalente, como regra. Júri é foro prevalente. 
Regras de Conexão e Continência
“A competência penal do Tribunal do Júri possui extração constitucional. Assim, conforme o caráter absoluto que apresenta e por efeito da ‘vis atractiva’ que exerce, estende-se aos crimes penais conexos ao crime doloso contra a vida”.
“No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri”, (art. 78, I, CPP).
Havendo crime doloso contra a vida conexo com crime de competência do juiz singular, seja federal ou estadual, a competência será do júri. 
Súmula 704 do STF: “Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados”.
Havendo fixação de foro por prerrogativa de função, fixado pela CF, este prepondera sobre as demais prerrogativas.
Súmula 721 do STF: “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual”.
Súmula nº 122 do STJ: “Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do Art. 78, II, “a”, do Código de Processo Penal”.
REGRAS DO FORO PREVALENTE:
a) Justiça Comum X Júri = Júri;
b) Foro Especial X Foro Especial = se duas ou mais autoridades que tenham foro especial cometerem um crime, nos termos da Súmula nº 704 do STF, ambas serão julgadas pelo foro de maior graduação. 
c) Foro Especial + “Pessoa Comum” + crime doloso contra a vida: caso uma autoridade que tenha foro especial cometa, em concurso, o crime acompanhado de uma pessoa sem foro especial, a autoridade será julgada pelo seu foro especial enquanto a pessoa comum será julgada pelo Tribunal do Júri (ocorre uma separação dos processos). 
Separação obrigatória dos processos (art. 79 CPP). 
- Jurisdição Comum e Militar;
- Justiça Eleitoral e Tribunal do Júri.
Em qualquer caso se houver necessidade de suspender o processo em relação ao corréu em virtude de superveniência de doença mental ocorrida durante o curso processual, (art. 79 §1.º);
Quando houver corréu foragido que não possa ser julgado à revelia ou quando havendo mais de um réu para ser julgado pelo júri, com defensores distintos, ocorrer o estouro de urna. 
Aquele que é citado por edital, não pode ser julgado à revelia. Se ele não aparece, entende o legislador que ele não tomou conhecimento do fato. 
Estoura-se a urna quando das recusas motivadas, sobram menos de 15 jurados para o dia. Tendo menos de 15, não tem como fazer o júri. 
Separação Facultativa dos processos (art. 80 CPP).
a) Quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo e lugar diferentes;
b) Quando houver excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória;
c) Quando houver outro motivo relevante.
15.08.17
Avocatória
“Ainda que existentes a conexão e a continência como forma de permitir a união dos processos, é possível a ocorrência de instauração de ações em juízos diferentes”.
“A autoridade prevalente deverá avocar (‘chamar para si’) os processos e uni-los em respeito às regras estabelecidas, salvo se já houver sentença definitiva em um dos processos”.
Súmula 235 do STJ: “A conexão não determina a reunião dos processos se um deles já foi julgado”.
Perpetuação da competência (art. 81, CPP).
Há, no entanto, exceção quando tratar-se de crimes da competência do Tribunal do Júri, ou seja, não há perpetuação da jurisdição.Senão vejamos:
Nostermos do art. 81 parágrafo único do CPP, se a desclassificação, que exclua a competência do Tribunal do Júri, ou absolvição sumária ocorrerem no momento da prolação da decisão de pronúncia, cessa a competência daquele órgão, devendo ser o processo remetido ao juízo competente;
Absolvição pelo Conselho de Sentença – Caso haja absolvição, quanto ao crime doloso contra a vida, aplica-se a regra geral do art. 81 caput do CPP, cumprindo ao Conselho de Sentença a apreciação dos crimes conexos ou continentes. Subsistindo, assim, os efeitos da prorrogação da competência;
Desclassificação pelo Conselho de Sentença – caso haja desclassificação para outro crime que não seja da competência do Tribunal do Júri, o julgamento deverá ser proferido pelo juiz-presidente. 
Princípios Constitucionais do Tribunal do Júri
a) Plenitude de defesa – e não somente ampla defesa. A defesa plena é mais abrangente que a ampla defesa, que se exterioriza com a garantia de:
1.º - a possibilidade de o acusado participar da escolha dos jurados que comporão o Conselho de Sentença;
2.º - O poder de o Juiz-Presidente, considerando o réu indefeso, dissolver o Conselho de Sentença nomeando outro defensor e marcar novo julgamento;
3.º - A necessidade de os juízes populares pertencerem às diversas classes sociais;
4.º - Solenidade do rito – quanto mais solene for o rito maior será a segurança conferida ao direito de defesa;
5.º - Simplificação dos quesitos e a inserção do quesito absolutório;
6.º - Possibilidade de plena argumentação, podendo arguir até questões de cunho metajurídico.
b) Sigilo das votações – garante aos jurados liberdade de consciência pelos seguintes mecanismos:
1.º - pelo sistema da íntima convicção o jurado fica isento de fundamentar a sua decisão;
2.º - pela regra da incomunicabilidade dos jurados inibe-se conhecimento da decisão que cada jurado irá tomar;
3.º - a votação é realizada em recinto fechado (sala especial (secreta));
4.º - vedação da apuração de veredicto unânime.
c) Soberania do Veredictos – importa na manutenção da decisão dos jurados acerca dos elementos que integram o crime, quais sejam: materialidade; autoria; qualificadoras; agravantes; causas de aumento e diminuição de pena e etc.).
Trata-se de norma constitucional não absoluta, podendo sofrer as seguintes exceções: 
a) absolvição sumária, prevista no artigo 415 do CPP;
b) revisão criminal – capaz de rescindir a coisa julgada penal. 
Esquema do Tribunal do Júri
1.ª fase ( judicium accusationis) Formação de culpa, Instrução preliminar:
Oferecimento da denuncia ou queixa;
Decisão liminar do Juiz;
Recebimento;
Rejeição ( RESE);
Citação;
Defesa prévia, por escrito ( em dez dias);;
Declarações do ofendido;
Testemunhas de acusação;
Testemunhas de defesa;
Esclarecimentos de peritos;
Acareações;
Reconhecimento de pessoas e coisas; 
Interrogatório;
Alegações finais orais ( §4.º do art. 411); 
Diligências para sanar nulidades etc.
 (artigos 413/421)
Com o propósito de adequar o Processo Penal à garantia constitucional que prevê a celeridade processual ( judicial e administrativo), o legislador ordinário editou a nova Lei adequando-a ao inciso LXXVIII (acrescido pela emenda constitucional n.º 45) do artigo 5.º da Constituição Federal, in verbis :
“A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”.
O prazo para apresentar a resposta à acusação será determinado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento do acusado ou seu defensor constituído, em juízo, quando este for citado por edital ou quando a citação for inválida.
Caso a resposta à acusação não seja apresentada, no prazo legal, o juiz nomeará um defensor dativo para apresentá-la, em dez dias, concedendo-lhe vistas dos autos.
As exceções previstas nos artigos 95 a 112 do CPP serão processadas em apartados, conforme prevê o novo artigo 407 do mesmo Código, alterado pela Lei 11.689/08.
Conforme determina o artigo 410 do CPP , o juiz determinará a realização das diligências que tenham sido requeridas, bem como designará data para a inquirição das testemunhas arroladas pelas partes, no prazo de 10 dias.
A Lei 11.690/08 acrescentou um parágrafo ao artigo 210, que trata da testemunha, determinando que deverá “ser reservado espaços separados para a garantia da incomunicabilidade das testemunhas”.
“Caberá as partes, além de se manifestar em relação as questões de mérito, arguir, em preliminar, nulidades (art. 571 I ) e vícios processuais, bem como requerer diligências que julgar necessárias”. 
As nulidades relativas da instrução criminal dos processos da competência do Júri, deverão ser arguidas nas alegações, sob pena de preclusão. 
22.08.17
Alteração da acusação
Conforme preceitua o artigo 411 § 3.º: concluída a colheita da prova, deverá ser observado, se o caso, a possibilidade da aplicação do artigo 384 do CPP (“muttatio libelli”). Caso seja positivo deverá, após o aditamento da peça acusatória, promover a instrução sumária para os novos fatos imputados ao acusado. 
“O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave” (art. 418, CPP)
Finda a instrução caberá ao juiz proferir:
a) decisão de pronúncia – art. 413 CPP;
b) decisão de impronúncia;
c) Sentença de absolvição sumária;
d) decisão de desclassificação.
 Obs. O sumário de culpa deve ser concluído no prazo máximo de 90 (noventa dias), contados do recebimento da peça acusatória. Trata-se de prazo impróprio.
 Súmula 64 do STJ – “Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela defesa”.
PRONÚNCIA
“O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação” (art. 413).
Decisão que, fundada na prova da existência do crime e de indícios de autoria, julga admissível a acusação nos crimes dolosos contra a vida, determinando que réu se submeta a julgamento pelo Tribunal do Júri.
Natureza Jurídica – Decisão interlocutória mista não terminativa, meio de preparação que dá ingresso à fase plenária do procedimento (juízo de admissibilidade ou de prelibação). 
Da decisão de pronúncia cabe RESE – recurso em sentido estrito (art. 581, IV)
Requisitos da fundamentação (§1.º art. 413): 
a) indicar as provas que demonstram a existência de um crime doloso contra a vida;
b) indicar indícios suficientes de autoria ou de participação;
Obs. Os pressupostos da materialidade e da autoria são cumulativos.
c) devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado;
d) especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena.
“Igualmente é inadmitido incluir na pronúncia a alegação de semi-imputabilidade por provável distúrbio psiconeurológico. Matéria afeta ao julgamento do Júri”.
“Ao magistrado é vedado o exame aprofundado do mérito da causa, pois incumbe ao juiz natural, o Tribunal do Júri”.
 “Sentença de pronúncia não pode servir de argumento à acusação, influenciando o ânimo dos jurados”.
Deve analisar os argumentos da acusação e da defesa, evitando qualquer tipo de excesso de linguagem. 
Deve ser uma peça isenta. 
Deve-se pautar pela neutralidade da fundamentação.
“Quanto às qualificadoras do crime e as causas de aumento de pena, o juiz Presidente deverá examinar apenas sua pertinência, devendo afastá-las somente se forem consideradas manifestamente improcedentes, ou seja, quando não houver qualquer substrato nos autos que as assegure”.
“O juiz da pronúncia, ao classificar o crime, consumado ou tentado, não poderá reconhecer a existência de causa especial de diminuição de pena” (art. 7.º da LICPP)
É defeso ao juiz referir-se na pronúncia às regras de concurso de crimes, pois este faz parte da aplicação da pena.
As agravantes e atenuantes genéricas não devem ser analisadas nessa fase, devem, portanto, ser analisadasem plenário, desde que constem na peça acusatória.
“Se houver indícios de autoria ou de participação de outras pessoas não incluídas na acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar o acusado, determinará o retorno dos autos ao Ministério Público, por 15 (quinze) dias, aplicável, no que couber, o art. 80 deste Código” (art. 417).
“Proferida a sentença de pronúncia e preclusa a via impugnativa, não mais poderá ele ser alterada, a menos que se verifique circunstância superveniente que modifique a classificação do delito”. Inteligência do art. 421, § 1.º, do CPP.
“Entretanto neste mesmo contexto processual ( pronúncia) não pode o juiz absolver ou condenar o réu pelo crime da competência do juiz singular e pronunciar pelo crime doloso contra a vida. É que por força da conexão a competência para decidir sobre o mérito do crime da competência do juiz singular é do Tribunal do Júri”
Efeitos da pronúncia: 
a) – submeter o acusado ao julgamento pelo Tribunal do Júri;
b) – fixar a classificação jurídica do fato;
c) - interrompe a prescrição, sempre ( art. 117 III do CP);
“A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda, que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime” Súmula 191 do STJ;
D) – estabelecer a adoção, subsistência ou substituição de medidas cautelares decretadas, inclusive eventual prisão preventiva.
Obs. – a pronúncia não gera efeitos civil
“O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade de decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no título IX do livro I deste Código” (art. 413 §3.º).
“Sendo afiançável o crime o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão ou manutenção da liberdade provisória”. (art. 413 §2.º, CPP).
No caso da fiança, esta somente poderá ser aplicada no caso de prisão em flagrante. 
Há, ainda a regra geral do art. 334 do CPP, prevendo que: “a fiança poderá ser prestada em qualquer termo do processo, enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória”.
“Pronunciado o réu, fica superada a alegação de constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução” Súmula 21 do STJ.
Obs. – os Tribunais reconhecem o constrangimento ilegal quando houver excesso de prazo, no caso de ocorrer transcurso, injustificado, de lapso dilatado entre a pronúncia sem a realização do júri. 
Intimação da decisão de pronúncia
Será feita nos seguintes moldes:
a) – ao MP a intimação será pessoal;
b) – ao defensor dativo e ao acusado, será feita pessoalmente;
c) – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente de acusação, far-se-á por publicação no imprensa oficial.
Caso o acusado não seja encontrado será intimado por edital, evitando a “crise de instância”.
Impronúncia
Conceito – É a decisão interlocutória mista de conteúdo terminativo. Visto que encerra a primeira fase do processo ( judicium accusationis), deixando de inaugurar a segunda, sem haver juízo de mérito.(...) julga improcedente a denúncia e não a pretensão punitiva do Estado. Desse modo, se porventura novas provas advierem, outro processo pode instar-se”.
Art. 414 -= “Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz fundamentadamente, impronunciará o acusado”.
Parágrafo único –“Se não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova”.
“A novas prova exigidas pelo parágrafo único do art. 414 do CPP, têm natureza jurídica de uma condição específica de procedibilidade, pois sem ela não pode ser oferecida nova denúncia ou queixa contra o réu”.
Assim sendo, faz apenas coisa julgada formal, não impedindo a propositura de um novo processo, pelos mesmos fatos, desde que surjam novas provas”..
O recurso cabível contra a decisão de impronúncia é a apelação
Havendo dúvidas a cerca dos elementos: existência do crime ou da presença de indícios suficientes de autoria, recomenda-se a pronúncia do réu, pois a dúvida, nessa fase processual, milita em favor da sociedade; (HC 14.464, PE 5.ª Turma Félix Fischer 2001).
Havendo crimes conexos, estes deverão ser remetidos ao juiz competente;
A impronúncia do acusado não gera efeito civil
Despronúncia
É a decisão posterior que revoga a pronúncia, podendo ocorrer quando: 
a) - o réu é pronunciado pelo juiz e interpõe recurso em sentido estrito (RESE artigo 581 IV do CPP) e o juiz retrata conforme determinação do artigo 589 do CPP (juízo de retratação);
b) – o Tribunal de Justiça der provimento ao recurso em sentido estrito interposto contra a decisão de pronúncia, reformando-a cancelando o envio do acusado ao julgamento pelo Conselho de Sentença.
Absolvição Sumária artigo 415
Conceito – “É a decisão de mérito, onde o juiz julga improcedente o pedido do Ministério Público, formulado na denúncia com consequente absolvição do acusado.
“O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:
I – provada a inexistência do fato;
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;
III – o fato não constituir infração penal;
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime”
parágrafo único “não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do artigo 26 do Decreto-lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940- Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva”.
Deve ser absolvido o réu quando existir: erro sobre os elementos do tipo (artigo 20 do CP) ou descriminante putativa ( artigo 20 §1.º do CP) que, segundo a lei excluem o dolo; erro sobre a ilicitude do fato ( artigo 21 do CP); coação moral irresistível e obediência hierárquica (artigo 22 do CP); inimputabilidade por doença mental ( artigo 26 do CP) e inimputabilidade por embriaguez fortuita completa ( art. 28 §1.º do CP ) e as excludentes de ilicitude (art. 23 do CP)” 
Quando o juiz reconhecer a absolvição, mas impor medida de segurança, haverá a denominada absolvição sumária imprópria. 
“A constatação de semi-imputabilidade não comporta absolvição sumária, nem tampouco impronúncia. Se o réu é considerado mentalmente perturbado (art. 26 parágrafo único do CP), deve ser pronunciado normalmente. [...]”. 
Uma vez reconhecida a absolvição sumária com a consequente desaparição da vis actrativa para o Tribunal do Júri, haverá de ser deslocada a competência para o julgamento do crime conexo. 
Havendo concorrência entre uma causa de excludente de ilicitude e outra excludente de culpabilidade por doença mental, deverá ser reconhecida a primeira por ser mais favorável ao acusado.
A dúvida em relação a uma excludente de ilicitude pode ser reconhecida pelos jurados, pois na segunda fase vigora o in dubio pro reo.
Natureza jurídica da decisão de absolvição sumária 
Trata-se, a decisão de absolvição sumária, de uma verdadeira sentença de mérito, (art. 386) proferida com todos os requisitos previstos no artigo 381 do CPP 
Trata-se de sentença absolutória, pois julga o mérito da questão, ocorrendo após o trânsito em julgado coisa julgada material 
Artigo 416 – “Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação”. 
A Absolvição Sumária e seus Efeitos Civis
Se se der em face de excludente de ilicitude, desaparece a responsabilidade civil do autor do fato, em razão do artigo 188 C.C; “Quem usa de um direito seu não causa dano a ninguém”. 
Porém se a legítima defesa é real em aberratio ictus, aplicam-se os artigos 927 a 954 do C.C, ou seja, há dever de indenizar o ofendido. Nesta hipótese, embora usando regularmente de um direito, foi ofendido bem jurídico de terceiro, surgindo o dever de indenizar aquele que em nada contribuiu para a agressão injusta.
Ocorrendo absolvição sumária pela inexistência do fato, ou por negativa de autoria ou participação, não poderá haver ação civil para indenização do dano.
“Tratando-se de absolvição sumária com exclusão de culpabilidade, há quese verificar se houve aplicação do art. 26 do CP, pois neste caso o amental é privado de discernimento, porém a responsabilidade dirige-se para a pessoa responsável pela sua guarda. Entretanto há que se provar a negligência da pessoa responsável pela guarda do amental. Caso contrário a vítima ficará irressarcida(caso fortuito ou força maior)
Desclassificação – art. 419 CPP
Conceito – è a decisão interlocutória modificadora da competência do juízo, não adentrando no mérito, nem tampouco fazendo cessar o processo.
Art. 419 - “Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, de existência de crime diverso dos referidos no § 1.º do art. 74 deste Código e não for competente para julgamento, remeterá os autos ao juiz que o seja” 
A desclassificação ocorre quando o juiz ao aplicar o princípio da correlação, confrontando os fatos narrados na peça acusatória, faz nova adequação típica do fato, promovendo o emendatio ou o mutatio libelli.
Poderá ocorrer a desclassificação:
a) – própria, quando a desclassificação resultar em crime diverso dos dolosos contra a vida;
b) – imprópria, quando a desclassificação resultar em outro crime doloso contra a vida.
Para ser proferida uma decisão desclassificatória é necessário um juízo de certeza, pois a dúvida deve resultar em pronúncia.
Não poderá, o juiz desclassificante, tipificar o delito.
“Ocorrendo a preclusão da decisão de desclassificação, torna-se matéria preclusa a classificação original conhecida na denúncia ou queixa.
Como a pronúncia é juízo de mera admissibilidade e não julgamento do mérito da causa, poderá ser restaurada a classificação do crime de competência do Tribunal Popular mediante conflito de competência suscitado pelo juiz que recebe o processo (STF e STJ HC.43.583/2005. 
Natureza jurídica da desclassificação – é uma decisão interlocutória mista não terminativa.
Recurso cabível: RESE, art. 581, II CPP
“O juiz somente desclassificará a infração penal cuja denúncia foi recebida como delito doloso contra a vida.
“Não pode o juiz, mesmo que seja o único da Comarca exercendo também as funções de juiz do Tribunal do Júri desclassificar na pronúncia o homicídio para lesão corporal seguida de morte e impor, desde logo condenação. Deve aguardar a preclusão da decisão. 
O juiz que receber os autos deverá dar oportunidade às partes para que se manifestem e, eventualmente, requeiram a produção de provas.
PRECLUSÃO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA
Art. 421 – Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Júri.
§1.º - Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo circunstância superveniente que altere a classificação do crime, o juiz ordenará a remessa dos autos ao Ministério Público.
§2.º - Em seguida, os autos serão conclusos ao juiz para decisão.
Portanto, ocorrendo a alteração superveniente do fato será afastada a preclusão pro judicato 
Da Preparação do Processo Para Julgamento em Plenário
Tão logo ocorra a preclusão da decisão de pronúncia, deve o juiz, então, preparar o processo para ser levado ao plenário, dirimindo qualquer dúvida e sanando nulidades, porventura existente.
“Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até no máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão juntar documento e requerer diligências” (Art. 422 CPP).
A intimação da acusação e da defesa será feita de forma sucessiva.
Ao arrolar testemunhas, estas deverão ser qualificadas, indicar o endereço onde poderão ser encontradas e declinar sobre a imprescindibilidade das mesmas (art. 461).
“É do sistema de nosso processo que a testemunha deverá ser ouvida no foro de seu domicílio. Regra alguma excepcional permite exigir-se dela se locomova a outra Comarca par ser ouvida” ( RT 403/107).
Deve ser consignado no texto da precatória não estar a testemunha obrigada a comparecer, para que não haja constrangimento desautorizado em lei. 
 
É inconstitucional o dispositivo que permite ao Ministério Público sustentar a existência de circunstância agravante (que não conste da denúncia ,no plenário).
A regras contidas nos arts.: 385 e 492,I,b devem ser interpretadas em conjunto com o art. 41 do CPP. Assim, o juiz não poderá considerar na sentença uma circunstância agravante que não tenha constado da denúncia, sob pena de causar surpresa à defesa, com violação do contraditório e da ampla defesa”. 
A juntada de documentos poderá ocorrer em outros momentos, além do acima definido, art. 231 , do CPP, estando, porém, limitado ao art. 479, do CPP.
Embora limitado o tempo, caso ocorra a juntada ficará proibida sua leitura em plenário.
Art. 423 - “Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem exibidas no plenário do júri, e adotadas as providências devidas, o juiz presidente”:
I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa;
II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri.
No novo CPP, modificado pela Lei 11689/08, o inciso II do art. 423 prevê que o relatório seja elaborado antes da fase de preparação do processo. Porém, em vez de ser lido em plenário, o relatório será apenas entregue aos jurados, logo após prestarem o “juramento” (parágrafo único do art. 472). 
A acusação estará limitada pela decisão de pronúncia, que, por sua vez, será a fonte da elaboração dos quesitos, juntamente com o interrogatório do acusado e as alegações das partes em plenário (art. 482 parágrafo único). 
O juiz é dotado do poder supletivo de produção de provas, portando não deverá contentar-se com as provas trazidas pelas partes. Deverá produzi-las em qualquer fase do processo, visando a verdade real.
Nada impede que as partes requeiram diligências depois do momento relativo ao art. 422, desde que a necessidade seja posterior e de muita importância.
O juiz poderá determinar a produção de provas a qualquer momento, art. 156, CPP
“Na ação penal privada subsidiária da pública, nos crimes dolosos contra á vida a não-manifestação no prazo, para arrolar testemunhas e requerer diligências, acarreta remessa dos autos ao Ministério Público para fazê-lo, retomando, assim, a condução do feito”.
“Na ação penal privada nos crimes conexos aos da competência do júri. A falta da manifestação importará em perempção, julgando extinta a punibilidade” 
Do Alistamento dos Jurados
organização do júri
O júri, segundo definição que se encontra no artigo 447 do CPP: é um tribunal composto de 1 juiz de direito, que é seu presidente, e de 25 jurados que se sortearão dentre os alistados, 7 dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento. 
“Anualmente cabe ao juiz-presidente do Tribunal do Júri organizar a lista geral dos jurados, fazendo-o sob sua responsabilidade e mediante escolha por conhecimento pessoal ou informação fidedigna” 
“Menciona a lei (art. 425 do CPP) que anualmente, serão alistados vários jurados pelo juiz presidente do Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a 1500 (um mil e quinhentos) jurados nas Comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas Comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) nas Comarcas de menor população”.
Poderá, ainda, ser aumentada o número de jurados, caso seja necessário, podendo ser criada lista de jurados suplentes que serão depositados em urna separada. Inteligência do § 3.º do art. 426.
A lista geral deverá, então, ser publicada por duas vezes: uma em 10 de outubro da cada ano e divulgada pela imprensa e por edital afixado à porta do Tribunal do Júri. que poderá ser alterada ex officio ou em função de reclamação de qualquer do povo, e a lista definitiva será publicada até 10 de novembro sendo esta última a publicação definitiva (art. 426 CPP).Da inclusão ou exclusão de jurados na lista geral, caberá recurso em sentido estrito no prazo de 20 dias.
“O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença no 12 (doze) meses que antecederam à publicação da lista geral dela fica excluído”. (art. 426 § 4.º).
Alteração da lista provisória por:
Outra mudança, interessante, que foi implementada pela nova Lei é o fato de ser obrigatoriamente e anualmente completada a lista geral. Inteligência do § 5.º do artigo 426 do CPP.
Há, ainda, o obrigação de publicar( art., 426 §2.º) juntamente com a lista a transcrição dos artigos 436 a 446. Tal media é salutar, uma vez, que permite aos jurados tomar ciência da importância da função que irão exercer, bem como de seus direitos e responsabilidades.
Desaforamento Art.427/8 e §§.
Conceito – “É o ato processual pelo qual o processo é submetido a julgamento em foro diverso do local em que se deu a pronúncia, onde não subsistam as razões que lhe deram causa. É o deslocamento da competência”.
Natureza jurídica – causa de prorrogação da competência. 
Mitiga os princípios:
Da indeclinabilidade da prestação jurisdicional CF art. 5.º XXXV 
Da indelegabilidade CF art. 5.º LIII e CPP art. 251 .
Da improrrogabilidade. 
Hipóteses para o desaforamento:
Interesse de ordem pública – quando houver riscos para a paz pública 
Dúvida sobre a imparcialidade do jurados 
Dúvida sobre a segurança da pessoa do acusado 
Demora no julgamento – não realização do julgamento no período de 6 (seis) meses contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia, desde comprovado excesso de serviço. 
O desaforamento tem procedimento próprio de caráter incidental.
§ 1.º art. 428 - “Para contagem do prazo referido neste artigo, não se computará o tempo de adiamento, diligências ou incidentes de interesse da defesa”. 
Não se considera a demora causada pela acusação como impedimento ao desaforamento.
§. 2.º art. 428- Não havendo excesso de serviço ou existência de processos aguardando julgamento em quantidade que ultrapasse a possibilidade de apreciação pelo Tribunal do Júri, nas reuniões periódicas previstas para o exercício, o acusado poderá requerer ao Tribunal que determine a imediata realização do julgamento”.
Do procedimento do desaforamento
Legitimidade – qualquer das partes, do assistente ou do juiz competente;
Forma de postulação – requerimento quando a legítimo for qualquer das partes, representação quando a legitimação for do juiz, exceto quando o motivo for por demora no julgamento (§.2.º art. 428);
Informação do juiz, se a medida não tiver sido solicitação, de oficio, por ele próprio;
Poderá haver suspensão do julgamento pelo júri, determinada pelo relator. 
Recursos cabíveis: RE e Recurso Especial.
Momento da ocorrência do desaforamento
“O desaforamento ocorre após à fase da admissibilidade, quando da preparação do caso para ser levado à conhecimento do juiz natural popular” Fausi Hassan Choukr.
“É nula a decisão que determina o desaforamento de processo de competência do júri sem a audiência da defesa” (Súmula 712 do STF).
O pedido de desaforamento não será admitido quando:“na pendência de recurso contra decisão de pronúncia ou quando efetivado o julgamento, não se admitirá o pedido de desaforamento, salvo, nesta última hipótese, quanto a fato ocorrido durante ou após a realização de julgamento anulado”; (Art. 427, §4.º CPP).
Competência – A decisão do desaforamento tem caráter jurisdicional e precisa ser proferida pelo Tribunal competente, portanto, preferência de julgamento e a sua distribuição deverá ocorrer com a maior brevidade possível. (§1.º do art. 427CPP).
Segundo posição doutrinária é inconstitucional o desaforamento para uma Comarca muito distante, da Comarca de origem, pois fere o princípio constitucional do juiz natural. Inteligência do art. 427 caput última parte: [...] “o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existem aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas”.
REAFORAMENTO – hipótese de retorno do julgamento a Comarca de origem, quando cessarem os motivos que ensejaram o desaforamento.
Embora haja divergência Doutrinária, não é vedado o reaforamento, segundo o que se depreende dos julgados abaixo colacionados.
“[...] não se justifica o restabelecimento da competência do foro de origem (reaforamento), se permanecem as razões que ditaram o desaforamento (STJ, HC 67851;1.ª Turma).
É o mesmo entendimento da Suprema Corte em HC .64.000 2.ª Turma.
ORDEM DOS JULGAMENTOS PELO JÚRI
ORGANIZAÇÃO DA PAUTA
Salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos dos processos terão preferência:
I – os acusados presos;
II- dentre os acusados presos, aqueles que estiverem, há mais tempo na prisão;
III- em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados.
“Embora os processos de acusado preso cautelarmente tenham preferência em relação aos processos de acusados soltos, este também têm o direito a um julgamento em prazo razoável conforme preceitua o inciso LXXVIII do art. 5. º da CF e no art. 8. º, I, da CADH. 
Entende-se por motivo relevante que autorize a alteração na ordem do julgamento aquele que, se preterido, pode causar danos ao processo ou ao acusado, Ex. o julgamento de um acusado solto, mas que esteja com prazo prescricional próximo de ser atingido, em detrimento de um acusado preso, cuja prescrição esteja longínqua.
Têm preferência os processos de acusados que figuram como colaborador, testemunha ou vítima protegidas pelos programas de proteção (Lei 12.483/11). 
Terão, ainda, preferência os processos onde figure como parte (réu, vítima ou testemunha) pessoa idosa (idade superior a 60 anos).
“Verificado o excesso de prazo, impõe-se a expedição de alvará de soltura, cumprindo ao Estado aparelhar-se para proceder ao julgamento das ações em tempo razoável” 
Art. 429, §2.º - “O juiz presidente reservará datas na mesma reunião periódica para a inclusão de processo que tiver o julgamento adiado”.
A medida de reservar datas na mesma reunião periódica visa permitir a inclusão de processos que foram adiados. Tal medida evita que tais processos acabem sendo julgados em reunião periódica posterior.
“O juiz competente marcará dia para julgamento, determinando sejam intimadas as partes, o ofendido, se for possível, as testemunhas e os peritos, quando houver requerimento, para a sessão de instrução e julgamento, observando, no que couber, o disposto no art. 420 do CPP.
Organizada a pauta de julgamento, deverá ocorrer o sorteio dos jurados que atuarão na reunião periódica, devendo, para tanto, o juiz determinará a intimação do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Pública para acompanharem o sorteio. Inteligência do art. 432 do CPP. Tal forma dá maior publicidade e controle no sorteio dos jurados.
Reunião Periódica – Sessão Plenária
MES/DATAS:
DO SORTEIO E DA CONVOCAÇÃO DOS JURADOS
“Da lista geral de jurados, serão sorteados 25 que deverão servir na reunião periódica (art. 433 do CPP ). Determina a lei que o sorteio seja realizado a portas abertas, inserindo-se os nomes em uma urna, cuja chave após fechada ficará em poder do juiz, lavrando-se termo do ocorrido” 
Art. 433, §1.º - “O sorteio será realizado entre o 15.º (décimo quinto) e o 10.º (décimo) dia útil antecedente à instalação da reunião”. 
§ 2.º do art. 433 – “A audiência de sorteio não será adiada pelo não comparecimento das partes”.
A convocação será feita apenas para a primeira sessão de julgamento, pois comparecendo sairá, de lá, intimado para a seguinte e assim sucessivamente. É de bom alvitre que na convocação seja transcrito as datas e horas de todas as sessões, uma vez que o próprio art. 435 determina a fixação de relação dos jurados convocados , bem como o nome de cada acusado e dos procuradores das partes.
Parágrafo único – “No mesmo expediente de convocação serão transcritos os arts. 436 a 446 deste Código”.
Trata-se de um meio de informar aos jurados sobre os seus impedimentos, proibições, benefícios e responsabilidade,inclusive a criminal.
Requisitos para ser jurado 
Art. 436 do CPP - O serviço do júri é obrigatório. O alistamento compreenderá os cidadãos maiores de 18 anos de notória idoneidade”
a) - Cidadão – estar no gozo dos seus direitos políticos, é permitido ao brasileiro naturalizado;
b) - tem que ter condição física para acompanhar os trabalhos. Não podem: os cegos, surdos (a não ser que possuam aparelho auditivo), surdos-mudos;
c) – idoneidade e etc.
Estão isentos os maiores de 70 anos, que requeiram a sua dispensa (inciso IX do art. 437) mas isso não significa que não possam servir quando alistados, se o desejarem. 
 Não podendo o cidadão alistado recusar, exceto por motivo justificável, caso seja:
a) - por convicção religiosa;
b) - “por convicção política ou filosófica, sujeitar-se-á a suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar serviço alternativo imposto conforme dispõe o art. 438 do CPP e 5.º VIII e 15 IV da Magna Carta”.
Art. 438.§1.º - “exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, na âmbito do Poder Judiciário, na Defensoria Pública, no Ministério Público ou em entidades conveniadas para esses fins”
Publicada a lista definitiva, determina o juiz que os nomes dos jurados, com indicação de suas profissões e endereços, sejam lançados em pequenos cartões iguais que verificados pelo Ministério Público, ficarão guardados em urna fechada a chave sob a responsabilidade daquele”.
“Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do júri ou deixar de ser alistado em razão de cor ou etnia, raça, credo, sexo, profissão, classe econômica, origem ou grau de instrução” § 1.º do art. 436 do CPP. 
Não se trata de violação de isonomia o fato de vedar ao analfabeto participar como jurado, trata-se, na verdade, de um imperativo de ordem lógica.
Há previsão de aplicação de multa que varia de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos ao jurado que recusar, injustificadamente, a prestar serviço ao júri. A referida multa, para ser aplicada, implica que o juiz considere a condição econômica do jurado.(§2.º , do art. 436 CPP) 
Estão isentos do serviço do júri as pessoas relacionadas nos I ao VIII do artigo 437 Por outro lado poderá requerer a isenção qualquer interessado “demonstrando justo impedimento”, 
“O efetivo exercício (participar pelo menos uma vez do Conselho de Sentença) Art. 439/440 do CPP, como jurado constitui, além de serviço público relevante, presunção de idoneidade moral, bem como preferência nas licitações públicas e no provimento, mediante concurso, de cargo ou função pública, desde que em situação de igualdade, bem como nos casos de promoção funcional ou remoção Voluntária” 
Cumpre ressaltar que os jurados responderão criminalmente, nos mesmos termos em que os juízes, togados.
Impedimentos art. 448 CPP
“Estão impedidos de servir no mesmo Conselho de sentença:
I – marido e mulher;
II – ascendente e descendente;
III – sogro e genro ou nora;
IV – irmãos e cunhados, durante o cunhadio;
V – tio e sobrinhos;
VI – padrasto, madrasta ou enteado”;
§ 1.º - “O mesmo impedimento ocorrerá em relação às pessoas que mantenham união estável reconhecida como entidade familiar”. 
Impedimento do jurado 
Art. 449 – “Não poderá servir o jurado que”:
I – tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, independentemente da causa determinante do julgamento posterior;
II – no caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho de Sentença que julgou o outro acusado;
III – tiver manifestado prévia disposição para condenar ou absolver o acusado.
Do Julgamento Pelo Júri Em Plenário 
Arts. 442 a 446
“No dia e hora designados para a reunião do Júri, presente o órgão do Ministério Público, o Juiz-Presidente declarará instalada a sessão, se houverem comparecido pelo menos 15 jurados. Caso contrário, convocará nova sessão para o dia útil imediato 
O juiz, então, anuncia que está instalada a sessão, determinado ao oficial que faça o pregão – anúncio do processo a ser julgado, nome do réu e artigo que está incurso.
Obs. “No procedimento do júri, as nulidades processuais ocorridas posteriormente à sentença de pronúncia deverão ser argüidas, sob pena de preclusão, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes. 
Plenário sem a presença do Ministério Público:
por motivo de força maior – adiamento do julgamento para o primeiro dia desimpedido;
sem escusa legítima – adiamento do julgamento para o primeiro dia desimpedido e comunicação ao Procurador-Geral, dependendo do caso.
Não comparecimento do defensor do réu: 
sem escusa legítima – adiamento do julgamento e nomeação de defensor dativo ao réu, se não for outro constituído, o fato será comunicado imediatamente, ao presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, com data designada para a nova sessão 
 “O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado” ( art. 457 do CPP).
“Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia desimpedido da mesma reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento subscrito por ele e seu defensor” §2.º do art. 457 do CPP.
Caso a testemunha não compareça, injustificadamente, ser-lhe-á aplicada a multa, além da responsabilização pelo crime de desobediência., A audiência de julgamento não será adiada pela ausência da testemunha, salvo se uma das partes tiver requerido a sua intimação por mandado, com cláusula de imprescindibilidade.
juiz presidente suspenderá os trabalhos e mandará conduzi-la coercitivamente, ou, então adiará o julgamento para o primeiro dia desimpedido. 
Sorteio dos jurados
Procede-se, então, ao sorteio do Conselho de Sentença. As partes poderão recusar os jurados sorteados. Há dois tipos de recusa:
Imotivada ou peremptória – possibilitando à defesa e depois a acusação recusar até 3 jurados sem dar os motivos de recusa;
Motivada – baseada em impedimento ou suspeição dos jurados.
Nada obsta que, além dessas recusas imotivadas, qualquer das partes suscite a exceção de suspeição ou impedimento de qualquer jurado e o incidente se processará nos termos do art. 106 
Conforme se infere do art. 458 §1.º do CPP, se a incomunicabilidade for rompida a penalidade é a dissolução do Conselho de Sentença e a exclusão do corpo de jurados do Tribunal. Se houver má-fé pode implicar prevaricação.
 Os jurados excluídos por impedimento ou suspeição, serão computados para a constituição do número legal.
Na nova Lei (11.689/08) a separação dos julgamentos tem determinação diversa da que havia anteriormente. A separação somente ocorrerá se, em razão das recusas, não for obtido o número mínimo de 7 (sete) jurados para compor o Conselho de Sentença, ou seja havendo “estouro de urna”.
Formado o Conselho de Sentença, os jurados firmarão, perante o magistrado, o compromisso, isto é, prestarão compromisso, em pé, segundo advertência do Juiz-Presidente: 
“Em nome da Lei concito-vos a examinar com imparcialidade esta causa e a proferir a vossa decisão de acordo com a vossa consciência e os ditames da Justiça”. Ao serem chamados pelo nome um a um deverão responder: “Assim eu prometo”.
“O mesmo Conselho poderá conhecer de mais de um processo na mesma sessão de julgamento, desde que concordem as partes, mas os jurados devem prestar novo compromisso a cada julgamento,” 
Atos instrutórios do Tribunal do Júri
Declaração do ofendido - Fará perguntas, a ele, o Juiz presidente, a acusação, o assistente se houver, e o defensor do acusado, sucessiva e diretamente. Os jurados perguntarão por intermédio do juiz presidente.
Oitiva das testemunhas: 
Em primeiro lugar as da acusação – A ordem de inquirição será a seguinte: Juiz, acusador, assistente, advogado do réu e por último os jurados que o quiserem (art. 467 do CPP 
Em segundo as de defesa – A ordem de inquirição será a seguinte: juiz, advogado do réu, pelo acusador particular, pelo Promotor de Justiça, pelo assistente e pelosjurados (artigo 468 do CPP).
Desistência de testemunha – como as testemunhas são oferecidas pelas partes, estas podem delas desistir, no plenário, mas dispensa depende da concordância da parte contrária. 
A dispensa das partes, porém, não impede que o juiz ouça a testemunha, se entender necessária a sua inquirição, já que pode produzir prova para a apuração da verdade real 
“A dispensa de testemunha em plenário, sem consulta aos jurados, não acarreta a nulidade do julgamento se aqueles, ao menos tacitamente, dispensaram a inquirição ao afirmarem que estavam aptos a julgar a causa” 
Há previsão legal, na nova lei, que as partes poderão requerer acareações quando houver divergências, relevantes para o interesse da causa, entre as respostas das testemunhas
“É certo, porém, que o indiciado ou acusado não será obrigado a participar da acareação, pois ninguém é obrigado a produzir provas contra si”. 
Podem, ainda, as partes e os jurados requerem reconhecimento de coisas e pessoas, esclarecimentos dos peritos, bem como a leitura de peças que se refiram, exclusivamente, às provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não repetíveis, 
Interrogatório do réu 
Não pode o juiz aceitar que o réu apenas confirme o que disse anteriormente no inquérito ou em juízo ou limitar-se a ler termos de anteriores interrogatórios, para confirmação do acusado. O interrogatório do acusado com a observância das formalidades legais, salvo hipótese de revelia, é ato indispensável do plenário e sua ausência acarreta nulidade do julgamento. 
Aos jurados se possibilita que, por intermédio do presidente formulem perguntas ao réu. Sendo dois ou mais réus deverá o juiz interrogá-los separadamente, sem que um ouça o que outro diz 
“O interrogatório é ato que não pode ser dispensado no plenário do júri e deve ser realizado ao vivo para que possam os jurados observar o réu e colher, através de sua atitude e das suas respostas, subsídio para um julgamento justo” 
A nulidade pela ausência de advertência ao acusado acerca do direito de permanecer em silêncio, por ser de caráter relativo, deve ser arguida nos termos do art. 571 do CPP, sob pena de preclusão, demonstrando-se o efetivo prejuízo” 
DEBATES 
Artigo 476 a 481 do CPP
“Após a realização dos atos instrutórios, passa-se à fase dos debates entre a acusação e defesa, que se desenvolvem e são apresentados oralmente, nos seguintes termos”:
O Ministério Público fará a acusação, nos limites da pronúncia, pois esta, quando existente, bitola a acusação, ou, ainda quando a decisão for posterior que julgou admissível a acusação, sustentando, se for o caso, a existência de circunstâncias agravantes.
“Nos caso de ação privada, o promotor falará após o acusador particular. Não está o promotor obrigado a sustentar a acusação, sendo-lhe facultado, inclusive, postular a absolvição do acusado. 
O auxiliar de acusação (assistente) falará depois do promotor (artigo 471 §1.º 1.ª parte). 
“Em qualquer hipótese o pedido de absolvição não dispensa que sejam submetidos à votação dos jurados os quesitos decorrentes da pronúncia
Finda a acusação o defensor terá a palavra para a defesa que deverá necessariamente opor resistência à pretensão punitiva pleiteada pela acusação, sob pena de nulidade do julgamento.
“Caso o magistrado perceba estar a acusação deixando de sustentar a pronúncia por motivos escusos ferindo a soberania dos veredictos e tornando fraca a posição da sociedade, ou sinta que o defensor está almejando a condenação em processo impróprio, a isso, deixando o acusado indefeso, deve dissolver o Conselho de Sentença, colocando na ata as razões que levaram a tanto”. 
“Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o período em que permanecer no plenário do júri, salvo se absolutamente necessário à ordem dos trabalhos, à segurança das testemunhas ou à garantia da integridade física dos presentes”
O acusador poderá replicar e a defesa treplicar, sendo admitida a inquirição de qualquer das testemunhas já ouvidas em plenário.
O acusador e a defesa terão uma hora e meia, cada uma, para apresentar suas alegações. A réplica e a tréplica terão duração de uma hora cada.
Havendo mais de um réu o tempo para a acusação e para a defesa será, em, relação a todos, acrescido de uma hora e levado ao dobro o tempo da réplica e da tréplica.
É proibida, de acordo com o art. 479, a leitura, em plenário durante o julgamento, de documento que não tenha sido comunicado à parte contrária com antecedência de pelo menos três dias úteis. 
Compreende-se nessa proibição a leitura de jornais ou qualquer escrito cujo conteúdo verse sobre matéria de fato constante do processo. A desobediência é causa de nulidade relativa, devendo ser arguida no momento da exibição. 
Apartes - de acordo com a Lei 11.689/08 em seu artigo 497 inciso XII (atribuições do juiz presidente) os apartes poderão ocorrer e serão disciplinados pelo juiz presidente que concederá o tempo de 3 (três) minutos para cada parte que serão descontados do tempo dos debates.
As partes não poderão fazer referências que possam influenciar na decisão dos jurados retirando-lhes a possibilidade de decidirem de acordo com a sua consciência e convicção, proibindo-os de fazerem referências a:
I – “à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissíveis a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem o acusado”;
II – “ao silêncio do acusado, ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em seu prejuízo”.
Outra novidade da Lei 11.689/08 diz respeito à possibilidade de pedir ao orador a indicação de página onde esta localizada a leitura ou citação de trechos feitos por ele, desde que por intermédio do juiz,. (art. 480 do CPP).
Questionário (quesitos)
O questionário é o conjunto de quesitos que os jurados devem responder acerca do crime.
Os quesitos serão redigidos em proposições afirmativas, simples e distintas, levando em consideração os termos da pronúncia, pois esta bitola o questionário, ou, ainda das decisões posteriores que julgaram admissíveis a acusação.
Deverá conter fato ou circunstância alegada pelo réu em sua defesa durante o interrogatório, sob pena de nulidade, ainda que não tenha sido apresentada pelo seu defensor durante os debates.
Privilegia-se o duplo aspecto de ampla defesa: a autodefesa e a defesa técnica.
Não podem ser apresentados na forma de perguntas negativas, exceto se versarem sobre a responsabilidade penal.
A ordem dos quesitos obedecerá à regra determinada no artigo 483: 
I – “a materialidade do fato;
II- a autoria ou participação;
III – se o acusado deve ser absolvido;
IV – se existe causa de diminuição de pena pela defesa;
V – se existe circunstâncias qualificadoras ou causas de aumento de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissíveis a acusação“.
A Votação será em sala secreta, por meio de cédulas, contendo em uma a palavra sim e em outra a palavra não. 
Os jurados responderão a cada quesito depositando na urna a cédula com o seu voto.
“A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado” (art. 483 § 1.º).
“Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação”:
O jurado absolve o acusado?
Se decidida pela manutenção da acusação, deverá o juiz presidente formular quesito acerca da presença de causas de diminuição de pena alegada pela defesa e posteriormente sobre a presença de circunstâncias qualificadoras ou causa de aumento de pena reconhecida na pronúncia.
Qualquer quesito que possa ser desfavorável ao réu deve ser indagado somente após aqueles que o favoreçam. Quando ocorre a inversão é nulo o julgamento, pois o quesito favorável pode ser declarado prejudicado face da resposta positiva ao mais gravoso,(Súmula 162 do STF).
 Havendo mais de um réu, será formulada tanta série de quesitos quantos forem eles. Se há diversos pontos de acusação, serão formuladas séries distintas. Esse procedimento objetiva julgamentos soberanos e independentes dos acusados.
 “Se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em contradição com outra ou outras já proferidas, o juiz, explicando aos jurados em que consiste a contradição, submeterá novamente à votação os quesitos a que se referirem tais respostas”(artigo 490 do CPP).
Ausente a contradição é inadmissível a repetição de votação dos quesitos 
Quesitação de crimes conexos
Primeiro pergunta-se sobre o crime doloso contra a vida para depois perguntar sobre o conexo, mesmo que este tenha ocorrido, cronologicamente, primeiro.
Devem ser confecciconados quesitos que tratem de condutas concretas.
Para facilitar a compreensão dos jurados quanto aos elementos do crime ou às suas circunstâncias, deve-se decompô-lo, se necessário, em dois ou mais quesitos, pois as perguntas devem ser breves, de fácil compreensão, fáticas e com uma ligação lógica entre elas.
Sentença 
Terminada a votação e assinada o respectivo termo, passa-se à sentença que será fundamentada, salvo quanto as conclusões que resultarem respostas aos quesitos. 
A sentença nos moldes da Lei 11.689/08 será proferida com base no que disciplina o Código Penal, sistema trifásico.
Na estrutura do Código de Processo Penal a prolação da sentença pelo juiz togado, é obrigatoriamente, logo em seguida ao veredicto obtido junto ao Conselho de Sentença ao final da sessão de julgamento 
Poderão os jurados desclassificar o crime:
Havendo desclassificação, dispõe a nova Lei que, caberá ao juiz presidente proferir sentença e que sendo o caso de desclassificação para uma infração penal de menor potencial ofensivo, competência do Juizado Especial Criminal (Lei 9099/95) deve o juiz possibilitar a composição civil dos danos, e, ou a transação penal ex vi do § 1.º artigo 492 do CPP. 
Ocorrendo desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri.
A sentença será subjetivamente complexa, porque promana de dois órgãos distintos (do juiz togado e do Conselho de Sentença). Será lida em juízo e poderá ser:
a) – absolutória própria;
b) – absolutória imprópria (impõe-se medida de segurança);
c) – condenatória.
 “É possível a imposição de medida de segurança pelo juiz presidente ao réu, embora inexistente quesito sobre sua periculosidade” RT 563/316 e RT 576/366.
Se houver absolvição pelo Conselho de Sentença o crime conexo será por ele julgado.
Recurso em Sentido Estrito 
Cabimento: é cabível contra algumas decisões interlocutórias e, excepcionalmente, contra algumas decisões de mérito previstas taxativamente no art. 581 do CPP. 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
IV - que pronunciar o réu;
VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX – que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
XV - que denegar a apelação ou a julgá-la deserta;
Não se admite a interposição de razões em segundo grau), seguindo-se as contrarrazões do recorrido, em igual prazo)
Deve ser interposto perante o próprio juiz que proferiu a decisão recorrida. 
Subirá nos próprios autos ( art. 583, CPP) ou forma-se um instrumento, ou seja, autuação em apartado, que será enviado à instância superior). 
a) Prazo de interposição: 5 dias (no caso previsto no inciso XIV do art. 581, o prazo para interposição do RESE será de 20 dias).
b) Prazo para oferecimento das razões: 2 dias.
Efeitos: Devolutivo; Regressivo, diferido ou iterativo; Suspensivo;(art. 584 do CPP).
O § 2.° do art. 584, diz que o RESE da pronúncia suspende tão somente o julgamento, o que não coaduna com o determinado no art. 583 que determina a subida do recurso nos próprios autos. 
Apelação (art. 593,CPP)
Conceito – “É o meio de impugnação das decisões proferidas em primeira instância, desde que a decisão se enquadre em uma das hipóteses do art. 593 do CPP, 
Trata-se de recurso amplo, pois na apelação pode ser veiculada toda e qualquer matéria ( de fato e de direito) atinente ao feito, postulando-se a reforma parcial ou total ou a cassação (anulação) da decisão”. 
A Apelação pode ser:
a) - Plena ( ampla ou integral) – quando o apelante impugnar toda a matéria objeto de decisão, passando o tribunal a ter cognição ampla da matéria impugnada, observando as restrições do Tribunal do Júri.
b – Limitada (parcial ou restritiva) – quando a impugnação abrange apenas parte da decisão provocada pela parte sucumbente, delimitando a matéria a ser examinada pelo juízo ad quem.
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) - ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) - for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
Nesse caso a apelação, dirige-se contra ato jurisdicional do juiz, portanto reforma-se a sentença e não os veredictos.
c) - houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
Neste caso se o Tribunal der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.
d) - for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
Obs. - quando há duas versões e os jurados optam por uma, não cabe apelação.
Neste caso se o Tribunal der provimento, determinará que seja realizado novo julgamento, não se admite, pelo mesmo motivo, uma segunda apelação.
Cuida-se de verdadeiro error in judicando, golpeando o mérito da causa, diferentemente das hipóteses anteriormente abordadas.
Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
Súmula 713 do STF – “O efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição”.
Obs. - é defeso ao tribunal deixar de apreciar os pontos indicados, dado o caráter restritivo do recurso”.
Prazo: o prazo da apelação é bipartido, estando assim dividido:
Prazo de Interposição: 5 dias (art. 593);
Prazo para oferecimento das razões: 8 dias.
O prazo para a interposição do recurso de apelação é contado a partir do efetivo cumprimento do mandado de intimação.
Na apelação as razões de recurso poderão ser oferecidas no juízo ad quem, desde que declare na petição de interposição em no termo.
Quando a ação penal for privada, a ausência das razões recursais promove a perempção.
O prazo para a vítima ( no caso de apelação supletiva ou subsidiária) é de 15 dias e começa a fluir a partir da data em que terminar o prazo do MP
Contrarrazões de Recurso:
prazo de 8 (oito) dias nos processos em geral;
3 (três) dias para o assistente de acusação a contar depois do prazo do MP e 3 (três) dias para o MP no caso de ação penal privada subsidiária da pública.
Súmula 708 do STF – “É nulo o julgamento de apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor o réu não foi previamente intimado para constituir outro”.
Efeitos: a apelação possui efeito devolutivo e, em alguns casos, suspensivo:
Nos termos da Súmula nº 431 do STF: “É nulo o julgamento de recurso criminal na segunda instância sem prévia intimação ou publicação da pauta, salvo em habeas corpus.
Apelação negada cabe RESE, se este for negado cabe carta testemunhável.
Apelação recebida e depois negada seguimento e a sua expedição, cabe carta testemunhável (art. 639, II do CPP).
Embargos Declaratórios (art. 619,CPP)
Cabimento: são cabíveis contra sentenças, acórdãos ou decisões interlocutórias que possuam um dos seguintes vícios: Omissão; Contradição; Obscuridade; Ambiguidade;
Prazo: Nos processo penal, os embargos de declaração deverão ser interpostos no prazo de 2 (dois) dias. 
A interposição dos embargos promovem a interrupção do prazo para interposição de outro recurso.

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