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DIREITO PENAL IV

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DIREITO PENAL IV
SEMANA 1(Caso concreto) Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo -se da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada.
RESPOSTA: Sim, conforme no artigo 327 CP ele se considerado funcionário público por estar exercendo o cargo. 
b)Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente. 
RESPOSTA: Ronaldo tendo consciência e vontade, a conduta dele é subjetiva com dolo direto, respondendo o artigo 327 CP na forma consumada. 
(Questão objetiva) Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. 
RESPOSTA: a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, determinável. 
SEMANA 2 (Caso Concreto) Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
RESPOSTA: O crime de resistência configura- se quando alguém se opõe à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio (art. 329, CP). 
O crime de desobediência ocorre quando a pessoa desobedece uma ordem legal de funcionário público. Vale enfatizar a expressão “ordem legal”. Assim, para que a ordem seja considerada “legal”, é necessário que a lei determine a ordem ( art. 331, CP) .
O crime de desacato ocorre, apenas, quando o funcionário público é ofendido “no exercício da função ou em razão dela” ( art. 331, CP).
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
RESPOSTA: Flaviano Bom de Tinta, incorreu no crime de resistência, descrito no artigo 329, CP, que no caso concreto se configurou pelo ato de violência, quando o citado proferiu chutes na canela do guarda para empreender sua fuga, não sendo assim alcançado.
(Questão Objetiva) Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos contra a Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta: 
I - Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica- se por retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. 
II - O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em Mandado de Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação. 
III - Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem indevida, é necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular. 
IV - Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência criminosa. 
V - No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do funcionário, não incorre em corrupção ativa. 
RESPOSTA: Objetiva: letra B / b) Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras.
SEMANA 3(Caso concreto) ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo -crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do delito. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
RESPOSTA: A capitulação correta é crime dafavorecimento real, conforme previsão do artigo 349 do CP, pois Lauro se encarregou somente de dar guarda ao proveito do roubo do veículo cometido por Arnaldo. Não se falaem participação, nem em coautoria de Lauro no crime de roubo, já ele não agiu, não auxiliou o referido delito e nem sequer sabia previamente do mesmo. 
Ao analisarmos o caso observamos que Arnaldo praticou o crime de roubo sem a participação ou coautoria de Lauro, ou seja, não havia liame subjetivo entre essa dupla em face do delito principal. Arnaldo ajustou com Lauro guarnecer o veiculo roubado, visando as segurar o produto subtraído Lauro sabia que estava guardando u m bem para favorecer a um criminoso ou adolescente infrator, tanto faz. A questão e que seu dolo foi nesse sentido de favorecimento real. Não e trata de aplicar analogia in Malan partem porque simplesmente o delito ficaria sem púnica. O atual entendimento da doutrina e que o adolescente infrator análogo a ele. A tipificação esta incorreta colocando os dois na mesma pratica de lituosa e não a como divergir que a vantagem (material, moral e etc.) alcança o fato principal. 
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO?
RESPOSTA: A menoridade de Arnaldo apenas o t orna inimputável e, assim, fica isento de pena, mas sujeito à medida socioeducativa conforme previsto no ECA. Portanto, essa inimputabilidade do agente que cometeu o crime anterior, Arnaldo, é irrelevante para a tipificação da conduta de Lauro, já que o crime anterior existiu. Arnaldo incorreu no crime de favorecimento real, à luz do artigo 349 do CP. 
E negativa, pois não houve liame subjetivo entre agentes antes do crime. E sendo Arnaldo inimputável, respondera por ato infracional.
(Questão objetiva)Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de vingar -se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, f az uma denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando -se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de
RESPOSTA: c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte. 
SEMANA 4(Caso concreto) A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu por volta das 20h de segunda-feira(14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa velocidade na avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o tênis. Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de 20 anos e cerca de um 1,80m de altura. 
Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, responda às questões formuladas:
a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada.
RESPOSTA: A tipificação é de LATROCINIO, e o crime se consumou ainda que a subtração tenha ficado na tentativa, pois o crime se consuma quando há morte (vide sum. 610 STF).
De acordo com o tribunal o STF prevê que a sumula 610 STF se consuma o crime mesmo não havendo subtração da coisa.
b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada.
RESPOSTA: O prazo 2/5 primário e 3/5 se for reincidente. (Leis de crimes Hediondos, Art. 1, §2º, 8072/90).
De acordo com a lei 8.072/90 do artigo 2 §2 o Motoqueirosendo Reincidente ele poderá progredir de regime quando cumprir 3/5 da pena condenado. Reincidente por crime hediondo ou equiparado praticado a partir de 29/03/2007.
(Questão objetiva)A respeito do que dispõe a Constituição Federal de 1988 e a Lei n.º 8.072/1990, assinale a opção correta.
RESPOSTA: a) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não comete crime hediondo. 
SEMANA 5(Caso concreto)ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus -tratos, previsto no art. 136,§1º, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta.
RESPOSTA: A situação narrada versa sobre a distinção entre os delitos de tortura, equiparados o delito hediondo e o delito de maus tratos p revistos no art. 136/CP. Desta forma podemos observar claramente a finalidade do réu em fazer a vitima experimentar sofrimento físico e emocional, o que se exige para o caracterização do delito de tortura previsto no art.1, inciso 2 da lei 9455/97. Para Guilhermenucci o dolo específico do agente neste delito e de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, acrescentando que não se trata de submeter alguém a uma situação de maus tratos.
A capitulação referente a conduta de Romoaldo, não está correta, porque o crime de maus-tratos caracteriza-se pelo excesso na disciplina aplicada por seus responsáveis. Neste caso, o padrasto causou intenso sofrimento a vítima, caracterizando o crime de tortura, Lei nº 9.455/97.
(Questão Objetiva) Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em comunhão de esforços e desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso sofrimento físico a Nicanor. Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorrido, mesmo possuindo atribuição investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. Nesse contexto é correto afirmar que:
RESPOSTA: a) todos praticaram crimes da Lei nº 9.455, contudo a conduta do delegado não é equiparada a crime hediondo. 
SEMANA 6 (Caso concreto) LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele estava foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. Dos fatos restou denunciado e condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput, da Lei n.11343/2006. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: (i) atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância; (ii) desclassificação para o delito de porte de drogas para uso.
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de aplicação das teses defensivas.
Responda de forma objetiva e fundamentada.
RESPOSTA: O entendimento que prevalece é pela não aplicabilidade do princípio da insignificância haja vista que é um crime de perigo abstrato e que tem como bem jurídico tutelado a saúde pública. 
O delito de porte de substancia entorpecente para uso pessoal e formal e de perigo abstrato. A pequena qualidade de droga encontrada como o acusado, ainda acompanhada de dinheiro, mas sem os petrechos que viabilizam traficância comercial (sacoles, balança de precisão entre outros) poderá descaracterizar o delito de trafico para o de uso, não sendo pertinente o argumento da criminalidade, pois ao adquirir a droga para seu consumo põe em risco a saúde públicaalém de realimentar o comercio clandestino do tráfico. O consumo de drogas ilícitas e proibido não apenas pelo mal que a substancia faz ao usuário, mas também pelo perigo de este consumidor gera para a sociedade. A utilização de drogas no estágio atual do Brasil constituem situação de perigo e dano a sociedade e a incolumidade pública, seja p ela propagação do vicio, seja pela indução a pratica de outros delitos daí a inaplicabilidade de principio da insignificância. Portanto a conduta ultrapassa a esfera pessoal do acusado e atinge toda a coletividade, em face da própria potencialidade ofensiva em delito de porte de drogas.
(Questão Objetiva) Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela
RESPOSTA: d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
SEMANA 7 (Caso concreto) Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo,que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA).
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas.
RESPOSTA: Sofreu coação moral irresistível, o que exclui a sua culpabilidade no elemento inexigibilidade de conduta diversa, devendo ele ser absolvido com base no artigo 386 Inc. VI do CPP. Subsidiariamente poderá suscitar a sua primariedade, seus bons antecedentes, que não se dedica a atividades criminosas e que não integra qualquer organização criminosa para ter sua pena reduzida com base no §4º do art. 33 da lei 11343/06.
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos?
RESPOSTA: O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta equiparada a hediondo, sendo inclusive cancelada a Súmula 512 do STJ.
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade?
RESPOSTA: É possível a conversão da PPL em PRD segundo o STF no crime de tráfico, desde que preenchidos os requisitos do art. 44 do CP, porque o STF declarou a inconstitucionalidade da vedação da conversão da PPL em PRD prevista no art. 44 da lei 13343/06, que teve a sua execução suspensa pela resolução n. 5 do Senado publicado 15-02 -2012.
(Questão Objetiva)Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s):
RESPOSTA: c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006.
SEMANA 8 (Caso concreto) A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa preso com drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, estabeleceu o cumprimento da sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado negou ainda o direito de recorrer em liberd ade. “A gravidade dos crimes imputados ao réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à saúde pública, justificam a segregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos atentados à ordem pública e a aplicação da lei penal, em caso de confirmação desta condenação”, destacou o juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi preso em flagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Policiais militares notaram uma movimentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, munição e uma balança digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por receber, guardar e distribuir no Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da Paraíba. Habeas corpus negado: A Justiça do Ceará também negou habeas corpus para Marcos Aurélio de Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico. Ele é apontado pela polícia com integrante de uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em outros estados brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio localizado no parque Tijuca, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. No momento da operação, ele estava em uma moto à frente da residência. A prisão foi realizada por policiais civis que estavam investigando, há vários meses, a existência e atuação da organização criminosa no Ceará. Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
a) Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e associação criminosa para fins de tráfico de drogas.
RESPOSTA: Organização criminosa é preciso aomenos 4 integrantes, associação criminosa seria como um crime subsidiário e é requisitado ao menos 3 pessoas e só para cometer CRIMES, já a associação para o tráfico de drogas é um crime especial e o requisito são 2 ou mais pessoas, aplica-se o princípio da especialidade.
b) Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque.
RESPOSTA: Aplica-se a lei de drogas pelo princípio da especialidade, ainda que haja uma estrutura organizada, com 4 ou mais pessoas, irá se aplicar o Art. 35 da lei de drogas.
(Questão Objetiva)O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma conhecimento da existência de organização criminosa que atua na área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual instaura inquérito policial para apurar a prática de delitos considerados de grande gravidade. No curso das investigações, determinado indiciado procura o Ministério Público, acompanhado de seu advogado, manifestando interesse em realizar um acordo de colaboração premiada, de modo a auxiliar na identificação dos demais coautores. Para tanto, solicita esclarecimentos sobre os requisitos, pressupostos e consequências dessa colaboração. No caso, o Promotor de Justiça deverá esclarecer, de acordo com as previsões da Lei nº 12.850/13, que:
RESPOSTA: e) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o colaborar renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.
SEMANA 9 (Caso concreto)Mediante denúncia anônima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos. Indagado por policiais, informou que tinha conhecimento das regras estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, mas que não tinha a intenção de utilizá-las, mas, de tornar-se um colecionador de armas, pois acreditava ser estaconduta permitida por lei.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, responda de forma objetiva e fundamentada às questões:
a) Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO?
REPOSTA: Duas correntes divergem sobre o tema, uma entende que o registro vencido não configura crime do estatuto do desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma, configurando assim apenas uma irregularidade administrativa.
Já a segunda corrente entende que o caracterizaria o crime de posse ilegal de arma de munição permitida, do estatuto,uma vez que que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo que autorizado a adquirir a arma, somente poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e deve ser renovado por meio de comprovação periódica.
b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas?
RESPOSTA:A tese defensiva seria a de mera infração administrativa, não respondendo assim por crime.
(Questão Objetiva) Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, assinale a resposta correta.
RESPOSTA: c) Comete o crime do art. 14 do Estatuto o praticante de tiro esportivo que transporta arma de fogo municiada, quando a guia de tráfego autoriza apenas o transporte de arma desmuniciada.
SEMANA 10 (Caso concreto)No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada na Estrada Velha de Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e consciente, conduziu o veículo automotor caminhão VW, placa KXX-0000, cor branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, conforme laudo de fl. 09. Nas mesmas condições de tempo e lugar, o denunciado praticou lesão corporal na direção de veículo automotor, obrando com imperícia e causando lesões em FERDINANDO, descritas no Boletim de Atendimento Médico e no Auto de Exame de Corpo de Delito. Momentos após, no mesmo local, NORBERTO, também de forma livre e consciente, desacatou funcionários públicos no exercício das suas funções. Na ocasião dos fatos, a vítima FERDINANDO estava trafegando na mesma Estrada quando, ao reduzir a velocidade para passar por quebra-molas, sentiu um forte impacto na traseira do seu veículo, qual seja, um FIAT UNO, cor vermelha, placa KYY- 1111, sendo arrastado por cerca de 200m, vindo a parar na outra pista, quase colidindo com uma motocicleta que trafegava no sentido contrário. A colisão, que gerou lesões corporais na vítima, foi provocada pelo denunciado, que dirigia embriagado e de maneira imprudente. Pouco depois, os policiais militares ora arrolados como testemunhas chegaram ao local dos fatos, momento em que foram desacatados pelo denunciado que os chamou de "viados", "policiais de merda", "ladrões", incitando-os a "cair na porrada". Em sede policial, o denunciado assumiu a prática do fato delituoso afirmando, para tanto, que, no dia dos fatos, estava embriagado e, conduzindo um caminhão, colidiu na traseira de um veículo e que não lembrava de ter ofendido os policiais."
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Teoria Geral do Delito e nos de litos previstos na Lei.9503/1997, indaga-se: qual a correta tipificação da conduta de NORBERTO? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
RESPOSTA:Existem duas correntes que disputam este tema: O agente responderá tanto pelo artigo 306 (em briaguez ao volante ) qu anto pelo artigo 303 d o CTB, em concurso material. 2ª Corrente (Guilherme Nucci) en tende que toda vez que tiver no mesmo contexto de fático o crime de perigo e o crime de d ano, o segundo crime absorverá o primeiro, aplicando -se o princípio da consunção. Quanto ao crime de desacato a doutrina entende q ue o fato dele estar embriagado ou mesmo com comportamento alterado não exclui o dolo para a pratica deste crime contra a administração da justiça.
(Questão Objetiva)Ao manobrar veículo automotor no interior de uma garagem particular, Felisberto, descuidadamente, atropela a amiga Marinalva, que orientava a manobra, a qual sofre lesões corporais de natureza leve. Durante a investigação do fato, descobre-se que Felisberto não possuía permissão ou habilitação para dirigir veículos automotores. Contudo, logo depois, a vítima comparece à Delegacia de Polícia e se retrata da representação anteriormente oferecida. Passados seis meses, é correto afirmar que Felisberto:
RESPOSTA: b) não poderá ser criminalmente responsabilizado. 
SEMANA 11 (Caso concreto)Foi instaurado inquérito policial pela Delegacia de Polícia Fazendária SR/DPF/RJ, em face de FERNANDO ALBERTO CHIQUE, com o fim de investigar suposto delito de sonegação fiscal, relativo à declaração do IRPF, entre os anos 2002 a 2005. Sendo certo que ainda tramitava procedimento administrativo-fiscal quando da instauração do inquérito policial, FERNANDO ALBERTO CHIQUE impetrou Habeas Corpus com vistas ao trancamento da ação penal. Ante o exposto, com base nosestudos realizados sobre os crimes contra a ordem econômica, indaga-se:
a) Identifique, sob o aspecto jurídico-penal, as condutas de sonegação fiscal na Legislação Penal Especial?
RESPOSTA: O contribuinte está sob a egid do crime contra a ordem tributária, descrito no art. 1° e seus incisos.
b) Qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de trancamento da ação penal?
RESPOSTA: Ausência de justa causa.
(Questão Objetiva) Relativamente aos crimes contra a Ordem Tributária, a pena de multa será fixada
RESPOSTA:
a) entre dez e trezentos e sessenta dias -multa, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
SEMANA 12 (Caso concreto)CELSO, conhecido como Professor Celso, foi denunciado por ter estabelecido e explorado atividade irregular de Educação Infantil e Ensino Fundamental, bem como por ter promovido publicidade e celebrado contratos, omitindo de seus contratantes que a referida instituição não estava credenciada e autorizada perante a Secretaria de Estado de Educação do Estado para funcionar. Tal denúncia teve por objeto a notícia crime apresentada por NAYARA, mãe de alunos da referida escola, sob a alegação de que a escola contratada não estava apta a oferecer os serviços relativos à educação fundamental e no momento que optou por rescindir o referido contrato descobriu a inexistência da referida autorização, tendo sido necessário o ajuizamento de Ação de Reparação de Danos perante o Primeiro Juizado Especial Cível da Comarca da Capital. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra as relações de consumo, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a correta capitulação da conduta de CELSO? 
RESPOSTA: Nesse caso o fornecedor de serviços ofertou propaganda publicitária enganosa, conforme menciona o art. 66 d a lei 8.078/ 90.
(Questão Objetiva) Ana contratou Cláudio, prestador de serviços, para consertar seu aparelho de televisão. Sem autorização de Ana e sem motivo justo, Cláudio utilizou, dolosamente, peças de reposição usadas na reparação do aparelho. Nessa situação hipotética, a conduta de Cláudio é considerada
RESPOSTA: a) crime previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC). 
SEMANA 13(Caso concreto) Operação investiga empresa suspeita de lavagem de dinheiro em Jundiaí Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta sexta-feira (25). Operação está relacionada com as atividades da empresa RDA. A Polícia Civil de Jundiaí (SP), por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), cumpre 12 mandados busca e apreensão nesta sexta-feira (25), em uma mega operação que visa levantar informações e documentos de um esquema de captação e lavagem de dinheiro. A operação está relacionada com as atividades da empresa RDA de Jundiaí, que é investigada por fazer a captação de recursos de várias pessoas e pagar uma taxa de juros muito superior ao que é determinada pelo mercado. Desde 2014 os clientes desta empresa tentam recuperar o dinheiro que investiram, sem sucesso. Durante a manhã, foram apreendidos diversos computadores, 10 laptops, muitos contratos, extratos bancários, documentos de veículos e até uma máquina para contar dinheiro. “O objetivo da operação é conseguir levantar ou pelo menos mensurar a quantidade de vítimas, o prejuízo que elas sofreram. Além disso, é feito também o levantamento de provas para saber o que era feito com esse dinheiro, se ficava no Brasil ou se era aplicado”, explica o delegado da DIG de Jundiaí, Carlos Eduardo Barbosa. Ainda segundo a polícia, a empresa fazia contratos de gaveta para a prestação do serviço financeiro e a estimativa é que pelo menos 10mil pessoas tenham caído no golpe. “A gente sabe que existem várias empresas dos mesmos donos e já temos uma movimentação financeira apurada pelo setor em São Paulo onde foi descoberto que era tirado o dinheiro de algumas empresas e colocadas em outras, o que não é permitido. Estamos apurando para saber se tem mais locais que temos que levantar.” Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais estranharam que os suspeitos, mesmo não tendo uma fonte de renda, ostentavam moradias e carros de alto padrão. “Das 12 residências que visitamos, algumas eram de alto padrão, condomínios de luxo. Alguns veículos caros e é isso que estranhamos, já que as pessoas que constam como suspeitas não teriam condições de manter um padrão tão elevado", acrescenta o delegado da DIG. A Polícia Civil já ouviu os envolvidos, inclusive o dono da empresa, e encaminhou os inquéritos à Polícia Federal. Se condenados, os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Nenhum representante da empresa foi encontrado para comentar a operação da DIG. A partir da situação narrada, identifique de forma objetiva e fundamentada a tipificação do Delito de Lavagem de Capitais, sua finalidade, fases e técnicas. 
RESPOSTA: Se condenados, os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
	
(Questão Objetiva) Sobre o delito de lavagem de capitais, assinale a opção correta: 
RESPOSTA: e) A fase de layering, ou dissimulação, na lavagem de dinheiro, é aquela em que se busca dar aos recursos financeiros a aparência de legítimos, à qual se sucede a fase de integração (integration).
SEMANA 14(Caso concreto) JOSIVALDO, no dia 30 de janeiro de 2014, por volta de 12h30, com livre vontade e consciência, submeteu a filha adolescente E. A, de 14 anos à época dos fatos, com emprego de violência, a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal, prevalecendo-se de relações domésticas e familiares. Em tese defensiva alegou não ter causado intenso sofrimento físico e mental, mas apenas ter batido na vítima com cinto sob o argumento de que a filha só queria ficar na rua, à noite e com más companhias, bem como relatou que a filha lhe disse que estava fumando NARGUILÉ, razão pela qual teria perdido o controle e batido nela, tendo a filha revidado o arranhando no rosto e braços. Dos fatos, JOSIVALDO restou denunciado pela conduta de tortura artigo 1º, inciso II c/c §4º, inciso II, da Lei 9.455/97, tendo a defesa suscitado a desclassificação para o delito de lesões corporais. Ante o exposto, com base nos estudos realizados, indaga-se:
a) Caso a tese defensiva seja aceita, qual a correta tipificação da conduta de JOSIVALDO? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
RESPOSTA: É considerado crime de tortura submeter alguém, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Lei n 9.945 de 1997, Legislação Penal Especial.
b) Diferencie Violência Discriminatória de Gênero e Violência Doméstica. 
RESPOSTA: A violência de gênero (que pode ser física ou simbólica), relaciona-se com padrões de crença sobre lugares e papéis sociais de correntes do gênero e não é exclusiva de mulheres e a Violência doméstica é todo tipo de violência que é praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar em comum. 
(Questão objetiva) Adamastor, em ação baseada no gênero, praticou vias de fato contra sua sogra Carmelita, com quem coabitava, razão pela qual foram deferidas pelo juízo competente medidas protetivas que obrigaram o agressor a afastar-se do lar e a manter certa distância em relação à ofendida. Adamastor, no entanto, manifestou sua irresignação judicialmente, pleiteando a revogação das medidas com esteio nos seguintes argumentos: (I) a Lei n° 11.340 não se aplicaria às relações de parentesco por afinidade; (II) igualmente, o diploma não teria incidência sobre as contravenções penais, por força de seu art. 41; e (III) a Lei n° 11.340 seria inconstitucional, por criar situação de desigualdade entre os gêneros masculino e feminino. Assim, com esteio na jurisprudência dominante nos tribunais superiores, a irresignação de Adamastor: 
RESPOSTA: a) não merece prosperar. 
SEMANA 15(Caso concreto) Condenado por um dos maiores crimes ambientais no PA é preso em SP (disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1732645-condenado-por-um-dos-maiorescrimes-ambientais-no-pa-e-preso-em-sp.shtml; atualizado em 22/01/2016) O dono da empresa CBB (Companhia Brasileira de Bauxita), condenado por uma das maiores contaminações ambientais do Pará, foi preso em São Paulo na última quarta-feira (20), informou o Ministério Público do Estado. Pedro Antônio Pereira da Silva estava foragido desde novembro de 2014, quando foi decretada sua prisão preventiva. Responsável pela disposição inadequada de mais de 30 mil toneladas de resíduos tóxicos em Ulianópolis (a 390 km de Belém), Silva foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão e multa por crime ambiental e estelionato. Ele foi localizado por uma equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo no último dia 16, em um condomínio em Vinhedo, no interior paulista, e preso pela Polícia Militar. A Uspam (Usina de Passivos Ambientais), divisão da CBB, recebeu os rejeitos industriais de várias multinacionais entre 1999 e 2002 –entre elas, Pepsi, Vale, Petrobras, Shell, Brastemp, Philips e Yamaha. A Uspam deveria tratar e dar um destino final adequado aos resíduos tóxicos, que continham cloro, chumbo e pesticidas. Em dezembro, o MPE ajuizou denúncias contra 17 empresas que encaminharam seus rejeitos para a CBB, por entender que houve coautoria do crime ambiental praticado por Pedro Silva. Em nota, o Ministério Público do Pará afirma que o crime ambiental foi "um dos mais danosos já praticados contra a natureza do Estado do Pará, com repercussões gravíssimas para a flora, a fauna, os recursos hídricos e a saúde da população do Município de Ulianópolis". O órgão acrescenta que as substâncias, "em sua maioria de alta periculosidade", apresentam "elevado risco à saúde e à vida" daqueles que as manusearem ou ingerirem. Em 2003, a Justiça do Pará encerrou as atividades da Uspam, após perícias do governo do Estado apontarem contaminação do solo, com riscos à saúde humana e ao ambiente. O vazamento das substâncias era provocado por tambores danificados e chegava a atingir um rio nas proximidades da região. "Na tramitação do processo criminal, ficaram evidenciados o desrespeito e o desinteresse de Pedro Antônio Pereira da Silva pela sociedade e pela justiça paraense, dentre outros fatos, pela sua inércia processual" e "pela utilização de várias artimanhas para atrasar a marcha do processo", ressaltaram os promotores de Justiça que atuaram no caso. Após a publicação da sentença, segundo a Promotoria, o réu "continuou se escondendo para evitar a aplicação da lei penal, utilizando diversos subterfúgios, como não declarar imposto de renda, o que ensejou a suspensão do seu CPF". Ante o exposto, com base nos estudos realizados, responda de forma objetiva e fundamentada: 
a) Qual a objetividade jurídica dos delitos ambientais? 
RESPOSTA: De acordo com o que reza o art. 225 da nossa Constituição, “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo -se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. 
 O legislador da Lei n° 9.605/98, quando protegeu, através da criação de condutas típicas que configuram crime ambiental, a flora, objetivou efetivar, de forma mediata, a tutela ao direito fundamental exposto na Constituição Federal de 1988, qual seja, o direito ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado .
b) Qual a correta capitulação da conduta do dono da empresa CBB face aos ditames da Lei n.9065/1998? 
RESPOSTA: A correta capitulação de Pedro, dono da empresa C BB, esta prevista nos Art. 56,§ 1º, II, da Lei 9605/98, a saber: 
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, ex portar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: 
I - .................... 
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. 
c) A empresa CBB poderá ser responsabilizada criminalmente pelo delito ambiental? 
RESPOSTA: Sim, com base no Art.54 da Lei nº 9065/98 . “Causa poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou destruição significativa da daflora:Pena - reclusão de 1 a 4anos, e multa.” 
(Questão Objetiva) Sobre o tema Criminalidade Ambiental, assinale a opção correta: 
RESPOSTA: a) As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas são: multa, restritivas de direitos, contudo não se aplica a pena de prestação de serviços à comunidade.
SEMANA 16
1) Antônio, réu primário, sofreu condenação já transitada em julgado pela prática do crime previsto no art. 273 do CP, consistente na falsificação de produto destinado a fins terapêuticos, praticado em janeiro de 2009. Em face dessa situação hipotética e com base na legislação e na jurisprudência aplicáveis ao caso, assinale a opção correta: (Exame OAB/ Cespe-UnB ? 2009.2.) 
RESPOSTA: d) Antônio cometeu crime hediondo, de forma que só poderá progredir de regime de pena privativa de liberdade após o cumprimento de dois quintos da pena, caso atendidos os demais requisitos legais.
 2) Assinale a alternativa correta. É correto afirmar que, exceto:
RESPOSTA: b) No crime de tortura admite-se tentativa e desistência voluntária. 
3) Antônio, réu primário, sofreu condenação já transitada em julgado pela prátic a do crime previsto no art. 273 do CP, consistente na falsificação de produto destinado a fins terapêuticos, praticado em janeiro de 2009. Em face dessa situação hipotética e com base na legislação e na jurisprudência aplicáveis ao caso, assinale a opção correta.: (Exame OAB/ Cespe-UnB ? 2009.2.) 
RESPOSTA: d) Antônio cometeu crime hediondo, de forma que só poderá progredir de regime de pena privativa de liberdade após o cumprimento de dois quintos da pena, caso atendidos os demais requisitos legais. 
4)Acerca dos crimes hediondos, assinale a opção correta. ( Exame OAB/CESPE-UnB 20073). 
RESPOSTA: b) É possível o relaxamento da prisão por excesso de prazo. 
5)Assinale a opção correta com base na legislação penal. (Exame OAB/CESPE ?UnB.2008.2) 
RESPOSTA: a) Pratica o crime de latrocínio o agente que subtrai uma bolsa mediante violência a pessoa, em face da qual resulta morte da vítima.
6) Considerando a Lei de Tortura. Assinale a opção incorreta: (Cespe/UnB. Exame de Ordem 2007.2). 
RESPOSTA: a) o condenado por crime de tortura, por constranger com violência alguém, causando-lhe intenso sofrimento físico, com o fim de obter confissão, inicia o cumprimento da pena em regime fechado, com posterior possibilidade de progressão de regime, se atendidos os critérios legais.
7) Em relação ao crime de tortura é possível afirmar: (Defensor Públic o DPE/SP - 2009) 
RESPOSTA: e) É praticado por quem se omite diante do dever de evit ar a ocorrência ou continuidade da ação ou de apurar a responsabilidade do torturador pelas condutas de constrangimento ou submissão levadas a efeito mediante violência ou grave ameaça. 
8) Determinado juiz foi denunciado perante o tribunal de justiça por prática do crime de abuso de autoridade. De acordo com a denúncia, o juiz invadiu a sala de aula do colégio de seu filho e ofendeu a professora por ter retirado a criança da sala de aula. No momento da invasão, afirmou que a professora não poderia retirar o filho de um juiz e, portanto, de uma autoridade da sala de aula. A professora, então, tentou explicar os procedimentos da escola, mas o juiz, proferindo palavras de baixo calão, mandou-a calar a boca, sob pena de prisão em flagrante delito. A denúncia contra o juiz foi oferecida um ano e três meses após o cometimento do delito, e a pena máxima a que ele pode ficar submetido, de acordo com a lei, é de 6 meses de detenção. Considerando a situação hipotética acima e a legislação e doutrina sobre o crime de abuso de autoridade, assinale a opção correta. . (CESPE/ TSE 2007. Analista Judiciário). 
RESPOSTA: b) O delito de abuso de autoridade cometido é crime ao qual se aplicam os institutos despenalizadores como a transação penal, razão pela qual tal benefício deve ser oferecido ao juiz antes do recebimento da denúncia. 
9) Ezequiel e Marques, em acordo prévio de vontades, planejam efetuar uma operação comercial envolvendo drogas. As condutas dos agentes são exercidas da seguinte maneira: Ezequiel é o responsável pelo transporte da ?carga? e pela venda posterior aos distribuidores; Marques sequer tem contato com a substância entorpecente, e não mantém nenhum contato com fornecedores. A conduta de Marques se resume a efetuar depósitos em dinheiro na conta-corrente de Ezequiel, para que possa incrementar a atividade criminosa. Diante dos fatos pode se afirmar que: 
RESPOSTA: d)Trata-se de exceção a teoria monista adotada pelo Código Penal. 
10) A Lei no 11.343/06 (lei de drogas) dispõe que o crime de tráfico ilícito de entorpecentes é insuscetível de anistia, graça, indulto e que ao condenado pela prática desse crime dar-se-á livramento condicional, após o cumprimento de 2/3 da pena, vedada a concessão ao reincidente específico. Ante o silêncio desta lei quanto à possibilidade de progressão de regime de cumprimento de pena para o crime de tráfico, assinale a alternativa correta: (DPE/SP ? 2009)
RESPOSTA: d) A lei de crimes hediondos permite, de forma diferenciada, a progressão de cumprimento de pena e, consequentemente, os condenados por crime de tráfico podem progredir após o cumprimento de 2/5 da pena, se primários e 3/5, se reincidente.
 11) Com relação à legislação referente ao combate às drogas, assinale a opção correta. (Exame OAB/CESPE ?UnB 20083) 
RESPOSTA: a) O agente que, para consumo pessoal, semeia plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância capaz de causar dependência psíquica pode ser submetido à medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
12) Acerca das modificações penais e processuais penais introduzidas pela Lei n. 11.343/2006 ? Lei de Tóxicos ? com relação à figura do usuário de drogas, assinale a opção correta. (Exame OAB/CESPE ?UnB.2007.3)
RESPOSTA: c) O porte de drogas tornou-se infração de menor potencial ofensivo, estando sujeito ao procedimento da Lei n.º 9.099/1995, que dispõe sobre os juizados especiais criminais. 
13) Considere que Júlio, usuário de droga, tenha oferecido pela primeira vez, durante uma festa, a seu amigo Roberto, sem intuito de lucro, pequena quantidade de maconha para consumirem juntos. Nessa situação hipotética, Júlio (EXAME OAB/CESPE-UNB 2009.3.) 
RESPOSTA: b) deverá ser submetido à pena privativa de liberdade, diversa e mais branda que a prevista abstratamente para o traficante de drogas. 
14) A Lei n. 10.826/2003 (Sistema Nacional de Armas), que revogou a Lei n. 9.437/97, mesmo prevendo o crime de porte ilícito de arma, não contemplou a hipótese prevista no artigo 10, parágrafo 3º, inciso IV, da lei revogada (que tratava do mesmo delito e estabelecia penas mais severas de 2 a 4 anos de reclusãoe multa para o réu que possuísse condenação anterior por crime contra a pessoa, contra o patrimônio e por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins). É correto afirmar, então, no caso de réu já condenado definitivamente como incurso no preceito revogado: (178º Concurso de Ingresso na Magistratura/SP) 
RESPOSTA: b) a retroatividade da nova lei, mais favorável, para desqualificar circunstância específica mais gravosa, anterior a sua vigência, com a adequação da sanção imposta, na via própria. 
15)- João da Silva faz uso de seu revólver legalmente registrado, disparando duas vezes em avenida com grande movimento de pessoas e automóveis. Neste caso, responde 
RESPOSTA: a)por crime cuja conduta é disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela. 
16) Maicon comprou uma arma de fogo de uso restrito de um policial aposentado. Maicon, objetivando suprimir o registro da arma, raspou sua numeração e entregou a seu segurança Wagner, que não possui permissão para porte de arma de fogo. Dias após, durante uma ?blitz? policial, Wagner é preso por portar a arma de fogo com o registro suprimido. Diante do exposto é correto afirmar que: 
RESPOSTA: a) Maicon responderá pelo crime de supressão de registro de arma de fogo e Wagner pelo crime de porte ilegal de arma de uso restrito com sinal suprimido. 
17) Com base na Lei Maria da Penha, assinale a opção correta: (Exame OAB/CESPE ?UnB. 2008.3) 
RESPOSTA: b) É desnecessário, para que se aplique a Lei Maria da Penha, que o agressor coabite ou tenha coabitado com a ofendida, desde que comprovado que houve a violência doméstica e familiar e que havia entre eles relação íntima de afeto. 
18) De acordo com a Lei n. 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, o juiz poderá aplicar ao agressor, de imediato, a seguinte medida protetiva de urgência: (Exame OAB/CESPE ?UnB. 2008.2) 
RESPOSTA: b) proibição de aproximar-se da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando limite mínimo de distância entre estes e o agressor. 
19) Fundação Pública Federal contrata o técnico de informática Abelardo Fonseca para que opere o sistema informatizado destinado à elaboração da folha de pagamento de seus funcionários. Abelardo, ao elaborar a referida folha de pagamento, altera as informações sobre a remuneração dos funcionários da Fundação no sistema, descontando a quantia de cinco reais de cada um deles. A seguir, insere o seu próprio nome e sua própria conta bancária no sistema, atribuindo-se a condição de funcionário da Fundação e destina à sua conta o total dos valores desviados dos demais. Terminada a elaboração da folha, Abelardo remete as informações à seção de pagamentos, a qual efetua os pagamentos de acordo com as informações lançadas no sistema por ele. Considerando tal narrativa, é correto afirmar que Abelardo praticou crime de: (OAB ? Exame de Ordem Unificado 2010.2/FGV) 
RESPOSTA: d) inserção de dados falsos em sistema de informações. 
20) Na hipótese do crime de falso testemunho, a retratação do agente (Exame OAB/CESPE-UnB. 2007.2). 
RESPOSTA: a) é causa extintiva de punibilidade, caso seja feita antes da prolação da sentença no processo em que foi prestado o falso testemunho. 
21) O agente que se vale do cargo público que ocupa para exigir da vítima vantagem indevida comete o crime de: (Exame OAB/CESPE-UnB. 2007.2).
RESPOSTA: d) concussão. 
22) A conduta de exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou para cobrá-los parcialmente, corresponde a: (136.o Exame OAB/SP) 
RESPOSTA: d) crime contra a ordem tributária. 
23) Marlindo, no elevador do prédio em que reside, na presença de duas pessoas, chama Merlindo, seu vizinho e síndico, de incompetente, pela péssima administração do prédio em que residem, sabedor de que tal afirmação é falsa. Merlindo, além de síndico, é Promotor de Justiça. Assinale a alternativa correta. (133° Exame OAB/SP Cespe- UnB, 1ª Fase) 
RESPOSTA: a) Marlindo praticou crime de difamação ao ofender a reputação de Merlindo, como síndico do prédio.
24) Segundo o Código Penal (CP), aquele que patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública,valendo-se da qualidade de funcionário público, pratica o crime de: (137º Exame de Ordem OAB/SP. CespeUnB). 
RESPOSTA: d) advocacia administrativa. 
25)Suponha que João tenha se utilizado de conduta fraudulenta para receber de Maria quantia que esta lhe devia e se negava a pagar voluntariamente. Nessa situação, (Exame OAB/CESPE-UnB. 2007.1). 
RESPOSTA: b) João cometeu crime de exercício arbitrário das próprias razões. 
26) Não pode ser considerado próprio de funcionário público o crime de: (Exame OAB/CESPE-UnB. 2007.1).
RESPOSTA: c) corrupção ativa. 
27) Júlio, empresário, deixou de recolher, no prazo legal, contribuição destinada à previdência social que ele havia descontado de pagamento efetuado a segurado.Considerando a situação hipotética descrita, assinale a opção correta: (Exame OAB/CESPE-UnB. 2008.1). 
RESPOSTA: c) O crime praticado por Júlio constitui espécie de apropriação indébita, que deve ser processado na justiça federal mediante ação penal pública incondicionada.

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