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Super Simples julho 2007 estudo completo

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Adendo especial da obra: 
 
 
Manual de Direito Tributário 
Robinson Sakiyama Barreirinhas 
 
 
 
Julho/2007 
 
 
 
 
Adendo especial da obra : Manual de Direito Tributário 
Robinson Sakiyama Barreirinhas 
 
 
 
 
Editora Método – Rua Conselheiro Ramalho, 692/694 - Tel.: (11) 3215-8350 
CEP 01325-000 Bela Vista – São Paulo / SP 
www.editorametodo.com.br 
2
 
 
SIMPLES NACIONAL 
 
ANÁLISE DA LC 123/06 
 
Robinson Sakiyama Barreirinhas 
 
 
 
 
Maio de 2007 
 
Índice 
 
1 Introdução ......................................................................................................................... 3 
2 A questão da vigência ....................................................................................................... 3 
3 Enquadramento das Micro e Pequenas Empresas............................................................. 4 
4 Registro e Baixa das Empresas ......................................................................................... 5 
5 Opção pelo Simples Nacional e Exclusão ........................................................................ 5 
6 Tributos abarcados pelo Simples Nacional....................................................................... 6 
7 Exceções relativas ao IR, ICMS e ISS.............................................................................. 7 
8 Exceções relativas à atividade e à situação da empresa.................................................... 7 
9 Cálculo e Recolhimento.................................................................................................... 9 
10 Repasse do produto da arrecadação ................................................................................ 11 
11 Obrigações acessórias ..................................................................................................... 12 
12 Fiscalização e Cobrança.................................................................................................. 12 
13 Outras disposições em favor das micro e pequenas empresas ........................................ 13 
14 Apêndice – Dispositivos da Constituição Federal e do ADCT....................................... 15 
 
 
Adendo especial da obra : Manual de Direito Tributário 
Robinson Sakiyama Barreirinhas 
 
 
 
Editora Método – Rua Conselheiro Ramalho, 692/694 - Tel.: (11) 3215-8350 
CEP 01325-000 Bela Vista – São Paulo / SP 
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3
 
1 INTRODUÇÃO 
O incentivo às micro e pequenas empresas é uma diretriz traçada pela atual Constituição Federal, 
desde sua promulgação em 1988. 
De fato, os arts. 170, IX e 179 da CF/88 já dispunham que a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios dispensariam um tratamento jurídico que simplificasse ou eliminasse suas obrigações 
administrativas, previdenciária e creditícias. 
Buscando dar efetividade a essa diretriz, veio a Emenda Constitucional 42, de 19/12/03, que alterou 
o art. 146 da Constituição Federal, prevendo, dentre outras coisas, a possibilidade de ser criado um 
regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios. 
Trata-se do Simples Nacional ou, como vem sendo apelidado, Supersimples. 
O texto constitucional dá os caracteres básicos desse regime único de arrecadação, quais sejam (art. 
146, parágrafo único da CF): 
 
- será opcional para o contribuinte; 
- poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; 
- o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes 
federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; e 
- a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro 
nacional único de contribuintes. 
 
Três anos após a EC 42/03, após intensa discussão entre os representantes das empresas, dos 
trabalhadores e os entes federados, foi publicada a Lei Complementar 123, de 14/12/03. 
Essa lei complementar regula nacionalmente o tratamento diferenciado e favorecido à micro e 
pequenas empresas, não se restringindo à questão da tributação. A rigor, a norma trata de (art. 1.º): 
 
– apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; 
– cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; e 
– acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes 
Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. 
 
Nossa proposta é analisar os dispositivos dessa lei complementar, à luz das diretrizes 
constitucionais. 
Importante ressalvarmos que muitos dos dispositivos desta lei, atinentes ao Simples Nacional, 
submetem-se à regulamentação por parte do Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e 
Empresas de Pequeno Porte (art. 77). 
Quanto à forma deste estudo, salientamos que ao referirmo-nos à LC 123/06 indicaremos apenas os 
números de seus artigos, parágrafos, incisos etc. (ex.: art. 16, § 2.º) Quando referirmo-nos a outras leis ou 
à Constituição Federal, indicaremos também o número ou denominação desses outros instrumentos 
normativos (exs.: art. 146, parágrafo único da CF, ou art. 81 da Lei 8.666/93). 
2 A QUESTÃO DA VIGÊNCIA 
Um primeiro ponto a ser apreciado é a vigência das normas veiculadas pela LC 123/06. 
Para isso, é bom reiterar que essa lei traz regras atinentes não apenas ao regime único de 
arrecadação de tributos (Simples Nacional ou Supersimples), mas também quanto a normatização 
trabalhista e previdenciária, e de acesso aos mercados e ao crédito. 
Pois bem, com exceção do regime de tributação, todo o restante entrou em vigor com a publicação 
da lei, ou seja, em 14/12/2006. 
Já o regime unificado de recolhimento tributário entra em vigor apenas em 01/07/07 (art. 88). 
Um primeiro problema surge ao se verificar que o art. 16, § 2.º prevê que as pessoas jurídicas 
optarão pelo Simples Nacional até o final do mês de janeiro, para que essa opção valha para todo o ano-
 
Adendo especial da obra : Manual de Direito Tributário 
Robinson Sakiyama Barreirinhas 
 
 
calendário. A exceção é o caso de início de atividades durante o exercício, hipótese em que a opção 
valerá com efeitos desde a data em que a empresa começou a operar (§ 3.º).
 
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1
Ocorre que, como já dito, a mesma LC 123/06, em seu art. 88, prevê que o Simples Nacional 
vigorará a partir de 01/07/07. 
A interpretação que nos parece correta é a de que, excepcionalmente no exercício de 2007, será 
possível a opção pelo Simples Nacional no mês de julho, com efeitos desde já (não a partir de 01/01/08). 
Essa foi, de fato, o entendimento esposado pelo Comitê Gestor (art. 17 da Resolução CGSN 4/07). 
Finalmente, o art. 94 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias prevê que a vigência do 
Simples Nacional fará cessar os efeitos dos regimes especiais de tributação para micro e pequenas 
empresas até então existentes nas três esferas da Federação (Simples Federal, Estaduais e Municipais 
deixam de vigorar). 
3 ENQUADRAMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 
Para fins de classificação como micro e pequenas empresas, e fazer jus aos benefícios da LC 
123/06, é necessário verificar-se a receita bruta anual do empresário ou da pessoa jurídica, conforme a 
seguinte tabela: 
 
Microempresas (art. 3.º, I) Receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) 
Empresas de Pequeno Porte (art. 3.º, II) 
Receita bruta anualsuperior a R$ 240.000,00 (duzentos e 
quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois 
milhões e quatrocentos mil reais) 
Pequeno empresário (art. 68) Empresário individual que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais) 
 
No caso de início de atividade durante o ano-calendário, será considerado, como limite, o valor 
proporcional ao número de meses de exercício da atividade, inclusive fração de mês (art. 3.º, § 2.º). 
Não podem ser enquadradas como micro ou pequenas empresas, a pessoa jurídica: 
 
– de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
– que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; 
– de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba 
tratamento jurídico diferenciado nos termos da LC 123/06, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que 
trata o inciso II do caput deste artigo; 
– cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta 
Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00; 
– cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita 
bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00; 
– constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
– que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
– que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade 
de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores 
mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência 
complementar; 
– resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha 
ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; 
– constituída sob a forma de sociedade por ações. 
 
Os parágrafos do art. 3.º trazem exceções a essas exclusões, em especial quanto à associação entre 
empresas e o limite global de receita bruta. 
Caso a empresa ultrapasse os valores máximos de enquadramento, será reclassificada (de micro 
para pequena empresa) ou excluída da sistemática a partir do exercício seguinte. Se a empresa iniciou as 
atividades neste mesmo exercício, a exclusão terá efeitos a partir dessa data (do início das atividades). 
 
1 A forma da opção é definida por ato do Comitê Gestor (art. 16). Ver Resolução CGSN 4/07. 
 
Adendo especial da obra : Manual de Direito Tributário 
Robinson Sakiyama Barreirinhas 
 
 
O Comitê Gestor apreciará a necessidade de revisão dos valores desses limites (art. 1.º, § 1.º). Não 
fica claro como eventual reajuste será realizado, se por lei (ordinária ou complementar) ou ato 
infralegal.
 
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4 REGISTRO E BAIXA DAS EMPRESAS 
A LC 123/06 prevê a unicidade no processo de registro e legalização de empresários e de pessoas 
jurídicas (art. 4.º), incluindo atendimento pela Internet (art. 5.º). 
As exigências serão simplificadas, sendo deferido pelos Municípios, de imediato, Alvará de 
Funcionamento Provisório (art. 7.º), com vistorias posteriores, exceto nos caos de atividades cujo grau de 
risco seja incompatível com este procedimento. 
 
Muito importante: os órgãos e entidades competentes (inclusive os municipais) definirão até junho de 2007 as 
atividades cujo grau de risco seja incompatível com o Alvará de Funcionamento Provisório. 
 
Os registros e alterações ocorrerão independentemente da existência de débitos tributários, 
previdenciários ou trabalhistas, sem prejuízo da responsabilidade dos sócios e administradores (art. 9.º). 
5 OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL E EXCLUSÃO 
Reiteramos mais uma vez que o fato de um empresário ou pessoa jurídica ser enquadrada como 
micro ou pequena empresa não significa que ela fará jus ao regime simplificado de arrecadação 
tributária. 
Para participar do Simples Nacional, além de ser micro ou pequena empresa, haverá de optar pela 
sistemática de arrecadação unificada e preencher outros requisitos da lei. 
Compete ao Comitê Gestor regulamentar o ato de indeferimento da opção pelo Simples, a ser 
realizado pela Administração Tributária (art. 16, § 6.º).3
Quanto aos limites relativos à receita bruta anual, os Estados e o DF poderão fixar limites menores, 
para fins de recolhimento do ICMS (exclusivamente), a depender de sua participação no PIB nacional 
(art. 19): 
 
Participação de até 1% no PIB Limite de receita bruta anual de até R$ 1.200.000,00 (um milhão e 
duzentos mil reais) 
Participação de mais de 1% e 
até 5% no PIB 
Limite de receita bruta anual de até R$ 1.80.000,00 (um milhão e 
oitocentos mil reais) 
Participação de mais de 5% no 
PIB 
Adotarão obrigatoriamente as faixas máximas 
 
Muito importante: caso determinado Estado adote os limites menores, segundo sua participação no PIB 
nacional, essa opção vincula todos os Municípios em seu território, com relação ao recolhimento do ISS (art. 20). 
 
Essa opção dos Estados e do DF por faixas menores é regulamentada pelo Comitê Gestor (art. 20, § 
4.º).4
É prevista a opção automática ao Simples Nacional pelas empresas que já aderiram ao atual 
Simples Federal, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor (art. 16, § 5.º).5
Considerando que a adesão pelo contribuinte é opcional, ele pode sair da sistemática do Simples 
Nacional também por decisão sua, hipótese em que a exclusão produzirá efeitos a partir de 1.º de janeiro 
do ano seguinte (exceto se a comunicação da opção pela exclusão à Secretaria da Receita Federal se dê 
até o final de janeiro, hipótese em que terá efeitos já neste mesmo exercício – art. 31, I). 
 
2 O § 2º, do art. 1º previa lei ordinária, mais foi vetado. 
3 Ver Resolução CGSN 4/07. 
4 Atualmente, a Resolução CGSN 9/07 lista os Estados que optaram pelos subtetos. 
5 Ver Resolução CGSN 4/07. 
 
Adendo especial da obra : Manual de Direito Tributário 
Robinson Sakiyama Barreirinhas 
 
 
A exclusão do Simples Nacional, no caso de se ultrapassarem os limites de receita bruta, é muito 
semelhante àquela prevista para o próprio enquadramento como micro e pequena empresa, com pequena 
variação (art. 31, III).
 
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Ademais, são casos de exclusão de ofício aqueles previstos pelo art. 29: 
 
– verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; 
– for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a 
que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, 
negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de 
auxílio da força pública; 
– for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal 
ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade; 
– a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; 
– tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto na LC 123/06; 
– a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei n.º 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e alterações 
posteriores (quando deixa de prestar as declarações relativas ao IR e não pode ser localizado);– comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; 
– houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive 
bancária; 
– for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de 
ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; 
– for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou 
industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos 
ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade. 
 
Com exceção da primeira hipótese (falta de comunicação de exclusão obrigatória), as demais 
impedem que o contribuinte opte pelo regime diferenciado e favorecido previsto pela LC 123/06 pelos 
próximos três exercícios. No caso de utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento 
contra a fiscalização, o impedimento será para os próximos dez exercícios (art. 29, §§ 1.º e 2.º). 
 
A exclusão de ofício, regulamentada pelo Comitê Gestor, é de competência de cada ente federado, conforme a 
fiscalização realizada (veremos mais adiante). 
Nessa hipótese de exclusão, caberá a cada Estado e Município lançar e cobrar os respectivos tributos (art. 29, 
§§ 3.º e 5.º). 
 
Finalmente, as micro e pequenas empresas que se encontrem sem movimento há mais de 3 (três) 
anos poderão dar baixa nos registros dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, 
independentemente do pagamento de débitos tributários, taxas ou multas devidas pelo atraso na entrega 
das respectivas declarações nesses períodos (art. 78). Os órgãos públicos terão prazo de 60 (sessenta) 
dias para efetivar a baixa, após o que se presumirá realizada. 
Em contrapartida a essa enorme simplificação na baixa das empresas, o § 3.º do art. 78 ressalva a 
cobrança dos débitos posteriormente apurados com a responsabilidade solidária dos titulares, sócios e 
administradores dos períodos de ocorrência dos fatos geradores e posteriores. 
6 TRIBUTOS ABARCADOS PELO SIMPLES NACIONAL 
O Simples Nacional corresponde, pela ótica do contribuinte, à possibilidade de recolher diversos 
tributos por meio de um documento único de arrecadação. 
Os tributos incluídos nessa sistemática são: 
 
– Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; 
– Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, exceto sobre importações; 
– Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL; 
– Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, exceto sobre importações; 
– Contribuição para o PIS/Pasep, exceto sobre importações; 
 
6 Como distinção relevante, no caso de início de atividade no mesmo exercício da exclusão, ela somente terá efeito no início do 
exercício seguinte, exceto se excedido em mais de 20% o limite máximo de receita bruta (art. 31, III, “b”). 
 
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– Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho 
de 1991, exceto no caso das pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos 
incisos XIII a XXVIII do § 1o e no § 2o do art. 17 da LC 123/06; 
– Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte 
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS; 
– Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS. 
 
Essa é a regra. Há exceções com relação à tributação incluída na sistemática do Simples Nacional. 
Algumas exceções referem-se a determinadas incidências do Imposto de Renda, ICMS e ISS. 
Outras exceções referem-se à atividade desenvolvida pelas empresas ou sua situação perante o 
fisco. 
Veremos a seguir ambas as espécies. 
7 EXCEÇÕES RELATIVAS AO IR, ICMS E ISS 
Embora o IR, o ICMS e o ISS estejam incluídos na sistemática do Simples Nacional, há 
determinadas incidências que foram excluídas. 
Em tais hipóteses, a retenção (quando for o caso) e o recolhimento do tributo se darão na forma 
prevista pela legislação regular de cada tributo. 
No caso do IR, estão excluídos: 
 
– Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável (a 
incidência na fonte será definitiva, na forma da lei); 
– Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente; 
– Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas. 
 
Com relação ao ICMS, não são abarcados pela sistemática da arrecadação unificada o tributo 
incidente: 
 
– nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária; 
– por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou distrital vigente; 
– na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e 
gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização; 
– por ocasião do desembaraço aduaneiro; 
– na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal; 
– na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal; 
– nas operações com mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, bem como do valor 
relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal, nos 
termos da legislação estadual ou distrital. 
 
Estão também excluídos do Simples Nacional os valores referentes ao ISS devido: 
 
– em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte; 
– na importação de serviços; 
 
O art. 13, § 3.º isenta as micro e pequenas empresas de determinadas contribuições federais, em 
especial aquelas relativas ao chamado Sistema “S” (SENAI, SENAC, SESI, SESC).7
8 EXCEÇÕES RELATIVAS À ATIVIDADE E À SITUAÇÃO DA EMPRESA 
São também excluídas da sistemática unificada de recolhimento as empresas que realizem 
determinadas atividades ou que se encontrem em determinada situação perante o fisco. 
Assim, não poderá recolher os tributos na forma do Simples Nacional a empresa: 
 
– que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, 
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), compras 
de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); 
 
7 A regra parece ser contraditória com aquela relativa aos pequenos empresários (art. 53, III). 
 
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– que tenha sócio domiciliado no exterior; 
– de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; 
– que preste serviço de comunicação; 
– que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual 
ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa (esta relevantíssima hipótese de exclusão do Simples Nacional 
é mitigada pelo art. 31, § 2.º, que dá um prazo de até trinta dias para a regularização); 
– que preste serviço de transporteintermunicipal e interestadual de passageiros; 
– que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; 
– que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; 
– que exerça atividade de importação de combustíveis; 
– que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, cigarros, armas, bem como de outros 
produtos tributados pelo IPI com alíquota ad valorem superior a 20% (vinte por cento) ou com alíquota específica; 
– que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, 
científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste 
serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; 
– que realize cessão ou locação de mão-de-obra; 
– que realize atividade de consultoria; 
– que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. 
 
Com relação à existência de débitos tributários como fator de exclusão do Simples Nacional, além 
da possibilidade de regularização em 30 dias, anotada no quadro acima, é importante ressaltar o curioso 
parcelamento de até 120 (cento e vinte) meses relativo a todos os tributos abarcados pelo regime único, 
relativos a fatos geradores até 31/12/06 (art. 79). Dizemos curioso, pois se trata de norma federal 
dispondo de créditos tributários dos Estados e Municípios, o que pode gerar muitas dúvidas e 
questionamentos. 
O Comitê Gestor, buscando minorar as discussões quanto ao alcance desse parcelamento, 
restringiu-o, admitindo requerimentos apenas durante o mês de julho/2007 (art. 21, I da Resolução 
CGSN 4/07). 
Evidentemente, muitas das exclusões acima são frutos de pressão dos Estados e Municípios, 
preocupados com a queda de arrecadação que poderia advir da adesão maciça ao Simples Nacional de 
determinadas categorias econômicas. 
Em contrapartida, diversos setores mobilizaram-se durante a tramitação do projeto de lei que 
resultaria da LC 123/06, de maneira que, curiosamente, temos uma lista de exceções às exceções. 
Ou seja, embora os incisos do “caput” do art. 17 listem uma série de situações que impedem o 
recolhimento unificado na forma do Simples Nacional (conforme a tabela acima), o § 1.º desse mesmo 
artigo lista atividades que poderão ser incluídas na sistemática. 
Assim, as vedações previstas nos incisos do art. 17 (tabela anterior) não se aplicam às pessoas 
jurídicas que se dediquem exclusivamente às atividades seguintes ou as exerçam em conjunto com outras 
atividades que não tenham sido objeto de vedação: 
 
– creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental; 
– agência terceirizada de correios; 
– agência de viagem e turismo; 
– centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga; 
– agência lotérica; 
– serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus, outros veículos pesados, tratores, máquinas e 
equipamentos agrícolas; 
– serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veículos automotores; 
– serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e bicicletas; 
– serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório e de informática; 
– serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria em residências ou estabelecimentos civis ou 
empresariais, bem como manutenção e reparação de aparelhos eletrodomésticos; 
– serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar condicionado, refrigeração, ventilação, 
aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados; 
– veículos de comunicação, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, e mídia externa; 
– construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada; 
– transporte municipal de passageiros; 
– empresas montadoras de estandes para feiras; 
– escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais; 
 
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Robinson Sakiyama Barreirinhas 
 
 
 
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– produção cultural e artística; 
– produção cinematográfica e de artes cênicas; 
– cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; 
– academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; 
– academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; 
– elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento 
do optante; 
– licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; 
– planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento 
do optante; 
– escritórios de serviços contábeis; 
– serviço de vigilância, limpeza ou conservação. 
 
9 CÁLCULO E RECOLHIMENTO 
Se analisarmos atentamente o texto constitucional (art. 146, parágrafo único) veremos que a 
previsão, com relação ao Simples Nacional, é de um “regime único de arrecadação dos impostos e 
contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. 
Isto pode dar a entender que se trata, simplesmente, de uma sistemática de simplificação de 
recolhimento dos tributos, sem alteração significativa na incidência e cálculo do IR, ICMS, ISS etc. 
No entanto, ao regular o cálculo dos tributos a serem recolhidos, a LC 123/2006 revela algo muito 
mais abrangente que um simples sistema único de arrecadação. 
Trata-se, ao fim e ao cabo, de uma tributação única, incidente sobre a receita bruta das micro e 
pequenas empresas. 
É quase um imposto único. Somente afastamos a denominação pela possibilidade, prevista pela LC 
123/07, de exclusão do ICMS e do ISS em situações muito específicas, que veremos mais adiante. 
O fato é que, como regra, o contribuinte abarcado pela sistemática do Simples Nacional aferirá sua 
receita bruta e, sobre ela, aplicará uma das alíquotas indicadas nas tabelas constantes dos anexos da LC 
123/06. O valor resultante será recolhido à União que, em seguida, transferirá a Estados e Municípios a 
parcela referente ao ICMS e ao ISS eventualmente devida. 
A receita bruta é definida pelo art. 3.º, § 1.º, como “o produto da venda de bens e serviços nas 
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, 
não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos”. 
O período de apuração da receita bruta, por cada contribuinte, para determinação da alíquota 
aplicável (conforme os anexos da LC 123/06) será os 12 (doze) meses anteriores ao mês de incidência 
considerado. No caso de início das atividades, considerar-se-á a proporção dos meses de atividade com 
relação ao período anual. 
Baseado nessa receita dos últimos doze meses, o contribuinte verificará a alíquota aplicável 
naquele mês, conforme as tabelas anexas à LC 123/06. Essa alíquota incidirá sobre a receita bruta 
efetivamente verificada no mês de incidência. 
Para fins de cálculo do valor devido mensalmente, e seu pagamento, o contribuinte deverá 
considerar, destacadamente (art. 18, § 4.º): 
 
– as receitas decorrentes da revenda de mercadorias; 
– as receitas decorrentes da venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte; 
– as receitas decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de bens móveis (não há cobrança do ISS no 
caso de locação de bens móveis); 
– as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária (a operação mercantil sujeita à 
substituição tributária do ICMS é excluída da sistemática do Simples Nacional: art. 13, § 1.º, XII, “a”); e 
– as receitas decorrentes da exportaçãode mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de 
comercial exportadora ou do consórcio previsto na LC 123/06 (estas operações são imunes). 
 
A distinção das receitas pelo contribuinte permite a definição das alíquotas aplicáveis, conforme as 
tabelas anexas à LC 123/06, e a conseqüente distribuição das receitas entre Estados (no caso de 
operações sujeitas ao ICMS) e Municípios (nas prestações de serviços). 
 
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Os parágrafos 5.º a 24 do art. 18 trazem uma série relativamente complexa de regras atinentes ao 
cálculo do tributo, fazendo referência à natureza das atividades da empresa e dos tributos federais, 
estaduais e municipais sobre elas incidentes. 
 
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A seguir, uma tabela com as principais indicações quanto às alíquotas aplicáveis (indicadas nos 
anexos da LC 123/06) baseadas nas atividades da empresa que geraram a receita bruta tributável (art. 18, 
§ 5.º): 
 
Atividade Anexo que lista as alíquotas aplicáveis 
– atividades industriais Anexo II 
– creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental 
– agência terceirizada de correios 
– agência de viagem e turismo 
– centro de formação de condutores de veículos automotores de 
transporte terrestre de passageiros e de carga 
– agência lotérica 
– serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, 
ônibus, outros veículos pesados, tratores, máquinas e equipamentos 
agrícolas 
– serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para 
veículos automotores 
– serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e 
bicicletas 
– serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de 
escritório e de informática 
– serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria em 
residências ou estabelecimentos civis ou empresariais, bem como 
manutenção e reparação de aparelhos eletrodomésticos 
– serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar 
condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de 
ar em ambientes controlados 
– veículos de comunicação, de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens, e mídia externa 
Anexo III 
- Locação de bens móveis 
Anexo III, deduzindo-se da 
alíquota o percentual 
correspondente ao ISS previsto 
nesse anexo 
– construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive 
sob a forma de subempreitada 
– transporte municipal de passageiros 
– empresas montadoras de estandes para feiras 
– escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e 
gerenciais 
– produção cultural e artística 
– produção cinematográfica e de artes cênicas 
Anexo IV, não se incluindo no 
Simples Nacional a 
contribuição social patronal 
prevista pelo art. 22, da Lei 
8.212/91 
– cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros 
– academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais 
– academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas 
de esportes 
– elaboração de programas de computadores, inclusive jogos 
eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante 
– licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de 
computação 
– planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas 
eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante 
– escritórios de serviços contábeis (este serviço será tributado por 
alíquotas fixas de ISS, na forma da lei municipal, conforme peculiar e 
específica previsão do art. 18, § 22) 
– serviço de vigilância, limpeza ou conservação 
Anexo V, não se incluindo no 
Simples Nacional a 
contribuição social patronal 
prevista pelo art. 22, da Lei 
8.212/91 
– serviços de transportes intermunicipais e interestaduais 
Anexo V, acrescido das 
alíquotas correspondentes ao 
ICMS previstas no Anexo I, não 
 
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se incluindo no Simples 
Nacional a contribuição social 
patronal prevista pelo art. 22, 
da Lei 8.212/91 
 
Dentre as regras de cálculo, destacamos aquela descrita pelo § 6.º, do art. 18, que reitera a exclusão 
do ISS retido pelo tomador do serviço (art. 6.º, § 2.º, da LC 116/03) da sistemática do Simples Nacional. 
Nessa hipótese, a receita referente ao serviço sujeito à retenção do ISS pela fonte será abatida da receita 
bruta tributável pelo Simples Nacional (art. 21, § 4.º). 
 
Os Estados, o DF e os Municípios poderão estabelecer, na forma definida pelo Comitê Gestor, tributação de 
ICMS e ISS por valores fixos. Nestas hipóteses, assim como nos casos de isenção ou redução do ICMS ou ISS, haverá 
abatimento proporcional no valor a ser recolhido na sistemática do Simples Nacional (art. 18, §§ 18 a 21) e, por 
conseqüência, do valor a ser distribuído ao respectivo Estado ou Município.8
 
No caso dos serviços atinentes às obras e empreiteiras, o cálculo do ISS respeitará as deduções dos 
materiais, previstas pela LC 116/03 (art. 18, § 23). 
Pretendendo simplificar o trabalho de cálculo, é prevista a disponibilização de um sistema 
eletrônico aos contribuintes (art. 18, § 15). 
Calculado o valor, o recolhimento se dará (art. 21): 
 
– por meio de documento único de arrecadação, instituído pelo Comitê Gestor; 
– segundo códigos específicos, para cada espécie de receita discriminada no § 4.º do art. 18 da LC 123/06; 
– enquanto não regulamentado pelo Comitê Gestor, até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente 
àquele a que se referir; 
– em banco integrante da rede arrecadadora credenciada pelo Comitê Gestor. 
 
Os Estados, o DF e os Municípios poderão requerer ao Comitê Gestor a adoção de um sistema simplificado de 
arrecadação do Simples Nacional, inclusive sem utilização da rede bancária (art. 21, § 2.º). 
 
A restituição ou compensação de indébitos tributários será regulada pelo Comitê Gestor. 
A tributação, dentro da sistemática do Simples Nacional, é cumulativa, não se admitindo 
apropriação ou transferência de créditos, tampouco utilização ou destinação de qualquer valor a título de 
incentivo fiscal (art. 23). 
 
Em caso de inadimplemento, aplicam-se as multas e juros previstos na legislação do imposto de renda, 
inclusive com relação ao ICMS e ISS incluídos no Simples Nacional (art. 35). 
 
Ademais, o art. 38 prevê multas para descumprimento das obrigações acessórias especificas do 
Simples Nacional. 
10 REPASSE DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO 
Já dissemos que a previsão do art. 146, parágrafo único, da CF é de um sistema de arrecadação 
unificado. 
Por outro lado, como era esperado, a LC 123/06 acabou por criar uma tributação unificada sobre as 
micro e pequenas empresas, quase um imposto único. 
Ocorre que esse tributo unificado é recolhido à União. 
Neste ponto começam as preocupações dos Estados, do DF e dos Municípios. 
Procurando afastar temores, o art. 146, parágrafo único, inciso III, da CF prevê que “a distribuição 
da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer 
retenção ou condicionamento”. 
Observe-se, portanto, que a União não pode reter os recursos dos Estados, do DF ou dos 
Municípios com base em qualquer justificativa, não se aplicando, em nosso entender, as hipóteses de 
 
8 Ver arts. 12 e 13 da Resolução CGSN 5/07. 
 
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retenção de transferências previstaspelo art. 160, parágrafo único da CF (inadimplência no pagamento de 
dívidas e na aplicação dos recursos mínimos na saúde). 
 
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A distribuição dos recursos deverá ser imediata, ou seja, no momento do pagamento do tributo. 
Eventuais atrasos (justificados excepcionalmente por problemas técnicos, por exemplo), haverão de ser 
remunerados adequadamente, de maneira a não prejudicar o titular do tributo (Estados, DF e 
Municípios). 
No entanto, o art. 22 dá margem a dúvidas, quando determina que o Comitê Gestor definirá o 
sistema de repasses do total arrecadado, inclusive os encargos legais. Enquanto não houver essa 
regulamentação, adotar-se-ão os prazos previstos nos convênios celebrados no âmbito do CONFAZ (art. 
22, parágrafo único). 
11 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 
O art. 146, parágrafo único, inciso IV in fine, da CF, prevê o cadastro único dos contribuintes 
abarcados pelo Simples Nacional, permitindo-se o compartilhamento dos dados pelos entes federados, 
para fins de fiscalização e cobrança. 
Esse cadastro único será alimentado por uma declaração também única, prestada anualmente pelos 
contribuintes à Secretaria da Receita Federal (art. 23), em que sejam fornecidas, de maneira simplificada, 
informações socioeconômicas e fiscais, nos prazos e forma aprovados pelo Comitê Gestor. 
As empresas emitirão documento fiscal padronizado, além de manter os registros fiscais. 
Excepcionalmente, no caso de empreendedores individuais com receita bruta anual de até R$ 
36.000,00 (trinta e seis mil reais): 
 
– poderão optar por fornecer nota fiscal avulsa obtida nas Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios; 
– farão a comprovação da receita bruta, mediante apresentação do registro de vendas independentemente de 
documento fiscal de venda ou prestação de serviço, ou escrituração simplificada das receitas, conforme instruções 
expedidas pelo Comitê Gestor; 
– ficam dispensados da emissão do documento fiscal previsto no inciso I do caput do artigo 26 caso requeiram nota fiscal 
gratuita na Secretaria de Fazenda municipal ou adotem formulário de escrituração simplificada das receitas nos 
municípios que não utilizem o sistema de nota fiscal gratuita, conforme instruções expedidas pelo Comitê Gestor. 
 
Todas as outras empresas sujeitam-se também a outras obrigações acessórias que podem vir a ser 
fixadas pelo Comitê Gestor. 
Por outro lado, os entes federados não poderão, unilateralmente, prescrever outros deveres instrumentais para 
os micro e pequenos empresários. 
12 FISCALIZAÇÃO E COBRANÇA 
Mais uma vez, referimo-nos ao art. 146, parágrafo único da CF, que fala em regime único de 
arrecadação. 
Tratando-se de regime unificado, que abarca União, Estados, DF e Municípios, naturalmente 
imaginamos o ente central (União) como o líder da sistemática. 
Na verdade, o texto constitucional não se refere a isso, admitindo, simplesmente, que a 
arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado 
cadastro nacional único de contribuintes. 
Essa nossa tendência de vermos na União o líder natural da sistemática, apesar dos princípios da 
autonomia e isonomia entre os entes federados, acabou por se confirmar na LC 123/06, pois: 
- é a Secretaria da Receita Federal quem receberá as informações dos contribuintes; e 
- a arrecadação dos tributos se dará aos cofres do Tesouro Nacional. 
Ademais, e isso é muito importante, o Comitê Gestor é formado preponderantemente por 
representantes da União. Desnecessário falar sobre a importância do Comitê Gestor na sistemática do 
Simples Nacional, dada o imenso poder regulamentador concentrado nesse órgão. 
 
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De qualquer forma, dada a complexa estrutura necessária para a arrecadação dos tributos no âmbito 
do Simples Nacional em todo o território brasileiro, além da inegável preponderância das exações 
federais no bolo arrecadado, seria mesmo difícil imaginar que a União não concentraria as competências 
desta nova sistemática. 
 
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O que se previu, como alguma descentralização, foi a competência compartilhada para a 
fiscalização da tributação e para julgamento dos recursos administrativos. 
Já a cobrança judicial dos créditos tributários ficou a cargo da União, admitindo-se convênios com 
os demais entes. 
Para a definição da competência fiscalizatória, o critério adotado foi o do local do estabelecimento 
(art. 33). 
Embora o art. 33 seja sucinto, entende-se que as competências serão definidas não apenas pelo 
critério territorial (local do estabelecimento, evitando conflitos entre Estados e Municípios), mas também 
conforme o fato gerador de cada tributo. 
Como exemplo, no caso de uma concessionária de veículos, que venda carros e preste serviços de 
manutenção, a União poderá fiscalizar eventual omissão de receita, pois há impacto direto na arrecadação 
do IR e de contribuições sobre o faturamento. Os Estados também poderão fiscalizar a empresa, por 
conta de eventual evasão de ICMS sobre venda de mercadorias. Os Municípios, por seu turno, poderão 
fiscalizar eventual omissão quanto ao ISS devido na prestação de serviços. 
É essa competência conforme a localização do estabelecimento e o fato gerador dos tributos que 
definirá também o ente federado apto a julgar o processo administrativo decorrente da autuação e 
eventual exclusão da empresa do Simples Nacional. 
De fato, caso o Município autue a concessionária, no exemplo dado, será esse mesmo ente que 
apreciará eventual recurso administrativo. 
No caso de não ser possível esclarecer-se a natureza da receita (por exemplo, se foi venda de 
mercadoria ou prestação de serviço) será aplicada a maior alíquota e rateado, entre o Estado e o 
Município, o valor recolhido pelo contribuinte.9
Curiosamente, a LC 123/06, em seu art. 33, § 1.º, permite que os Estados celebrem convênios com 
os Municípios, atribuindo a estes a fiscalização do Simples Nacional. Por outro lado, o art. 39, § 1.º 
permite que os Municípios, também por convênio, atribuam aos respectivos Estados o julgamento dos 
processos administrativos. 
As consultas serão respondidas pela Secretaria da Receita Federal, exceto se atinentes a tributos 
estaduais ou municipais, hipótese em que a competência será do respectivo ente federado (art. 40). 
Constituído o crédito tributário pela fiscalização, a inscrição em dívida ativa será realizada pala 
Procuradoria da Fazenda Nacional. 
 
A execução judicial será realizada pelo órgão federal, sendo admitidos convênios com Estados e Municípios 
para que estes realizem a inscrição e cobrança dos tributos estaduais e municipais incluídos no Simples Nacional (ICMS 
e ISS). 
 
As ações movidas pelos contribuintes serão direcionadas contra a União, devendo os Estados e 
Municípios prestarem auxílio à Procuradoria da Fazenda Nacional, em relação aos tributos de sua 
competência, na forma a ser disciplinada pelo Comitê Gestor (art. 41). 
13 OUTRAS DISPOSIÇÕES EM FAVOR DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS 
Como dito anteriormente, o recolhimento unificado de tributos é um dos aspectos do tratamento 
diferenciado e favorecido às micro e pequenas empresas, previsto pela Constituição Federal e regulado 
pela LC 123/06. 
 
9 Neste caso, o processo administrativo será julgado pelo Estado (art. 39, § 3.º). 
 
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No entanto, há outrasduas regulações na lei nacional, relativas (i) ao cumprimento de obrigações 
trabalhistas e previdenciárias, e (ii) ao acesso a crédito e mercados. 
 
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Este último aspecto, o do acesso aos mercados, é o que mais toca à preocupação dos entes 
políticos, já que a LC 123/06 traz importantes inovações à forma de contratação dos serviços e bens pelos 
órgãos públicos. 
De início, flexibilizam-se as exigências de regularidade fiscal, cuja prova será necessária somente 
no momento da assinatura do contrato (art. 42). Caso haja pendência com o fisco, a micro ou pequena 
empresa terá dois dias úteis, contados da declaração da vitória no certamente, para a regularização, 
incluindo parcelamento de débitos ou outras modalidades de suspensão do crédito. 
Nos procedimentos licitatórios, as micro e pequenas empresas terão uma série de benefícios 
competitivos, partindo do critério de desempate que lhes favorecerá (art. 44). A situação de empate fica 
configurada quando a micro ou pequena empresa apresentar proposta em valor até 10% superior à mais 
bem classificada, hipótese em que terá a oportunidade de cobrir essa melhor oferta (art. 45). No pregão, o 
intervalo para fins de situação de empate é reduzido para 5% acima da melhor oferta. 
Como grande inovação, é prevista a possibilidade de emissão de cédula de crédito 
microempresarial, lastreada no empenho da despesa, desde que o pagamento não tenha ocorrido no prazo 
de 30 dias da liquidação (art. 46). O Executivo deve regulamentar o assunto até junho de 2007.10
 
Muito importante: a União, os Estados, o DF e os Municípios poderão conceder, por legislação própria, às 
micro e pequenas empresas tratamento diferenciado e simplificado, objetivando a promoção do desenvolvimento 
econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à 
inovação tecnológica (art. 47). 
 
Nos termos dessa legislação, a administração pública poderá realizar processo licitatório: 
 
– destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor 
seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); 
– em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o 
percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado (neste caso, os 
empenhos e pagamentos poderão ser destinados diretamente às micro e pequenas empresas subcontratadas); 
– em que se estabeleça cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de microempresas e 
empresas de pequeno porte, em certames para a aquisição de bens e serviços de natureza divisível. 
 
No entanto, esses benefícios que podem ser concedidos para a contratação de micro e pequenas 
empresas, na forma da legislação a ser produzida por cada ente federado, sofrem algumas restrições, 
aliás, bastante severas: 
 
– valor licitado por meio do disposto neste artigo não poderá exceder a 25% (vinte e cinco por cento) do total licitado em 
cada ano civil; 
– os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte devem 
estar expressamente previstos no instrumento convocatório; 
– não se aplicam os benefícios se não houver um mínimo de 3 (três) fornecedores competitivos enquadrados como 
microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências 
estabelecidas no instrumento convocatório; 
– o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte deve ser vantajoso para 
a administração pública e não pode representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado; 
– não se aplicam os benefícios se a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei n.º 8.666, 
de 21 de junho de 1993.
 
Em especial, essa restrição de que o tratamento diferenciado e simplificado deve ser vantajoso para 
a administração pública, sem representar prejuízo ao objeto a ser contratado, parece ser bastante difícil de 
ser superada sem riscos de contestação pelas demais empresas e mesmo pelos órgãos de controle da 
administração pública. 
 
10 Embora a lei não especifique, parece-nos que é competência do Executivo federal, por se tratar de título de crédito. 
 
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Quanto ao apoio à inovação (Seção II do Capítulo X), os entes federados e suas agências de 
fomento deverão manter programas específicos para micro e pequenas empresas, tendo por meta a 
aplicação de, no mínimo, 20% dos recursos (art. 65, § 2.º). 
 
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Finalmente, como disposição transitória, todos os entes e órgãos especificados no art. 77, § 1.º (incluindo os 
Estados e Municípios), deverão editar, no prazo de um ano (ou seja, até dezembro de 2007), as leis e demais atos 
necessários para assegurar o pronto e imediato tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido às micro e 
pequenas empresas. 
14 APÊNDICE – DISPOSITIVOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DO ADCT 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I – dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
II – regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos 
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes 
especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da 
contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 42, de 19.12.2003)
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos 
impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 42, de 19.12.2003) 
I – será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 42, de 19.12.2003) 
II – poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 42, de 
19.12.2003) 
III – o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados 
será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 42, de 19.12.2003) 
IV – a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de 
contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 42, de 19.12.2003) 
 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos 
existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
I – soberania nacional; 
II – propriedade privada; 
III – função social da propriedade; 
IV – livre concorrência; 
V – defesa do consumidor;VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de 
seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 42, de 19.12.2003) 
VII – redução das desigualdades regionais e sociais; 
VIII – busca do pleno emprego; 
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e 
administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 6, de 1995) 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos 
públicos, salvo nos casos previstos em lei. 
 
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, 
assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, 
tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. 
 
ADCT 
Art. 94. Os regimes especiais de tributação para microempresas e empresas de pequeno porte próprios da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios cessarão a partir da entrada em vigor do regime previsto no art. 146, III, d, da Constituição. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 42, de 19.12.2003).

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