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CASO CONCRETO 3 PRATICA PENAL

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTRO (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE _____________
Processo nº ____________________
MATEUS, já devidamente qualificado pela denúncia oferecida pelo Ministério Público, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro nos artigos 396 e 396-A, do CPP, pelas razões e fatos e de direito que passa a expor:
I – DOS FATOS
O acusado fora denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 213, c/c art. 224, b, do CP, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade.
Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada: “ réu dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar à sós com a vítima, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito.
Certo é, que embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima com ele a manter conjunção carnal, o denunciado aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, que já namorava havia algum tempo que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. 
 
Insta salientar que nem a vítima nem a família dela quiseram dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria.
Por fim, o acusado informa que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima.
 
II - DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA 
Trata-se a hipótese de atipicidade em razão inequívoca de ausência de dolo do agente.
 
O acusado atuou em erro de tipo por ter uma falsa percepção da realidade, uma vez que não tinha consciência e vontade de praticar todos os elementos do tipo penal.
 
Não sabia e nem tinha como saber que tratava -se de pessoa portadora de doença mental e que tal doença lhe retirava tal capacidade de discernimento. 
Cuida-se, portanto, de evidente situação de absolvição sumária, uma vez que o fato narrado não constitui crime.
 
III - DO PEDIDO 
 
Por todo o exposto espera que respeitosamente de V. EXª a absolvição sumária, na forma do art. 397, III do CPP.
 
Caso assim não entenda V. Ex.ª, o réu provará sua inocência no curso da instrução. 
Por oportuno, requer a oitiva das testemunhas abaixo arroladas para prestarem esclarecimento a respeito dos fatos narrados. 
 
Rol de testemunhas 
Olinda 
Alda 
 
Pede deferimento, 
Local, __________ de _____________ de ______________ 
Advogado
Inscrição OAB nº
Caso Concreto – Semana Aula 3
Aluna: Ana Paula Lopes Freire
Turma: 3001- A

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