Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
espécies indicadoras de fitofisionomias na transição cerrado-mata atlântica no estado de são paulo Autores Giselda Durigan Viviane Soares Ramos Natalia Macedo Ivanauskas Geraldo Antônio D. Corrêa Franco GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE SÃO PAULO 2012 Governo do estado de são Paulo Geraldo Alckmin • Governador secretaria do Meio aMbiente Bruno Covas • Secretário coordenadoria de biodiversidade e recursos naturais Cristina Azevedo • Coordenadora espécies indicadoras de fitofisionomias na transição cerrado-mata atlântica no estado de são paulo ficha catalográfica Ficha técnica Revisão de texto: Maria Cristina de Souza Leite/CETESB Projeto Gráfico: Vera Severo/SMA CBRN - Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais Avenida Frederico Hermann Jr., 345 São Paulo, SP 05459 900 2012 • Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos 4 5 A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo tem buscado promover a preserva-ção, a melhoria e a recuperação da qualida- de ambiental, coordenando e integrando atividades ligadas à defesa do meio ambiente. A capacitação dos servidores públicos do Estado para o exercício de suas funções e a disponibilização de conhecimentos sobre os recursos naturais para outros profissionais, estudantes e cidadãos em geral fazem parte das es- tratégias da Secretaria para que aquela missão possa ser cumprida. A idéia de produzir este guia surgiu durante um trei- namento, ministrado por pesquisadores do Instituto Florestal, aos profissionais da Secretaria, que depen- dem da correta classificação dos tipos de vegetação para que possam tomar decisões em seu trabalho. Esta classificação, muitas vezes, não é fácil nem mes- mo para especialistas, mas espera-se que as dificul- dades diminuam com a disponibilização desta nova ferramenta. Esta publicação é mais uma iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente com o intuito de promover a ligação entre a Ciência e a Prática, essencial para que as de- cisões sobre a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais sejam fundamentadas no conheci- mento científico. Bruno Covas Secretário de Estado do Meio Ambiente Brosimum gaudichaudii SUMÁRIO Introdução • 8 Espécies Típicas de Cerrado - Grupo C • 12 Espécies Típicas de Floresta - Grupo F • 76 Espécies Generalistas - Grupo G • 118 Índice •143 Annona crassiflora 8 9 radão, ecótono ou até mesmo floresta estacional semidecidual. Com o adensamento, modifica-se não só a estrutura da vege- tação, mas também as espécies que a compõem. Tendem a de- saparecer as espécies endêmicas do Cerrado, que precisam de luz solar direta, e passam a proliferar as espécies generalistas ou florestais capazes de se desenvolver à sombra. Nas regiões de transição, as espécies típicas do Cerrado tendem a persistir apenas nas bordas dos fragmentos onde há luz. A classificação da vegetação de uma determinada área deve ser feita, portanto, com base na caracterização atual de sua estrutura (altura, cobertura, biomassa) e nas espécies vegetais que a compõem. Em regiões de transição podem existir, basicamente, três grupos de espécies, apresentados no Quadro 1. Quadro 1. Grupos de espécies pelos tipos de vegetação em que ocorrem Introdução A legislação ambiental brasileira estabelece instrumentos dis- tintos para a proteção e o manejo de diferentes tipos de vege- tação. Assim, para a correta aplicação das leis, faz-se necessá- rio o reconhecimento, em campo, das formações vegetais e de suas fisionomias. Essa não é, no entanto, uma tarefa fácil nem mesmo para os botânicos e fitogeógrafos, por duas razões: 1) as formações vegetais não são claramente compartimenta- das no mundo real como parecem ser nos mapas. Ao con- trário, a transição entre elas se faz geralmente na forma de um gradiente, que pode se estender por dezenas de quilô- metros (ecótono); 2) a vegetação se modifica no tempo em um mesmo lugar, se- gundo a dinâmica de comunidades característica da suces- são secundária ou, em uma escala de tempo mais ampla, em resposta a mudanças climáticas. No estado de São Paulo, por exemplo, toda a região oeste foi ocupada por Cerrado em um passado não muito distante. Cientistas demonstraram que a Mata Atlântica passou a ocu- par boa parte dessa região apenas no último milênio, avan- çando sobre as áreas que eram ocupadas pelo Cerrado. Com a supressão do fogo e do pastoreio, que durante sécu- los mantiveram o Cerrado com seu aspecto savânico (árvores pequenas, tortuosas e esparsas sobre o piso coberto por gra- míneas), há uma tendência já comprovada de rápido adensa- mento da vegetação. Assim, em muitas áreas mapeadas como cerrado típico há cerca de meio século a vegetação atual é cer- GRUPO C Espécies típicas do Cerrado, que não sobrevivem no am- biente sombreado das florestas. GRUPO F Espécies típicas de Floresta, que não conseguem se es- tabelecer no ambiente hostil do Cerrado (não toleram o déficit hídrico e a baixa umidade relativa). GRUPO G Espécies Generalistas, com alta plasticidade ecológica, capazes de se estabelecer e sobreviver nos dois ambien- tes, de modo que ocorrem em ambos e, geralmente, tor- nam-se muito abundantes nas áreas de transição. 10 11 este guia foi elaborado com a finalidade de facilitar o tra- balho dos profissionais cujas decisões dependem da cor- reta classificação da vegetação em campo. Por isso, entre as milhares de espécies vegetais que podem ocorrer nas zonas de contato entre o cerrado e Mata atlântica, sele- cionamos as que são mais frequentes ou que podem ser mais facilmente reconhecidas em campo. esperamos que os usuários deste guia familiarizem-se com essas espécies e possam realizar mais facilmente seu trabalho. os autores. Em regiões de transição, a presença de espécies desses grupos pode ser considerada a ferramenta mais útil na classificação da vegetação de determinada área, associada à descrição das fisionomias, como apresentado no Quadro 2. Quadro 2. Descrição dos tipos de vegetação que podem ser encontrados em regiões de transição Cerrado-Mata Atlântica e grupos de espécies que os compõem CERRADO (stricto sensu) Fisionomia savânica em que as copas das espécies lenhosas (árvores e arbustos) não formam estrato contínuo, projetando-se sobre cerca de 50% do terreno, que é coberto pelo menos parcialmente por gramíneas. Nessa vegetação predominam espécies do Grupo C, mas podem ocorrer espécies do Grupo G. Não podem ocorrer espécies do Grupo F. CERRADÃO Fisionomia florestal com cerca de 2.000 árvores por hectare com DAP ≥ 5 cm, com pequenos diâmetros (muito raramente ultrapassam 40 cm), sem gramíneas no piso, sem árvores emergentes e com dossel perenifólio. Predominam espécies do grupo G, mas também são frequentes espécies do Grupo C. Não podem ocorrer espécies do Grupo F. ECÓTONO Fisionomia florestal semelhante à do cerradão, porém a densidade tende a ser ligeiramente menor e as árvores maiores, mas raramente atingem 20 m de altura. Predominam espécies do Grupo G, mas ocorrem espé- cies dos Grupos C e F, geralmente com poucos indivíduos. FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL Fisionomia florestal, com densidade ao redor de 1.000 árvores por hectare com DAP ≥ 5 cm – em florestas maduras as árvores emergentes podem ultrapassar 20 m de altura e 1 m de diâmetro. Na estação seca, muitas árvores perdem totalmente as folhas e a vegetação adquire aspecto muito distinto das fisionomias anteriores. Nesse tipo de vegetação predominam espécies do Grupo F, mas podem ser frequentes espécies do Grupo G, especialmente quando a vegetação encontra-se em estágio sucessional inicial ou intermediário.Não podem ocorrer espécies do Grupo C. 12 13 ESPéCIES TÍPICAS DE CERRADO GRUPO C 14 GRUPO C 15 A n n o n a co ri ac ea M ar t. Annona coriacea Mart. marolo, cabeça-de-negro Família: Annonaceae Dica de campo: Árvore de folhas grandes, alternas, verde- escuras. Limbo coriáceo (daí o epíteto da espécie), com nervação secundária inconspícua em ambas as faces. casca fruto ramo flor folha 16 GRUPO C 1717 A n n o n a cr as si fl o ra M ar t. Annona crassiflora Mart. marolo, pinha-do-cerrado Família: Annonaceae Dica de campo: Árvore de ramos pêndulos. Limbo verde-claro, glabrescente na face superior e recoberto por tricomas ferrugí- neos na face inferior. Nervação secundária impressa na face su- perior e proeminente na face inferior. casca flor ramo fruto folha 18 GRUPO C 19 A sp id o sp er m a to m en to su m M ar t. casca fruto ramo flor folha Aspidosperma tomentosum Mart. guatambu-do-cerrado, peroba-do-campo Família: Apocynaceae Dica de campo: Árvore com a casca suberosa clara e espessa, látex abundante em todas as partes da planta. Folhas grandes, simples, geralmente discolores, congestas, sésseis, com tricomas em ambas as faces do limbo (mais abundantes na face inferior) e margem ondulada. 20 GRUPO C 21 B ro si m u m g au d ic h au d ii T ré cu l. casca fruto Brosimum gaudichaudii Trécul. mama-cadela Família: Moraceae Dica de campo: Arbusto ou arvoreta, casca clara áspera, látex branco abundante em todas as partes da planta. Folhas rígidas, geralmente oblanceoladas, levemente denteadas. ramo detalhe folha 22 GRUPO C 23 B yr so n im a in te rm ed ia A . J us s. flor Byrsonima intermedia A. Juss. murici, canjica Família: Malpighiaceae Dica de campo: Arbusto geralmente muito ramificado, folhas glabras, subsésseis, obovais ou oblanceoladas, ápice geralmente arredondado. ramo fruto folha 24 GRUPO C 25 B yr so n im a ve rb as ci fo lia ( L. ) D C. Byrsonima verbascifolia (L.) DC. murici, orelha-de-burro Família: Malpighiaceae Dica de campo: Árvore de tronco e ramos tortuosos, estípulas intrapeciolares ferrugíneo-pilosas. Folhas grandes, com a margem ondulada, lâmina foliar com tricomas abundantes em ambas as faces, avermelhadas quando novas e verde-acinzentadas quando adultas. frutos imaturos ramo casca folha 26 GRUPO C 27 C am p o m an es ia a d am an ti u m (C am be ss .) O. Be rg . casca fruto Campomanesia adamantium (Cambess.) O.Berg. gabiroba-do-campo Família: Myrtaceae Dica de campo: Arbusto geralmente muito ramificado, com a casca descamante. Limbo foliar glabro, com pontuações escuras, as folhas desprendem aroma característico dos frutos da espécie quando maceradas. ramo flor folha 28 GRUPO C 29 C ar yo ca r b ra si lie n se C am be ss . casca fruto aberto Caryocar brasiliense Cambess. pequi Família: Caryocaraceae Dica de campo: Árvore de folhas grandes, opostas 3-foliola- das, sem brilho. Folíolos tomentosos e com margem crenada. Em locais suscetíveis à geada geralmente não existem árvores de grande porte e os indivíduos têm caules múltiplos que rebrotam da base. ramo flor folha 30 GRUPO C 31 C o n n ar u s su b er o su s P la nc h. casca fruto Connarus suberosus Planch. cabelo-de-negro, araribá-do-campo Família: Connaraceae Dica de campo: Arvoreta com casca suberosa espessa. Ge- mas apicais recobertas por tricomas ferrugíneos. Folhas pina- das, 9-11 folioladas, discolores (brancacentas na face inferior). Quando brotam, as folhas são geralmente “encaracoladas”, daí o nome popular. ramo flor folíolos 32 GRUPO C 33 D al b er g ia m is co lo b iu m B en th . casca fruto Dalbergia miscolobium Benth. jacarandá-do campo, caviúna-do-campo Família: Fabaceae Dica de campo: Árvore de casca escura que se desprende em placas, folhas pinadas, folíolos elípticos verde-pálidos, opacos. ramo flor folíolos 34 GRUPO C 35 D im o rp h an d ra m o lli s B en th . casca folha Dimorphandra mollis Benth. canafístula-do-cerrado, falso barbatimão Família: Fabaceae Dica de campo: Árvore de casca marrom-escura, espessa, que se fragmenta em pedaços retangulares. Ramos jovens recobertos por tricomas ferrugíneos. Folhas bipinadas, pilosas, com a raque canaliculada. ramo flor detalhe 36 GRUPO C 37 D io sp yr o s h is p id a A . D C. casca fruto imaturo Diospyros hispida A. DC. caqui-do-cerrado Família: Ebenaceae Dica de campo: Árvore com ramos jovens densamente cobertos por tricomas ferrugíneos, que resultam em “brotos dourados”. Comumente formam grupos compactos, que, na verdade, são indivíduos clonais rebrotando de uma raiz única. broto ramo folha flor 38 GRUPO C 39 D u g u et ia f u rf u ra ce a (A . S t- H il. ) B en th . & H oo k f. Duguetia furfuracea (A. St-Hil.) Benth. & Hook f. marolinho-do-cerrado Família: Annonaceae Dica de campo: Arbusto muito ramificado desde a base, cujas folhas oblongo-lanceoladas de ápice agudo são recobertas por pelos estrelados, que dão um aspecto “prateado”, especialmente às folhas novas. ramo ramo fruto flor 40 GRUPO C 41 Er io th ec a g ra ci lip es ( K. S ch um .) A. R ob yn s casca flor ramo fruto folha Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A. Robyns paineirinha-do-campo Família: Malvaceae Dica de campo: Árvore de casca fendilhada, folhas digitadas, 5-7 folioladas. Folíolos articulados, lustrosos e glabros na face superior e com tricomas ferrugíneos na face inferior, especial- mente nas folhas novas. 42 GRUPO C 43 Er yt h ro xy lu m s u b er o su m A .S t.- Hi l. ramo casca fruto folha Erythroxylum suberosum A. St.-Hil. mercúrio-do-campo, galinha-choca Família: Erythroxylaceae Dica de campo: Arbusto a arvoreta de tronco e ramos muito tortuosos e casca espessa. Presença de ramentas nos ramos jovens, que são achatados. Folhas espatuladas, com a margem largo-ondulada, congestas no ápice dos ramos. O aspecto das folhas “arrepiadas”, confere o nome popular à espécie. 44 GRUPO C 45 G u ap ir a n o xi a (N et to ) L un de ll casca fruto ramo flor folha Guapira noxia (Netto) Lundell maria-mole Família: Nyctaginaceae Dica de campo: Árvore de casca escura e fendilhada. Folhas grandes, opostas, glabras. Gemas laterais e apical recoberta por tricomas ferrugíneos. 46 GRUPO C 47 K ie lm ey er a co ri ac ea M ar t. & Zu cc . detalhe flor folha Kielmeyera coriacea Mart. & Zucc. para-tudo, pau-santo, ovo-frito Família: Clusiaceae Dica de campo: Árvore de casca suberosa espessa e tubercu- losa, látex amarelado. Os ramos, muito espessos, têm a casa lisa, lustrosa, de coloração cinza-clara. Folhas sésseis ou quase, con- gestas no ápice dos ramos. O nome popular “ovo-frito” provém da coloração e formato da flor. fruto 48 GRUPO C 49 Le p to lo b iu m e le g an s V og el casca ramo fruto flor folha Leptolobiumelegans Vogel perobinha-do-campo Família: Fabaceae Dica de campo: Árvore pequena de casca suberosa. Folíolos lustrosos com ápice emarginado e pecíolos delgados, que per- mitem que as folhas balancem ao vento. É comum a ocorrência de grandes maciços puros da espécie, formados por indivíduos clonais. folíolo 50 GRUPO C 51 Li ca n ia h u m ili s C ha m . & S ch ltd l. flor casca ramo folha Licania humilis Cham. & Schltdl. fruta-de-ema Família: Chrysobalanaceae Dica de campo: Árvore de tronco e ramos tortuosos e casca espessa fendilhada. Ramos novos densamente pilosos. Estípula filiforme. Folhas discolores, muito rígidas, ásperas e quebradiças. 52 GRUPO C 53 M ac h ae ri u m a cu ti fo liu m V og el ramo flor folíolos Machaerium acutifolium Vogel sapuva, jacarandá-do-campo Família: Fabaceae Dica de campo: Árvore de casca espessa e sulcada longitu- dinalmente, folhas imparipinadas, glabras, 13-17 folíolos. Limbo oval com ápice agudo. frutocasca 54 GRUPO C 55 M yr ci a lin g u a (O .B er g) M at to s ramo casca folha Myrcia lingua (O.Berg) Mattos brasa-viva Família: Myrtaceae Dica de campo: Árvore pequena com tronco e ramos muito tortuosos, casca escura, avermelhada nas camadas inferiores (daí o nome popular), folhas densamente pilosas na face inferior, de formato e tamanho variável. 56 GRUPO C 57 O u ra te a sp ec ta b ili s (M ar t. ) E ng l. ramo inflorescência folha Ouratea spectabilis (Mart.) Engl. batiputá Família: Ochnaceae Dica de campo: Árvore pequena, limbo foliar com nervação secundária arqueada ascendente, margem serreada. As folhas novas são avermelhadas e facilitam o reconhecimento da espécie na primavera e no verão. frutocasca 58 GRUPO C 59 Pi p to ca rp h a ro tu n d if o lia ( Le ss .) Ba ke r ramo flor folha Piptocarpha rotundifolia (Less.) Baker candeia Família: Asteraceae Dica de campo: Árvore pequena, ramos longos, folhas rígidas, ásperas, discolores (brancacentas na face inferior) com a margem geralmente ondulada. casca 60 GRUPO C 61 Pl en ck ia p o p u ln ea R ei ss ek ramo flor folha Plenckia populnea Reissek mangabeira-brava, marmeleiro-do-campo Família: Celastraceae Dica de campo: Árvore de ramos pêndulos e folhas com pecíolo longo e delgado, que fazem com que a folhagem balance ao ven- to. Os pecíolos e râmulos são avermelhados. Limbo oval a elípti- co, com nervação secundária ascendente e margem denteada. frutocasca 62 GRUPO C 63 Q u al ea g ra n d ifl o ra M ar t. flor ramo folha Qualea grandiflora Mart. pau-terra Família: Vochysiaceae Dica de campo: Árvore de casca espessa escura, sulcada. Par de nectários na inserção do pecíolo com os ramos. Folhas grandes, opostas. Lâmina foliar coriácea, rígida, com até 20 cm de com- primento, nervação secundária paralelinérvea e proeminente na face inferior. casca fruto 64 GRUPO C 65 Q u al ea p ar vi fl o ra M ar t. ramo flor folíolos Qualea parviflora Mart. pau-terrinha Família: Vochysiaceae Dica de campo: Árvore de casca áspera a fendilhada, folhas opostas. Par de nectários na inserção do pecíolo com os ramos. Lâmina foliar geralmente elíptica, ao redor de 6 cm de compri- mento. casca fruto 66 GRUPO C 67 St ry p h n o d en d ro n r o tu n d if o liu m M ar t. ramo flor folíolos Stryphnodendron rotundifolium Mart. barbatimão Família: Fabaceae Dica de campo: Árvore com a casca áspera a irregularmente fendilhada, com sulcos estreitos transversais especialmente nos ramos, que parecem intumescidos. Folhas bipinadas com 8-13 pares de pinas. casca fruto 68 GRUPO C 69 Ta b eb u ia a u re a (S ilv a M an so ) B en th . & H oo k. f . e x S. M oo re ramo flor folha Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook. f. ex S. Moore. ipê-amarelo-do-cerrado Família: Bignoniaceae Dica de campo: Árvore cujo tronco e ramos têm casca sube- rosa espessa. Folhas grandes, digitadas, geralmente 5 folíolos glabros. casca 70 GRUPO C 71 To co ye n a fo rm o sa ( C ha m . & S ch ltd l.) K . S ch um ramo flor folha Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum jenipapo-bravo Família: Rubiaceae Dica de campo: Arbusto a arvoreta com ramos jovens densa- mente pilosos. Estípulas interpeciolares. Folhas grandes, opacas, pilosas em ambas as faces. Limbo com superfície bulada e a nerva- ção reticulada muito evidente, impressa na face superior. fruto 72 GRUPO C 73 V o ch ys ia c in n am o m ea P oh l fruto ramo folha Vochysia cinnamomea Pohl quina-doce, pau-doce Família: Vochysiaceae Dica de campo: Árvore de casca fendilhada e ramos espessos, recobertos por tricomas canescentes quando jovens. Folhas ver- ticiladas, congestas, discolores. A cor de canela nos ramos e na face inferior das folhas confere o epíteto da espécie. O sabor adocicado da casca explica o nome popular. casca 74 GRUPO C 75 X yl o p ia a ro m at ic a (L am .) M ar t. ramo flor folha Xylopia aromatica (Lam.) Mart. pindaíba, pimenta-de-macaco Família: Annonaceae Dica de campo: Árvore com crescimento monopodial, ramos horizontais a pendentes. Folhas alternas dísticas, com tricomas nas duas faces. O aroma das sementes frescas explica o epíteto e o nome popular da espécie. casca fruto
Compartilhar