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Resumo Fundamentos da Economia AV2

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Resumo Fundamentos da Economia
(Abordar os temas econômicos de forma superficial e simples.)
Aula 1 - Objeto e Conceitos Básicos da Ciência Econômica
Objeto - É comum, em nossa existência, sermos afetados pelas condições econômicas da sociedade em que vivemos. 
As roupas que vestimos, a comida que comemos, a escola que frequentamos, o salário que recebemos, os problemas do desemprego e da inflação são todos fatores ligados diretamente às questões econômicas.
O homem moderno é bombardeado por uma série de questões para as quais nem sempre ele encontra resposta:
O estudo da economia objetiva a compreensão de todos esses problemas, fornecendo respostas a essas e a diversas outras questões. 
A Ciência Econômica pode nos proporcionar  um melhor entendimento de como funciona nossa economia e o que pode ser feito para prevenir, corrigir ou pelo menos aliviar problemas como a pobreza, o desemprego e a inflação.
Definições de economia:
“A Economia é o estudo da maneira pela qual a sociedade utiliza recursos produtivos escassos para produzir bens e serviços a fim de satisfazer as necessidades humanas.”
Fatores de produção -> satisfazer o maior número dessas necessidades -> utiliza-se recursos como terra, mão de obra, máquinas, equipamentos, conhecimentos técnicos etc. -> esses recursos são limitados -> nem todas as necessidades podem simultaneamente ser satisfeitas.
- A escassez desses recursos, então, torna-se o problema fundamental de cada sociedade.
- a sociedade, através do instrumental fornecido pela Ciência Econômica (princípios, teorias, modelos) utiliza os recursos escassos (fatores de produção) quanto possível, a fim de produzir o máximo de bens e serviços que deseja.
-O campo de atuação da Economia seria, então, o estudo e a administração da escassez dos fatores de produção.
- Portanto, se não houvesse escassez dos recursos, não haveria necessidade de se estudar Economia.
- No processo produtivo toda decisão econômica será, sempre, uma “escolha decorrente de um juízo de valor”.
Processo produtivo -> O conceito de processo produtivo explica como os fatores de produção são combinados,  em quantidade e qualidade,  na elaboração dos produtos.
- cada bem ou serviço produzido possui seu próprio processo produtivo.
Produto -> A resultante do processo produtivo é o produto que pode ser um bem ou um serviço.
- Tangível – Tudo aquilo que tem forma e é palpável. Ex.: os Bens
- Intangível - Não possui forma e nem pode ser apalpado. Ex.: Os serviços
Necessidades humanas -> o objetivo principal da atividade econômica é o de atender as necessidades humanas -> pode-se ampliar esse conceito para as necessidades do planeta (sustentabilidade).
- As necessidades humanas são ilimitadas.
Resumo Conceitos básicos da Ciência Econômica
(É fato que toda ciência possui sua própria terminologia.)
Fatores de produção:
São os meios disponíveis para se gerar os produtos que a sociedade necessita. Sua principal característica é a escassez;
Custo de oportunidade de um fator de produção:
É sua melhor utilização no processo produtivo; 
Bens livres:
São aqueles que existem em relativa abundância e, por isso, não caracterizam um problema econômico (a água do mar, o ar, etc.);
Bens econômicos:
São os bens que existem com uma relativa escassez, não suficientes para todos. Como tal, têm um valor (preço) de mercado;
Processo produtivo:
Vem a ser o processo de produção utilizado naquele produto que a sociedade deseja obter;
 
Produto:
É o que se obtém do processo produtivo. Subdivide-se em bens e serviços;
 
Bens:
É a parte física ou tangível (palpável) do produto gerado na economia (pão, móveis, livros, roupas etc.);
Serviços:
Parte intangível (não palpável) do produto total da economia (educação, saúde, turismo, etc.);
Bens e serviços de consumo:
São os que resultam do processo produtivo destinado ao consumo (alimentos, lazer etc.);
 
Bens e serviços de capital ou de produção:
Destinam-se à produção de outros bens e serviços (máquinas, construções, equipamentos, etc.);
 
Bens e serviços intermediários:
São aqueles que, depois de produzidos, retornam ao processo produtivo para produzir outros bens e serviço;
Curva de possibilidades de produção:
É uma figura gráfica, representada por uma curva,  que mostra as diversas combinações de produção  de uma economia quando todos os seus fatores de produção estão sendo utilizados, ou seja, quando não há desemprego dos fatores de produção. Serão, portanto, alternativas de produção máxima;
Agentes econômicos:
São definidos como sendo as famílias, as empresas e o governo;
 
Sistema econômico:
É o modelo escolhido para administrar a economia (capitalismo, socialismo, etc.);
 
Demanda ou procura de um produto:
Representa as quantidades que se deseja comprar de um determinado produto, por unidade de tempo, aos vários níveis de 
preços possíveis;
 
Oferta de um produto:
Representa as quantidades de um determinado produto que a empresa deseja produzir e vender, por unidade de tempo, aos vários níveis de preços possíveis;
Equilíbrio de mercado:
Uma situação de equilíbrio é aquela que uma vez alcançada, tende a ser mantida;
 
Função de produção de um produto:
É a forma como os fatores de produção são combinados no processo produtivo;
 
Exportações:
Consiste numa parte do que é produzido por um país e vendido ao exterior;
Importações:
São as compras que um país faz de outros países;
Taxa de câmbio:
É o preço da moeda estrangeira (que se esteja considerando) em relação à moeda do país;
 
Balanço de pagamentos:
Registra todas as operações do país com o resto do mundo.
 
Balança comercial:
É uma das contas do balanço de pagamentos que trata das transações internacionais de bens. Suas principais rubricas são: 
exportações e importações;
 
Balança de serviços:
É outra conta do balanço de pagamentos que trata das transações dos serviços;
Moeda:
Considera-se moeda a tudo aquilo que, tendo aceitação, sirva de instrumento de troca entre bens e serviços;
 
Inflação:
Conceitualmente, inflação vem a ser uma alta sucessiva e consecutiva nos níveis de preços da economia;
 
Liquidez:
É a capacidade de algo ser comercializado. Assim, quanto maior for a procura de  um bem ou serviço, maior sua liquidez;
Taxa de juros:
É o preço do dinheiro;
Produto interno bruto:
Vem a ser a soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos em uma economia, durante certo período de tempo (normalmente, um ano);
 
Renda nacional:
É a soma das remunerações dos fatores de produção sob a forma de salários, juros, lucros e aluguéis. Quanto mais elevada, maior a possibilidade de consumo na economia;
 
Crescimento econômico:
Ocorrerá quando o produto gerado pela economia, em um determinado período de tempo, crescer mais do que a população;
Desenvolvimento econômico:
Situação em que, além do crescimento econômico, ocorre uma melhor distribuição do produto pela sociedade.
AULA 2 - As questões fundamentais da ciência econômica 
Para atender o máximo das necessidades humanas, a sociedade conta com os fatores de produção. Tais recursos são, no entanto, bastante limitados e, assim, nem todas as necessidades  podem ser satisfeitas simultaneamente.
Sendo limitados ou escassos os recursos  disponíveis, qualquer “sistema econômico” terá que ser  capaz de resolver as seguintes questões fundamentais:
O que produzir? Que desejos dos indivíduos serão satisfeitos e em que quantidades.
Como e onde produzir? Que técnicas serão adotadas e onde se dará a produção.
Para quem produzir? Como distribuir a produção entre os membros da sociedade.
Ao indagarmos o que uma economia deve produzir nos deparamos com duas possibilidades de resposta a essa pergunta: ou o que será gerado no processo produtivo servirá para o consumo da população (classificados de bens de consumo), ou para a produção de outros produtos (definidos como bens de produção ou bens de capital).Bens de consumo – Duráveis e não duráveis
Bens de produção ou bens de capital – Envolvem diversas construções civis, máquinas, equipamentos e a tecnologia, que serão utilizados na produção de outros bens. É esse o tipo de bem que determina a capacidade produtiva de uma economia.
A terceira possibilidade é representada pelos bens e serviços produzidos que retornam ao processo de produção para produção de outros produtos.
Produzir bens de consumo em detrimento aos de capital, ou vice versa, é um exemplo da permanente escolha que ocorre na atividade econômica. Da mesma forma que produzir bens ao invés de serviços, ou vice versa, também o é.
Por ser a economia uma ciência humana (não exata), nunca existirá unanimidade sobre as escolhas feitas. Todavia, para que uma medida econômica possa dar resultado é necessário que haja perseverança na tomada de decisão.
A teoria econômica parte do pressuposto de que no processo produtivo serão utilizadas as técnicas de produção mais eficientes. Isso posto, e dadas as técnicas de produção disponíveis, três são os setores da economia onde o produto poderá ser gerado: setor primário, setor secundário e setor terciário.
o setor primário é aquele onde ocorrem as lavouras, as atividades extrativas animal (criação de gado, por exemplo), e as atividades extrativas vegetal (exploração de madeiras, por exemplo). É por ele onde as sociedades iniciam seus processos produtivos.   Economias menos desenvolvidas costumam praticamente limitar suas produções a esse setor da atividade econômica.
O setor secundário abriga as atividades extrativas mineral  (petróleo, gás, ouro etc.), a indústria da construção (portos, barragens, estradas, prédios etc.) e aquela que vem a ser a responsável pela maioria dos objetos que observamos ao nosso redor: a indústria de transformação (vestuário, mobiliário, material de construção, transporte, literário etc.).
O setor terciário da economia é o responsável pela oferta de todos os serviços  e abriga, além do governo, as atividades de comércio, finanças, educação, saúde, lazer, transportes, comunicação, dentre outros.
Distribuir de forma justa aquilo que foi produzido. Isso porque a má distribuição dos bens e serviços gera a indesejável desigualdade social.
Normalmente, essa distribuição se dá levando em conta dois aspectos: o primeiro deles leva em conta  a quantidade e qualidade dos fatores que o indivíduo aplica no processo produtivo; e o segundo os preços que consegue obter por eles.
O estudo da economia normalmente é dividido em quatro segmentos: microeconomia, macroeconomia, economia internacional e desenvolvimento econômico.
Microeconomia – trata da formação dos preços no mercado, considerando os produtores e os consumidores.
Macroeconomia – estuda os grandes agregados do País como Renda Nacional, PIB, Poupança etc.
Economia internacional – Trata das relações econômicas com outros Países, encolvendo exportações de bens, transações financeiras, dentre outros.
Desenvolvimento econômico – Preocupa-se com a melhoria do bem estar da população ao longo do tempo.
AULA 3 - Uma Digressão sobre gráficos, taxas de variação e elaboração de tabelas
Gráficos
Linha Reta - utiliza-se uma linha reta onde num ponto qualquer fixamos o valor 0 (zero), arbitrando-se que à direita (se a reta estiver na horizontal), ou acima (caso esteja na vertical), os valores serão considerados positivos e, à esquerda ou abaixo, negativos.
É necessário definir se o que estamos medindo pode ou não assumir valores negativos. No exemplo apresentado, a metragem do tecido não pode, mas a temperatura acusada no termômetro pode.
Nos dois casos, independentemente do que se esteja aferindo, o relevante é que a resposta é dada por um único valor. 
 
Chamemos essa informação de “coordenada”.
Imagine que utilizemos uma reta para marcar a metragem do comprimento e outra para a largura da cozinha. Como ambas as medidas não podem ser negativas (nas próximas aulas teremos contato com preços e quantidades  de produtos que também não admitem valores negativos), adotaremos retas como no caso do tecido.
Para sofisticar um pouco mais a apresentação passemos a chamar essas retas de “eixos”. Assim, temos um eixo para que as medidas do comprimento sejam marcadas e outro para as da largura. Para exemplificar, considere que o comprimento meça 8 metros e a largura, 3 metros.
As medidas foram representadas no gráfico pelo ponto  “A”.
Ele foi definido por duas coordenadas,  a primeira referente à medida do eixo horizontal (comprimento) e  a segunda do vertical (largura).
 
    
Consideremos, agora, que desejássemos representar graficamente as metragens de três cozinhas diferentes com as respectivas medidas de comprimento e largura:
É importante observar que a primeira coordenada colocada no parênteses refere-se, sempre, ao eixo horizontal, e essa norma é universal. Ao desenharmos o gráfico escolhemos em qual eixo uma determinada variável estará representada. Em função dessa escolha o gráfico terá um desenho respectivo.
Taxa de Variação e Elaboração de Tabelas
Análise dos dados da tabela permite deduzir que o preço do produto ao passar de R$ 20,00 para R$ 28,00, aumentou 40%. Esse percentual foi calculado dividindo-se a variação ocorrida (R$ 8,00) pelo preço inicial (R$ 20,00), e o resultado multiplicado por 100.
Tv = 8/20*100 = 40%
Essa é a fórmula que você deverá utilizar sempre que desejar calcular taxas de variações percentuais de uma determinada variável.
Note que no caso de queda do preço a variação seria negativa. Se variar de R$ 28,00 para R$ 20,00 ocorreria uma variação de – 28,5%, aproximadamente, obtido com o seguinte cálculo:
 [(- R$ 8,00 / R$ 28,00) X 100] = - 28,5%.
Aula 4: Fatores de produção, curvas de possibilidades de produção e custo de oportunidade.
Fatores de Produção
considera-se fatores de produção os meios disponíveis para se gerar os produtos que a sociedade necessita. 
Sua principal característica é a escassez, no sentido de que, na maioria das vezes, são limitados em quantidade. Esse é, sem dúvida, o cerne da questão econômica: a escassez dos fatores de produção.
Versatilidade
Outra característica é a versatilidade, que quer dizer que um mesmo fator de produção possui a capacidade  de poder ser utilizado em vários processos produtivos. Isso fica demonstrado, por exemplo, ao observarmos que um mesmo trator pode ser utilizado...
Para seu conhecimento, cinco são os fatores de produção, assim descritos:
Fator de Produção Terra
Constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos. 
Trata-se das reservas naturais (solo e subsolo), águas (oceanos, mares, rios, lagos), pluviosidade e clima, flora e fauna e até fatores extraterrestres (como, por exemplo, a fonte inesgotável da energia solar e a influência lunar sobre as marés).
Fator de Produção Trabalho
A parcela da população apta a desenvolver uma atividade econômica é considerada de fator trabalho. Trata-se, portanto, da população total deduzindo-se as crianças e os idosos. A esse contingente de pessoas aptas dá-se o nome de população econômica (PE).
Os que estão empregados representam a população economicamente ativa (PEA)...
e os desempregados a população economicamente inativa (PEI).
Ex. É comum lermos nos jornais sobre a taxa de desemprego no país. A partir de agora você já sabe como calcular: basta dividir PEI por PE e multiplicar o resultado por 100.
A soma das duas resulta nofator trabalho de uma economia.
Fator de Produção Capital
O fator de produção capital vem a ser o somatório de construções, máquinas e equipamentos.
Isso significa dizer que é considerado como fator de produção capital de uma economia as suas disponibilidades para a geração de novas riquezas tais como as disponibilidades de: Infraestrutura econômica (transportes, telecomunicações, energia etc.); Infraestrutura social (educação,saúde, saneamento, esportes, lazer etc.); Construções e edificações (públicas, militares, fabris, comerciais e residenciais); Equipamentos de transporte (ferroviário, rodoviário, hidroviário, aeroviário); Máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas (de extração, de transformação, de construção e de serviços); Agrocapitais (culturas permanentes, planteis, instalações, edificações, equipamentos, implementos e ferramentas).
Obs: A análise econômica não considera a moeda (dinheiro) como fator capital pois, por si só, ela nada produz.
Fator de Produção Capacidade Tecnológica
Entende-se por capacidade tecnológica ao conjunto de conhecimentos e habilidades que uma sociedade detém. 
Representa sua capacitação para a pesquisa científica, para desenvolver e implantar novos projetos e para operar projetos já implantados. Vem a ser o elo de ligação entre os três fatores de produção anteriormente mencionados.
A velocidade com que novas descobertas científicas ocorrem no mundo globalizado de hoje faz com que a capacidade tecnológica seja o grande diferencial entre as diversas economias do planeta.
Sobre esse tema, vale a seguinte reflexão: Nos tempos antigos, o homem sonhava em voar.
Na mitologia grega, Ícaro é comumente conhecido pela sua tentativa de deixar Creta voando com asas de cera – tentativa frustrada em uma queda que culminou na sua morte.
Icarus, em pintura de William Blake Richmon
Fator de Produção Capacidade Empresarial
Vem a ser a capacidade de organizar o fluxo de produção, ou seja, a capacidade de gestão. Em última análise, é a forma de administrar da melhor maneira possível a utilização dos quatro primeiros fatores de produção no processo produtivo.
Curvas de possibilidades de produção
Uma sociedade não pode ter o máximo de todos os bens ao mesmo tempo. Sendo os recursos escassos e estando todos eles  sendo utilizados (por hipótese), sempre que a sociedade se decidir pela produção de um bem qualquer, outro bem terá que ser total ou parcialmente sacrificado.
A curva de possibilidades de produção é “um gráfico que mostra todas as combinações máximas possíveis de produção de dois produtos (bens e serviços) que podem ser obtidas quando a economia utiliza todos os seus recursos disponíveis de diferentes maneiras em um determinado período de tempo”.
Curva de possibilidades de produção está, sempre, diretamente ligado a um período de tempo.  Isso é o mesmo quer dizer que a cada época a economia terá uma curva diferente.
Não importa se se está produzindo mais automóveis ou mais alimentos, pois isto é uma decisão ou escolha da sociedade.
Custo de Oportunidade:
Em termos sociais, o custo de oportunidade de um fator de produção que esteja alocado na produção de um produto “X” será a impossibilidade de, por esse motivo, ser alocado na produção de um outro produto “Y”.
Deparamos-nos com a questão da escassez. Não fosse ela, não haveria a questão do custo de oportunidade.
Sob a ótica da avaliação privada , os fatores de produção são valorizados e acordo com seus preços de mercado. Assim, seus custos de oportunidade  corresponderão às melhores remunerações que puderem obter.
Aula 5: Conceitos de procura, oferta e equilíbrio de mercado
Agindo de acordo com seus próprios interesses, os indivíduos, afetando e sendo afetados pelo sistema de preços, tomam as decisões que maximizarão a satisfação coletiva.
Ora, o aumento da procura de laranjas provocará uma falta desse produto, enquanto a queda na demanda por maçã provocará um excesso de oferta desse produto. Em consequência, o preço da laranja se elevará, enquanto vendedores tratarão de reduzir o preço da maçã para acabar com o estoque.
Assim, as forças de mercado farão com que ocorra um aumento na oferta de laranjas e uma redução na de maçãs.
Com o aumento da quantidade ofertada de laranjas, seus preços declinarão um pouco, enquanto os preços das maçãs (agora com quantidades reduzidas) deverão se elevar ligeiramente. Vamos agora analisar mais concretamente o comportamento dos consumidores e dos produtores, isto é, da demanda e da oferta. Comecemos pela demanda.
Demanda
Você irá escolher pratos e outros complementos tendo em vista o que você pode ou está disposto a gastar, isto é, de acordo com sua renda. E assim por diante.
Podemos listar pelo menos quatro fatores principais que influenciam a quantidade de um bem qualquer demandada por um indivíduo:
Preço do bem (Pb)
Preço de outros bens substitutos (Ps)
Gosto ou preferência do consumidor (G)
Nível de renda do consumidor (R)
Como é difícil pesquisar a influência ou o peso exato de cada uma dessas variáveis na demanda por um bem, os economistas costumam supor variar o preço (subindo ou caindo) e ver seu efeito sobre a demanda por um bem, enquanto as demais permanecem constantes (condição coeteris paribus).
A questão, então, seria: o que acontece com a quantidade procurada de um produto “X” se seu preço “Px” variar, enquanto a renda, o gosto e o preço de outros produtos substitutos não variam?
Normalmente, teremos uma relação inversa entre o preço do bem e a quantidade demandada. Quando o preço do bem cai, o bem fica mais barato em relação ao de seus concorrentes e, em consequência, os consumidores estarão dispostos a adquirir maiores quantidades desse bem. Se o preço se elevar, a reação dos consumidores será a oposta.
Ou seja, à medida que o preço se reduz, maiores serão as quantidades demandadas, e vice versa.
Lei da demanda
“as quantidades demandadas de um produto, por um período de tempo, serão maiores quanto menor for o seu preço, e vice-versa, permanecendo constantes as demais variáveis”.
Oferta
Pode ser definida como “as diferentes quantidades de um bem ou serviço que os produtores estão dispostos a vender, durante um período de tempo, a diferentes preços”.
As quantidades ofertadas de um bem qualquer também dependem de outros fatores como: preços de outros bens, preços dos fatores de produção (custos de produção) e a renda dos consumidores.
Os economistas costumam considerar esses fatores inalterados e, então, analisam os efeitos das variações no preço sobre as quantidades ofertadas.
Ao contrário dos consumidores, à medida que o preço se reduz, menores serão as quantidades que os produtores estarão dispostos a vender no mercado.
Lei da oferta
“as quantidades ofertadas de um produto, por um período de tempo, serão maiores quanto maior for o seu preço, e vice versa, permanecendo constantes as demais variáveis”.
Preço de equilíbrio
Define-se como preço de equilíbrio àquele em que a quantidade de uma mercadoria, que os consumidores estão dispostos a comprar, é exatamente igual à quantidade que os produtores estão dispostos a oferecer.
Suponhamos que o preço seja, inicialmente, fixado em R$ 200,00 o par. A esse preço, a demanda por sandálias de borracha será de apenas 1.000 pares por mês, enquanto a oferta será de 5.000 pares. Assim, haverá um excedente da quantidade ofertada sobre a quantidade procurada equivalente a 4.000 pares e, consequentemente, o preço começa a cair.  
Mas, note-se que, à medida que o preço cai, a quantidade ofertada vai se reduzindo e a demandada vai se elevando, reduzindo gradativamente esse excedente.
À medida que o preço se eleva o excesso da quantidade procurada sobre a quantidade ofertada (escassez) será cada vez menor.
Daí concluímos que enquanto a quantidade ofertada for maior que  a quantidade procurada haverá excedente e o preço deverá cair...
...ao passo que enquanto a quantidade procurada for maior que a quantidade ofertada ocorrerá escassez e o preço deverá subir.
Ao final desse processo de ajustamento vemos que, ao preço de R$ 120,00 o par, as quantidades ofertadas e procuradas são iguais a 3.000 pares. Essa igualdade faz com que não haja pressão para que o preço caia ou suba, caracterizando, assim, uma situação de equilíbrio.
Se, entretanto, uma das variáveis consideradas constantes pela condição “coeteris paribus” se alterar, as curvas como um todo também irão se alterar.
AULA 6 - O conceitode elasticidade preço da demanda e da oferta e os tipos de mercado 
Conceito de Elasticidade Preço - serve para tentarmos entender e explicar a reação dos consumidores e produtores diante de variações que ocorram nos níveis de preço de um determinado produto.
1ª alternativa: quando o numerador for maior do que o denominador (Ep(d) maior do que 1) = a variação percentual das quantidades procuradas é mais significativa do que a ocorrida no preço. Nesse caso, o produto será classificado de elástico.
Fazem parte desse conjunto os bens  supérfluos, cujo consumo costuma ser abolido, ou muito reduzido, quando os preços aumentam.
Produto é elástico, ou seja, muito sensível às variações de preço.
2ª alternativa: quando o numerador for menor do que o denominador (Ep(d) menor do que 1) = Mostra que a variação percentual das quantidades procuradas é menos significativa do que a ocorrida no preço. Nesse caso, o produto será classificado de inelástico.
Fazem parte desse conjunto  de possibilidades os bens  de primeira necessidade, cujo consumo costuma ser pouco sensível às variações de preço.
3ª alternativa: quando o numerador for igual a zero (Ep(d) igual a zero) = um caso extremo de elasticidade da demanda onde não ocorra variação na quantidade procurada de um produto quando seu preço se modifica.
Os bens seriam designados como totalmente inelásticos. Fariam parte desse caso extremo aqueles  bens de primeiríssima necessidade (remédios essenciais, por ex.).
A elasticidade preço da oferta
Como a demanda, a oferta também é sensível às variações ocorridas no preço. Assim, a sensibilidade da oferta do produto em relação ao preço pode ser medida por uma  fórmula bem semelhante à da demanda.
1ª alternativa: quando o numerador for maior do que o denominador [Ep(o)] maior do que 1) = Significa que a variação percentual das quantidades ofertadas é mais do que proporcional a da ocorrida no preço. Nesse caso, os produtos são considerados de oferta elástica.
2ª alternativa:  quando o numerador for menor do que o denominador (Ep(o) menor do que 1) = a variação percentual das quantidades ofertadas é menos do que proporcional ao da ocorrida no preço. Os produtos são considerados de oferta inelástica. O produto é de oferta inelástica.
Os tipos de mercado
Entende-se que um mercado é constituído de compradores e vendedores.
ós podemos nos referir a um mercado como um todo – o mercado do Rio de Janeiro, o mercado brasileiro – ou como um mercado específico de um produto qualquer – o mercado de bicicletas, o mercado de trabalho etc. 
A forma como os preços são determinados varia de acordo com as características do mercado. Essas características é que fornecem base para uma classificação genérica dos diversos tipos de mercados.
Monopólio - monopólio representa o caso limite de um mercado onde só existe um único produtor (ou fornecedor) de um bem ou serviço.
Por esse motivo, preço e quantidades produzidas serão determinadas pela empresa monopolista. Normalmente, os produtos vendidos nesse tipo de mercado costumam exigir altíssimos níveis de investimento, fazendo com que o acesso de algum concorrente seja muito difícil.
Ex.: Light
Oligopólio - produtos possuem poucos produtores para atender a muitos consumidores.
Os produtos dos mercados oligopolistas serem bons substitutos e praticarem uma concorrência não só baseada no preço, como também em marketing, embalagens, etc.
Ex.: os fabricantes de bebidas e a indústria de eletrodomésticos.
Quando empresas oligopolistas se unem, através de um pacto formal, formam um Cartel. Nesse caso, agem em conjunto como se fosse uma única firma (monopólio). No Brasil, essa prática é proibida por lei.
Concorrência Perfeita - é aquele onde a concorrência entre os agentes econômicos, devido ao seu grande número, é a mais significativa.
A consequência lógica desse número excessivo de participantes é que cada um deles se torna incapaz de, sozinho, alterar as condições de mercado. Assim, tanto consumidores como produtores  não conseguem afetar os níveis de oferta e procura do produto e o seu preço de equilíbrio.
são características desse tipo de mercado o pleno conhecimento do mesmo pelos consumidores e produtores, produtos homogêneos e total mobilidade, podendo os competidores entrar ou sair do mercado livremente.
Aula 7: Teoria da produção, função de produção, produtividades média e marginal, custos de produção, equilíbrio da firma
Teoria da Produção - A teoria da produção ou teoria da firma refere-se à análise:
- das quantidades produzidas
- dos custos de produção envolvidos
- dos lucros obtidos pelas empresas
Função de produção - o nível de produção de uma firma está diretamente relacionado com a combinação e a quantidade de fatores utilizados no processo produtivo.  
“uma relação que mostra qual a quantidade de produto que pode
ser obtida a partir de uma dada quantidade de fatores de produção”.
Assim, pela definição , se y representar as quantidades produzidas do bem Y e “a”, “b” e “c” os fatores de produção, podemos representar a respectiva função de produção como:
y= f(a;b;c)
Ou seja, dependendo da combinação das quantidades dos fatores de produção “a”; “b” e “c”  a firma irá obter uma determinada quantidade y do produto Y.
É importante perceber que cada produto terá sua respectiva função de produção e que a produção de um mesmo produto por firmas diferentes pode ter distintas funções de produção.
Produtividade média de um fator de produção:
está ligado à ideia de quanto, em média, cada unidade dele utilizada  produz.
PMe (a) = y/a (produtividade média do fator a)
PMe (b) = y/b (produtividade média do fator b)
Produtividade marginal de um fator de produção
É medida pela relação (divisão) entre o quanto varia a quantidade produzida de um bem pela variação ocorrida na quantidade empregada do fator considerado. Ou seja, se y = f(a; b)
Custos de produção
cumpre observar que uma parte dos recursos utilizados pela firma  varia de acordo com o volume  de produção (recursos variáveis) e outra parte não varia, independentemente do nível de produção (recursos fixos).
Como fixos, temos prédios, galpões, equipamentos, pessoal de direção e administrativo etc., e como  recursos variáveis, temos as matérias-primas, os operários, a energia etc.  Essas duas categorias de recursos acarretam, por sua vez, duas categorias de custos: os fixos e os variáveis.
Custos fixos - São aqueles em que a firma incorre independentemente do nível de produção. São exemplos de custos fixos a imobilização de prédios e equipamentos, os impostos prediais e territoriais, as despesas de gerência e administração etc.
Custos variáveis - Decorrem das despesas da firma com pagamento de matérias primas , de mão de obra, energia, etc., que variam em função do volume de produção.
Custo Total (CT)
É a soma dos custos fixos mais os custos variáveis.
é importante conhecer outros conceitos de custos, essenciais para a análise da atividade produtiva de uma empresa. São eles os custos médios de produção e o custo marginal.
- os custos médios de produção indicam o que, em média, cada fator de produção custa à empresa na produção d um determinado produto. Assim , se “q” for a quantidade produzida, têm-se...
Custo fixo médio - Vem a ser a resultante da divisão do custo fixo pelas respectivas quantidades produzidas. (Cfm) = cf/q
Custo variável médio - Obtido através da divisão do custo variável pelas quantidades produzidas.
(Cvm) = cv/q
Custo total médio - Resultante da divisão do custo total pelas respectivas quantidades produzidas)
Observe que o CTM também pode ser obtido através da soma do CFM com o CVM, ou seja: (CTM = CFM + CVM. (Ctm) = ct/q.
Custo Marginal (CMg) - Vem a ser o custo em que incorre a empresa quando produzir uma unidade a mais do produto; ou seja, seu valor é dado pelo acréscimo do custo total decorrente  do aumento de uma unidade na produção.
Quando a firmanada produz, ela incorre nos custos fixos. Assim, a uma produção de 0 unidade seu custo total será igual ao custo fixo, ou seja, 50 (primeira linha).
A partir do momento que há produção, ocorrem também os custos variáveis que são aqueles que dependem da quantidade produzida. Neste caso, o custo total terá dois componentes: o custo fixo e o custo variável.
Outra observação relevante é que o custo fixo médio (coluna E) cai ininterruptamente à medida que aumenta o volume de produção. Isso é o mesmo que dizer que ele se dilui com a produção.
Conclui-se, daí, que quanto menor a produção maior será a importância relativa do custo fixo, e vice-versa.
O conceito econômico que distingue curto prazo de longo prazo não está afeito ao tempo, e sim à capacidade da empresa em modificar a utilização de seus fatores de produção.
enquanto a firma estiver atuando em um período de tempo que não seja capaz de, se quiser, alterar as quantidades de todos os fatores de produção, esse período será considerado de curto prazo.
a partir do momento que a empresa seja capaz de alterar todos os seus fatores de produção (mesmo que não o faça), será considerado longo prazo. Por essa razão, como no longo prazo não existem fatores fixos, a firma terá apenas custos variáveis.
O equilíbrio da firma
Reside na constatação de que o mesmo não ocorrerá com a produção máxima, e sim com o maior lucro.
o lucro vem a ser a diferença entre receita total e custo total, conclui-se que o empresário, na busca do equilíbrio da sua empresa, deverá preocupar-se em produzir ao menor custo possível, uma vez que, pela concorrência, nem sempre poderá influir no preço de mercado do produto.
Aula 8: Os sistemas econômicos e o fluxo circular da renda
Sistemas Econômicos - pode-se conceituar sistema econômico como sendo a forma como uma economia é administrada.
Portanto, um sistema econômico vem a ser a forma social, política e econômica pela qual está organizada a sociedade. É ele, em última análise, que determina os rumos da economia para que as três questões fundamentais (o que produzir, como e onde produzir e para quem produzir) possam ser atendidas a contento.
Elementos de um Sistema Econômico:
- Num estoque de fatores de produção - aquilo que a economia dispõe para ser utilizado no processo produtivo (Terra, Trabalho, Capital, Capacidade Tecnológica, Capacidade Empresarial)
- Nos agentes econômicos - Que são as famílias, as empresas e o governo, atores do cenário econômico. (Famílias, Empresas, Governo)
- Num conjunto de instituições jurídicas, políticas e sociais - Cujo objetivo é disciplinar as atividades da sociedade. (Jurídicas, Políticas, Sociais).
Objetivos de um Sistema Econômico
Todo sistema econômico deve possuir, pelo menos,  três objetivos  bem definidos:
- Crescimento econômico - Para que as necessidades de uma população cada vez maior possam ser atendidas;
- Estabilidade econômica - Para que haja equilibrio no desempenho da atividade econômica;
- Equidade ou igualdade econômica - Para que um maior número de pessoas se beneficie daquilo que foi produzido.
Conclui-se que o produto de uma economia será a soma dos valores das produções de todos os produtos produzidos em um determinado período de tempo (normalmente um ano).
Já a estabilidade econômica  está vinculada aos níveis de emprego, no sentido de se tentar manter, pelo menos, aqueles já alcançados pela economia,  e  aos níveis de preços, uma vez que qualquer processo inflacionário é algo totalmente indesejado, pois  a queda constante do poder aquisitivo torna-se um “tipo de imposto” que incide principalmente no bolso das camadas mais pobres da população.
O terceiro e último objetivo vem a ser a equidade, obtida através de  uma distribuição mais justa da renda, da redução dos bolsões de pobreza absoluta e  da inserção social gradativa  dos contingentes de excluídos .
Tipos de Sistema Econômico
Sistema socialista - pelo fato de o estado deter a maior parte dos fatores de produção, as decisões  são tomadas por um órgão central de planejamento que, em última análise, define em nome da sociedade as respostas a essas questões.
Sistema capitalista ou de livre iniciativa - as escolhas serão feitas, em geral, através das forças de mercado, isto é, pelos consumidores e produtores, tendo como referência o mecanismo de preços.
O Fluxo Circular da Renda
Uma descrição da atividade produtiva deve considerar, inicialmente, dois tipos de agentes econômicos: de um lado, há os indivíduos também denominados famílias – que são os possuidores ou proprietários dos fatores de produção – e que demandam bens e serviços que satisfaçam suas necessidades; de outro lado, existem as empresas que demandam aqueles fatores de produção e fornecem bens e serviços aos consumidores (famílias) e, por fim, o governo que absorve fatores de produção das famílias e produtos das empresas, recolhe impostos e oferece serviços públicos à população.
 
Fluxo real - O primeiro está associado ao fornecimento dos fatores de produção e dos produtos
Fluxo monetário - O segundo aos respectivos pagamentos feitos pelas aquisições desses fatores e produtos.
Conclusão
Quando analisamos as relações entre as famílias e as empresas, constatamos que essas adquirem os fatores de produção daquelas e, com esses fatores de produção, geram produtos que serão fornecidos às famílias. A contrapartida a esses fluxos reais serão dois fluxos monetários referentes a seus respectivos pagamentos.
Aula 9: Questões fundamentais da macroeconomia e os instrumentos de política econômica 
Um sistema econômico (maneira como a economia é administrada) se depara com algumas questões fundamentais.  Essas questões denominam-se:
Conjunturais (no curto prazo) - Definem-se questões conjunturais ou de curto prazo de uma economia o emprego e a inflação.
Nivel de emprego e combate à inflação - A justificativa econômica para que a administração da economia se preocupe com essas duas variáveis tem por explicação o seguinte:
A importância do emprego dos fatores de produção (O emprego dos fatores de produção é de suma importância na economia, pois gera: produto e renda);
A relevância do controle de preços e combate à inflação (Considera-se inflação a elevação constante nos níveis de preços de uma economia, a importância do combate à inflação prende-se ao fato de que uma moeda estável possibilita a manutenção do poder de compra do indivíduo, o que é de total importância, principalmente para os assalariados).
Estruturais (no longo prazo) - o crescimento econômico e o desenvolvimento econômico.
A importância do crescimento econômico - está relacionado ao aumento daquilo que ela é capaz de produzir. A preocupação com a necessidade de elevação do produto é explicada pelo fato de que, com o aumento populacional que se verifica a cada ano, as necessidades humanas se tornam cada vez maiores, mais sofisticadas e precisam ser satisfeitas.
A relevância do desenvolvimento econômico - pressupõe a melhoria de vida da população como um todo. Esse ganho social precisará ser mais atuante nas camadas menos favorecidas da população.  Assim, se as faixas mais pobres obtiverem uma taxa de melhora maior do que a dos mais ricos, a diferença entre elas diminuirá, configurando, desta forma, uma melhor distribuição de renda, e esse deve ser o objetivo de uma política voltada para o social.
a economia  deverá promover medidas que impactem numa melhor distribuição de renda tais como a redução da mortalidade infantil e do analfabetismo, a pulverização do saneamento básico, a elevação no nível de renda per capita, e tantos outros, indicadas em índices como o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano.
Além disso, faz-se necessária a eliminação dos bolsões de pobreza absoluta (famílias que vivem em condições sub humanas)  e inserção social gradativa dos excluídos (mendigos, moradores de rua, etc.).
Os instrumentos de política  econômica 
É preciso entender que esses instrumentosde política econômica não são excludentes, ou seja, podem e devem ser usados ao mesmo tempo. A utilização com maior ênfase em um ou outro dependerá de cada objetivo do governo. (política fiscal, política monetária, política de juros e crédito e política cambial e comercial.)
Política Fiscal – Receita (A ótica da receita diz respeito aos impostos que os governos, municipal, estadual e federal cobram das famílias e das empresas. O que deve ser taxado e suas respectivas alíquotas é fruto de uma decisão de política econômica. ) e despesa (Da mesma forma as despesas públicas, financiadas pelos impostos cobrados, serão definidas mediante escolha daquilo que deva ser prioritário para a economia.)
Política Monetária - a política monetária auxilia o governo no dimensionamento adequado do volume de moeda que deve circular na economia. 
- a emissão de moeda pela Casa da Moeda. Nesse caso, só é possível a manutenção (não emissão) ou a expansão de moeda (emissão). A redução não se consegue por esse meio por motivos óbvios.
- taxa do depósito compulsório (obrigatório), que vem a ser a taxa percentual que define a parte dos depósitos a vista que os bancos comerciais têm que recolher compulsoriamente ao Banco Central.
- venda e recompra de títulos do governo, garantidos pelo Tesouro Nacional, através do mercado aberto (“open market”). Através do mercado financeiro o governo poderá, com a emissão e venda de títulos públicos, reduzir o volume de moeda em circulação, uma vez que ao comprá-los, o público troca moeda por papel. O oposto (aumento de moeda em circulação) ocorrerá quando o governo resgatar esses títulos ou recomprá-los antes do vencimento.
Política de taxa de juros e de crédito - precisamos entender que a taxa de juros vem a ser o preço do dinheiro, cujo mercado, como qualquer bem, possui naturalmente forças de demanda (procura) e oferta. Desta forma, relembrando o que vimos anteriormente, é fácil concluir que se o preço do dinheiro (taxa de juros) estiver baixo haverá muita procura e pouca oferta. Por outro lado, caso a taxa de juros estiver em patamares elevados a oferta de moeda será maior que a procura.
Política cambial e comercial - Toda economia, em maior ou menor grau, mantém relações comerciais com os demais países. Uma dessas relações são as compras (importações) e vendas (exportações) de produtos (bens e serviços) através de uma moeda forte de aceitação internacional. Ao longo de décadas, a mais utilizada nas transações entre países tem sido o dólar norte americano (US$). 
A taxa de câmbio vem a ser o preço da moeda estrangeira em termos da moeda nacional.
Conclui-se que taxas de câmbio elevadas representam fator de inibição das importações e estimulam as exportações. No caso inverso, as reações serão opostas.
A política comercial tem a ver com medidas adotadas pelo governo no objetivo de intervir nas transações com o exterior. As tarifas alfandegárias cobradas sobre os produtos importados  retratam bem essa interferência. Quanto maior a tarifa mais dificultadas se tornarão as importações e mais protegida da concorrência externa estará a indústria nacional e, consequentemente, seus empregados.
1- É comum que empresas exportadoras solicitem ao governo medidas que resultem na elevação da taxa de câmbio. O objetivo seria tornar seus produtos mais competitivos no exterior, uma vez que o preço em dólar poderia ser reduzido, mantendo a mesma receita em reais.
 
2- Proteções alfandegárias costumam ser questionadas internacionalmente pelos países exportadores que encontram dificuldades de colocação para seus produtos.
  
Aula 10: Moeda; indicadores monetários e conceitos de criação ou destruição de moeda 
Definição de Moeda - é usado para denominar tudo aquilo que geralmente é aceito como meio de trocas de bens e serviços.
Escambo – Sistema de trocas diretas, mercadoria por mercadoria.
Dificuldades da economia de escambo - exige uma permanente  coincidência de interesses, há a dificuldade de se estabelecer as relações ou preços de troca (valores entre dois bens bastante diferentes).
Por tudo isso, esse sistema, que vigorou na mais remota antiguidade, era claramente ineficiente. As mudanças requeridas se realizaram lentamente.
O próximo passo foi o surgimento de um sistema de trocas  indiretas: uma mercadoria qualquer, que tivesse aceitação geral, passa a ser usada como meio de pagamento. Tem-se aqui a introdução da moeda no sistema econômico e que, passando por um processo evolutivo natural, dá origem a todo o sistema monetário moderno.
No desenvolvimento desse novo sistema de trocas indiretas, a moeda assumiu as mais diferentes formas, nos mais diferentes países e épocas. Numa ordem quase cronológica de seu aparecimento, podemos registrar, sinteticamente, formas e tipos de moeda.
Moeda mercadoria - escolhia-se uma mercadoria  que fosse relativamente escassa e não facilmente perecível (nem sempre possível). A história registra que, em diferentes locais e épocas, foram usados como moeda: sal, peles, fumo, gado, trigo, rum, carne seca, ferro, cobre, dentre outros.
Moeda metálica - a preferência  maior recaía, geralmente, sobre os metais, não só pela sua relativa escassez, mas, também, pela sua durabilidade e fácil divisibilidade. Muito embora o ferro, o cobre e o bronze tenham sido bastante utilizados, houve uma predominância do uso dos metais preciosos, notadamente a prata e o ouro.
Moeda papel - o manejo de grandes quantidades de metais preciosos tornou-se problemático pelas dificuldades de transporte e os riscos envolvidos. Pouco a pouco, nota-se o aparecimento de casas de custódia desses metais em diversos pontos. Essas casas passaram a receber em depósito os metais preciosos dos comerciantes, emitindo em troca um recibo ou certificado de valor correspondente.
Papel moeda - diante da crescente demanda por tais certificados, as casas de custódia passaram a emitir  certificados cujo valor global  em circulação excedia  o valor total dos metais preciosos ali depositados. A experiência acumulada pelos custodiadores mostrava que nem todos os depositantes resgatavam, ao mesmo tempo, seus depósitos. Além do mais, enquanto alguns vinham para reconverter seus certificados em ouro, outros vinham para depositar. Assim, com um encaixe metálico  menor, era possível garantir a liquidez dos certificados, isto é, garantir as reconversões que, em média, na semana ou no mês, correspondia a apenas uma fração do total dos certificados em circulação.
Ocorreu, assim, um novo marco histórico na evolução das formas de moeda: a passagem da moeda papel para os certificados emitidos  sem o correspondente lastro em ouro ou prata e que vieram  a ser chamados  de papel moeda.
Tipos de moeda
Moeda manual - Vem a ser aquela emitida pela Casa da Moeda, representada pelas cédulas e moedas metálicas em circulação.
Moeda escritural ou bancária - Representada pelos depósitos à vista nos bancos comerciais.
Funções da moeda 
Instrumento de troca - Tendo aceitação generalizada como meio de pagamento nas transações, a moeda exerce sua função mais cristalina e fundamental – que é servir como instrumento ou intermediária de trocas entre os indivíduos para satisfação de ambas as partes.
Padrão de referência de valor - a moeda possibilita que todos os fatores de produção e os produtos (bens e serviços) possam ter seus valores expressos em unidades monetárias, propiciando a fácil avaliação e comparação de todos os recursos e produtos disponíveis na Economia.
Reserva de valor - no sentido de que o indivíduo pode manter sua riqueza (ou parte dela) sob a forma de moeda, por um período de tempo, sabendo que, amanhã ou depois, esse ativo será aceito em qualquer transação por ter liquidez absoluta.
Indicadores monetários
Papel moeda emitido (PME) - Trata-se do total de dinheiro “autorizado” (isto é, produzido ou fabricado) pelas Autoridades Monetárias.
Papel moeda em circulação (PMC) - Equivale ao total do papel moeda emitido (PME) menos o dinheiro quese encontra no caixa do Banco Central.
Papel moeda em poder do público (PMP) - Deduzindo-se do papel moeda em circulação (PMC) o dinheiro em caixa dos bancos comerciais, tem-se o total de dinheiro em poder do público, isto é, todos os indivíduos e empresas (exclusive, claro, os bancos comerciais).
Meios de pagamento
Consideram-se meios de pagamento (M) todos os haveres possuídos pelo setor não bancário e que podem ser utilizados a qualquer momento para liquidação de qualquer compromisso em moeda nacional.
Dois haveres preenchem essas condições: o papel moeda em poder do público (PMP) e a moeda escritural, representada pelos depósitos a vista nos bancos comerciais públicos e privados (DVBC).
Assim, o total de meios de pagamento (M) é definido pela expressão: M = PMP + DVBC (moeda escritural)
Conceito de criação e destruição de moeda
Diariamente, o público, isto é, os  indivíduos e as empresas, realiza operações com o setor bancário comercial, operações essas traduzidas em depósitos, saques, pagamentos diversos (luz, telefone), tomada ou quitação de empréstimo etc. Dependendo da natureza dessas operações, o total de meios de pagamentos poderá ou não se reduzir ou aumentar. Se o resultado for um aumento dos meios de pagamento, têm-se aí uma criação de moeda; se ocorrer uma redução dos meios de pagamento, tem-se uma destruição de moeda. 
Importante notar que para que haja criação ou destruição de moeda a transação deverá ser feita entre um agente do setor bancário e outro do setor não bancário.

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