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Cartilha de Iluminação publica

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Prévia do material em texto

Governador do Estado de São Paulo
Geraldo Alckmin
Secretário de Energia
José Aníbal Peres de Pontes
Secretário Adjunto
Ricardo Achilles
Chefe de Gabinete
Alexsandro Peixe Campos
EQUIPE TÉCNICA
Secretaria de Energia
Genésio Betiol Júnior
Henrique de Sousa Ferraz
Iêda Maria de Oliveira Lima
Ricardo Carvalho Pinto Guedes
Marcos Paulo de Souza Silva
Carlos Fernando dos Reis Fortes Filho
São Paulo, 2013
PROdUçãO EdITORIAL
Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam 
Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal
www.cepam.sp.gov.br
Projeto Gráfico e Capa | Michelle Nascimento
Diagramação | Michelle Nascimento, Carlos Papai e Janaina Alves Cruz da Silva 
Editoração de Texto e Revisão | Eva Célia Barbosa e Vanessa Umbelina
Tiragem | 3 mil exemplares
palavra do Secretário
A Iluminação Pública (IP) contribui para a qualidade de vida da população. Com boa gestão, o serviço permite aos cidadãos usufruir 
com segurança do espaço urbano durante a noite, especialmente quanto à mobilidade.
Pontos de luz bem planejados também ajudam na construção da identidade local, na medida em que valorizam a arquitetura e o 
patrimônio histórico das cidades. 
No Brasil, o serviço de Iluminação Pública, em geral, é prestado pelas concessionárias distribuidoras de energia elétrica. Entre-
tanto, a partir de janeiro do ano que vem, os ativos de IP serão integralmente transferidos para os municípios, aos quais caberá a 
competência pela prestação desse serviço.
A mudança foi determinada por resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 2010, com base em interpretação do 
artigo 30 da Constituição Federal, que dispõe sobre a competência dos municípios para “organizar e prestar, diretamente ou sob 
regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local...”.
Portanto, a partir de janeiro de 2014, os municípios terão a responsabilidade de fazer a gestão da operação, manutenção, expansão 
e inovação do sistema de IP, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão.
Algumas cidades médias e grandes do estado de São Paulo já assumiram o serviço de IP, com a cobrança da Contribuição para 
Iluminação Pública (CIP), que é facultada a todos os municípios.
Os municípios que ainda não se organizaram para recepcionar a prestação do serviço de IP, especialmente os que 
têm população até 30 mil habitantes (71% dos 645 municípios de São Paulo), deverão fazer um bom planejamento 
para que a transição tenha resultados positivos para a população. Especialmente quanto à ampliação e maior 
eficiência do serviço de IP.
O governo do estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Energia, elaborou a cartilha Iluminação Pública – Guia 
do Gestor, que traz informações e sugestões para os prefeitos. Nosso objetivo é oferecer subsídios aos gestores 
municipais na definição dos melhores procedimentos para assumir o serviço de IP.
 
José Aníbal
Secretário de Energia do Governo de São Paulo
Sumário
PAlAvrA DO SECrETÁrIO
INTrODUÇÃO 7
 A IlUMINAÇÃO PÚBlICA E SUA IMPOrTÂNCIA 9
COMPONENTES DE UM CIrCUITO DE IlUMINAÇÃO 10
O CONSUMO DE ENErGIA ElÉTrICA COM IlUMINAÇÃO PÚBlICA 12
O QUE HÁ DE NOvO NA GESTÃO DA IlUMINAÇÃO PÚBlICA 14
ESTrUTUrA rElACIONADA AO SISTEMA DE IlUMINAÇÃO PÚBlICA 19
CUSTOS DE OPErAÇÃO E MANUTENÇÃO 21
EQUIPE PrÓPrIA OU TErCEIrOS – O QUE FAZEr? 26
FONTES PArA CUSTEIO DOS SErvIÇOS DE IlUMINAÇÃO PÚBlICA 29
GESTÃO DE ENErGIA ElÉTrICA PArA rEDUÇÃO DE DESPESAS 30
introdução
Esta Cartilha elenca os principais aspectos com os quais os prefeitos terão 
que lidar, ao assumir os ativos de Iluminação Pública (IP), para cumprir 
determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), contida na 
resolução 414/2010 e outras que se seguiram.
Os prefeitos encontram, aqui, informações sobre as diversas funções e vantagens 
da IP para a vida das suas cidades; o que receberão até 31 de janeiro de 2014; 
quais as implicações administrativas e de custos decorrentes da transferência 
de ativos de IP das distribuidoras de energia elétrica para seus municípios.
Concebida por técnicos da Secretaria de Energia do Estado de São Paulo, a 
Cartilha foi editada pelo Centro de Estudos e Pesquisas de Administração 
Municipal (Cepam).
 
8
a iluminação pÚBlica 
e Sua importÂncia
A IP é definida como um serviço público que tem por objetivo exclusivo prover 
de claridade os logradouros públicos, de forma periódica, contínua ou eventual1. 
Sob o ponto de vista constitucional, a prestação dos serviços públicos de 
interesse local – nos quais se insere a IP – é de competência dos municípios. 
Por se tratar, também, de um serviço que requer o fornecimento de energia 
elétrica, está submetido, nesse particular, à legislação federal.
Trata-se de um serviço essencial à qualidade de vida noturna da população 
que reside nos centros urbanos, e visa possibilitar às pessoas o desfrute dos 
espaços e vias públicas com segurança e tranquilidade.
Nesse sentido, a IP desempenha papel importante na vida das cidades, 
destacando-se como principais:
Inibição do crime: a IP melhora a visibilidade, o sentido de orientação, e, 
consequentemente, a segurança, não somente pela possibilidade de melhor 
identificar potenciais perigos como por inibir ações criminosas.
Promoção do jovem saudável: com áreas bem iluminadas, pode-se fomentar 
a prática de atividades saudáveis nas áreas do esporte, lazer e da cultura, que 
afastam o jovem do crime e qualifica a sua presença nas ruas. A prefeitura 
1 Inciso XXXvI do Art. 2º da resolução Normativa Aneel 414/2010.
10
pode promover ações esportivas, recreativas, culturais, oficinas para estímulo a talentos, educativas 
de diversas modalidades, em áreas livres, bem iluminadas e atrativas.
Redução de acidentes de trânsito com pedestres e veículos: a IP também contribui para 
reduzir as possibilidades de acidentes de trânsito com pedestres, como choques com obstáculos 
na altura do solo – meios-fios, buracos, irregularidades. Da mesma forma, com ruas mais bem 
iluminadas, reduz-se o efeito do ofuscamento dos faróis de veículos sobre outros motoristas, 
evitando acidentes.
Atração de turistas: a IP também promove a sociabilidade, permitindo que as pessoas se vejam 
e se encontrem; realça certos objetos e valoriza monumentos e sítios históricos, tornando a cidade 
mais atraente para os turistas.
Aumento da autoestima dos moradores: viver em uma cidade amigável, onde se pode circular 
com segurança e ter vida noturna agradável, com a presença de amigos e visitantes, eleva a 
autoestima dos cidadãos residentes nela e melhora a visibilidade da Administração municipal.
componenteS de um 
circuito de iluminação
O sistema de IP, considerado como Ativo Imobilizado em Serviço (AIS), compreende as luminárias, 
lâmpadas, relés fotoelétricos e fotoeletrônicos, reatores, braços de sustentação da luminária, 
eletrodutos, caixas de passagem e condutores exclusivos para iluminação pública. Incluem-se 
também os postes e circuitos utilizados exclusivamente para atender ao circuito de IP, com ou 
sem transformadores (Figura 1).
11
Figura 1 – Sistema de um circuito de iluminação básico
PONTO DE ENTREGA
(ATIVO PREFEITURA)
INÍCIO DO CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO
Relé Fotelétrico
Reator
Neutro
Rede B1
Rede B2
Rede B3
TÉRMINO DO CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO
PONTO DE ENTREGA (ATIVO DA CONCESSIONÁRIA)
BRAÇO COM LUMINÁRIA
Poste
Legenda: Cabos Condutores
Fonte: Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
Os ativos ligados à concessão das distribuidoras, como postes e a rede de distribuição de energia 
elétrica, não fazem parte do sistema de IP, e, portanto, não serão repassados aos municípios.
O circuito de IP inicia-se no ponto de conexão com a rede de distribuição de energia elétrica da 
concessionária (distribuidora).Quando esse ativo é de responsabilidade da distribuidora, o ponto de 
entrega está situado no bulbo da lâmpada, e, nesse caso, é aplicada a tarifa B4b sobre o consumo 
total de energia elétrica do sistema de IP. 
12
No entanto, se o ativo de IP pertence à prefeitura (Poder Público municipal), o ponto de entrega é 
na conexão com a rede de distribuição, coincidindo com o início do circuito de iluminação, e sobre 
o consumo total será aplicada a tarifa B4a. O valor da tarifa B4a é cerca de 9% menor do que a 
tarifa B4b, e será discutido mais adiante. 
Há também outros sistemas de IP com comando em grupo de lâmpadas. Outros possuem redes 
totalmente independentes, com conexão no sistema de média tensão, por meio de transformadores 
de potência.
o conSumo de enerGia 
elÉtrica com iluminação 
pÚBlica
Em 2011, foram consumidos quase 130 mil GWh2 de energia elétrica, em todo o estado de São 
Paulo. Dentre as classes de consumo de energia elétrica existentes, a IP respondeu por 2,3% desse 
total, ou seja, cerca de 3 mil GWh, conforme mostrado no Quadro 1 e Figura 2.
2 Gigawatt-hora (GWh) equivale a 109 Wh ou 3,6×1012 joules. Um Wh é a quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga 
com potência de 1 Watt pelo período de uma hora; 1 Wh é equivalente a 3.600 joules.
13
Quadro 1 – Consumo de energia elétrica por classe (GWh) – Estado de São Paulo – 2011
Classe
Consumo de Energia Elétrica – 2011
[GWh] [%]
Industrial 55.721 42,9
residencial 35.931 27,7
Comercial 24.261 18,7
Serviço Público 5.016 3,9
Iluminação Pública 3.007 2,3
Poder Público 2.941 2,2
rural 2.836 2,2
Consumo Próprio 165 0,1
Total 129.878 100
Fonte: Anuário Estatístico SEE, 2012
Figura 2 – Consumo de energia elétrica por classe (GWh) – Estado de São Paulo – 2011
ESTADO DE SÃO PAULO – 2011
CONSUMO POR CLASSE [GWh]
CONSUMO PRÓPRIO
RURAL
PODER PÚBLICO
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
SERVIÇO PÚBLICO
COMERCIAL
RESIDENCIAL
INDUSTRIAL
0,1% 
2,2%
 2,2%
 2,3%
 3,9%
 18,7%
 27,7%
 42,9%
 165
 2.836
 2.941
 3.007
 5.016
 24.261
 35.931
 55.721
Fonte: Anuário Estatístico SEE, 2012
14
o Que Há de novo na GeStão 
da iluminação pÚBlica
tranSferência de ativoS da ip 
para oS municípioS
Em setembro de 2010, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)3 decide, por meio da resolução 
Normativa 414/20104, que os ativos de IP sob a responsabilidade das distribuidoras de energia 
elétrica, serão repassados para os municípios. 
Essa decisão fundamenta-se no Art. 30 da Constituição Federal, no Parecer 765/2008 da Procuradoria 
Federal da Aneel, nas Audiências Públicas 008/2008 e 49/2011 e na Consulta Pública 002/2009.
A Aneel também definiu as responsabilidades das distribuidoras até o final do novo cronograma 
contido na resolução Normativa 414/2010.
Ainda segundo a resolução Aneel 414/2010, a elaboração de projeto, implantação, expansão, 
operação e manutenção das instalações de IP são de responsabilidade do ente municipal ou de 
quem tenha recebido deste a delegação para prestar tais serviços.
No entanto, a distribuidora pode prestar esses serviços mediante celebração de contrato específico 
para tal fim, ficando a prefeitura responsável pelas despesas decorrentes, que inclui todos os custos 
relacionados à ampliação de capacidade ou de reforma de subestações, alimentadores e linhas já 
existentes, quando necessárias ao atendimento das instalações de IP.5
3 A Aneel é uma autarquia em regime especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, criada pela lei 9.427, de 26 de dezembro de 
1996, e regulamentada pelo Decreto 2.335, de 6 de outubro de 1997, e que tem por finalidade regular e fiscalizar a produção, transmissão, 
distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal.
4 resolução Normativa 414, de 9 de setembro de 2010, que estabelece as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica de 
forma atualizada e consolidada. Foi publicada no DOU de 15/9/2010, Seção 1, volume 147, número 177, página 115.
5 Art. 21 da resolução Normativa Aneel 414/2010 (com nova redação dada pela resolução Aneel 479/2012).
15
A resolução Normativa Aneel 414/2010 continha um cronograma de transferência da IP para os 
municípios, que foi questionado pelas prefeituras e, após um período de negociação, no qual a 
Secretaria de Energia do Estado de São Paulo teve papel importante, foi definido um novo cronograma, 
por meio da resolução Normativa Aneel 479/20126.
cronoGrama reGulatório de tranSferência 
O cronograma de transferência dos ativos de IP das concessionárias distribuidoras de energia 
elétrica para os municípios, segundo o Art. 218 da resolução 414/2010, ficou definido como consta 
no Quadro 2.
Quadro 2 – Cronograma de transferência de IP para os municípios
Até 14/3/2011 Elaboração de plano de repasse dos ativos imobilizados em serviço.
Até 1º/7/2012 Encaminhamento de proposta da distribuidora ao Poder Público municipal (valor depreciado dos ativos) e minuta dos termos contratuais.
Até 1º/3/2013 Encaminhamento à Aneel do relatório conclusivo do resultado das negociações, por município, e cronograma de transferência de ativos.
Até 30/9/2013 Encaminhamento à Aneel do relatório de acompanhamento da transferência de ativos e objeto das negociações, por município.
Até 31/1/2014 Conclusão da transferência dos ativos de IP para os municípios (data limite).
Fonte: SEE, 2013 (resolução Aneel 414/2010)
6 resolução Normativa 479, de 3 de abril de 2012, que altera a resolução Normativa 414, de 9 de setembro de 2010. Foi publicada no 
DOU de 12/4/2012, Seção 1, volume 149, número 71, página 48.
16
aS tarifaS Que Serão paGaS 
pelaS prefeituraS
A IP está enquadrada no Grupo B (subgrupo B4) definido no Inciso XXXvIII do Art. 2º da resolução 
Normativa Aneel 414/2010. 
O Grupo B (baixa tensão) é definido como um grupamento composto de unidades consumidoras 
com fornecimento em tensão inferior a 2,3 kv, caracterizado pela tarifa monômia7 (tarifa única de 
consumo de energia elétrica, independentemente das horas de utilização no dia). As tarifas aplicadas 
à IP fazem parte do subgrupo B4 e se dividem em tarifas B4a e B4b. 
A tarifa B4a é aplicada quando os ativos de IP, bem como os serviços de operação e manutenção, 
são de responsabilidade do município. Essa tarifa representa apenas o consumo de energia do 
sistema de IP.
Quando a concessionária presta o serviço de IP no município, a tarifa é acrescida de uma parcela 
relacionada ao custeio de operação e manutenção do sistema e, segundo a resolução 414/2010, 
a tarifa aplicada é a B4b; neste caso, o ponto de entrega é considerado como sendo o “bulbo da 
lâmpada”, conforme já mencionado. 
Os valores das tarifas de energia elétrica são definidos anualmente pela própria Aneel, por meio de 
resolução homologatória, e são diferenciados entre as concessionárias de distribuição. O Quadro 
3 relaciona, a título de ilustração, os valores das tarifas B4a e B4b vigentes para todas as conces-
sionárias de distribuição de energia elétrica, com área de concessão no estado de São Paulo.
7 resolução Normativa Aneel 414/2010, Art. 2º, lXXv-B.
17
Quadro 3 – valores das tarifas de IP – B4
TARIFAS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA – B4
Concessionárias
B4a
(Rede de Distribuição)
[R$/MWh]
B4b
(Bulbo da Lâmpada)
[R$/MWh]
AES Eletropaulo 130,91 142,81
Elektro 149,49 164,15
CPFL Paulista 122,65 134,62
CPFL Piratininga 145,20 158,40
CPFL Santa Cruz 138,94 153,01
CPFL Mococa 183,89 202,62
CPFL Leste Paulista 174,21 190,25
CPFL Jaguari 120,30 133,67
CPFL Sul Paulista 166,16 181,54
Caiuá 133,58 146,32
Nacional – CNEE 137,26 150,85
Bragantina – EEB 157,28 171,41
Vale Paranapanema – EEVP 141,33 154,42
EDP Bandeirante 156,77 171,34
Fonte: SEE, 20138
8 Consulta efetuada nos sites das respectivas distribuidoras, em março de 2013.
18
procedimentoS contáBeiS da tranSferência
Ponto importante do processo de transferência de responsabilidades sobre a IP diz respeito aos 
procedimentos contábeis para a transferência, sem ônus para o Poder Público municipal, dos ativos 
de IP registrados no Ativo Imobilizado das concessionárias de serviços públicos de distribuição de 
energia, cujas regras estão contidas na resolução Normativa Aneel 480/2012 e no Manual de Con-
tabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, instituído pela resolução Normativa 444/2001.
aS cidadeS Que já aSSumiram 
oS ativoS de ip
No estado de São Paulo, segundo a Aneel9, até 2011, havia 95 cidades que assumiram os ativos 
de IP; ou seja, 15% das cidades paulistas passaram a efetuar a operação e manutenção do 
sistema (Quadro 4).
Quadro 4 – Número de cidades com gestão de IP
Concessionárias de Distribuição Número de Cidades que Fazem Gestão de IP
AES Eletropaulo 6
Elektro 0
EDP Bandeirante 3
CPFL Paulista 0
CPFL Piratininga 0
CPFL Sul Paulista 5
CPFL Leste Paulista 7
9 Nota Técnica Aneel 021/2011.
(continua)
19
Concessionárias de Distribuição Número de Cidades que Fazem Gestão de IP
CPFL Santa Cruz 0
CPFL Mococa 1
CPFL Jaguarí 2
Caiuá 23
Vale Paranapanema – EEVP 27
Bragantina – EEB 5
Nacional – CNEE 16
Total 95 (14,7%)
Fonte: Aneel, 2011
No Brasil, 14,7% das cidades paulistas e 54,6%, no Paraná, já assumiram os ativos de IP. Nos estados 
do Amazonas, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais e Amapá, em praticamente todas as cidades, os 
ativos ainda permanecem com as concessionárias de distribuição de energia elétrica. Nos demais 
estados, as prefeituras já assumiram os ativos e fazem a gestão do sistema de IP.
eStrutura relacionada 
ao SiStema de 
iluminação pÚBlica
Aos olhos do cidadão, o sistema de IP pode parecer muito simples; afinal, são lâmpadas que se 
acendem ao anoitecer, e se apagam ao alvorecer. 
Porém, há uma complexa estrutura montada para que a IP funcione em conformidade com os padrões 
de qualidade esperados, de forma a proporcionar essa “percepção” ao cidadão.
(continuação)Quadro 4 – Número de cidades com gestão de IP
20
A Figura 3 contém, de forma simplificada, a estrutura necessária ao bom funcionamento de um 
sistema de IP.
Figura 3 – Estrutura envolvida no serviço de IP
a) Equipamentos e acessórios: luminárias, lâmpadas, suportes, reatores, relês fotoelétricos, condutores, 
chaves de comando.
b) Implantação: 
	 •		projeto	(rede/ponto	georreferenciado,	inventário	da	arborização	urbana,	memorial	descritivo	de	
equipamentos/acessórios e requisitos de qualidade dos equipamentos e acessórios);
	 •		instalação.
c) Manutenção:
	 •	 melhoria	(retrofit) e modificações do parque existente; 
	 •	 gestão	da	ordem	de	serviço	(despacho,	execução	e	encerramento);
	 •	 aquisição,	armazenamento	e	controle	de	equipamentos,	materiais	e	ferramentas	(especificação	
técnica, pré-qualificação de fornecedores e fabricantes, inspeção de recebimento);
	 •	 fiscalização	da	manutenção	e	controle	de	qualidade	dos	componentes	do	sistema	de	iluminação	e	
dos fatores que influenciam o sistema (arborização urbana);
	 •	 operação	do	Call-Center (atendimento de reclamações e registro, tratamento e análise das 
ocorrências);
	 •	 treinamento	e	capacitação	das	equipes	técnicas	e	administrativas.
d) Gestão do sistema de IP:
	 •		monitoramento	e	avaliação	das	atividades	de	projetos	de	expansão	e	de	operação	e	manutenção;
	 •		administração	de	contratos	e	controle	de	qualidade	dos	fornecedores;
	 •		administração	das	contas	de	energia;
	 •		comunicação	e	educação	(números	da	IP,	campanhas	educativas	pela	preservação	do	patrimônio,	etc.).
21
cuStoS de operação e 
manutenção
Os necessários custos envolvidos na prestação de serviços de operação e manutenção de sistemas 
de IP podem ser resumidos conforme segue:
•	pessoal	técnico	e	administrativo;
•	veículos;
•	equipamentos	de	segurança;
•	infraestrutura	(imobiliária,	mobiliária,	informática	e	comunicação);
•	equipamentos	e	materiais;	
•	tributos	e	encargos.
Além dos custos de operação e manutenção, a prefeitura é responsável, também, pelos 
investimentos relacionados à expansão e melhoria do sistema de IP, que compreendem 
a elaboração de projeto, aquisição de materiais e equipamentos e execução das obras 
necessárias, sem a participação financeira da distribuidora.
22
o Que vinHa Sendo praticado atÉ a deciSão 
da aneel de tranSferir oS ativoS 
de ip para oS municípioS?
A distribuidora de energia elétrica é responsável pela construção, operação e manutenção da 
rede de distribuição de energia elétrica e vinha também assumindo a estrutura de IP, geralmente 
compartilhada com a mesma rede. 
Para isso, a distribuidora dispunha de quadro de pessoal técnico qualificado, materiais e equipamentos 
adequados e uma logística estruturada para suportar essas atividades, que são correlatas.
Por esse serviço, o município vinha pagando a tarifa B4b que, como já comentado, inclui o fornecimento 
de energia e a prestação do serviço de IP – com manutenção dos ativos – pela distribuidora.
Estima-se um custo mensal de operação e manutenção de cada ponto (conjunto luminotécnico) entre 
r$ 8,00 e r$ 15,00, podendo, em alguns casos, ultrapassar esse valor máximo. Essa variação está 
fortemente atrelada ao número de pontos existentes, dentre outros fatores. 
Após transferência dos ativos de IP aos municípios, será aplicada a tarifa B4a sobre o consumo de 
energia elétrica do próprio sistema de IP, que é cerca de 9% menor do que a B4b, resultando num 
ganho imediato (economia) à municipalidade, na fatura de energia elétrica.
Entretanto, a prefeitura passará a ter despesas com operação e manutenção do sistema de IP, que 
antes não possuía.
Para melhor elucidar esse fato, e dar uma ideia do custo anual estimado para prestação de serviços 
de Operação e Manutenção (O&M) num parque de IP, foi considerado um município fictício.
23
Para esse município fictício, foram considerados valores obtidos de análises estatísticas a partir 
de dados reais de consumo de energia ativa da classe IP, de todos os municípios do estado de São 
Paulo, tomando como base o ano de 2011 (Quadro 5).
Quadro 5 – Custo anual estimado dos serviços de O&M em parque de IP
Parâmetros Valores
Faixa populacional 20 mil a 30 mil
Quantidade de municípios 59 municípios
População média/município 24.708 habitantes
Consumo anual médio (base 2011) 2.179 MWh
Quantidade média de pontos de IP 3.038 pontos
Tarifa média B4a(a) R$ 139,20/MWh
Tarifa média B4b(a) R$ 152,66/MWh
Custo unitário mensal estimado de O&M R$ 10,00/ponto
Fonte: SEE, 2013
(a) Os valores de tarifas considerados (B4a e B4b) correspondem à média aritmética das respectivas tarifas de todas as concessionárias 
que atendem aos 59 municípios considerados. Os valores de tarifas das distribuidoras correspondem às relacionadas no Quadro 3. 
Para esse cálculo, foi considerado que as lâmpadas mantêm-se acesas diariamente por aproxima-
damente 12 horas10. Não foi considerada a incidência dos tributos na fatura de consumo de energia 
elétrica (Programa de Integração Social – PIS/Contribuição para o Financiamento da Seguridade 
Social – Cofins e Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS).
10 Para fins de faturamento da energia elétrica destinada à IP ou à iluminação de vias internas de condomínios, o tempo a ser considerado 
para consumo diário deve ser de 11 horas e 52 minutos, ressalvado o caso de logradouros que necessitem de iluminação permanente, 
em que o tempo é de 24 horas por dia do período de fornecimento (resolução Normativa Aneel 414/2010).
24
Partindo desses dados de um município fictício, foi possívelobter valores estimados de despesas 
com energia elétrica para suprimento da IP, e com a operação e manutenção, nas condições de 
aplicação de ambas as tarifas (B4a e B4b). A Figura 4 destaca o valor de despesa estimada para o 
custeio do consumo de energia elétrica na condição da concessionária prestar o serviço de O&M 
para esse município fictício, bem como os valores de despesas relativos ao consumo de energia 
elétrica e de operação e manutenção após esse município assumir os ativos de IP. 
Figura 4 – valores de despesas estimados para o custeio do consumo de energia elétrica e O&M antes e após a transferência 
dos ativos de IP 
Fonte: SEE, 2013
ATIVOS IP: DISTRIBUIDORA ATIVOS IP: PREFEITURA
Energia 
Elétrica
(B4b)
R$ 333.000,00
-9%
O&M
Energia 
Elétrica
(B4a)
Despesa Total: R$ 333.000,00 Despesa Total: R$ 668.000,00
R$ 364.000,00
R$ 304.000,00
25
Na condição de os ativos pertencerem à distribuidora (lado esquerdo da Figura 4), a prefeitura arca 
somente com as despesas de energia elétrica da iluminação pública (tarifa B4b), que, nesse exemplo, 
é de r$ 333 mil. 
Já na condição de os ativos serem transferidos ao município (lado direito da Figura 4), a prefeitura 
continuará arcando com a despesa com energia elétrica; mas, como será aplicada uma tarifa menor 
(B4a), as despesas terão redução de aproximadamente 9%, ficando em r$ 304 mil. Porém, haverá 
despesa adicional para cobrir os custos com O&M, que, no exemplo, é de r$ 364 mil, totalizando 
um desembolso anual no valor de r$ 668 mil. 
Nota-se que houve economia anual de cerca de r$ 29 mil em razão somente da mudança da tarifa 
B4b para B4a. No entanto, esse valor torna-se insuficiente para a prefeitura custear a operação e 
manutenção da IP, tendo em vista que o custo anual, no mesmo exemplo, de contratação de empresa 
especializada para prestação do serviço de IP seria de r$ 364 mil (r$ 10,00 por ponto/mês).
Portanto, esse município fictício teria, anualmente, um desembolso adicional aproximado de r$ 335 
mil, para a prestação do serviço de IP.
vale ressaltar que os custos para expansão e melhoria do sistema de IP não foram considerados 
nesse exemplo. E que, independentemente de quem seja o ativo de IP (concessionária ou prefeitura), 
esses custos envolvidos serão de responsabilidade do município, conforme antes mencionado.
26
eQuipe própria ou 
terceiroS – o Que fazer?
Ao assumir a IP, a municipalidade vai estabelecer como fará a prestação dos serviços pertinentes 
a esses ativos, pois passará a ter custos de operação e manutenção, e também de expansão e 
melhoria dos ativos, que deverão ser levados em conta. Nessa decisão, a prefeitura precisará definir 
como administrará esses ativos, se de forma direta ou indireta.
Basicamente, há duas opções que poderão atender adequadamente às necessidades do município: por meio 
da execução com equipe própria, ou por terceiros (contratação de empresa especializada) (Figura 5).
A primeira opção deverá ser efetivada mediante o emprego de recursos humanos próprios e 
equipamentos, que poderão ser adquiridos ou alugados. Já a segunda, mediante a contratação de 
empresas especializadas, envolvendo licitação pública (lei federal 8.666/1993).
Figura 5 – Formas de execução dos serviços de IP
Fonte: SEE, 2013
FORMAS DE EXECUÇÃO 
DOS SERVIÇOS DE IP
EXECUÇÃO COM PESSOAL 
PRÓPRIO DA PREFEITURA
EXECUÇÃO POR EMPRESAS 
ESPECIALIZADAS
Contrato de Prestação de Serviço 
(qualquer valor de contrato)
Contrato de Concessão Parceria 
Público-Privada (PPP) 
(valor superior a R$ 20 milhões)
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execução com eQuipe própria
Caso a municipalidade venha a optar por essa modalidade de atendimento, deverá implantar uma 
estrutura adequada (recursos humanos e materiais) para atender às necessidades apontadas no 
item Estrutura relacionada ao Sistema de Iluminação Pública.
Como a rede elétrica de IP normalmente compartilha a mesma estrutura física que o sistema de 
distribuição de energia elétrica da concessionária, os profissionais que vão prestar esse serviço 
deverão ser altamente qualificados e constantemente treinados, em função do conhecimento 
técnico necessário e, principalmente, da periculosidade inerente a essa atividade, pois seu 
campo de ação, geralmente, será muito próximo à rede primária de distribuição, cuja tensão é 
de 13.800 volts. 
Por isso, a prefeitura deverá contratar servidores, normalmente eletricistas e engenheiros, com 
o perfil e qualificação compatíveis às atividades fins a serem desempenhadas, bem como outros 
servidores, auxiliares administrativos, fiscais, motoristas (caminhão guindauto), entre outros, 
para desenvolverem as atividades meio.
A distribuidora deve informar à prefeitura sobre a necessidade de celebrar Acordo Operativo 
para disciplinar as condições de acesso ao sistema elétrico de distribuição pelo responsável 
pela realização de serviços de operação e manutenção das instalações de IP, segundo as normas 
e padrões vigentes.
 
28
contratação de empreSa eSpecializada
Caso o município decida por delegar a prestação dos serviços de operação e manutenção, a alguma 
empresa especializada nesse negócio, poderá fazê-lo por meio de Contrato de Prestação de 
Serviços, ou de Contrato de Concessão na modalidade Parceria Público-Privada (PPP), 
desde que, nesse último caso, o valor do objeto do contrato seja superior a r$ 20 milhões. Nesses 
contratos, além da operação e manutenção, poderão ser acrescentadas a expansão e a melhoria 
do sistema de IP.
Os municípios que possuem poucos pontos de iluminação, certamente terão maior custo com 
manutenção. Uma possibilidade de reduzi-lo é a formação de Consórcio de Municípios, modalidade 
em que diversos municípios são atendidos por uma empresa especializada contratada pelo consórcio; 
maximizando o número de pontos, são gerados ganhos de escala e, consequentemente, a redução 
no valor da participação de cada município.
Cabe salientar que a resolução Normativa Aneel 414/2010, conforme já mencionado, faculta à 
distribuidora local prestar os serviços de IP mediante celebração de contrato específico para tal 
fim, ficando a municipalidade responsável pelas despesas decorrentes. 
No entanto, como se trata da prestação de serviços técnicos em que a concessionária deixa de ter 
exclusividade, por causa da transferência dos ativos ao município, o processo para contratação 
deverá ser precedido de licitação pública (lei federal 8.666/1993), e a concessionária concorrerá 
de forma isonômica com outros proponentes devidamente habilitados, cujo contrato deverá se 
enquadrar numa das formas mencionadas.
Para assegurar a boa qualidade na prestação dos serviços contratados, a prefeitura precisará 
elaborar um Contrato de Prestação de Serviços de operação e manutenção do sistema de IP 
que contenha, além das disposições exigidas por lei, as seguintes cláusulas:
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• Do local e das condições de execução dos serviços.
• Dos requisitos técnicos e de qualidade para prestação dos serviços.
• Das medições dos serviços contratados.
• Do valor do contrato, dos pagamentos e dos reajustes de preços.
• Da fiscalização e vistorias.
Além desse contrato, a prefeitura também terá que administrar mais dois contratos com a distri-
buidora local: o de fornecimento de energia elétrica para IP e o contrato/convênio de prestação 
de recebimento e repasse da Contribuição de Iluminação Pública (CIP) à municipalidade, o qual é 
comentado a seguir.
fonteS para cuSteio 
doS ServiçoS de 
iluminação pÚBlica
O déficit anual no valor de r$ 335 mil, conforme demonstrado no item Custos de Operação e 
Manutenção, terá de ser arcado pela municipalidade, seja por meio de remanejamento de recursos 
orçamentários já existentes, seja por meio de novos recursos a serem criados por tributo específico. 
vale ressaltar que essedéficit está relacionado a um exemplo de município fictício, aplicado somente 
30
a municípios com população na faixa de 20 mil a 30 mil habitantes. Para outras faixas de população, 
nova simulação deverá ser efetuada para determinar o valor médio do déficit.
Caso a prefeitura opte por criar um tributo específico para custear o serviço de IP, terá como base 
legal o Art. 149-A da Constituição Federal, que faculta ao município instituir contribuição, na forma 
das respectivas leis, para o custeio do serviço de IP, observado o disposto no Art. 150, I e III.
Nesse sentido, a primeira providência a ser dada pela municipalidade é instituir a sua Contribuição 
de Iluminação Pública (CIP), cuja receita poderá ir para um Fundo Municipal de Iluminação Pública 
(Fmip), com a finalidade de custear a prestação dos respectivos serviços. Para tanto, a municipalidade 
terá que aprovar e sancionar uma lei Complementar (lC), seguida de decreto que a regulamente. A 
lC somente poderá entrar em vigor no exercício seguinte à sua instituição.
O mesmo procedimento vale para os casos de alteração do valor da CIP, ou seja, para aumentar o 
valor de uma CIP já existente destinado a cobrir as despesas adicionais com operação e manutenção 
do sistema de IP.
GeStão de enerGia elÉtrica 
para redução de deSpeSaS 
A gestão de energia elétrica deve ser vista como um elemento dentro dos processos de modernização 
administrativa e tributária. Deve fazer parte da filosofia de uma administração pública gerencial, pois à 
medida que se gasta menos com eletricidade, contribui-se para o equilíbrio das contas públicas. 
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Nesse sentido, as despesas adicionais com operação e manutenção, no valor de r$ 335 mil (valor 
fictício), conforme mencionado no item Fontes para Custeio dos Serviços de Iluminação Pública, 
poderão ser minimizadas por meio de ações específicas de gestão de energia elétrica no âmbito 
da prefeitura, dentre as quais se destacam as mais relevantes:
•	 Promover	campanhas	de	combate	ao	desperdício	de	energia	elétrica,	ou	seja,	difundir	o	uso	
racional da energia elétrica entre os servidores públicos municipais;
•	 Promover	eficiência	energética	nos	prédios	públicos	municipais,	por	meio	da	substituição	de	
equipamentos elétrico/eletrônicos de baixa eficiência por similares mais eficientes. 
•	 Efetuar	a	gestão	de	faturas	e	de	contratos	de	fornecimento	de	energia	elétrica	das	unidades	
consumidoras ligadas em média tensão pertencentes ao Poder Público municipal.
As duas primeiras ações contribuem para a redução do consumo de eletricidade e, consequentemente, 
para menor despesa com energia elétrica. Já a terceira ação, apesar de não resultar na redução 
direta de consumo, contribui significativamente para diminuir as despesas com eletricidade.
Igualmente importante é prever procedimentos administrativos e incorporar tecnologias com a 
finalidade de minimizar problemas que majoram as despesas com eletricidade, como as multas 
por atraso no pagamento da fatura de energia elétrica.
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Secretaria de Energia do Estado de São Paulo
Rua Bela Cintra, 847 – 100 Andar
01415-903 – São Paulo/SP – Brasil
11 3218-5545
www.energia.sp.gov.br
energia@sp.gov.br
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