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Direito civil 4

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Plano de Aula: DIREITO CIVIL IV - SERVIDÃO, USO, USUFRUTO E 
HABITAÇÃO 
DIREITO CIVIL IV - CCJ0015 
Título 
DIREITO CIVIL IV - SERVIDÃO, USO, USUFRUTO E HABITAÇÃO 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
13 
Tema 
Servidão, usufruto, uso e habitação. 
Objetivos 
Ao final dessa aula, o aluno deverá ser capaz de: 
- Compreender a estrutura dos direitos reais sobre coisas alheias; 
- Identificar as servidões e diferenciá-las do direito de passagem forçada; 
- Aplicar o regime jurídico do usufruto, e diferenciá-lo do uso e da habitação. 
Estrutura do Conteúdo 
Unidade 6 - DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA (DE GOZO OU FRUIÇÃO) 
 
6.1. Servidão predial 
 6.1.1. Conceito 
 6.1.2. Espécies 
 6.1.3. Constituição 
 6.1.4. Principais características 
 6.1.5. Extinção 
6.2. Usufruto 
 6.2.1. Conceito 
 6.2.2. Espécies 
 6.2.3. Constituição 
 6.2.4. Principais características 
 6.2.5. Extinção 
 6.2.6. Correlação com o direito real de uso 
 6.2.7. Correlação com o direito real de habitação 
Aplicação Prática Teórica 
Caso Concreto 
 
Júlio, nu-proprietário, ajuizou ação de extinção de usufruto em face do espólio de Plínio Santoro, tendo 
em vista o falecimento do usufrutuário. Realizada a citação, o réu requer a extinção do feito sem 
julgamento do mérito, sob o argumento de que não há a necessidade do provimento jurisdicional para 
extinguir usufruto por morte do usufrutuário. 
Pergunta-se: 
a) Como se extingue o usufruto? 
b) Há fundamento jurídico na manifestação do réu? Justifique sob a ótica legal e posicionamento 
jurisprudencial. 
 
 
Questão objetiva 1 
 
(TJRO 2012) Assinale a alternativa correta: 
a. O usufrutuário pode alugar o imóvel sob o qual detém o usufruto, e a renda deste obtida re verte em 
seu favor. 
b. O bem gravado com usufruto não pode ser alienado. 
c. O usufruto não pode ser estipulado por tempo determinado. 
d. Direito a usufruto e direito real de habitação são o mesmo instituto. 
Procedimentos de Ensino 
6.1. Servidão 
 
Aspectos Gerais 
A servidão prediais é o direito real de fruição ou de gozo ( jus in re aliena) constituído, pela lei ou pela 
vontade das partes, em favor de um prédio dominante, sobre outro prédio serviente, pertencente a dono 
diferente. A servidão impõe ao prédio serviente um encargo, restringindo as faculdades de uso e de gozo 
do proprietário deste prédio. 
Requisitos da servidão: 
- Existência de dois prédios 
- Encargo imposto ao prédio serviente em benefício de outro prédio prédio (dominante); 
Prédios de propriedades distintas. 
 
Servidões prediais (servitutes preaediorum) x servidões pessoais (servitutes personarum) 
Servidão predial: encargo imposto ao prédio. A servidão não se dá entre os titulares dos imóveis, mas 
entre os prédios. 
Servidão pessoal: expressão em desuso que significava a relação entre a pessoa e a coisa sobre o 
mesmo objeto. No Direito Romano as servidões pessoais eram o usufruto, o uso, a habitação e as operae 
servorum et animalium (trabalho de escravos e animais). 
 
Servidões prediais x passagem forçada 
As passagens forçadas pertencem ao direito de vizinhança, e referem -se exclusivamente aos prédios 
encravados, sem acesso à via pública, nascente ou porto, o que não ocorre com as servidões. Autores há 
que classificam a passagem forçada como uma espécie de desapropriação e outros como uma forma 
especial de servidão de passagem. 
 
Sujeitos da relação de servidão 
Conforme as características da perpetuidade e da aderência dos direitos reais, as servidões, uma vez 
instituídas, gravam (ônus reais) o prédio dominante em benefício do prédio serviente de forma perene, so 
podendo ser extintas mediante o cancelamento do registro. 
Assim, há na servidão uma titularidade ativa indeterminada, que recai sobre o proprietário do prédio 
dominante (o dono da servidão), e uma titularidade passiva indeterminada, que recai sobre o proprietário 
do prédio serviente. 
 
Finalidade 
As servidões têm a finalidade de, limitando a faculdade de uso e de gozo do proprietário do prédio 
serviente, proporcionar um melhor aproveitamento do prédio dominante, tornando -o mais útil, agradável 
ou cômodo. Há, segundo Arnold Wald, uma espécie de justiça distributiva e correção de desigualdades 
nas servidões. 
 
Características 
- Indivisibilidade (art. 1.386). A servidão onera o prédio serviente, ainda que ele esteja em condomínio ou 
que veja a ser posteriormente parcelado. Neste caso, todos os imóveis decorrentes do parcelamento 
continuarão onerados com a servidão. Em decorrência da indivisibilidade, as servidões não se estendem, 
nem se ampliam, salvo hipóteses expressamente previstas na lei. 
- Perpetuidade. A lei regula, contudo, algumas hipóteses de extinção da servidão. 
- A servidão não se presume, devendo decorrer da lei ou da vontade das partes (art. 696, 
CC/16), sendo necessário seu registro no Cartório de Imóveis. Em alguns casos, o juiz determina 
a servidão. 
- Inalienabilidade. Não pode ser vendida, total ou parcialmente, muito menos ser gravada 
com outra servidão. 
 
Classificações 
A) Quanto à natureza dos prédios: 
- Urbanas (ex. não construir prédio além de determinada altura) ou rurais (ex. pastagem, 
trânsito). 
B) Quanto ao modo do exercício: 
- Contínuas (subsistem independente de ato humano direto, e.g. servidão de energia 
elétrica) ou descontínuas (dependem de ação humana seqüencial, e.g. servidão de trânsito). 
- Positivas (ação, utilidade do prédio serviente) ou negativas (omissão, abstenção de ato 
determinado). 
C) Quanto à exteriorização: 
- Aparentes ou não aparentes. Nas servidões aparentes há sempre marcas que indicam a 
existência da servidão, como obras e outras marcas visíveis. 
D) Quanto à origem: 
- Legais (coativas): Código de Águas, Código de Minas. 
- Convencionais. 
Obs: Súmula n° 415, STF: Servidão de trânsito não titulada, mas tornada permanente, sobretudo pela 
natureza das obras realizadas, considera-se aparente, conferindo direito à proteção possessória. 
 
Constituição das Servidões 
As servidões podem ser constituídas por: 
- Ato intre vivos. Neste caso, por força do art. 108, CC/2002, a constituição se dará por 
escritura pública; 
- Testamento (mortis causa); 
- Usucapião ordinário (prazo de 10 anos, no caso de posse com justo título e boa -fé) ou 
extraordinário (prazo vintenário. Crítica da doutrina e PL n° 6.960/2002. Enunciado n° 251, III 
Jornada de Direito Civil, CJF). As hipóteses de usucapião aplicam -se somente às servidões 
aparentes. 
- Sentença judicial que determinar a divisão do condomínio; 
- Destinação do proprietário. 
 
Exercício das Servidões 
Cabe ao dono da servidão, exceto disposição expressa no título constitutivo, realizar todas as obras 
necessárias ao uso e conservação da mesma. 
Ao proprietário do prédio serviente, assiste o direito de renúncia à propriedade ao dono da servidão. 
Ainda que o proprietário do prédio dominante não aceite a propriedade da servidão, ele continuará 
obrigado a custear as obras de uso e manutenção. O proprietário do prédio serviente não pode, 
obviamente, prejudicar a utilização da servidão por parte do proprietário do prédio dominante. 
Possibilidade de remoção da servidão. Inovação do CC/2002 com relação ao proprietário do prédio 
dominante. 
Restrição e ampliação da servidão ? parâmetros legais (art. 1.385, CC/2002): finalidade, servidão de 
trânsito e necessidades de cultura ou indústria (indenizaçãoao proprietário do prédio serviente). 
 
Extinção das Servidões 
As servidões podem ser extintas: 
- Pela confusão; 
- Por convenção; 
- Pela renúncia (feita por escritura pública e registrada no Cartório de Imóveis); 
- Pelo não uso contínuo por 10 (dez) anos; 
- Pelo decurso do prazo ou implemento da condição; 
- Pela desapropriação; 
- Uma vez cessada a utilidade ou a comodidade para o prédio dominante; 
- Resgate, feito por escritura pública; 
- Supressão das obras, nas servidões aparentes, por efeito de contrato ou outro título. 
Obs: a extinção da servidão, exceto nas hipóteses de desapropriação, só produz eficácia erga omnes 
quando cancelada no Registro de Imóveis. 
 
6.2. Usufruto, uso e habitação 
 
Usufruto 
 
Aspectos Gerais 
 
É direito real intransferível, personalíssimo, sobre coisa alheia, que atribui a uma pessoa a faculdade de 
usar e fruir (usufruir) da coisa de outrem, temporariamente, desde que não lhe altere a substância. Ao 
lado do uso e da habitação, o usufruto é considerado uma espécie de servidão pessoal, pois traduz a 
subordinação de um bem a uma determinada pessoa que não é seu titular. 
É ínsita ao usufruto a noção de obrigação de restituição do bem o usufrutuário, porém, não é fiel 
depositário. É necessário o registro, no respectivo cartório, do usufruto de bens imóveis. 
 
Caracteres 
 
- Direito real limitado: reúne apenas as faculdades de uso e gozo (fruição); 
- Direito real sobre coisa alheia: o usufrutuário não possui as faculdades de disposição e de 
reivindicação (nu-proprietário); 
- Direito personalíssimo: recai sobre a pessoa do usufrutuário, que não pode transmitir o 
direito a outrem, nem seus herdeiros podem suceder-lhe no usufruto (proibição do usufruto 
sucessivo). Por ser personalíssimo, o usufruto é, também, impenhorável e inalienável (muito 
embora seja possível a cessão, a título gratuito (comodato) ou oneroso (locação), do exercício 
do usufruto); 
- Temporariedade: o usufruto tem limitação temporal, não seguindo a regra da 
perpetuidade dos direitos reais. 
 
Sujeitos 
 
- Usufrutuário: titular do direito real de usufruto. Reúne as faculdades de uso e gozo. Tem a 
posse direta, bem como a administração do bem objeto do usufruto. Art. 1.394. 
- Nu-proprietário: titular da propriedade do bem sobre o qual recai o usufruto sendo, por 
isso, possuidor indireto do mesmo. Reúne as faculdades de disposição e reivindicação. 
 
Objeto 
 
- Imóveis e móveis infungíveis e inconsumíveis, podendo recair sobre um bem singular 
(usufruto particular) ou um patrimônio (usufruto universal). Art. 1.390, CC/2002. 
- Direitos: títulos de crédito (art. 1.395). 
- 
Obs: pelo princípio da gravitação jurídica, o usufruto de um bem abrange seus acessórios e acrescidos, 
tendo, ao final do usufruto, o usufrutuário a obrigação de restitui -los, ou o valor equivalente ao tempo da 
restituição (art. 1.392, §1°). Por este princípio sujeitar-se à autonomia privada, as partes podem 
convencionar em sentido diverso (art. 1.392, caput). 
 
Classificação 
 
1) Quanto à origem: legal ou convencional. 
2) Quanto ao objeto: próprio ou impróprio (quase usufruto: recai sobre bens fungíveis ou 
consumíveis). 
3) Quanto à sua extensão: universal (recai sobre um patrimônio) ou particular (recai sobre um 
bem particular); pleno (abrange a totalidade dos frutos e utilidades) ou restrito (excluem -se, por 
força da autonomia privada, alguns ou todos os frutos e utilidades). 
4) Quanto à sua duração: temporário ou vitalício. 
 
Obs: usufruto simultâneo e usufruto sucessivo: no usufruto simultâneo, duas ou mais pessoas exercem 
direito de usufruto sobre o mesmo bem, enquanto que no usufruto suces sivo um usufrutuário sucede ao 
outro. É importante lembrar que essa sucessão deve ser pactuada entre usufrutuário e nu -proprietário, 
inexistindo a possibilidade de sucessão hereditária no usufruto. Também não é possível o direito de 
acrescer no usufruto simultâneo, a não ser que ele seja inequivocamente previsto (art. 1.411, CC). 
 
Formas de Constituição 
 
1) Por lei (usufruto legal); 
2) Ato jurídico inter vivos, podendo ser gratuito ou oneroso. Pode se dar por alienação ou 
retenção; 
3) Ato jurídico causa mortis; 
4) Usucapião. 
 
Obs: o ato de constituição, quando o usufruto recair sobre bens imóveis, está sujeito a registro no cartório 
imobiliário, sem o qual não adquire eficácia erga omnes. 
 
Direitos do Usufrutuário 
 
1) Posse. A posse do usufrutuário é direta, justa e de boa-fé, enquanto durar o usufruto. Caso 
o usufrutuário não cumpra a sua obrigação de restituir findo o usufruto, a posse passará a ser 
injusta (precária) e de má-fé. Por ser possuidor, pode o usufrutuário exercer a defesa de sua 
posse, seja através da legítima defesa, ou pelo manejo dos interditos possessórios, inclusive 
contra o próprio usufrutuário. Caracteriza a posse o usufrutuário o exercício do uso e do gozo do 
bem. 
 
2) Uso. A princípio, a faculdade de uso recai sobre todo o bem e seus acrescidos (usufruto 
pleno), incluindo as servidões, pertenças e animais. Se o usufruto for universal, o 
usufrutuário tem direito à parte do tesouro achado, bem como à meação nas paredes , cercas, 
muros, valas e valados (art. 1.392, §2°). 
 
3) Administração. 
 
4) Fruição. A faculdade de fruição traduz-se na possibilidade de percepção dos frutos 
decorrentes do bem objeto do usufruto. 
- Frutos naturais pendentes início: usufrutuário 
 final: nu-proprietário. 
- Crias de animais: usufrutuário; 
- Frutos civis vencidos data de início: nu-proprietário 
 data do final: usufrutuário 
Obs: assiste ao usufrutuário o direito de arrendar a coisa sem, contudo, alterar -lhe a destinação 
econômica. 
 
Deveres do usufrutuário (arts. 1.400 a 1.409) 
 
1) Determinação. O usufrutuário deve inventariar a coisa para que, findo o usufruto, a restitua tal qual a 
recebeu do nu-proprietário. 
 
2) Prestar caução (real ou fidejussória) pela administração. Caso o usufrutuário não preste a caução 
exigida pelo nu-proprietário, este poderá administrar o bem, mediante caução feita em favor do 
usufrutuário. Pela administração, o nu-proprietário faz jus à remuneração fixada pelo juiz. Esta caução 
não será exigida ao doador que se reservar no usufruto do bem doado (exceção da cautio usufructuaria). 
 
3) Conservação da coisa. O usufrutuário, porém, não pode ser compelido a pagar as deteriorações 
resultantes do exercício regular do bem, mas apenas das deteriorações resultantes do uso abusivo do 
mesmo, averiguado através da culpa do usufrutuário. As despesas extraordinárias, bem como as qu e 
forem superiores a 2/3 do rendimento líquido anual, devem ser feitas pelo usufrutuário. Pagamento de 
juros de capital. 
 
4) Restituição do bem. 
 
5) Pagamento de prestações tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa. 
 
6) Defesa da coisa e comunicação ao nu-proprietário na hipótese de agressão ao bem. 
 
7) Pagamento do seguro. Destruição do bem e restabelecimento do usufruto de coisa segurada. 
 
Extinção do Usufruto 
- Renúncia. No caso de bens imóveis, a renúncia deverá ser feita por escritura pública. 
 
- Morte do usufrutuário. Por considerar o usufruto um direito personalíssimo, o direito 
brasileiro não admite usufruto sucessivo. 
 
- Findo o prazo. 
 
-Extinção da pessoa jurídica. O usufruto por pessoa jurídica tem duração máxima de 30 
anos. 
 
- Cessação do motivo que originou o usufruto. 
 
- Destruição da coisa (exceção: coisa segurada). 
 
- Consolidação. 
 
- Culpa do usufrutuário. 
 
- Não uso. 
 
Uso 
 
Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as 
necessidades suas e de sua família. 
§ 1
o
 Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição 
social e o lugar onde viver. 
§ 2
o
 As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos 
filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico. 
 
Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as 
disposições relativas ao usufruto. 
 
 
No direito romano, o usuário podia somente utilizar o bem, sem percepção de qualquer espécie de fruto. 
O direito moderno manteve praticamente a mesma estrutura do direito romano, porém há a possibilidade 
de percepção de frutos, mas somente para satisfazer as necessidades do usuário, bem como de sua 
família (cônjuge, filhos solteiros e pessoas do serviço doméstico), levando em consideração a condição 
social e o lugar onde vive. 
 
Tal qual o usufruto, o uso também é considerado um direito personalíssimo sendo, portanto, inalienável, 
impenhorável e intransferível (nem o seu exercício pode ser cedido). 
 
O uso deve ser registrado no registro imobiliário. 
 
Habitação 
 
Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o 
titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la 
com sua família. 
 
Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, 
qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar aluguel à outra, ou às 
outras, mas não as pode inib ir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes 
compete, de habitá-la. 
 
Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as 
disposições relativas ao usufruto. 
 
 
É o direito real de habitar com a família em imóvel alheio. Também é direito personalíssimo e, por isso, 
inalienável, impenhorável e intransferível, sendo vedada, inclusive, a cessão, seja a título gratuito, seja a 
título oneroso. 
 
Habitação simultânea. 
 
Também são aplicadas à habitação as normas atinentes ao usufruto, no que couber. 
Art. 1.831, CC/2002: habitação do cônjuge sobrevivente. 
Recursos Físicos 
Quadro e pincel; 
Retroprojetor; 
Datashow. 
Avaliação 
Caso Concreto 
 
Júlio, nu-proprietário, ajuizou ação de extinção de usufruto em face do espólio de Plínio Santoro, tendo 
em vista o falecimento do usufrutuário. Realizada a citação, o réu requer a extinção do feito sem 
julgamento do mérito, sob o argumento de que não há a necessidade do provimento jurisdicional para 
extinguir usufruto por morte do usufrutuário. 
Pergunta-se: 
a) Como se extingue o usufruto? 
b) Há fundamento jurídico na manifestação do réu? Justifique sob a ótica legal e posicionamento 
jurisprudencial. 
 
Gabarito: A jurisprudência é pacífica no sentido de que não há necessidade de pronunciamento 
judicial para a extinção do usufruto por morte do usufrutuário. Nesse sentido, confira -se súmula 
13 do TJRJ: 
"Extinto pela morte do usufrutuário, o usufruto instituído por ato inter vivos, o cancelamento do 
gravame, no Registro de Imóveis, independe de previa decisão judicial". 
 
Questão objetiva 
(TJRO 2012) Assinale a alternativa correta: 
a. O usufrutuário pode alugar o imóvel sob o qual detém o usufruto, e a renda deste obtida reverte em 
seu favor. 
b. O bem gravado com usufruto não pode ser alienado. 
c. O usufruto não pode ser estipulado por tempo determinado. 
d. Direito a usufruto e direito real de habitação são o mesmo instituto. 
Gabarito: A (art. 1394 e ss., CC). 
 
Considerações Adicionais

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