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As vivências do tempo e do 
espaço 
Profª Fernanda Romano 
Psicopatologia Geral 
Definições 
 Constituem dimensões fundamentais de 
todas as experiências humanas. 
 O ser, de modo geral, só é possível nas 
dimensões reais e objetivas do espaço e 
do tempo. 
 São, ao mesmo tempo, condicionantes 
fundamentais do universo e estruturantes 
básicos da experiência humana. 
Definições 
 Newton e Leibniz – o espaço e o tempo 
se produzem exclusivamente fora do 
homem e têm uma realidade objetiva 
plena (realidades independentes do ser 
humano). 
 Kant – o espaço e o tempo são 
dimensões básicas, que possibilitam todo 
e qualquer conhecimento (não se pode 
conhecer realmente nada que exista fora 
do tempo e do espaço). 
Definições 
 Kant – acrescenta à visão de Newton: 
 Dimensão objetiva + subjetiva 
 
 “Categorias do conhecimento humano” 
 
 Tempo e espaço são “entidades ocas” – 
embora sejam necessárias ao conhecimento 
e se encontrem presentes no interior do 
homem, só adquirem plena realidade quando 
são preenchidas por objetos do 
conhecimento. 
Definições 
 Heidegger – o homem deve ser 
compreendido pelas condições básicas do 
“estar/ser” no mundo, “estar/ser” com os 
outros e como “ser para a morte” (a morte 
e a temporalidade definem a condição 
humana). 
 Analisar o tempo é observar o homem em 
sua maior contradição: a tensão permanente 
entre permanência e transitoriedade, poder 
e impotência e vida e morte. 
 
Dimensão temporal da experiência 
humana 
Relaciona-se com os ritmos biológicos: 
 Ritmo circadiano 
◦ Dura cerca de 24 horas (dia e noite) 
 Ritmos mensais 
◦ Ciclo menstrual (dura cerca de 28 dias) 
 Variações sazonais 
◦ As quatro estações do ano 
 Grandes fases da vida 
◦ Gestação, infância, adolescência, período adulto e 
velhice 
Associam-se tanto a flutuações hormonais, quanto 
a símbolos culturais. 
Qualidades da vivência do espaço e 
do tempo 
 Vida psíquica – ocorre e se configura no 
tempo + tem ela mesma um aspecto 
especificamente temporal. 
Tempo subjetivo X Tempo objetivo 
 
 Algumas vezes ocorre certo descompasso 
entre o tempo subjetivo e o cronológico. 
 Pode ser um fenômeno primário (legítima 
alteração da consciência do tempo) ou 
secundário. 
 
Espaço e tempo profanos e 
sagrados 
 O espaço e o tempo têm qualidades 
particulares e diferentes para o homem 
religioso e não-religioso. 
 
 Religioso: 
◦ Espaço não homogêneo 
◦ O templo faz parte de um espaço diferente da 
rua. A porta é o limiar que separa dois modos de 
ser: o profano e o religioso. 
◦ Por meio dos ritos “passa” da duração temporal 
ordinária para o tempo sagrado. (Reatualização 
de um tempo sagrado) 
Anormalidades da vivência do 
tempo 
Estados depressivos X Estados maníacos 
 
 Lenta e vagarosa Rápida e acelerada 
 Bradipsiquismo Taquipsiquismo 
 
Anormalidades da vivência do 
tempo 
 Ilusão sobre a duração do tempo 
◦ Deformação acentuada da percepção da 
duração temporal. 
 
 Atomização do tempo 
◦ Perda ou enfraquecimento de ambas as 
margens do tempo (passado e futuro) 
 
 Inibição da sensação de fluir do tempo 
◦ Falta da sensação do “avançar subjetivo” do 
tempo. 
Anormalidades da vivência do 
espaço 
 Quadros maníacos 
◦ Desconhecimento das fronteiras espaciais. 
(Estado de êxtase) 
 Quadros depressivos 
◦ Espaço externo vivenciado como muito 
encolhido, contraído e escuro (pouco 
penetrável). 
 Quadros paranóides 
◦ Vivencia o espaço interno como invadido por 
aspectos perigosos. Espaço externo ameaçador. 
 Agorafobia 
◦ Espaço externo sufocante, pesado e 
potencialmente aniquilador.