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Aula 5 CINEMÁTICA DOS FLUIDOS 2 Imagem de satélite de um furacão perto costa da Flórida; gotículas de água se movem com o ar, permitindo-nos visualizar o movimento giratório no sentido ant-horário. No entanto, na maior porção do furacão o escoamento é na verdade irrotacional, e apenas no núcleo (o olho da tempestade) do escoamento é rotacional. 3 DESCRIÇÕES LAGRANGIANA E EULERIANA Cinemática: Estudo do movimento. Cinemática dos fluidos: estudo de como os fluidos escoam e de como descrever seu movimento. DUAS MANEIRAS DE DESCREVER O MOVIMENTO: Lagrangiana e Euleriana 4 DESCRIÇÕES LAGRANGIANA Com um número pequeno de objetos, como bolas de bilhar em uma mesa de sinuca, objetos individuais podem ser acompanhados. Na descrição lagrangiana, é preciso acompanhar a posição e a velocidade das partículas individuais Descrição lagrangiana: A descrição de Lagrange nos obriga a seguir a posição e a velocidade de cada parcela individual de fluido, a qual nos referimos como uma partícula de fluido, que mantem a identidade fixa. 5 Na descrição euleriana do escoamento de fluidos, um volume finito chamado domínio do escoamento ou volume de controle é definido, e através deste o fluido escoa para dentro e para fora. Em vez de acompanhar partículas de fluido individuais, definimos variáveis de campo, funções do espaço e do tempo, dentro do volume de controle. A variável de campo em um determinado local e em um determinado instante é o valor da variável para qualquer partícula de fluido que ocupar essa posição neste determinado instante. Por exemplo, o campo de pressão é uma variável de campo escalar, para o escoamento tridimensional de fluido não estacionário em coordenadas cartesianas: Juntas, essas (e outras) variáveis de campo definem o campo de escoamento. O campo de velocidade pode ser representado em termos de coordenadas cartesianas DESCRIÇÃO EULERIANA 6 aceleração local aceleração advectiva (convectica) Campo de aceleração 7 u=dxparticle/dt. v=dyparticle/dt w=dzparticle/dt. Componentes do vetor aceleração em coordenadas cartesianas O escoamento de água através de um bocal de mangueira de jardim ilustra como as partículas de fluido podem acelerar, mesmo no escoamento estacionário. Neste exemplo, a velocidade de saída da água é muito mais alta do que a velocidade da água na mangueira, implicando que as partí- culas de fluido aceleraram apesar de o escoamento ser estacionário. 8 Derivada material 9 10 Um campo de velocidade bidimensional, incompressível e estacionário é dado por onde as coordenadas x e y estão em metros e a velocidade está em m/s. Um ponto de estagnação é definido como um ponto no campo de escoamento no qual a velo- cidade é identicamente zero. (a) Determine se há algum ponto de estagnação nesse campo de escoamento e se sim, onde? (b) Esboce o vetor velocidade em diversos locais do domínio entre x ︎ –2 m a 2 m e y ︎ 0 m a 5 m; descreva qualitativamente o campo de escoamento. EXEMPLO 1 Um campo de velocidade bidimensional estacionário 11 Campo de Velocidade 12 Exemplo 2 Aceleração material de um campo de velocidade estacionário Considere o campo de velocidade estacionário, incompressível e bidimensional do Exemplo 1. (a) Calcule a aceleração material no ponto (x= ︎ 2 m, y ︎= 3 m). (b) Represente os vetores aceleração material para o mesmo conjunto de valores x e y. 13 14 Campo de Aceleração Vetores de aceleração (roxo) para o campo de velocidade. A escala é mostrada pela seta no topo da figura, e as curvas sólidas de cor preta representam as formas aproximadas de algumas linhas de corrente, com base nos vetores de velocidade calculados. O ponto de estagnação é indicado pelo círculo preto. 15 OUTRAS DESCRIÇÕES CINEMÁTICAS Tipos de movimento ou deformação dos elementos de fluido Em mecânica dos fluidos, assim como na mecânica de sólidos, um elemento pode passar por quatro tipos fundamentais de movimento ou deformação: (a) translação, (b) rotação, (c) deformação linear ou deformação extensional) (d) deformação por cisalhamento. Taxa de tranlação ou velocidade 16 taxa de rotação ou velocidade angular 17 18 A taxa de deformação linear é definida como a taxa de aumento do comprimento por unidade de comprimento. Taxa de deformação linear 19 A taxa de aumento do volume de um elemento de fluido por unidade de volume é a sua taxa de deformação volumétrica ou taxa de deformação em volume. Essa propriedade cinemática é definida como positiva quando o volume aumenta. A taxa de deformação volumétrica é zero em um escoamento incompressível 20 Taxa de deformação por cisalhamento 21 Tensor taxa de deformação, combinação matematicamente a taxa de deformação linear e a taxa de deformação por cisalhamento em um tensor simétrico de segunda ordem 22 A Figura mostra uma situação geral (embora bidimensional) em um escoamento de fluido compressível, no qual todos os movimentos e deformações possíveis estão presentes simultaneamente. Em particular, existe translação, rotação, deformação linear e por cisalhamento. Devido à natureza compressível do fluido, também existe deformação volumétrica (dilatação). Com isso deve ter uma melhor apreciação da complexidade inerente da dinâmica dos fluidos e a sofisticação matemática necessária para descrever totalmente o movimento de um fluido. 23 Considere o campo de velocidade estacionário e onde os comprimentos estão em unidades de m, o tempo está em s e as velocidades em m/s. Calcule as diversas propriedades cinemáticas, a saber, a taxa de translação, a taxa de rotação, a taxa de deformação linear, a taxa de deformação por cisalhamento e a taxa de deformação volumétrica. Verifique que esse escoamento é incompressível 24 25 26
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