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TIPOS DE CÂNCER • ANAL; • BOCA; • COLORRETAL; • ESÔFAGO; • ESTÔMAGO; • FÍGADO; • INFANTIL; • LARINGE; • LEUCEMIA; • LINFOMA DE HODGKIN; • LINFOMA NÃO-HODKIN; • PÂNCREAS; • PELE MELANONA; • PELE NÃO MELANONA; • PULMÃO; • TUMORES DE EWING; • TUNORES CEREBRAIS; • TUMORES ÓSSEOS; ANAL • São tumores que ocorrem no canal e bordas externas do ânus. • Os tumores no canal do ânus são mais frequentes entre as mulheres. • Os que surgem nas bordas do ânus são mais comuns no homem. • Os tumores malignos surgem em tipos diferentes de tecidos, sendo o carcinoma epidermoide responsável por 85% dos casos. • O câncer anal é raro e representa de 1 a 2% de todos os tumores do cólon e de 2 a 4% de todos os tipos de câncer que acometem o intestino grosso. Prevenção • Dieta balanceada, com boa ingestão de frutas, legumes e verduras e pobre em gordura pode prevenir o câncer anal. • Algumas infecções, como as causadas pelo HPV e pelo HIV, são apontadas como responsáveis pelo aumento da incidência de tumores anais. • Outras doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), como condilomatose, gonorreia, herpes genital e clamídia, assim como a prática do sexo anal. • O tabagismo e a fístula anal crônica (doença que consiste numa conexão anormal entre a superfície do canal anal e o tecido em volta do ânus com secreção purulenta) são relacionadas ao desenvolvimento desse tipo de câncer. Sintomas • O grupo mais predisposto a ter esse tipo de câncer são pessoas com mais de 50 anos, fumantes, com história de fístula anal, infectados pelo HPV e com feridas no ânus. • Alterações de hábitos intestinais e presença de sangue nas fezes são razões para consultar o médico. • O sintoma mais comum é o sangramento anal vivo durante a evacuação, associado à dor na região do ânus. • Coceira; • Ardor; • secreções incomuns; • feridas na região anal; • incontinência fecal (impossibilidade para controlar a saída das fezes). Diagnóstico • Inicialmente, faz-se o exame de toque e, se necessário, a anuscopia e a proctoscopia. • O diagnóstico é feito por biópsia de uma amostra do tecido. • Ultrassonografia; • ressonância magnética. Tratamento • A definição do tratamento depende do estadiamento do tumor, o que será avaliado pelo diagnóstico. • O tratamento pode ser clínico e/ou cirúrgico. • E a combinação de quimioterapia e radioterapia. • Em estágios iniciais, o tratamento cirúrgico normalmente é eficiente para remover a parte da região afetada (lesão). CÂNCER COLORRETAL • O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. • É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. • Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. • Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos. Prevenção • Uma dieta rica em fibras, composta de alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, grãos e sementes, além da prática de atividade física regular, previne o câncer colorretal. • Deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas, de carnes processadas e de quantidades acima de 300 gramas de carne vermelha cozida por semana. • Alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento da doença, como idade acima de 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), além de obesidade e inatividade física. • Também são fatores de risco doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). FATORES DE RISCOS • ESTILO DE VIDA; • DIETA; • SEDENTARISMO; • OBESIDADE; • TABAGISMO; • ALCOOLISMO; • IDADE( MAIORES DE 50NANOS); • HISTÓRICO PESSOAL DE PÓLIPOS OU CÂNCER COLORRETAL; • HISTÓRICO PESSOAL DE DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAL( COLITE ULCERATIVA); • HISTÓRICO FAMILIAR DE CÂNCER COLORRETAL; Sintomas • Pessoas com mais de 50 anos com anemia de origem indeterminada e que apresentem suspeita de perda crônica de sangue no exame de sangue devem fazer endoscopia gastrintestinal superior e inferior. • Mudança no hábito intestinal (diarréia ou prisão de ventre); • desconforto abdominal com gases ou cólicas; • sangramento nas fezes; • sangramento anal e sensação de que o intestino não se esvaziou após a evacuação são sinais de alerta. • perda de peso sem razão aparente; • Cansaço; • fezes pastosas de cor escura; • Náuseas; • Vômitos; • sensação dolorida na região anal, com esforço ineficaz para evacuar. Diagnóstico • O diagnóstico requer biópsia (exame de fragmento de tecido rertirado da lesão suspeita). • A retirada do fragmento é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio). • Exames para diagnosticar: colonoscopia(observa o cólon e reto); sigmoidoscopia flexível(tubo flexível introduzido pelo ânus e reto até a parte inferior do cólon); • Exame de sangue oculto nas fezes: não são adequados para a detecção de pólipos, como os procedimentos descritos acima, e em caso de um resultado positivo, será necessária a realização de um exame mais invasivo, como a colonoscopia. - A ideia por trás deste exame é que os vasos sanguíneos na superfície de pólipos grandes ou de câncer colorretal são frágeis e facilmente danificados pela passagem das fezes. - Os vasos danificados normalmente liberam uma pequena quantidade de sangue nas fezes, mas só raramente há sangramento o suficiente para ser visível nas fezes. - Esse exame detecta a presença de sangue nas fezes por meio de uma reação química. - Entretanto, não se pode afirmar que o sangue é do cólon ou de outra parte do aparelho digestivo. - Portanto, se esse exame for positivo, a colonoscopia será necessária para avaliar a presença de câncer, pólipos, ou outras causas do sangramento, tais como úlceras, hemorroidas, ou doença inflamatória intestinal (colite). • Exames de Sangue para Diagnóstico do Câncer Colorretal: - Hemograma Completo - O hemograma pode determinar a presença de anemia em função de um sangramento intestinal provocado pela doença. - Enzimas Hepáticas - Verificam a função hepática e determinam se a doença se disseminou para o fígado. - Marcadores Tumorais - Os marcadores tumorais, como o antígeno carcinoembrionário (CEA) e o CA 19.9 são utilizados para monitorar o tratamento. • Exames de imagem: tomografia computadorizada; ultrassom; ressonância magnética; radiografia de tórax; angiografia(utiliza raios X para visualizar os vasos sanguíneos, é injetado um contraste para delinear os mesmos, em seguida, são realizadas as radiografias. • A angiografia pode mostrar se o fluxo de sangue numa determinada área está bloqueado ou comprimido pelo tumor, ou a presença de vasos sanguíneos anormais. Este exame é útil para detectar tumores que possam ter se desenvolvido nas paredes dos vasos sanguíneos. Tratamento • A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os nódulos linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema imunológico) próximos à região. • Em seguida, a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é utilizada para diminuir a possibilidade de volta do tumor. • O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. • Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas. CÂNCER DE ESOFÂGO • O esôfago é um tubo muscular oco, localizado entre a traqueia e a coluna vertebral eque conecta a garganta ao estômago • No Brasil, o câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) é o 6º mais frequente entre os homens e 13º entre as mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma). • O tipo de câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos. Prevenção • Adotar dieta rica em frutas e legumes, evitar o consumo frequente de bebidas muito quentes, alimentos defumados, bebidas alcoólicas e derivados do tabaco. • Estão associadas à maior incidência desse tumor história pessoal de câncer de cabeça, pescoço ou pulmão; infecção pelo HPV; tilose (espeçamento da pele nas palmas das mãos e na planta dos pés), esôfago de Barrett (crescimento anormal de células do tipo colunar para dentro do esôfago), lesões cáusticas (queimaduras) no esôfago e Síndrome de Plummer-Vinson (deficiência de ferro). Sintomas • Na sua fase inicial, o câncer de esôfago não apresenta sinais. • Com o progresso da doença, alguns sintomas são característicos, como dificuldade ou dor ao engolir, dor retroesternal (atrás do osso do meio do peito), dor torácica, sensação de obstrução à passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda do apetite. • Na maioria das vezes, a dificuldade de engolir (disfagia) já sinaliza doença em estado avançado. • A disfagia progride de alimentos sólidos até pastosos e líquidos. • A perda de peso pode chegar até 10% do peso corporal Diagnóstico • É feito através da endoscopia digestiva (exame de imagem que investiga o interior do tubo digestivo), • De estudos citológicos (das células) e de métodos com colorações especiais. • Com o diagnóstico precoce, as chances de cura atingem 98%. • Na presença de disfagia (dificuldade de engolir) para alimentos sólidos é recomendado estudo radiológico contrastado e também endoscopia com biópsia ou citologia para confirmaçãoO esôfago é um tubo muscular oco, localizado entre a traqueia e a coluna vertebral e que conecta a garganta ao estômago • , • Exame de imagem: - esofagograma: É um exame de Raios X para avaliar o revestimento da parte superior do aparelho digestivo, especialmente o esôfago, o paciente ingere um contraste de bário, que cobrirá as paredes da garganta e do esôfago, permitindo a observação de áreas anormais. - Este exame é também utilizado para avaliar se o tumor está causando problemas de deglutição do paciente. - O esofagograma apenas mostra o revestimento interno do esôfago, de modo que não é possível determinar se a doença se disseminou para fora do órgão - tomografia computadorizada; - ressonância magnética; - hemograma completo( para verificar a presença de anemia, que pode ser provocada por sangramento digestivo); - exames de fezes ( presença de sangue oculto); - Se a cirurgia for uma das opções de tratamento podem ser solicitados: • Exames de sangue - Para verificar o funcionamento do fígado e rins. • Função pulmonar - Para verificar se existem problemas respiratórios. • Eletrocardiograma - Para verificar a função elétrica do coração. • Ecocardiograma - Para verificar o trabalho cardíaco. - biópsia: O diagnóstico do câncer de esôfago só pode ser confirmado por uma biópsia, que é o procedimento no qual o médico remove uma amostra de tecido para análise. Esse procedimento é geralmente realizado durante a endoscopia Tratamento • Cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinadas, de acordo com a avaliação médica. • Para tumores iniciais pode ser indicada a ressecção endoscópica (retirada do tumor com acesso pela boca, sem necessidade de cortes). No entanto, este tipo de tratamento é bastante raro. • Na maioria dos casos, a cirurgia está indicada. • Dependendo da extensão da doença, o tratamento pode ser unicamente paliativo (sem finalidade curativa), através de quimioterapia ou radioterapia. • No leque de cuidados paliativos também dispõe-se de dilatações com endoscopia, colocação de próteses autoexpansivas (para impedir o estreitamento do esôfago) e braquiterapia (radioterapia com sementes radioativas). Tratamento Cirúrgico do Câncer de Esôfago Esofagectomia: • Esofagectomia é a cirurgia para remoção de parte ou de todo o esôfago. • A quantidade de esôfago removida depende do estágio da doença. • Muitas vezes, é removida também uma pequena parte do estômago. • Para que o paciente esofagectomizado possa continuar alimentando-se, o esôfago pode ser reconstruído com outros tecidos como o do estômago, intestino delgado ou intestino grosso que farão a função do esôfago que é a de conduzir os alimentos CÂNCER DE ESTÔMAGO • Também denominado câncer gástrico, os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma de três tipos histológicos: adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma, iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos. • O pico de incidência se dá em sua maioria em homens, por volta dos 70 anos. • Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. • No Brasil, esses tumores aparecem em terceiro lugar na incidência entre homens e em quinto, entre as mulheres. • No resto do mundo, dados estatísticos revelam declínio da incidência, especificamente nos Estados Unidos, Inglaterra e outros países mais desenvolvidos. Prevenção • Seguir dieta balanceada, composta de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras, desde a infância. Ácido ascórbico (vitamina C) e betacaroteno (precursor da vitamina A), encontrados em frutas e verduras frescas, agem como protetores contra o câncer de estômago, porque evitam que os nitritos (conservantes encontrados em alimentos industrializados) se transformem em nitrosaminas. Além disso, • É importante o combate ao tabagismo e a diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas. • Alimentação pobre em peixes e nas vitaminas A e C, ou ainda alto consumo de alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados em sal são fatores de risco para esse tipo de câncer. • Em algumas regiões brasileiras, onde os alimentos não são mantidos em geladeira e a sua conservação é ruim, o número de casos de câncer de estômago aumenta significativamente. • Ingestão de água proveniente de poços com alta concentração de nitrato está relacionada à maior incidência de tumores gástricos • Algumas doenças pré-existentes podem ter forte associação com esse tipo de tumor, como anemia perniciosa, lesões precancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal), e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori). • Presente nos alimentos e na água potável, a H. pylori é considerada a segunda mais freqüente, só superada pelas bactérias da cárie. • Estima-se que ela habite o estômago de cerca de 70% da população no Brasil, porém somente indivíduos predispostos geneticamente, ou seja, que tenham nascido com um receptor no estômago capaz de hospedar a bactéria, são afetados. • O tratamento por meio de antimicrobianos contra a bactéria é efetivo em 95% dos casos. • A H. pylori também predomina nas regiões onde o nível socioeconômico é mais baixo. • Ela causa gastrite crônica, que, sem tratamento evolui para gastrite atrófica e atrofia gástrica. • Uma lesão precancerosa, no entanto, leva aproximadamente 20 anos para evoluir e se tornar um câncer Diagnóstico • São utilizados dois exames: a endoscopia digestiva alta, o método mais eficiente, e o exame radiológico contrastado do estômago. • A endoscopia permite a avaliação visual da lesão, a realização de biópsias e a avaliação citológica. • Nesse exame, um tubo flexível de fibra ótica ou uma microcâmera é introduzida pela boca e conduzida até o estômago. • O exame é realizado sob sedação e com anestesia da garganta, paradiminuir o desconforto. • Na radiografia contrastada do estômago, os raios-x delineiam o interior do esôfago e estômago e o médico procura por áreas anormais ou tumores. • Grande parte dos casos de câncer de estômago é diagnosticada em estágio avançado porque não há sintomas específicos, principalmente nas fases iniciais. • Através da ultrassonografia endoscópica, é possível avaliar o comprometimento da parede gástrica e a propagação das células cancerosas para órgãos próximos e nódulos linfáticos. Tratamento • O tratamento cirúrgico, retirando parte ou todo o estômago, além dos nódulos linfáticos próximos, é a principal alternativa terapêutica e única chance de cura. • Para determinar a melhor abordagem cirúrgica, deve-se considerar a localização, tamanho, padrão e extensão da disseminação e tipo histológico do tumor. • A radioterapia e a quimioterapia são considerados tratamentos secundários, que podem determinar melhor resposta da cirurgia. Tratamento Cirúrgico do Câncer de Estômago • A cirurgia é o principal tratamento para os diversos estágios do câncer de estômago, sempre que puder ser realizada. • Se um paciente em estágio 0, I, II ou III e com condições físicas suficiente, a cirurgia, muitas vezes junto com outros tratamentos, oferece a única chance real de cura, nesse momento. • A cirurgia pode ser realizada para retirar o tumor e uma parte ou a totalidade do estômago e alguns gânglios linfáticos, dependendo do tipo e do estadiamento da doença. • O cirurgião tentará preservar o máximo possível do estômago sem doença. Algumas vezes outros órgãos também precisam ser retirados. • Mesmo quando o câncer está em estágio avançado para ser completamente removido, a cirurgia é indicada, pois previne, por exemplo, hemorragias do tumor ou a obstrução do estômago pelo crescimento do tumor. Este tipo de cirurgia é chamado de cirurgia paliativa, isto é, alivia os sintomas, mas não se espera que cure a doença. • O tipo de cirurgia geralmente depende da parte do estômago envolvida e de quanto o tumor invadiu o tecido adjacente. • Diferentes tipos de cirurgia podem ser utilizados para tratar o câncer de estômago: Ressecção Endoscópica da Mucosa; Gastrectomia Subtotal; Gastrectomia Total; Sonda de Alimentação; Retirada dos Linfonodos; Cirurgia Paliativa para Tumores Irressecáveis; CÂNCER DE FÍGADO • Os tumores malignos de fígado podem ser divididos em dois tipos: câncer primário (que tem sua origem no próprio órgão) e secundário ou metastático (originado em outro órgão e que atinge também o fígado). • Dentre os tumores originados no fígado, o mais frequente é o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular. • Agressivo, ocorre em mais de 80% dos casos. • Outros tipos de câncer primário de fígado são o colangiocarcinoma (originado nos dutos biliares do fígado), o angiossarcoma (câncer raro que se origina nos vasos sanguíneos do órgão) e o hepatoblastoma, tumor maligno raro que atinge recém-nascidos e crianças nos primeiros anos de vida. Prevenção Hepatocarcinoma: • A cirrose hepática está na origem de metade dos casos de hepatocarcinoma. • A cirrose, por sua vez, está associada ao alcoolismo ou à hepatite crônica, cuja causa mais comum é a infecção pelos vírus das hepatites B ou C. • Para não desenvolver cirrose hepática é preciso controlar a quantidade de álcool ingerida, nunca ultrapassando duas doses por dia. Já a transmissão do vírus da hepatite B pode ser prevenida pela vacinação. • Alimentação com alto teor de fibras (grãos inteiros, cereais, legumes e frutas) e baixo teor em gorduras saturadas previne vários tipos de câncer, como os do intestino, do reto, de mama e o de pulmão, tipos conhecidos por desencadear metástase para o fígado. • Porém, é preciso atenção à origem de grãos e cereais, já que quando armazenados em locais inadequados e úmidos podem ser contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, que produz a substância cancerígena aflatoxina, que é fator de risco para o hepatocarcinoma. Colangiocarcinoma: • Está relacionado a inflamações das vias biliares, principalmente com a infestação por um parasita do aparelho digestivo (clonorchis sinensis), muito frequente nos países asiáticos e africanos. Angiocarcinoma: • Associado ao potencial carcinogênico de substâncias químicas como cloreto de vinil, usado na fabricação de alguns tipos de plástico, os arsenicais inorgânicos e o Thorotraste (solução de dióxido de tório). Sintomas Hepatocarcinoma: • Dor abdominal; • massa abdominal; • Distensão; • perda de peso inexplicada; • perda de apetite; • mal-estar; • icterícia (tonalidade amarelada na pele e nos olhos); • ascite (acúmulo de líquido no abdômen). Diagnóstico • Devido ao curto tempo de evolução do hepatocarcinoma, geralmente o tumor se encontra avançado quando é feito o diagnóstico. • O tempo de duplicação do volume de massa é, em média, de quatro meses. • Alguns exames vão ajudar o médico a confirmar o diagnóstico: Tomografia computadorizada; Ressonância Nuclear Magnética ; Laparoscopia (Permite visualização direta do órgão e a biópsia (remoção de uma pequena quantidade de tecido para análise laboratorial que vai determinar se o tumor é maligno ou não). É mais eficaz quando associado à ultra-sonografia videolaparoscópica. Tratamento • Dependendo do estágio da doença e outros fatores, as principais opções de tratamento para pessoas com câncer de fígado podem incluir a cirurgia (hepatectomia parcial ou transplante de fígado), tratamentos locais (ablação ou embolização), radioterapia, terapia alvo e quimioterapia • A remoção cirúrgica (ressecção) do tumor é o tratamento mais indicado quando o tumor está restrito a uma parte do fígado (tumor primário) e também nos tumores hepáticos metastáticos em que a lesão primária foi ressecada ou é passível de ser ressecada de maneira curativa. • Ablação Tumoral para Câncer de Fígado: - Ablação refere-se a tratamentos que destroem os tumores hepáticos sem removê-los (utiliza ondas de rádio de alta energia para o tratamento) - Esta técnica é utilizada em pacientes com tumores pequenos, sem indicação de cirurgia, por outros problemas de saúde ou por alterações na função hepática. - Estes tratamentos são às vezes utilizados para tratar a doença em pacientes que estão aguardando transplante hepático. - A ablação é mais utilizada para tumores até de 3 cm de diâmetro. Para tumores maiores (3 a 5 cm de diâmetro) pode ser utilizada junto com a embolização. • Embolização para Tratamento do Câncer de Fígado: - A embolização é a injeção de substancias para tentar bloquear ou diminuir o fluxo de sangue para as células cancerígenas no fígado. - A embolização é uma opção para pacientes cujos tumores não podem ser removidos cirurgicamente. - Ela pode ser usada para tumores grandes (geralmente maiores do que 5 cm de diâmetro) que não podem ser tratados por ablação. - Para alguns tumores entre 3 - 5 cm, estes tratamentos podem ser utilizados em conjunto. - A embolização reduz parcialmente o abastecimento de sangue para o tecido hepático normal, por isso não é uma boa opção para alguns pacientes cujo fígado está afetado por doenças, como hepatite ou cirrose CÂNCER DE PÂNCREAS • Os tumores de pânncreas mais comuns são do tipo adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular), correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. • A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). As outras partes do pâncreas são corpo (centro) e cauda (lado esquerdo). • Pelo fato de ser de difícil detecção, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e de seu comportamento agressivo. • No Brasil, responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doenças. • Raro antes dos30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60 anos. • A incidência mais significativa em homens. pâncreas • O pâncreas é uma glândula de 15 a 25 cm de extensão localizada no abdome, atrás do estômago, próximo ao duodeno e baço. • Sua forma é similar a um peixe, com uma cabeça larga, um corpo afilado e uma cauda estreita e pontiaguda. • O pâncreas contém dois tipos diferentes de glândulas com funções distintas: • Pâncreas Endócrino - Secreta os hormônios que regulam os níveis de glicose sanguíneos. • Pâncreas Exócrino - Produz as enzimas digestivas que digerem os alimentos. • Uma pequena porcentagem das células do pâncreas são células endócrinas. • Estas células são organizadas em pequenos grupos chamados de ilhotas de Langerhans. • As ilhotas liberam hormônios importantes, como insulina e glucagon, diretamente para o sangue. • A insulina reduz a quantidade de açúcar no sangue, enquanto que o glucagon aumenta. PREVENÇÃO • Não fumar, evitar a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, dieta balanceada, rica em frutas e vegetais. • O tabaco aparece como principal fator de risco para o surgimento desse tipo de câncer. • Quem faz uso do cigarro e seus derivados, tem três vezes mais chances de desenvolver câncer de pâncreas do que os não fumantes. • Pessoas que sofrem de pancreatite crônica ou de diabetes melitus, submetidas a cirurgias de úlcera no estômago ou duodeno, que sofreram retirada da vesícula biliar, bem como com histórico familiar de câncer têm mais chances de desenvolver a doença. • Esse grupo deve se submeter a exames médicos periódicos Sintomas • Os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor. • Os mais perceptíveis são perda de apetite e de peso, fraqueza, diarreia e tontura. • O tumor que atinge a cabeça do pâncreas provoca icterícia, (causada pela obstrução biliar). • Quando o tumor avança, um alerta comum é a dor na região das costas, no início, de baixa intensidade, podendo ficar mais forte. • Outro sintoma é o aumento do nível de glicose (açúcar) no sangue, causado pela deficiência na produção de insulina, principal função do pâncreas Diagnóstico • A localização do pâncreas, na cavidade mais profunda do abdômen, atrás de outros órgãos, prejudica a detecção do tumor, que em geral acontece tardiamente. • Exame de sangue, fezes, urina, ultrassonografia abdominal, tomografia, ressonância nuclear de vias biliares e da região do pâncreas. • A confirmação se dá por biópsia de tecido do órgão. Tratamento • O câncer de pâncreas tem chances de cura se for descoberto na fase inicial. • Nos casos onde a cirurgia é uma opção, o mais indicado é a ressecção (retirada do tumor). • Radioterapia e quimioterapia, associados ou não, que podem ser utilizados para redução do tamanho do tumor e alívio dos sintomas. • Para pacientes com metástases a alternativa, como paliativo (apenas para alívio dos sintomas). CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE • A cavidade oral inclui os lábios, o revestimento interior dos lábios e bochechas (mucosa oral), os dentes, as gengivas, dois terços anteriores da língua, o assoalho da boca e o céu da boca (palato duro). • A área posterior aos dentes do siso, o chamado trígono retromolar, pode ser incluída como uma parte da cavidade oral, embora seja muitas vezes considerada como parte da orofaringe. • A orofaringe é a parte da garganta logo atrás da boca. • Ela inclui a base da língua, o palato mole, as amígdalas, e a parte lateral e posterior da garganta. • As funções da cavidade oral e orofaringe consistem em ajudar a pessoa a respirar, falar, comer, mastigar e engolir. • As glândulas salivares de toda a cavidade oral e orofaringe produzem a saliva, que mantém a boca úmida e ajuda na digestão dos alimentos. • As diferentes partes da cavidade bucal e orofaringe são compostas de vários tipos de células. • E o câncer pode se desenvolver a partir de qualquer uma dessas células. • Estas diferenças são importantes, porque influenciarão nas opções de tratamento e prognóstico. Sobre o Câncer de Boca e Orofaringe • O câncer de boca, ou cavidade oral, é um câncer que se origina nas células das estruturas que compõem a boca; e, o câncer da orofaringe na orofaringe, que é a parte logo atrás da boca. • Muitos tipos de tumores podem originar-se na boca e na orofaringe: - Tumores Benignos. - Lesões pré-cancerosas. - Tumores Malignos Alterações Benignas da Boca e Orofaringe Muitos tipos de tumores benignos podem ter sua origem na boca ou na garganta: • Granuloma eosinofílico. • Fibroma. • Tumor de células granulares. • Queratoacantoma. • Leiomioma. • Osteocondroma. • Lipoma. • Schwannoma. • Neurofibroma. • Papiloma. • Condiloma acuminado. • Xantoma verruciforme. • Granuloma piogênico. • Rabdomioma. • Tumores odontogênicos. Estes tumores, não cancerosos, se iniciam a partir de diferentes tipos de células e sua etiologia é bastante variada. O tratamento usual é a remoção cirúrgica desde que eles não sejam susceptíveis de aparecer novamente. Leucoplasia e Eritroplasia (Possíveis Lesões Pré-Cancerosas) • Leucoplasia e eritroplasia são termos utilizados para descrever determinados tipos anormais de tecido que podem ser encontrados na boca ou na garganta: - Leucoplasia é uma mancha branca ou cinza. - Eritroplasia é uma mancha com áreas vermelhas e brancas. - Eritroleucoplasia é uma mancha com áreas vermelhas e brancas. • O dentista pode ser a primeira pessoa a visualizar estas áreas brancas ou vermelhas, que podem ser precursoras de um câncer, uma lesão pré-cancerosa denominada displasia, ou uma lesão relativamente inofensiva. • A displasia pode ser classificada como leve, moderada ou grave. • Conhecer o grau da displasia ajuda a prever a probabilidade de ela progredir para um câncer ou desaparecer após o tratamento. • Por exemplo, a displasia grave tem maior probabilidade de se tornar um câncer, enquanto a displasia leve tem maior probabilidade de desaparecer completamente. • As causas mais frequentes de leucoplasia e eritroplasia são fumar e mascar tabaco. • Dentaduras mal ajustadas que irritam a língua ou a parte interna das bochechas também podem causar estas lesões pré-cancerosas. • Mas, às vezes, não existe uma causa óbvia. A displasia pode desaparecer se a causa é removida. • A maioria dos casos de leucoplasia não se transforma em câncer. • No entanto, a biópsia é a única maneira de saber ao certo se uma área de leucoplasia ou eritroplasia contém células cancerosas. • A eritroplasia e a eritroleucoplasia são menos comuns, mas geralmente são mais graves. • A maioria dessas lesões vermelhas pode ser uma lesão precursora de câncer, a biopsia confirmará a suspeita uma vez identificada a lesão. • No entanto, é importante notar que a maioria dos cânceres orais não se desenvolvem a partir de lesões pré-existentes Tipos de Câncer de Boca e Orofaringe • Carcinoma de Células Escamosas - Nove de cada 10 cânceres da cavidade oral e da orofaringe são carcinomas de células escamosas. - Estes cânceres começam em formas primitivas de células escamosas, que são células planas, do tipo que normalmente formam o revestimento da boca e da garganta. - O estágio inicial do câncer de células escamosas é denominado carcinoma in situ, isto é, as células cancerosas estão presentes apenas no epitélio (superfície). - Diferente de um carcinoma de células invasivas, onde as células cancerosas se desenvolvem nas camadas mais profundas da cavidade oral ou orofaringe. • Carcinoma Verrucoso - O carcinoma verrucoso é um tipo de carcinoma de células escamosas que representa menos de 5% de todos os cânceres orais. - É um câncer de crescimento lento que raramente dissemina para outras partes do corpo, mas pode invadir camadas profundas do tecido adjacente• Carcinoma de Glândulas Salivares - O câncer de glândulas salivares pode se desenvolver nas glândulas da mucosa da boca e perto da garganta. - Existem vários tipos de câncer de glândulas salivares, entre eles, carcinoma adenoide cístico, carcinoma mucoepidermóide e adenocarcinoma polimorfo de baixo grau. • Linfomas - As amígdalas e a base da língua pertencem ao sistema imunológico (linfoide). - Os cânceres que se iniciam nessa região são denominados linfomas Prevenção • O câncer de boca acomete mais os homens acima dos 40 anos. • Os fatores de risco mais conhecidos para este tipo de câncer são: - Tabaco : de acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. - O cigarro representa o maior risco para o desenvolvimento dessa doença, e o risco varia de acordo com o consumo. - Etilismo : o consumo regular de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca. A associação entre cigarro e bebidas alcoólicas aumenta muito o risco para câncer de boca. - Vírus HPV : Pesquisas comprovam que o vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de boca. - Radiação solar: A exposição ao sol sem proteção representa um risco para o câncer de lábios. • Além destes fatores, observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal deficiente e uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em gorduras. Sintomas Os principais sinais que devem ser observados são: • lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias • manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca), mucosa jugal (bochecha) • nódulos (caroços) no pescoço • rouquidão persistente Nos casos mais avançados observa-se: • Dificuldade de mastigação e de engolir • Dificuldade na fala • Sensação de que há algo preso na garganta Detecção precoce • Diante de alguma lesão que não cicatrize em um prazo máximo de 15 dias deve-se procurar um profissional de saúde (médico ou dentista) para a realização do exame completo da boca. • A visita periódica ao dentista favorece o diagnóstico precoce do câncer de boca, porque é possível identificar lesões suspeitas. • Pessoas com maior risco para desenvolver câncer de boca (fumantes e consumidores frequentes de bebidas alcoólicas) devem ter cuidado redobrado Tratamento • Se diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, a maioria (80%) dos casos desse tipo de câncer tem cura. • Geralmente, o tratamento emprega cirurgia e/ou radioterapia. • Os dois métodos podem ser usados de forma isolada ou associada. • As duas técnicas têm bons resultados nas lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento. • As lesões iniciais são aquelas restritas ao local de origem CÂNCER DE LARINGE • O câncer de laringe ocorre predominantemente em homens e é um dos mais comuns entre os que atingem a região da cabeça e pescoço. • Representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem essa área e 2% de todas as doenças malignas. • A ocorrência pode se dar em uma das três porções em que se divide o órgão: laringe supraglótica, glote e subglote. • Aproximadamente 2/3 dos tumores surgem na corda vocal verdadeira, localizada na glote, e 1/3 acomete a laringe supraglótica (acima das cordas vocais). • O tipo histológico mais prevalente, em mais de 90% dos pacientes, é o carcinoma epidermoide Laringe • A laringe, muitas vezes chamada de caixa de voz, é um dos órgãos que permite a fala. • Ela contém as cordas vocais. • A laringe está localizada no pescoço, acima da abertura da traqueia e ajuda a proteger a traqueia e a via aérea no momento de engolir alimentos e líquidos. • A laringe está dividida em: - Supraglote (área acima das cordas vocais). - Glote (área que contém as cordas vocais). - Subglote (área abaixo das cordas vocais). • A laringe e as cordas vocais têm várias funções: - Produzir som e fala. - Proteger a via aérea durante a deglutição. - As cordas vocais abrem-se naturalmente durante a respiração de modo que o ar possa entrar e sair dos pulmões. Prevenção • O álcool e o tabaco são os maiores inimigos da laringe. • Fumantes têm 10 vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe. • Em pessoas que associam o fumo a bebidas alcoólicas, esse número sobe para 43. • Má alimentação, estresse e mau uso da voz também são prejudiciais. • A alimentação precisa conter proteína (frango ou peixe, preferencialmente), associada a legumes, verduras e frutas ricas em vitaminas (em especial A, B2, C e E) e sais minerais. • Deve-se evitar alimentos muito temperados ou gordurosos e líquidos muito quentes ou muito frios. • Falar muito alto e sem pausas causa os chamados calos vocais. • Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e a beber têm probabilidade de cura reduzida e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor na área de cabeça e pescoço. Sintomas • Os sintomas estão diretamente ligados à localização da lesão. • Assim, a dor de garganta sugere tumor supraglótico, e rouquidão indica tumor glótico ou subglótico. • O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais, como alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de "caroço" na garganta. • Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, podem ocorrer dor na garganta, disfagia e dispnéia (dificuldade para respirar ou falta de ar). Detecção precoce • O sintoma mais comum é a rouquidão persistente e sem causa aparente. • Ela é diferente da rouquidão relacionada ao esforço vocal ou à laringite ligada a processos gripais, pois não vem acompanhada de febre ou dor, é progressiva e persiste. • As demais, normalmente, evoluem para a cura. • Se não houver tratamento na fase inicial do câncer, a rouquidão pode evoluir para dor durante a deglutição (ato de engolir) e falta de ar. • Na fase mais avançada, podem aparecer nódulos no pescoço. • Caso tenha rouquidão, sem motivo aparente por mais de duas semanas, procure um médico Diagnóstico • O diagnóstico do câncer da laringe é histopatológico. • A biópsia é obrigatória antes de qualquer planejamento terapêutico, pois a laringe pode abrigar tipos diversos de lesões benignas que aparentam malignidade. • A biópsia pode ser realizada sob anestesia local, com uso de endoscópios flexíveis dotados de canal de biópsia, ou sob anestesia geral e laringoscopia direta. • O estadiamento em que se encontra o tumor e suas características determinarão a escolha do melhor tratamento do ponto de vista oncológico e funcional Tratamento • De acordo com a localização e a extensão do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia. • Quanto mais precocemente for feito o diagnóstico, maior a possibilidade de o tratamento evitar deformidades físicas e problemas psicossociais, já que a terapêutica dos cânceres da cabeça e do pescoço pode causar problemas nos dentes, fala e deglutição. • A laringectomia total (retirada da laringe) implica na perda da voz fisiológica e em traqueostomia definitiva (abertura de um orifício artificial na traqueia, abaixo da laringe). • Como a preservação da voz é importante na qualidade de vida do paciente, algumas vezes a radioterapia pode ser empregada primeiro, deixando a cirurgia para o resgate, quando a radioterapia não for suficiente para controlar o tumor. • A associação de quimioterapia e radioterapia é utilizada em protocolos de preservação de órgãos, criados para tumores mais avançados. • Os resultados na preservação da laringe têm sido positivos. Da mesma forma, novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidaspermitindo a preservação da função da laringe, mesmo em tumores moderadamente avançados. • Mesmo em pacientes submetidos à laringectomia total é possível a reabilitação da voz através de próteses fonatórias tráqueo-esofageanas. CÂNCER INFANTIL E LEUCEMIA
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