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Pergunta 1 0,5 em 0,5 pontos Entre os fatores que levaram ao declínio das expectativas em relação ao projeto da modernidade, podemos citar: Resposta Selecionada: d. a persistência de conflitos bélicos, desigualdade social e pobreza crescente. Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos Cada vez mais passa a se evidenciar uma correlação entre a cidade pós-industrial e suas novas imposições como condição para a consolidação de uma nova agenda estética. David Harvey entende a condição pós-moderna como uma ruptura com o ideário da modernidade: trata-se de um novo conjunto de ideias que se opõe frontalmente aos planos urbanos de grande escala baseados na racionalidade e eficiência, a partir do funcionalismo moderno. Admite-se agora que o tecido urbano seja necessariamente fragmentado, uma sobreposição de formas passadas e presentes, uma colagem que atende de maneira parcial e efêmera, necessidades e usos também parciais e efêmeros. Assim, pode-se afirmar que, para David Harvey: I. A pós-modernidade admite a visão da metrópole como totalidade e a utilização de modelos de planejamento de larga escala. II. Na cidade pós-industrial, surge uma estética voltada para a diversidade de posições, propostas e formas, admitindo a visão do processo urbano como algo incontrolável e caótico. III. A pós-modernidade busca uma ordem racional fundamentada na aplicação dos princípios da Carta de Atenas. Resposta Selecionada: b. Apenas a afirmação II está correta. Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos A contraposição ao projeto moderno refletiu-se de forma ampla a partir da pluralidade de críticas e posições. As discussões incorporavam a questão sobre responsabilidade social do arquiteto e variavam entre atitudes de indiferença, resignação, reformismo e crítica radical, resultando no pluralismo de soluções estéticas. A questão do corpo estava presente na problemática da perda da escala humana nos projetos arquitetônicos e urbanos. O lugar, conceito fundamental para a geografia humana, era incorporado a partir das relações entre o corpo, a situação e a constituição das identidades na cidade, agora admitida enquanto artefato cultural. A partir disso pode- se afirmar que: I. Enquanto os modernistas propunham uma ruptura radical com a história, os seus sucessores passam a admitir o retorno a ela, seja copiando, citando ou reinterpretando suas referências. II. Se trata, portanto, de uma continuidade de propostas, pois tanto modernos quanto pós-modernos mantinham sua crença no progresso científico como solução dos problemas humanos. III. A ideia de uma arquitetura como síntese das propostas de solução dos problemas sociais continuou na agenda dos arquitetos da pós-modernidade a partir da renúncia ao historicismo. Resposta Selecionada: a. Apenas a afirmação I está correta. Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos Pode-se afirmar que a arquitetura moderna era idealista devido: Resposta Selecionada: b. à convicção de que era possível resolver os antagonismos da grande metrópole pela reordenação do espaço habitado. Pergunta 5 0,5 em 0,5 pontos Sócrates, na República de Platão, define a poesia como imitação. Sócrates o faz explicitamente para denegrir a poesia, para torná-la de mesmo valor que a pintura ou escultura, coisa de artesãos, profissão de artífices manuais, socialmente inferiores na hierarquia da cidade antiga. A perplexidade com que os cidadãos comuns recebem esta teoria, a ponto de acolherem as acusações de impiedade contra Sócrates por este ter intentado contra a sacralidade da poesia tradicional e seus deuses, demonstra o quanto, para os gregos em geral, o valor da arte poética era divinizado e diferenciado do valor das artes plásticas em geral, as quais sequer eram distintas das demais atividades produtivas, de modo que não havia o pintor em abstrato, mas o oleiro que pinta seus vasos, não havia o escultor, mas uma equipe de mestres, pedreiros e carpinteiros que edifica o templo, e assim por diante. E o poeta é uma classe totalmente distinta, próxima à dos inspirados e possuídos, profetas e sacerdotes, os sábios tradicionais. Desta forma: I. Tanto Sócrates quanto Platão admitem a arte como caminho para o conhecimento. II. Para Sócrates, todo artista não passaria de um artesão de segunda categoria, cujo trabalho não contribuiria em nada com a busca da verdade. III. Sócrates alinha a poesia ao conceito de mímesis, presente também na obra de Platão. Resposta Selecionada: e. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos É característica do projeto da modernidade: Resposta Selecionada: a. o objetivo da emancipação humana por meio da razão e da ciência objetiva. Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos Contrariando mais uma vez o idealismo moderno, os novos profissionais ligados à pós-modernidade cedem aos gostos e símbolos mais comuns e familiares, utilizando- se de uma linguagem arquitetônica e estilística menos sofisticada, mais primária e evidentemente voltada ao mercado. Não mais se pretende promover a igualdade ou combater as injustiças sociais, mas agora se aceita a arquitetura como portadora de um repertório de símbolos ligados ao status e uma paisagem urbana que não receia em mostrar as marcas da segregação social. A estética pós-moderna aponta para o domínio da cultura e do gosto que se estabelece a partir das distinções econômicas. Pode-se afirmar que: I. A estética pós-moderna recusa os processos fragmentários, do acaso e da dispersão e valoriza o planejamento racional. II. Uma tentativa de leitura parcial da cidade pós-industrial revela um verdadeiro catálogo de estilos e temáticas justapostas. III. A unidade da proposta pós-moderna explica a adoção do estilo internacional como referência para a cidade pós-industrial. Resposta Selecionada: b. Apenas a afirmação II está correta. Pergunta 8 0,5 em 0,5 pontos O debate sobre a questão urbana a partir dos anos 1960 passa a incorporar o ambientalismo e o conceito de sustentabilidade inserindo a cidade numa perspectiva ecológica e numa lógica sistêmica do fluxo de matérias-primas, energia e dejetos. Posteriormente, em função do novo panorama econômico global, surge a proposta da gestão estratégica das cidades, fundamentada numa discutível analogia entre o espaço urbano e os modos de administração das grandes corporações. Essas transformações, que agregam uma dimensão técnico-científica fundamental nos modos de produção e nas relações de trabalho, têm os seus efeitos culturais. Para François Ascher, a globalização está inserida em um macroprocesso de sentido único, ao qual chamou de modernização, assim: I. Ascher afirma que a modernização é caracterizada por três dinâmicas socioantropológicas, em interação contínua e constante: a individualização, a racionalização e a diferenciação social. II. O marketing urbano passa a ser uma ferramenta que corrobora as estreitas ligações entre a gestão estratégica e gestão urbana. III. A modernização, conforme proposta por Ascher, fundamenta-se na retomada das propostas referenciadas no fordismo e nos princípios tayloristas. Resposta Selecionada: d. Apenas as afirmações I e II estão corretas. Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos Charles Jencks identifica a proposta da pós-modernidade como “fragmentos autossuficientes de um discurso esquizofrênico por necessidade”. Mesmo assim, na diversidade de soluções propostas pelos arquitetos pós-modernos, persiste um tema que, ao mesmo tempo que contraria o movimento moderno,abre espaço para uma acomodação bastante viável das expectativas do mercado e da memória do público geral, logo: I. trata-se da recuperação de um repertório de formas e soluções extraídas dos manuais de história da arquitetura, devidamente reinterpretadas com a intenção de recriar os velhos símbolos e valores clássicos. II. Jencks afirma a evidência da busca pela ordem perdida ao final do movimento moderno por meio de uma releitura dos princípios da Carta de Atenas. III. A proposta dessa nova arquitetura busca soluções e formas inéditas, resultado direto das pesquisas com novos materiais empregados pela indústria aeronáutica e de telecomunicações. Resposta Selecionada: a. Apenas a afirmação I está correta. Pergunta 10 0,5 em 0,5 pontos Baumgartem coloca sua Aesthetica correspondendo ao mundo das sensações em oposição ao mundo do entendimento. Ele pretende fazer da estética, enquanto disciplina filosófica autônoma, uma ciência correspondente ao domínio da sensação, uma irmã mais nova da lógica, como ele mesmo diz, uma ciência do belo, cujo fim é definir o que é a beleza: “O fim visado pela Estética é a perfeição do conhecimento sensitivo como tal. Esta perfeição, todavia, é a beleza” (BAUMGARTEN, III, §14). Para ele a beleza é constituída de partes múltiplas. Ela reside em um acordo de pensamentos em um só elemento na percepção sensível à luz do fenômeno. É na redução a uma unidade que a multiplicidade se torna bela, um objeto de sensação, cuja função é dar prazer e despertar desejo. A partir disso, pode-se afirmar que: I. A passagem do múltiplo para o unitário é uma operação intelectual, lógica, o que coloca em dúvida a própria definição da estética como ciência autônoma. II. A solução da contradição do texto é fornecida por Kant, quando afirma que a beleza é produzida subjetivamente a partir de uma sensação de prazer, que pode ser universal, na medida em que os homens compartilhem de um mesmo juízo de gosto. III. Não existe qualquer contradição, pois a estética de Baumgartem inaugura um ramo da ciência subordinado à lógica. Resposta Selecionada: d. Apenas as afirmações I e II estão corretas.
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