Buscar

Análise e interpretação das demonstrações financeiras da empresa de capital aberto do ramo têxtil - Companhia Industrial Cataguases

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ"
___________________________________________________________________________
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA
LES 0250 - CONTABILIDADE VOLTADA À GESTÃO AMBIENTAL 
Análise e interpretação das demonstrações financeiras da empresa de capital aberto do ramo têxtil - Companhia Industrial Cataguases
 Docente Responsável: Lucílio Rogério Aparecido Alves
Discentes: Amanda Dechen - 8016815
Elen Perez Blanco - 8016728
Joyce Stenico - 8016795
Júlia Belloni Garcia - 4373501
Trabalho apresentado como pré-requisito da
 disciplina LES0250 – Contabilidade 
Voltada à Gestão Ambiental, do ano 2013.
Piracicaba
 2013
Lista de Tabelas
Tabela 1. Demonstração do Balanço Patrimonial (Lado Esquerdo - Ativo) referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais - em Mil R$.............................................................................................................................................20
Tabela 2. Demonstração do Balanço Patrimonial (Lado Direito - Passivo) referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais - em Mil R$.............................................................................................................................................21
Tabela 3. Valores comparativos do Balanço Patrimonial em relação ao período de 2010......23
Tabela 4. Índices de Liquidez, por período, da Companhia Industrial Cataguases.................27
Tabela 5. Índices de Endividamento, por período, da Companhia Industrial Cataguases.......28 
 Tabela 6. Demonstração do Resultado do Exercício referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais- em Mil R$....................................29
Tabela 7. Valores comparativos da DRE em relação ao período de 2010...............................31
Tabela 8. Índices de Rentabilidade, por período, da Companhia Industrial Cataguases.........32
Tabela 9. Demonstração do Valor Adicionado referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais- em Mil R$................................................32
Tabela 10. Valores comparativos da DVA em relação ao período de 2010..........................................................................................................................................33
Tabela 11. Valor Adicionado como Indicador, por período, da Companhia Industrial Cataguases................................................................................................................................36
Tabela 12. Demonstração do Fluxo de Caixa referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 - em Mil R$.................................................................................................................................37
Tabela 13. Demonstração de Multações do Patrimônio Líquido referente ao ano de 2010 - em Mil R$.......................................................................................................................................38
Tabela 14. Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido referente ao ano de 2011 - em Mil R$.......................................................................................................................................38
Tabela 15. Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido referente ao ano de 2012 - em Mil R$.......................................................................................................................................39
Tabela 16. Indicadores Financeiros e Econômicos do Ano 2011 das dez Melhores Empresas do Setor Têxtil, em comparação com a Situação Econômico-Financeira da Companhia Industrial Cataguases................................................................................................................40
Tabela 17. Indicadores Financeiros e Econômicos do Ano 2011 das dez Melhores Empresas do Setor Têxtil, em comparação com a Situação Econômico-Financeira da Companhia Industrial Cataguases................................................................................................................41
Tabela 18. Tabela Resumo das Atividades Socio-Ambientais da Companhia Industrial Cataguases referentes ao ano 2011...........................................................................................45
Tabela 19. Balanço Social referente ao Período de 2011 da Companhia Industrial Cataguases................................................................................................................................46
Tabela 20. Atividades realizadas por empresas do Setor Têxtil com o intuito de reduzir impactos negativos no ambiente...............................................................................................48
Lista de Figuras
Gráfico 1. Análise Vertical do Ativo referente ao período de 2010.........................................24
Gráfico 2. Análise Vertical do Ativo referente ao período de 2011.........................................24
Gráfico 3. Análise Vertical do Ativo referente ao período de 2012.........................................25
Gráfico 4. Análise Vertical do Passivo Referente ao período de 2010....................................25
Gráfico 5. Análise Vertical do Passivo Referente ao período de 2011....................................26
Gráfico 6. Análise Vertical do Passivo Referente ao período de 2012....................................26
Gráfico 7. Comparação entre valores do Ativo Circulante e Passivo Circulante ao longo dos anos de 2010, 2011 e 2012.......................................................................................................28
Gráfico 8. Análise Vertical da Demonstração do Valor Adicionado ao período de 2010..........................................................................................................................................34
Gráfico 9. Análise Vertical da Demonstração do Valor Adicionado ao período de 2011..........................................................................................................................................34
Gráfico 10. Análise Vertical da Demonstração do Valor Adicionado ao período de 2012..........................................................................................................................................35
Resumo
	Com o intuito de analisar a situação econômica e financeira, assim como, o comprometimento com a contabilidade ambiental da Companhia Industrial Cataguases, foram realizados cálculos dos índices de liquidez, rentabilidade e do Valor Adicionado, além de análises horizontais e verticais das principais demonstrações contábeis. A partir disso, foi possível concluir que a empresa apresenta situação financeira satisfatória, a medida que dispõe de capital em caixa para amortizar dividas de curto prazo. A situação econômica, por outro lado, mostra-se deficiente, uma vez que, ocorreu uma redução do lucro liquido entre os anos de 2010 e 2012, período de estudo escolhido. Por fim, a firma não discrimina seus gastos ambientais em relatórios segregados de modo que todas as informações referentes a esse tema estão disponibilizados apenas no seu website.
1. Introdução
A Companhia Industrial Cataguases, sociedade anônima de capital aberto, fundada em 1936, localizada no estado de Minas Gerais, na cidade de Cataguases, esta inserida no ramo de atividade das indústrias de transformação, sendo sua operação destinada à produção de tecidos utilizados na confecção de camisaria masculina, feminina e carrinhos de bebê. Dentre seus principais produtos é possível elencar a fabricação de tecidos lisos, tecidos tintos, tecidos estampados e tecidos com fio tinto, sendo esses elaborados por meio de um processo de tecnologia de ponta, com análises laboratoriais do algodão, resultando no abastecimento dosmercados interno e externo, de modo a atender clientes por toda a América, Europa e Ásia.
Com o intuito de melhorar a aptidão de análise e as técnicas de interpretação das demonstrações financeiras da empresa de capital aberto selecionada (Companhia Industrial Cataguases), assim como de seus índices econômico-financeiros, o presente trabalho, por meio da metodologia de Estudo de Caso, procurou destacar, a partir das Demonstrações Contábeis divulgadas pela organização, a situação Econômica e Financeira de Curto e Longo Prazos.
Analisando também o comprometimento da mesma com a disponibilização de dados relacionados à Contabilidade Ambiental, enfatizando as políticas adotadas pela firma para preservar, prevenir e controlar os impactos por ela gerados ao meio ambiente além de garantir a sustentabilidade econômica e o desenvolvimento social.
Com o intuito de cumprir os objetivos do trabalho assinalados anteriormente, foram feitas as Análises Vertical e Horizontal, cálculo dos Índices de Liquidez, Rentabilidade e do Valor Adicionado, feitos a partir de dados obtidos das Demonstrações Contábeis retiradas do site www.cvm.gov.br.
 Dessa forma, foi possível documentar e analisar as atividades da organização, através do levantamento de questões durante a pesquisa que buscavam compreender melhor os resultados obtidos sobre os eventos objetos de estudo.
2. A empresa	
	2.1 Objetivo
	A Companhia Industrial Cataguases, fundada em 1936, desempenha suas atividades no município de Cataguases (MG). Seu principal negócio é a fabricação de tecidos planos em algodão que abastecem as indústrias de camisaria masculinas e femininas, assim como indústrias que fabricam carrinhos de bebê. Possui processos para fabricação de tecidos lisos, tecidos tintos, tecidos estampados e tecidos com fio tinto, que abastecem os mercados interno e externo, com clientes por toda a América, Europa e Ásia (www.cataguases.com.br).
	Dentre os objetivos (missão e visão) principais da empresa é possível destacar o desenvolvimento de produtos e serviços com foco na qualidade e sustentabilidade; a promoção do bem-estar de clientes e colaboradores, agregando assim valores aos produtos, visando conquistar a fidelidade dos usuários e assegurar o crescimento e a rentabilidade do negócio; e o reconhecimento da qualidade de seus tecidos, eficácia dos serviços, inovação tecnológica, respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos por colaboradores, clientes, parceiros, acionistas e segmento onde atua (www.cataguases.com.br).
	
2.2 Localização
	A Companhia Industrial Cataguases, constituída como uma Sociedade Anônima de Capital Aberto, está domiciliada no Brasil, com a sede social localizada na Praça José Inácio Peixoto, nº 28, bairro Vila Tereza, no município de Cataguases, Estado de Minas Gerais. 
	
2.3 Histórico
	Algumas das mais antigas formas de trabalho humano são a fiação e a tecelagem, de maneira que a evolução técnica da produção de tecidos está intimamente relacionada à evolução das sociedades. Embora a obtenção e produção de matérias-primas para a realização de tais atividades fosse de grande dificuldade, existem relatos de variados cultivos de fibras, com destaque para o linho e algodão, no campo vegetal, e de seda e lã, no campo da pecuária, na Antiguidade.
	A política dos "cercamentos", na Inglaterra, durante os séculos XVI e XVII, contribui para uma intensa modificação no campo, por meio da substituição do cultivo de cereais pela criação de ovelhas, dada uma maior rentabilidade desta última, em função da alta dos preços da lã no mercado internacional. Tal evento, portanto, contribuiu para o rápido desenvolvimento da tecelagem, que passou a exigir métodos mais modernos de produção, culminando na Revolução Industrial. Esta, marcada pela acumulação primitiva de capitais, estabeleceu condições para a introdução contínua de inovações técnicas e formas fabris de produção. A criação da máquina a vapor tornou a fábrica uma realidade palpável.
	O primeiro ramo da indústria a ser mecanizado foi a manufatura dos teares. Em 1767, o tear hidráulico foi desenvolvido, permitindo a produção de fios em maior escala, provocando um desequilíbrio em razão do pequeno número de trabalhadores para dar vazão à produção. Finalmente, o problema foi solucionado com a construção do tear mecânico, que se popularizou a partir de 1820, permitindo o surgimento de modernas fábricas de tecido.
	No Brasil, a produção, para o consumo interno, de tecidos de algodão teve início com a colonização dos portugueses, que trouxeram ao país a roca e o tear manual. A excelência do algodão na região norte do país e a necessidade da produção de tecidos para atender a demanda doméstica, levaram a Metrópole a fomentar e organizar bases mais amplas para a expansão desta atividade. 
	Em 1785, no entanto, foi instituído um alvará que proibia a existência de fábricas na Colônia brasileira, o que impediu e atrasou a evolução da indústria têxtil nacional. Apenas com a revogação do alvará por D. João VI e a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, o que gerou estímulos, privilégios e subsídios à manufatura, é que condições perfeitas para o desenvolvimento da atividade de tecelagem foram efetivadas. Em decorrência do tratado comercial estabelecido entre Portugal e Inglaterra, entretanto, perspectivas para o desenvolvimento industrial foram instituídas após a elaboração da Lei Alves Branco, em 1844.
	Fundada em 1936, a Companhia Industrial Cataguases (CIC), sociedade anônima de capital aberto, contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Cataguases (MG) para a instalação da indústria, de acordo com o decreto de Lei no.96, de 1936, com concessão do terreno para sua construção, isenção de impostos municipais por 25 anos, gratuidade da água fornecida, além de outras facilidades previstas pelo governo estadual. Superadas a tormenta inflacionária do pós-guerra e a estagnação e recessão econômica na década de 60, por meio da constante inovação e modernização da empresa, a CIC, que contemplava, em seu início, uma produção mensal de quinze mil metros, consome, hoje, mais de quinhentas toneladas de algodão por mês e produz dois milhões e quinhentos mil metros de tecidos de algodão. A produção é destinada a todas as regiões do Brasil e é exportada para cerca de vinte países das Américas e Europa (www.cataguases.com.br).
	
2.4 Produtos
	Atualmente, a Companhia Industrial Cataguases trabalha com dois tipos de tecidos: tecidos de fios tintos e tecidos estampados. No primeiro caso, o próprio fio recebe tingimento, antes mesmo de ser tecido, o que garante maior durabilidade e vivacidade da cor, enquanto que os tecidos estampados são fabricados pelo processo de estamparia rotativa. 
	O alto padrão de qualidade dos produtos da empresa é resultado do amplo investimento em tecnologia de ponta. O processo de fabricação de fios conta com análise laboratorial do algodão utilizado na linha de produção, seguido por sua limpeza por meio de equipamentos que retiram impurezas. Em etapas seguintes, as fibras de algodão são conduzidas por fluxo de ar, com o intuito de evitar contatos com elementos que possam interferir na fabricação dos fios. Toda a produção é acompanhada por técnicos especializados, com o intuito de manter um alto controle de qualidade. 
	
2.5 Sustentabilidade
	A Companhia Industrial Cataguases demonstra sua preocupação com a redução de impactos ambientais por meio do cumprimento da legislação ambiental vigente e das normas que ditam os padrões de qualidade ambiental. Toda a água utilizada no processo produtivo é captada do Rio Pomba, pertencente à bacia hidrográfica do Paraíba do Sul, e devidamente tratada pela Estação de Tratamento de Efluentes pertencente à empresa, antes de ser devolvida ao rio. Além disso, no quesito poluição atmosférica, a organização dispõe de torres lavadoras de gases, que reduzem a quantidade de gases poluentes e materiais particulados lançados na atmosfera, e realizam monitoramento das concentrações anuais de gases estufa emitidos. A firmasegrega os resíduos sólidos de acordo com o seu grau de periculosidade e garante a destinação correta de cada um deles, com o intuito de evitar a contaminação do meio. Há também o reaproveitamento do material, principalmente resíduos de algodão, que se encontram ainda em perfeito estado para serem empregados no processo produtivo. 
	A Companhia desenvolveu um Sistema de Gestão Ambiental cuja principal função é prevenir a poluição, isto é, evitar a degradação ambiental por meio das atividades potencialmente poluidoras da empresa. Além disso, a organização apresenta projetos sociais, realizados pelo Instituto Francisca de Souza Peixoto, criado após a consolidação da Lei de Incentivo a Cultura, cujo principal objetivo é promover ações conjuntas com empresas e instituições locais que participam de diversas iniciativas em projetos de educação, cultura, saúde, esportes e cidadania. 
3. Indústrias do Setor Têxtil 
	Segundo o Relatório elaborado pelo Ministério da Fazenda 	a partir de dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, até a data de 29 de setembro de 2010, o Setor Têxtil brasileiro é composto por aproximadamente 6.500 empresas que empregam cerca de 331.000 pessoas, embora tal setor apresente reduzida participação na composição do Produto Interno Bruto - PIB - industrial (0,6%) e elevados déficits na Balança Comercial nos últimos anos.
	A cadeia Têxtil é bastante ampla e engloba diversos segmentos industriais - fiação, malharia, tecelagem e confecção - aspecto que lhe confere uma grande complexidade organizacional. Apesar disso, o Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento que comporta todas as etapas de produção do ramo de maneira estruturada (www.fazenda.gov.br).
	A produção, concentrada regionalmente, é bastante fragmentada em relação ao número de empresas, sendo que as de grande porte respondem por apenas 16% da produção, enquanto que pequenas e médias e as microempresas correspondem a 66% e 8% da produção, respectivamente. A produção de fibras é controlada, majoritariamente, por um número restrito de grandes empresas, em grande parte sociedades anônimas de origem internacional. O final da cadeia é composto por um imenso número de pequenas e médias companhias, com elevada mão-de-obra e capital fechado (www.fazenda.gov.br).
	As Tabelas de Recursos e Usos - TRU, divulgadas pelo IBGE, são articuladas às Contas Econômicas Integradas e apresentam informações das contas de Bens e Serviços, de Produção e de Geração de Renda por setor de atividade econômica, o que permite estimar o PIB pelas óticas do produto, da renda e da despesa (Feijó et al, 2007). Demostram que as Indústrias de Transformação, ramo em que está inserida a Indústria Têxtil, exercem elevada representatividade na economia total do país, assim como entre os 11 demais setores abordados.
	Por meio do estudo da TRU relacionada à oferta de bens e serviços, é possível concluir que o setor de Indústrias de Transformação representa 33,45% da oferta total de bens e serviços a preços básicos. No que diz respeito à produção, 31,25% do setor está vinculado ao total do produto nacional. Dentro do setor da Agropecuária e do próprio ramo em questão, a Indústria de Transformação fornece cerca de 7,6% e 99,65%, respectivamente, de subsídios para a produção. Além disso, o setor corresponde a 42,76% da demanda total. 71,5% das exportações realizadas pelo país estão vinculadas à Indústria de Transformação, enquanto que esta também representa 45,04% do consumo das famílias, 81,56% de variação de estoques, 52,63% da Formação Bruta de Capital Fixo e 38,86% da demanda final.
	Segundo o anuário “Exame – Melhores e Maiores 2011”, acerca de dados referentes ao ano de 2010 sobre o ranking das 10 maiores empresas do setor têxtil de capital aberto no país, estão listadas as seguintes firmas:  Santanense, Norfil, Fiação São Bento (SC), Brastex (fiação da Paraíba), Tavex de São Paulo (ex-Santista), Vicunha (CE), Santana Têxtil (MT), Döhler (SC), Coteminas (MG) e Karsten (SC). No quesito “Empresa do Ano”, no entanto, foi escolhida a centenária Hering (SC).
4. Revisão de Literatura
A pesquisa realizada por Soares et al (2005) objetiva analisar as relações entre as condutas ambientais e o desempenho econômico de algumas empresas de capital aberto do setor têxtil, utilizando dados das demonstrações contábeis referente ao ano de 2003, divulgadas junto à Comissão de Valores Mobiliários.
	Com base no modelo EPC Triplo (Estrutura-Conduta-Performance Triplo), que permite reconhecer como fatores relacionados às dimensões econômicas, sociais e ambientais afetarão a performance econômica das empresas, foi possível realizar análise econométrica para avaliar a relação de causalidade entre a conduta ambiental e performance econômica.
	Os resultados relacionados com a Cia Industrial Cataguases demonstram que o grau de sua conduta ambiental é considerado fraco em função da consistência das ações ambientais. O ano de 2003 foi extremamente difícil para as indústrias do setor têxtil, que operaram em um cenário de economia estagnada.
	No entanto, foram identificados sinais positivos dos coeficientes estimados das regressões entre conduta ambiental e performance econômica indicando que, dentro da amostragem estudada, as empresas que adotam condutas ambientalmente responsáveis apresentam melhores performances econômicas.
	No que diz respeito aos aspectos ambientais, Júnior & Junior (2009), que discutem a cobrança pelo uso da água como um valioso, porém polêmico, instrumento de gestão utilizado para promover a aplicação racional dos recursos hídricos, em termos consumptivos e como corpo receptor de efluentes, o atual quadro de degradação em que se encontra a bacia do rio Paraíba do Sul exige esforços e tomada de decisões urgentes e eficazes para buscar a sua reversão. A demanda por investimentos e os recursos financeiros necessários são elevados. A redução do impacto provocada em tal recurso, portanto, somente terá êxito por meio da comunhão de investimentos entre os setores público e privado apoiados pela sociedade civil organizada. 
	Nesse cenário, a opinião dos entrevistados a respeito de quem seriam os responsáveis pelo investimento em obras para a gestão da água foi diversa. Dentre os dezesseis entrevistados, cinco citaram exclusivamente o CBH: AMAJF, FIEMG, FAEMG, CESAMA e CEMIG; três mencionaram o poder público e o CBH: Consórcio do rio Pomba, FUNCEC e IGAM; cinco indicaram apenas o poder público: Secretários de agricultura de Cataguases e Juiz de Fora e funcionários da Companhia Industrial Cataguases, IMBEL e COPASA; dois sugeriram somente os usuários: entrevistados da FEAM e CFLCL; e o entrevistado do setor ambiental da Prefeitura de Cataguases citou o poder público e as empresas de saneamento. As respostas demonstram a multiplicidade de opiniões dos entrevistados quanto à responsabilidade de investimento em obras voltadas à gestão dos recursos hídricos.
	Assim, é possível concluir que o setor público foi o mais citado pelos entrevistados, o que pode ser justificado pela tradição cultural brasileira de creditar às instituições governamentais a responsabilidade por gerir o território nacional e buscar solucionar seus problemas, principalmente por meio de obras.
	O relatório elaborado pela Agência Nacional de Águas -ANA- referente ao exercício de 2007, por sua vez, teve como objetivo documentar e registrar todas as informações relativas ao processo de operacionalização da cobrança pelo uso de recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul. A Companhia Industrial Cataguases, segundo esse relatório, destinou R$ 5.913,00 a captação, R$ 3.177,32 a DBO, R$ 1.648,77 ao consumo no processo produtivo e R$ 9.450,40 ao total pago pela empresa no período.
5. Metodologia
	5.1 Estudo de Caso
	Os métodos de pesquisa podem ser classificados como quantitativos (ou tradicionais) e qualitativos. O Estudo de Caso, metodologia adotada para a execução do presente trabalho, consiste em um método qualitativo amplamente empregado, deforma mais ou menos sistemática e meticulosa, em várias áreas de pesquisa, tais como ciências políticas, sociologia, psicologia, administração, antropologia, história e economia. Os métodos qualitativos apresentam características que os diferenciam de abordagens tradicionais, dentre as quais é possível elencar: a ênfase na pessoa ou organização objeto de estudo, a importância do contexto do grupo ou organização pesquisados, a proximidade do pesquisador em relação aos fenômenos estudados e um quadro teórico menos estruturado que os das demais metodologias (Silva & Spinola). 
	O Estudo de caso, em particular, documenta e analisa as atividades de uma determinada organização ou de um pequeno grupo dentro dela, sendo utilizado como estratégia quando questões do tipo "como" e "por que" são levantadas durante a pesquisa, ou quando o pesquisador tem pouco controle sobre os eventos, ou ainda, quando o foco da investigação recai sobre um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto real. Há estudos de caso único e de casos múltiplos. Aqueles apresentam um único caso para um dado problema e referencial teórico e são normalmente utilizados quando se analisam fenômenos raros ou de difícil constatação, enquanto estes são baseados em replicações de um dado fenômeno (Silva & Spinola).
	O desenvolvimento de um projeto de pesquisa, plano de ação para chegar às conclusões desejadas a partir de um ponto inicial, representa uma difícil e complexa etapa de desenvolvimento de estudos de casos, uma vez que o método ainda não possui sistematização (Silva & Spinola). Surge, portanto, a necessidade de que o pesquisador que faz uso deste método apresente habilidades como ser capaz de fazer boas perguntas e interpretar com facilidade as respostas, ser um bom ouvinte, não ser influenciado por suas próprias ideologias e preconceitos, ser adaptável e flexível, ter amplo conhecimento acerca das questões estudadas, ser imparcial em relação a noções preconcebidas, e ser sensível e atento a provas contraditórias, garantindo, assim, uma maior probabilidade de sucesso da pesquisa (http://soniaa.arq.prof.ufsc.br/arq1001metodologiacinetificaaplicada/met2008/yin.pdf).
	As evidências e dados desejados ao longo da pesquisa que utiliza como base essa metodologia podem ser coletados e adiquiridos a partir de seis fontes principais: documentos, registros em arquivo, entrevistas, observação direta, observação participante e artefatos físicos. A exposição de tais dados após interpretados pode ser tanto escrita quanto oral. Entretanto, independentemente da forma que essa apresentação assume, semelhantes etapas devem ser obedecidas durante o processo de composição da mesma: análise do público a que os estudos de caso se destinam; variedades de composição do método; estruturas ilustrativas para as composições do estudo de caso; procedimentos padrões a serem adotados ao se realizar um relatório de estudo de caso; e as especulações sobre as características de um estudo de caso exemplar. Para ser exemplar, o estudo de caso deve ser significativo, completo, considerar perspectivas alternativas, apresentar um suficiente número de evidências que sustentem sua conclusão e ser elaborado de maneira atraente (http://soniaa.arq.prof.ufsc.br/arq1001metodologiacinetificaaplicada/met2008/yin.pdf).
	Como toda metodologia, o estudo de caso apresenta algumas limitações, tais como: ser altamente sujeito a análises intuitivas, exigir maiores habilidades do pesquisador, possuir amostragem pequena, o que dificulta o tratamento estatístico, e ser relativamente fácil de ser executado, não sendo necessárias grandes preocupações e cuidados metodológicos. Apesar dessas dificuldades, o método de estudo de caso, sistematicamente aplicado, permite uma completa compreensão das inter-relações de um problema, tornando-se muito útil, sobretudo quando o objetivo principal é auxiliar a elaboração e aprimoramento de teorias (Silva & Spinola).
5.2 Descrições dos procedimentos adotados para a elaboração do presente trabalho
	Para a realização do estudo de caso presente, todas as informações referentes às Demonstrações Contábeis da Companhia Industrial Cataguases foram retiradas do site www.cvm.gov.br, enquanto que os dados acerca das características (objetivos, localização, histórico da empresa, produtos e políticas adotadas pela mesma) foram retirados do site da própria empresa. Além disso, foi consultada a Revista "Exame – Melhores e Maiores", com a finalidade de obter valores compativos de mercado entre empresas do setor têxtil.
	A seguir estão descritos os Índices (e suas respectivas fórmulas) empregados para a análise das Situações Financeira e Econômica da organização, apresentada no item 5 (Resultados e Discussões acerca das Demonstrações Financeiras). 	
5.2.1 Análise Horizontal e Vertical
	As Análises Horizontal e Vertical são técnicas simples e importantes utilizadas pelo contador da empresa para comparar valores absolutos relacionáveis na mesma demonstração ou através do tempo. De maneira mais completa, a Análise Horizontal está relacionada à comparação do valor de cada item das demonstrações, em um dado período, com o valor correspondente referente ao período anterior, considerado como base para o cálculo, e tem como objetivo mostrar a evolução de cada conta, ou grupo de contas, quando considerada de forma isolada. A Análise Vertical, por sua vez, busca a determinação dos percentuais de cada conta do Balanço Patrimonial em relação ao Valor Total do Ativo ou do Passivo. A partir dela é possível verificar as mudanças da política da empresa quanto à obtenção e à aplicação de recursos.
	Assim, os cálculos dessas duas análises podem ser efetuados da seguinte maneira:
(1)
(2)
		
5.2.2 Índices de Liquidez
	A análise da Situação Financeira ou análise de Liquidez mede a capacidade de pagamento da empresa, ou seja, a capacidade da mesma de liquidar seus compromissos (Marion, 2012).
	A Liquidez Corrente (ou Circulante) mede a proporção de recursos que a empresa deve a curto prazo em relação ao montante aplicado em haveres e direitos circulantes. Dessa forma, para empresas comerciais e industriais, se o Ativo Circulante (valores a receber no Curto Prazo) for maior que o Passivo Circulante (valores a pagar no Curto Prazo), a situação financeira da empresa é favorável, uma vez que terá recursos para saldar suas dívidas (Marion, 2012).(3)
	A Liquidez Geral (ou Financeira) é utilizada para conhecer a Situação Financeira de Longo Prazo da organização e pode ser calculada utilizando-se a seguinte equação: 
(4)
	
A Liquidez Seca está relacionada à capacidade de a empresa liquidar suas dívidas, excluindo-se a conta de Estoques, computada como Ativo Circulante. Nem sempre um valor baixo (inferior a 1,0) para esse índice indica Situação Financeira desfavorável da empresa, sendo necessário compará-lo com outras organizações do mesmo setor.
(5)
	
A Liquidez Imediata representa a proporção de recursos imediatos (dinheiro disponível em caixa ou em bancos) com dívidas que vencerão no Curto Prazo. Dessa forma, quanto mais alto o valor desse índice, maior é a quantidade de dinheiro disponível para a empresa saldar suas dívidas de curto prazo.(6)
	
Além dos índices descritos anteriormente, ainda é possível avaliar indicadores de endividamento da empresa, isto é, a quantidade (nível de endividamento) e a qualidade (prazo de pagamento) da dívida. (7)
(8)
	
Quando a quantidade da dívida é maior que 50%, a empresa possui uma dívida elevada. No entanto, valores inferiores a 50% para a qualidade da dívida indicam que a maioria dos compromissos da firma são de Longo Prazo, ou seja, esta apresenta mais tempo para cumprir suas responsabilidades com Terceiros (Marion, 2012).
		
5.2.3 Índices de Rentabilidade
	Com o intuito de medir a Lucratividade da empresa, calcula-se a Margem de Lucro obtida pela mesma, isto é, quanto a organização ganha por real vendido. De maneira mais detalhada, mede quantos centavos restantes por real de venda após a deduçãode todas as despesas. Algumas empresas trabalham com Margem Líquida pequena, pois ganham na quantidade vendida, como é o caso de supermercados, restaurantes por quilo etc, e outras, com Margem de Líquida alta, uma vez que vendem uma menor quantidade de produtos com custos mais elevados aos consumidores, como é o caso de joalherias (Marion, 2012).
(9)
(10)
(11)
	
Além disso, é possível calcular a Rentabilidade da empresa (quantos centavos a empresa obteve de lucro por cada real investido) a partir das seguintes equações:
(12)
(13)
	
A Taxa de Retorno sobre Investimentos (TRI) demonstra a Rentabilidade da empresa, ou seja, o retorno produzido pelo total das ações realizadas pela organização e seus ativos. A Taxa de Retorno sobre Patrimônio Líquido, por sua vez, revela a Rentabilidade dos empresários a partir da mensuração dos recursos aplicados na empresa por seus proprietários (Marion, 2012).
	A Produtividade da empresa é calculada pelo Giro (ou Rotação) do Ativo, que representa a eficiência com que a empresa utiliza seus ativos, objetivando gerar reais de vendas (Marion, 2012).(14)
	
Ao se integrar, em uma mesma base, Lucratividade, Rentabilidade e Produtividade, é possível concluir que:
(15)
		
5.2.4 Valor Adicionado como Indicador
	O Potencial do Ativo em Gerar Riqueza mede o quanto cada real investido no Ativo da empresa gera de riqueza (valor adicionado) a ser transferido para vários setores que se relacionam com a firma (Marion, 2012).
(16)
	
A Retenção da Receita representa a porção da Receita Total que é comprometida com terceiros, ou seja, a parte da receita que é transferida para outras organizações e não agregam valor para a firma em análise (Marion, 2012). 
(17)
	
O Valor Adicionado per Capita avalia o quanto cada empregado contribui para a formação da riqueza da empresa, sendo, portanto, um indicador acerca da produtividade dos funcionários (Marion, 2012).
(18)
	
Além desses índices, ainda é possível mensurar a participação dos empregados, dos bancos, dos acionistas, do Governo e dos reinvestimentos dos lucros da empresa na composição do Valor Adicionado.(19)
(20)
(21)
(22)
(23)
6. Resultados e Discussões acerca das Demonstrações Contábeis 
	6.1. Balanço Patrimonial
	O Balanço Patrimonial reflete a posição financeira da empresa em determinado momento, normalmente no final do ano ou de um período pré-fixado. É constituído de duas colunas: a coluna da direita representa o Passivo e o Patrimônio Líquido (de acordo com a Lei das Sociedades por Ações é denominada apenas Passivo), enquanto que a coluna da esquerda é o Ativo (Marion, 2012).
	Por meio das Análises Horizontal e Vertical e Índices de Liquidez foi efetuado um diagnóstico desta ferramenta para indicar a Situação Financeira da Companhia Industrial Cataguases. Tal pesquisa está descrita a seguir.
Tabela 1 - Demonstração do Balanço Patrimonial (Lado Esquerdo - Ativo) referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais - em Mil R$.									 (Continua)
Tabela 1 - Demonstração do Balanço Patrimonial (Lado Esquerdo - Ativo) referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais - em Mil R$. (Conclusão)
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
Tabela 2- Demonstração do Balanço Patrimonial (Lado Direito - Passivo) referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais - em Mil R$.										 (Continua)
Tabela 2 - Demonstração do Balanço Patrimonial (Lado Direito - Passivo) referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais - em Mil R$.										 (Conclusão)
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
6.1.1 Análise Horizontal do Balanço Patrimonial
	A partir da análise da Tabela 3, é possível observar que entre os anos de 2010 e 2011 e 2010 e 2012 houve um reduzido crescimento da conta do Ativo Total, correspondente a 5,45% e 0,71%, respectivamente.
O quadro negativo do Ativo Circulante pode ser explicado como resultado, principalmente, da redução de aplicações financeiras. Além disso, ocorreu um aumento das Contas a Receber e na conta Estoques, ou seja, o montante de moeda que a empresa tem direito a adquirir.
	A conta de Ativo Não Circulante, por sua vez, não apresenta alterações significativas, de modo geral, sendo estas equivalentes a 3,33% e 1,31% entre os anos de 2010 e 2011 e 2010 e 2012, respectivamente. Entretanto, os Ativos Realizáveis a Longo Prazo computaram uma intensa diminuição de valores ao longo do período analisado, como uma consequência da contração das contas Ativos Fiscais Não Correntes e Depósitos Judiciais. As Notas Explicativas da Companhia não forneceram justificativas acerca destes eventos. Os Ativos Permanentes da empresa (Investimentos, Imobilizado e Intangível) não obtiveram alterações marcantes durante os anos estudados.
	Dentre as contas do Passivo, ocorreu um decréscimo do Passivo Circulante, em decorrência da retração de Fornecedores e Obrigações Fiscais, dívidas estas possivelmente liquidadas. O aumento do Passivo Não Circulante (Exigível a Longo Prazo) se dá por meio da contração de compromissos no Longo Prazo, como é o caso dos Empréstimos e Financiamentos, que tiveram extensão dentro desta conta.
	Por fim, a conta do Patrimônio Líquido, que representa o Capital Próprio da organização, cresceu como consequência da elevação das Reservas de Lucro e Legal.
Tabela 3 - Valores comparativos do Balanço Patrimonial em relação ao período de 2010.
	Contas
	2012
	2011
	2010
	Ativo Total
	100,71
	105,41
	100
	Ativo Circulante
	99,10
	107,36
	100
	Ativo Não Circulante
	101,31
	103,33
	100
	Realizável a Longo Prazo
	88,22
	89,86
	100
	Investimentos
	103,50
	100,30
	100
	Imobilizado
	103,16
	105,80
	100
	Intangivel
	118,45
	107,23
	100
	Passivo Total
	100,71
	105,45
	100
	Passivo Circulante
	50,17
	66,38
	100
	Passivo não Circulante
	169,91
	164,64
	100
	Patrimônio Líquido
	103,40
	106,12
	100
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
		6.1.2 Análise Vertical do Balanço Patrimonial 
	Com relação à Análise Vertical, foi possível observar que no ano de 2010, o Ativo Circulante é equivalente a 52% do valor do Ativo Total. As contas de Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível, pertencentes ao Ativo Não Circulante, representam 8%, 0%, 39% e 1%, respectivamente.
	Para o ano de 2011, esses valores correspondem a 53% (Ativo Circulante), 6% (Realizável a Longo Prazo), 0% (Investimentos), 39% (Imobilizado) e 2% (Intangível).
	Finalmente, em relação a 2012, o Ativo Circulante engloba 51% do Ativo Total, enquanto que as contas do Ativo Não Circulante (Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível), totalizam 49% do Ativo Total.
	 Tais dados estão representados nos gráficos a seguir (Gráficos 1, 2 e 3).
Gráfico 1 - Análise Vertical do Ativo referente ao período de 2010.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.
Gráfico 2 - Análise Vertical do Ativo referente ao período de 2011.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.
Gráfico 3 - Análise Vertical do Ativo referente ao período de 2012.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
	
Os dados da Análise Vertical do Passivo Total mostram que, no ano de 2010, o Passivo Circulante é equivalente a 30% do valor do Passivo Total, enquanto que o Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido representam 19% e 51%, respectivamente. Para o ano de 2011, esses valores correspondem a 19% (Passivo Circulante), 30% (Passivo Não Circulante) e 51% (Patrimônio Líquido). Em relação a 2012, oPassivo Circulante engloba 15% do Passivo Total, enquanto que as contas do Passivo Não Circulante influenciam 33% e o Patrimônio Líquido equivale a 52% do Passivo Total.
	Tais dados estão resumidos nos gráficos a seguir (Gráficos 4, 5 e 6).
Gráfico 4 - Análise Vertical do Passivo Referente ao período de 2010.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.
Gráfico 5 - Análise Vertical do Passivo Referente ao período de 2011.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.
Gráfico 6 - Análise Vertical do Passivo Referente ao período de 2012.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.
			
6.1.3 Análise dos Índices de Liquidez
Durante o período referente ao ano de 2010, a empresa apresentou Situação Financeira satisfatória, uma vez que, seu índice de Liquidez Corrente demonstrou que possui Ativo Circulante superior ao Passivo Circulante, o que garante o cumprimento de suas obrigações de Curto Prazo. Ao subtrair os Estoques do Ativo Circulante Total, a organização é capaz de pagar seus deveres de Curto Prazo, como indicado pela Liquidez Seca. Em relação à Liquidez Geral, a firma também obteve resultados positivos, no sentido de que detém capital suficiente para liquidar dívidas de Longo Prazo. Segundo o índice de Liquidez Imediata, apenas 17% das dívidas de Curto Prazo poderiam ser saldadas com o recurso presente em Caixa. Por outro lado, a Companhia mostrou-se altamente endividada e com dívidas de Curto Prazo de vencimento. Tal quadro, no entanto, não impede que execute suas obrigações exigíveis de Curto e Longo Prazo.
	Em 2011, a empresa apresentou Situação Financeira mais satisfatória quando comparada à de 2010, uma vez que, seu índice de Liquidez Corrente demonstrou que possui Ativo Circulante superior ao Passivo Circulante, o que garante o cumprimento de suas obrigações de Curto Prazo. Ao subtrair os Estoques do Ativo Circulante Total, a organização é capaz de pagar seus deveres de Curto Prazo, como indicado pela Liquidez Seca. Em relação à Liquidez Geral, a firma também obteve resultados positivos, no sentido de que detém capital suficiente para liquidar dívidas de Longo Prazo. Segundo o índice de Liquidez Imediata, apenas 37% das dívidas de Curto Prazo poderiam ser saldadas com o recurso presente em Caixa. Por outro lado, a Companhia mostrou-se altamente endividada, mas com a maioria das obrigações com vencimento a Longo Prazo. Obrigações de Longo Prazo são mais desejáveis que as de Curto Prazo, por proporcionarem um tempo maior para o levantamento de recursos e fundos.
	De forma similar, o ano de 2012 foi marcado por Situação Financeira mais satisfatória quando comparada às de 2010 e 2011, pois o índice de Liquidez Corrente da empresa demonstrou que possui Ativo Circulante superior ao Passivo Circulante, o que garante o cumprimento de suas obrigações de Curto Prazo. Ao subtrair os Estoques do Ativo Circulante Total, a organização é capaz de pagar seus deveres de Curto Prazo, como indicado pela Liquidez Seca. Em relação à Liquidez Geral, a firma também obteve resultados positivos, no sentido de que detém capital suficiente para liquidar dívidas de Longo Prazo. Segundo o índice de Liquidez Imediata, apenas 47% das dívidas de Curto Prazo poderiam ser saldadas com o recurso presente em Caixa. Por outro lado, a Companhia mostrou-se altamente endividada, mas com a maioria das obrigações com vencimento a Longo Prazo. 
Tabela 4 - Índices de Liquidez, por período, da Companhia Industrial Cataguases.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.
Tabela 5 – Índice de Endividamento, por período, da Companhia Industrial Cataguases
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.
O Gráfico 7 ilustra os maiores valores do Ativo Circulante em relação ao Passivo Circulante, no período analisado, o que explica os Índices de Liquidez satisfatórios da empresa, permitindo que esta salde suas obrigações de Curto e Longo Prazo.
Gráfico 7 - Comparação entre valores do Ativo Circulante e Passivo Circulante ao longo dos anos de 2010, 2011 e 2012.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.
6.2 Demonstrações do Resultado do Exercício (DRE)
	A Demonstração do Resultado do Exercício indica o lucro ou prejuízo da empresa ao final de cada período contábil. Não é possível acumular receitas e despesas de um exercício social anterior para o próximo, obedecendo assim ao princípio da independência absoluta de períodos. Tal demonstração apresenta vários tipos de lucros: Lucro Operacional Bruto ou Lucro Bruto, Lucro Operacional Líquido ou Lucro Operacional, Lucro Antes do Imposto de Renda, Lucro Depois do Imposto de Renda e Lucro Líquido (Marion, 2012).
	Por meio das Análises Horizontal e Vertical e Índices de Rentabilidade foi efetuado um diagnóstico desta ferramenta para indicar a Situação Econômica da Companhia Industrial Cataguases. Tal estudo está descrito a seguir.
Tabela 6 - Demonstração do Resultado do Exercício referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais- em Mil R$. 
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
		6.2.1 Análise Horizontal da Demonstração do Resultado de Exercício
A partir da Análise da Tabela 7, é possível perceber que entre os anos de 2010 e 2011 ocorreu um aumento significativo da Receita de Vendas de Bens e Serviços, enquanto que entre os períodos de 2010 e 2012 houve um aumento pouco expressivo do montante comercializado pela Companhia. O intenso crescimento da Receita Bruta em 2011, segundo o Relatório de Administração da Empresa, deu-se em decorrência de uma melhora substancial na Receita Líquida por metros lineares de tecido (e não ao acréscimo de vendas propriamente ditas), resultando em um incremento do Lucro Bruto neste mesmo período. Entretanto, em 2012, a intensa queda do Lucro Bruto pode ser compreendida como efeito da alta dos custos sobre mercadorias vendidas. Além disso, da mesma forma que constatado em 2011, o decréscimo do volume físico comercializado foi minimizado pela melhora da Receita Líquida por metro de tecido cedido, em 2012.
	Apesar do aumento das Despesas Operacionais, principalmente em função dos reajustes salariais da categoria e dos custos variáveis de venda, a elevação do total de Receita Líquida, em 2011, contribuiu para a subida do Lucro Operacional. O alto valor desta conta (Receita Líquida) é o suficiente para amortizar maiores custos operacionais e manter um nobre Lucro Operacional. Por outro lado, no ano de 2012, o menor Lucro Bruto e o acréscimo nas contas Despesas com Vendas e Despesas Gerais Administrativas acarretaram queda drástica do Lucro Operacional.
	De acordo com o Relatório da Administração, o Resultado Financeiro Líquido, em 2011, reduziu cerca de 62,65% ( quando comparado aos dados de 2010), como resultado da variação cambial líquida negativa e aumento expressivo das Despesas Financeiras. Consequentemente, houve uma redução no Lucro Antes do Imposto de Renda. No período referente a 2012, o quadro se repetiu, resultando em um decréscimo ainda maior deste mesmo Lucro. 
	No período de 2011, ocorreu uma redução do montante de impostos a pagar, e concomitante aumento na conta Diferido, o que explica o baixo crescimento do Lucro Depois do Imposto de Renda. Em 2012, por sua vez, o elevado acréscimo do Imposto Corrente levou a brusca redução do Resultado Líquido das Operações Continuadas.
	Finalmente, em 2011, a queda do Resultado Líquido das Operações Descontinuadas, além das alterações das contas discutidas anteriormente, contribuíram para uma pequena redução do Lucro Líquido. Em 2012, como consequência do aumento de todas as deduções, o Lucro Líquido decresceu cerca de 68% em relação ao período de 2010.
Tabela 7 - Valores comparativos da DRE em relação ao período de 2010.
	Contas
	2012
	2011
	2010
	Receita de Venda de Bens e/ ou Serviços
	100,77
	116,76
	100
	Resultado Bruto (Lucro Bruto)
	81,96
	134,51
	100Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos (Lucro Operacional) 
	43,22
	121,70
	100
	 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro (Lucro Antes do Imposto de Renda - LAIR)
	40,25
	85,86
	100
	Resultado Líquido das Operações Continuadas (Lucro Depois do Imposto de Renda - LDIR)
	38,79
	102,81
	100
	Lucro ou Prejuízo Consolidado do Período (Lucro Líquido)
	31,94
	98,49
	100
	Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
		6.2.2 Análise dos Índices de Rentabilidade
A partir da análise da Tabela 8, é possível concluir que, em 2010, após a dedução de todas as despesas, para cada real vendido, restaram sete centavos de lucro para a empresa (Margem Líquida de Lucro). A análise da Taxa de Retorno sobre Investimentos, permite concluir que para cada um real investido no Ativo da empresa, há um ganho de cinco centavos, demorando esta, uma média de vinte anos para que recupere seus investimentos. Além disso, a Taxa de Retorno sobre Patrimônio Líquido mostra que há uma aquisição de dez centavos para cada real investido. Dessa forma, haverá uma espera de dez anos para que investidores recuperem seu capital. Por fim, o Giro do Ativo, demonstra que a Companhia vendeu, no período, o correspondente a 0,7 vezes o valor do seu Ativo Total.
	Em relação ao período de 2011, após a dedução de todas as despesas, para cada real vendido pela firma, sobraram seis centavos de lucro para a empresa (Margem Líquida de Lucro). A análise da Taxa de Retorno sobre Investimentos, permite concluir que para cada um real investido no Ativo da empresa, assim como em 2010, há um ganho de cinco centavos, demorando esta, uma média de vinte anos para que recupere seus investimentos. Além disso, a Taxa de Retorno sobre Patrimônio Líquido mostra que há uma aquisição de nove centavos para cada real investido pelos proprietários e acionistas da organização. Finalmente, o Giro do Ativo, demonstra que a Companhia vendeu, no período, o correspondente a 0,77 vezes o valor do seu Ativo Total.
	No ano de 2012, a Margem Líquida de Lucro, correspondente a 0,02, indica que, após a dedução de todas as despesas, para cada real vendido, restaram dois centavos de lucro para a empresa. A análise da Taxa de Retorno sobre Investimentos, por sua vez, demonstra que a cada real investido no Ativo, há um ganho de um centavo pela Companhia. Além disso, a Taxa de Retorno sobre Patrimônio Líquido mostra que há uma aquisição de três centavos para cada real investido na conta de Patrimônio Líquido. O Giro do Ativo demonstra que foram vendidos, no período, o correspondente a 0,7 vezes o valor do Ativo Total da firma.
Tabela 8- Índices de Rentabilidade, por período, da Companhia Industrial Cataguases
 Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
6.3 Demonstrações do Valor Adicionado (DVA)
	A Demonstração do Valor Adicionado ou Valor Agregado, obrigatória para Companhias Abertas, procura evidenciar para quem a empresa canaliza a renda obtida. Após subtraídas das vendas todas as compras de bens e serviços, é possível obter o montante de recursos que a organização gera para remunerar salários, juros, impostos e reinvestir na própria empresa. De maneira resumida, a DVA mostra a riqueza gerada pela empresa e como essa riqueza é distribuída, ou transferida. Assim, o Valor Agregado corresponde ao PIB da empresa, enquanto que a soma de todos os Valores Agregados das empresas resultaria no PIB do país (Marion, 2012).
Tabela 9 - Demonstração do Valor Adicionado referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais- em Mil R$.		 (Continua)
Tabela 9 - Demonstração do Valor Adicionado referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 e suas respectivas Análises Horizontais e Verticais- em Mil R$.		 (Conclusão)
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.
6.3.1 Análise Horizontal da Demonstração do Valor Adicionado
A partir da análise da Tabela 10, é possível perceber que ocorreu aumento no período (entre 2010 e 2011 e 2010 e 2012) das contas Pessoal, Impostos, Taxas e Contribuições e Remuneração de Capitais de Terceiro, em função dos reajustes salariais da categoria, elevação das taxas de impostos e elevação das taxas de juros cobradas por bancos, respectivamente. Entretanto, houve redução da Remuneração de Capital Próprio nos dois anos, em decorrência do decréscimo do Lucro Líquido, discutido na Seção 6.2.1 (Análise Horizontal da Demonstração do Resultado de Exercício).
Tabela 10 - Valores comparativos da DVA em relação ao período de 2010.
	Contas
	2012
	2011
	2010
	Pessoal
	110,10
	129,82
	100
	Impostos, Taxas e Contribuições
	115,71
	122,22
	100
	Remuneração de Capitais de Terceiros
	161,99
	163,19
	100
	Juros
	136,99
	143,44
	100
	Remuneração de Capital Próprio
	37,56
	113,89
	100
	Lucros Retidos / Prejuízo do Período
	41,16
	43,14
	100
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores.	
6.3.2 Análise Vertical da Demonstração do Valor Adicionado
	A partir da Análise Vertical da Demonstração do Valor Adicionado, foi possível observar que a conta Pessoal, que engloba remuneração e benefícios de funcionários, representa, no intervalo estudado, a maior parcela do Valor Adicionado Total a distribuir, sendo equivalente a 46%, 44% e 49% nos anos de 2010, 2011 e 2012, respectivamente.
	A Remuneração de Capitais de Terceiro, conta composta por juros e aluguéis a serem pagos a Bancos e Instituições Financeiras, compreendem 23%, em 2010, 25% em 2011 e 28% em 2012, enquanto que a Participação do Capital Próprio na distribuição do Valor Adicionado é igual a 20%, 17% e 7% os três anos, na devida ordem.
	Os Impostos, Taxas e Contribuições, por sua vez, ampliaram sua participação na distribuição das riquezas da organização ao longo dos anos, mudando de 11%, em 2010, para 14% e 16% em 2011 e 2012, nesta ordem.
	Tais dados estão contemplados nos gráficos que se seguem (Gráficos 8, 9 e 10).
Gráfico 8 - Análise Vertical da Demonstração do Valor Adicionado ao período de 2010.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
Gráfico 9 - Análise Vertical da Demonstração do Valor Adicionado ao período de 2011.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
Gráfico 10 - Análise Vertical da Demonstração do Valor Adicionado ao período de 2012.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
		6.3.3 Valor Adicionado como Indicador
	Com base na Tabela 11, é possível inferir que a empresa, em 2010, gera vinte e sete centavos de riqueza para cada real investido, enquanto que o Potencial do Ativo em Gerar Riqueza equivale a 0,33 e 0,29 nos anos de 2011 e 2012, respectivamente. Conclui-se, portanto, que ocorreu um crescimento deste índice, como desejável, ao longo do período analisado.
	Além disso, ao se estudar a Retenção de Receita, percebe-se que ocorreu uma elevação do percentual que ficou retido dentro da empresa (acrescentando valor ou benefícios a funcionários, acionistas, governo, financiadores e lucro retido), equivalente a 38%, em 2010, e a 42% em 2011 e 2012. 
	Entre os anos de 2010 e 2012, também ocorreu um crescimento da participação de cada funcionário na formação da riqueza da organização. Em 2010, o Valor Adicionado per Capita foi igual a 40,89; em 2011 e em 2012, os valores desse índice correspondem, respectivamente, a 62,99 e 64,39.
	Os demais índices (Participação dos Empregados, Participação dos Bancos, Participação dos Acionistas, Participação do Governo, Participação da empresa no reinvestimento do lucro), que expressam a contribuição de cada segmento no Valor Adicionado, estão descritos na Tabela 11.
Tabela 11 - Valor Adicionado como Indicador, por período, da Companhia Industrial Cataguases.
	Valor Adicionado como Indicador
	2012
	2011
	2010
	Potencial do Ativo em Gerar Riqueza
	0,29
	0,33
	0,27
	Retenção da Receita
	0,42
	0,42
	0,38
	Valor Adicionado per capita
	64,39
	62,99
	40,89Participação dos Empregados
	0,49
	0,43
	0,46
	Participação dos Bancos
	0,28
	0,25
	0,22
	Participação dos Acionistas
	0
	0
	0
	Participação do Governo
	0,15
	0,13
	0,10
	Participação da empresa no reinvestimento do lucro
	0,04
	0,04
	0,12
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
	6.4 Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
	Segundo Marion (2012), o Balanço Patrimonial da empresa consiste em uma demonstração estática do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido em determinada data, ou seja, não é possível acompanhar a evolução destas contas, mas sim, apenas o saldo no início e no final do período contábil. Trata-se, portanto, de uma análise pontual. Dessa forma, não é sabido as razões que resultaram na alteração do saldo no decorrer do Exercício Social. A Demonstração do Resultado do Exercício, por sua vez, é dinâmica, pois fornece dados acerca das operações ocorridas ao longo de determinado período.
 	O modo como variam as contas do Balanço Patrimonial da empresa (não contido nesta Demonstração Contábil) é explicado pela Demonstração do Fluxo de Caixa, que pode ser classificada em: modelo direto e modelo indireto. A primeira (Demonstração do Fluxo de Caixa - modelo direto) explicita exatamente o montante de dinheiro que entrou em Caixa e o quanto saiu de dinheiro, reduzindo o Caixa. A segunda (Demonstração do Fluxo de Caixa - modelo indireto), no entanto, mostra quais as alterações no giro (Ativo e Passivo Circulantes) que provocaram acréscimo ou decréscimo no Caixa, sem explicar diretamente as entradas e saídas de capital (Marion, 2012). 
Tabela 12 - Demonstração do Fluxo de Caixa referente aos períodos de 2010, 2011 e 2012 - em Mil R$. 									
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
6.5 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
	Diferentemente da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), que evidencia a movimentação de uma conta singular do Patrimônio Líquido (Lucros Acumulados), a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido fornece a movimentação de todas as contas do Patrimônio Líquido ocorrida durante o exercício. Dessa forma, todo o crescimento ou redução do Capital Próprio da organização são mostrados por meio dessa demonstração, bem como a formação e utilização de reservas (Marion, 2012).
	Embora não apresente caráter obrigatório, a DMPL é mais completa e abrangente que a DLPA, sendo de fundamental importância para empresas que movimentam constantemente as contas do Patrimônio Líquido, assim como para a elaboração da Demonstração de Fluxos de Caixa e para fornecimentos à organizações investidoras (Marion, 2012).
Tabela 13 - Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido referente ao ano de 2010 - em Mil R$.
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
Tabela 14 - Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido referente ao ano de 2011 - em Mil R$.									 (Continua)
Tabela 14 - Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido referente ao ano de 2011 - em Mil R$.									 (Conclusão)
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
Tabela 15 - Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido referente ao ano de 2012 - em Mil R$. 
Fonte: Dados básicos da CVM (2013). Elaborado pelos autores
7. Indicadores Comparativos entre Empresas do Setor Têxtil
Comparando-se indicadores econômico-financeiros da Companhia Industrial Cataguases com os obtidos pelas organizações do mesmo setor, é possível perceber que aquela apresenta Lucro Líquido Ajustado, Lucro Líquido Legal, Liquidez Geral, Giro e Liquidez Corrente abaixo dos valores médios registrados por todas as demais firmas, de acordo com a Revista Exame. Rentabilidade Ajustada, Rentabilidade do Patrimônio Legal, Endividamento Geral e a Longo Prazo e Margem de Vendas, no entanto, encontram-se acima da média calculada do ramo.
	Embora apresente índice de Liquidez Corrente inferior à média das empresas do setor e muito menor índice que o maior obtido na análise das Melhores e Maiores Empresas da
Revista Exame, do ano de 2011, a Companhia Industrial Cataguases encontra-se em boa situação financeira, uma vez que o total de Ativo Circulante é capaz de amortizar as dívidas registradas no Passivo Circulante. O mesmo ocorre com o índice de Liquidez Geral, que demonstra que a organização será capaz de sanar suas dívidas de Longo Prazo.
	Apesar de possuir Endividamento Geral menor do que a média fornecida dentre as indústrias têxteis, a empresa analisada apresenta uma elevada dívida de baixa qualidade, ou seja, maior porcentagem das obrigações a serem pagas no próximo Exercício Social (Curto Prazo). Felizmente, a firma dispõe de recursos para liquidas seus deveres.
	No que se refere ao Giro do Ativo da empresa, apesar de o índice obtido pela Companhia diferir pouco da média, em comparação com a Melhor empresa neste indicador, possui (Cia Cataguases) menor eficiência ao utilizar seus ativos para gerar reais de vendas.
	Indicadores
	Indicadores referentes à Cia Industrial Cataguases
	Melhor Índice referente à empresa dentre as Dez Melhores Empresas Selecionadas do Setor
	Indicadores Médio referente a todas as empresas cadastradas do Setor
	Lucro Líquido Ajustado (USD milhões)
	4,8
	140,7
	8,4
	Lucro Líquido Legal (USD milhões)
	7,9
	163,9
	21,7
	Rentabilidade do Patrimônio Ajustada (%)
	5,7
	31,9
	-0,5
	Rentabilidade do Patrimônio Legal (%)
	9,6
	36,4
	4,1
	Liquidez Geral (Nº Índice)
	1,1
	7,4
	1,9
	Endividamento Geral (%)
	48,3
	11,6
	52,6
	Endividamento a Longo Prazo (%)
	29,9
	0,9
	20,8
	Margem das Vendas (%)
	4,1
	25,2
	-0,9
	Giro (Nº Índice)
	0,7
	2,1
	0,9
	Liquidez Corrente
 (Nº Índice)
	2,7
	16,1
	3,1
Tabela 16 - Indicadores Financeiros e Econômicos do Ano 2011 das dez Melhores Empresas do Setor Têxtil, em comparação com a Situação Econômico-Financeira da Companhia Industrial Cataguases. 
Fonte: Dados básicos da Revista Exame. Elaborado pelos autores
	
Indicador
	Alpargatas
	Arezzo
	Beira Rio
	Cataguases
	Dakota-Ne
	Grendene
	Guararapes
	Hering
	Lupo
	Santo Antônio
	Tavex
	Média do Setor de Têxteis
	Vendas Líquidas (USD milhões)
	1.035,90
	341,1
	525,1
	116,6
	206,5
	801,4
	494,9
	740,2
	281,8
	220,6
	391,7
	322,5
	Crescimento das Vendas (%)
	8
	10,6
	15,9
	4,2
	7,4
	-12,7
	4,8
	25,1
	6,7
	26,5
	-0,3
	1,5
	Lucro Líquido Ajustado (USD milhões)
	97,8
	40,6
	38,7
	4,8
	52
	91,1
	108,6
	140,7
	35,4
	9,4
	16,8
	8,4
	Lucro Líquido Legal (USD milhões)
	163,9
	48,8
	43,9
	7,9
	77
	162,8
	194
	158,5
	35,6
	11,5
	15,1
	21,7
	Patrimônio Líquido Ajustado (USD milhões)
	794,9
	205,1
	150,3
	81,1
	225,7
	964,9
	1.207,90
	385,5
	155,4
	82
	127,3
	253,4
	Patrimônio Líquido Legal (USD milhões)
	787,8
	204,7
	148,1
	78,4
	224,9
	959,9
	1.193,30
	378,9
	151,6
	78,7
	121,3
	247,6
	Rentabilidade do Patrimônio Ajustada (%)
	11,5
	17,9
	22,9
	5,7
	 -
	8,6
	8,7
	31,9
	21,1
	11,1
	12,9
	-0,5
	Rentabilidade do Patrimônio Legal (%)
	19,5
	21,6
	26,3
	9,6
	34,2
	15,4
	15,7
	36,4
	21,8
	14,2
	12,1
	4,1
	Capital Circulante Líquido (USD milhões)
	480,6
	157,1
	126
	48,5
	230,2
	833,4
	255
	274,9
	84,6
	11,7
	-52,1
	121,4
	Liquidez Geral (Nº Índice)
	2,4
	3,9
	2
	1,1
	5,8
	7,4
	2,1
	2,1
	2,1
	1
	0,8
	1,9
	Endividamento Geral (%)
	27,6
	20,9
	39,7
	48,3
	15,8
	11,9
	11,6
	35,8
	28,9
	52,2
	78,4
	52,6
	Endividamento a Longo Prazo (%)
	8,7
	5,1
	18,2
	29,9
	10,1
	0,9
	6,7
	11
	10,3
	14,4
	30,1
	20,8
	Riqueza Criada (USD milhões)
	467,9
	95,3
	 -
	33,5
	- 
	386,5
	354,2
	435,8
	153,3
	49,5
	159,3
	158,1
	Nº de Empregados
	11.524
	676
	 - 
	1.527
	 - 
	23.907
	37.263
	8.501
	4.572
	1.376
	3.782
	6.850
	Riqueza Criada por Empregado (USD mil)
	0
	0,2
	 - 
	0
	 - 
	0
	0
	0,1
	0
	0
	00
	Ebitda (USD milhões)
	175,1
	55,7
	82,1
	13,1
	12,4
	114,1
	213,8
	234,7
	56,8
	27,6
	51,4
	52,5
	Salários e Encargos (USD milhões)
	158,4
	20,7
	 - 
	21,3
	 - 
	206,8
	150,7
	82
	59
	21,5
	84,2
	65
	Tributos (USD milhões)
	143,1
	33,9
	 - 
	6,6
	 - 
	119,6
	94,1
	180,4
	50,4
	13,4
	44
	51
	Exportação – Valor (USD milhões)
	79,1
	27
	 - 
	24,9
	 - 
	174,5
	- 
	11,7
	6,2
	3,5
	32,5
	33,2
	Exportação – % das Vendas (%)
	7,6
	7,9
	- 
	21,4
	 - 
	21,8
	 - 
	1,6
	2,2
	1,6
	8,3
	8,1
	Margem das Vendas (%)
	9,4
	11,9
	7,4
	4,1
	25,2
	11,4
	21,9
	19
	12,6
	4,3
	4,3
	-0,9
	Giro (Nº Índice)
	0,9
	1,3
	2,1
	0,7
	0,8
	0,7
	0,4
	1,2
	1,3
	1,3
	0,7
	0,9
	Liquidez Corrente (Nº Índice)
	3,3
	4,8
	3,4
	2,7
	16,1
	7,9
	4,8
	2,8
	3,1
	1,2
	0,8
	3,1
	Total do Ativo (USD milhões)
	1.098,10
	259,4
	249,1
	156,9
	268,2
	1.095,30
	1.366,00
	601
	218,5
	171,7
	588
	453
Fonte: http://exame.abril.com.br
Tabela 17 - Indicadores Financeiros e Econômicos do Ano 2011 das dez Melhores Empresas do Setor Têxtil, em comparação com a Situação Econômico-Financeira da Companhia Industrial Cataguases. 
8. Contabilidade Ambiental da Empresa
8.1 Impactos resultantes da atividade Têxtil
	As etapas que compõem o processo produtivo da Indústria Têxtil representam potenciais riscos de degradação ao meio ambiente, em casos de não execução de medidas mitigatórias e/ou compensatórias. Dentre os principais impactos resultantes dessa atividade, é possível elencar a geração de efluentes líquidos e resíduos sólidos, a produção de odor desagradável do óleo de enzimagem e de ruídos, além do consumo exacerbado de água e energia e a degradação do solo (http://www.inovacao.usp.br). Tais danos serão tratados de maneira mais detalhada a seguir.
Geração de efluente líquidos: setores produtivos de tinturaria, estamparia e engomagem/desengomagem são os principais responsáveis pela geração de impactos ambientais por empresas do ramo. A indústria têxtil utiliza diversos tipos de corantes ou anilinas que geram efluentes líquidos com características específicas, sendo necessário um tratamento específico para atender a legislação ambiental (http://www.inovacao.usp.br).
Odor do óleo de enzimagem: utilizados com o intuito de lubrificar fios de fibras têxteis, os óleos de enzimagem liberam um forte odor quando aquecidos mediante o processo de termofixação. Tal odor pode acarretar desconforto à população residente nos arredores da firma (http://www.inovacao.usp.br).
Geração de Resíduos: ao longo da cadeia têxtil diversas operações geram resíduos (desde o descaroçamento do algodão até restos de fios e tecidos nas confecções), podendo estes variar quanto à característica ou quantidade. Em especial, merecem destaque os resíduos perigosos oriundos de embalagem ou mesmo do uso de produtos químicos (http://www.inovacao.usp.br).
Ruídos e Vibração: diversos equipamentos utilizados nas sucessivas etapas da cadeia produtiva podem ser fonte potencial de emissões de ruídos e de vibrações que, se não controlados, podem gerar incômodo à vizinhança das indústrias (http://www.inovacao.usp.br).
Água: amplamente utilizada nas etapas de beneficiamento da malha de algodão, nas quais ocorre o tingimento da malha, provocando intensas modificações na qualidade deste recurso em decorrência de substâncias químicas que fazem parte do processo. Além disso, um grande volume do bem é usado na agricultura (cultivo do algodão) e ao longo do processo produtivo têxtil de maneira não consciente, resultando em elevado desperdício (Santos, 1997).
Ar: embora os efeitos dos poluentes atmosféricos resultantes do processo industrial têxtil não se façam muito alarmantes, é preciso ter cuidados quanto aos aerodispersóides, partículas de algodão e materiais particulados, que podem afetar, principalmente, a saúde de funcionários do setor. Outro fator que gera preocupações quanto aos riscos ambientais está relacionado à queima do óleo combustível e lenha, nas casas de caldeiras para a geração de vapor empregado em algumas etapas da produção, contribuindo para a liberação de gases como dióxidos de enxofre, causador da chuva ácida, e dióxido de carbono, responsável pelo efeito estufa (Santos, 1997).
Degradação dos Solos: os resíduos sólidos bem como a infiltração de águas contaminadas são constantes ameaças para a qualidade do solo no que se refere ao setor têxtil. Além disso, a monocultura do algodão e o não cumprimento da legislação ambiental vigente em termos de manutenção de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal também oferecem riscos de degradação do recurso solo (Santos, 1997).
	
8.2 Ações Socio-Ambientais adotadas pela Companhia Industrial Cataguases
	Localizada em uma área previamente ocupada por Mata Atlântica, e abastecida pelo Rio Pomba, pertencente à Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul, a Companhia Industrial Cataguases se mostra preocupada com o seu desempenho ambiental, realizando monitoria de todos os pontos de interface entre a empresa e a natureza, com o intuito de manter os níveis de impactos dentro dos parâmetros legais e mundialmente considerados como sustentáveis (www.cataguases.com.br).
	Toda a captação de água do Rio Pomba para abastecer o processo produtivo da Companhia é efetuada de forma consciente e responsável, com constante preocupação para a manutenção de sua fonte, garantindo, assim, este recurso para as futuras gerações. Além disso, após o emprego deste bem na produção, a água é encaminhada para uma estação de tratamento de efluentes, equipada com a mais alta tecnologia atual, sendo 100% dos resíduos tratados antes de sua devolução para o corpo d'água (www.cataguases.com.br).
	No que diz respeito à poluição atmosférica, grande parte dos resíduos gasosos são oriundos das unidades de geração do vapor, utilizadas, principalmente, nas etapas de acabamento do tecido. Tal geração utiliza a queima do óleo como combustível para produção de energia, apresentando como consequências a emissão de gases estufa, material particulado (pó granulado) e vapor d’agua. Estes gases e materiais particulados precisam ser neutralizados antes de seu lançamento na atmosfera, o que ocorre por meio de um tratamento com torres lavadoras de gases, mantidas na firma como uma forma de preservação ao meio ambiente. Em adição, a empresa dispõe de um sistema de monitoramento anual acerca da quantidade de dióxido de carbono emitido ao longo do processo produtivo (sendo que as quantidades de efluentes gasosos lançados devem obedecer a padrões nacionais e internacionais estabelecidos), além de objetivar a otimização do volume de emissões (www.cataguases.com.br).
	Os resíduos sólidos produzidos pela empresa são os mais variados possíveis, dentre os quais se destacam o algodão, a sucata de ferro, a sucata de plástico, a sucata de papel, as lâmpadas, o óleo lubrificante usado, o biossólido (estação de tratamento de efluentes) e demais resíduos em geral (“lixo doméstico”). O resíduo de algodão representa, aproximadamente, 70% do total de resíduos sólidos produzidos. Cada um dos resíduos sólidos gerados pela Cataguases é classificado quando a sua periculosidade, sendo que tal classificação é responsável por definir a destinação final adequada para cada um deles (www.cataguases.com.br).
	Com o intuito de manter preços competitivos e prestar atendimento diferenciado aos clientes, a empresa apresenta uma filosofia de Desperdício Zero, isto é, o algodão descartado é analisado tecnicamente e retorna para a linha de produção quando dispõe de características de qualidade exigidas. No entanto, quando inevitável sua geração, os resíduos de algodão são negociados no mercado, sendo a receita adquirida convertida em projetos sociais e ambientais para a comunidade, funcionários e população carente (www.cataguases.com.br).
	Finalmente, a organização desenvolveu um Sistema Sustentável, cujo principal objetivo consiste em prevenir a poluição, ou seja, evitar a degradaçãoda qualidade ambiental por meio de atividades potencialmente poluidoras executadas pela firma. Trata-se de um Sistema que integra todos os programas necessários para que a Companhia Industrial Cataguases desenvolva suas ações de uma forma ecologicamente sustentável e responsável. 
	
8.3 Balanço Social
	Os dados sócio-ambientais da Companhia Industrial Cataguases encontram-se disponíveis no website da própria empresa, não sendo possível localizar, tanto no site da Comissão de Valores Mobiliários - CVM - como no site da Bovespa, um relatório segregado (Relatório de Sustentabilidade) para a prestação de contas relacionadas aos gastos ambientais.
	A Tabela 18 a seguir representa um resumo das atividades de cunhos social e ambiental realizadas pela Companhia Industrial Cataguases, divulgadas no Relatório Social de 2011, encontrado no website da Companhia.
Tabela 18 - Tabela Resumo das Atividades Socio-Ambientais da Companhia Industrial Cataguases referentes ao ano 2011. 						 (Continua)
	Educação
	Projetos
	Descrição do Projeto
	Público Alvo
	Escrevendo com o escritor
	Intercâmbio entre os alunos da rede de ensino local com estudantes infantis externos, por meio do blog escrevendocomescritor.blogspot.com
	Crianças em idade escolar
	Vôos em Língua Portuguesa
	crianças dos três países leem autores da Língua Portuguesa e se correspondem através da internet criando atividades diversas como pelejas internacionais.
	Crianças em idade escolar
	Memórias na Rede
	Registro da história da cidade através da história oral de seus moradores
	Idosos
	Curso de informática para a comunidade
	Curso de informática
	Todas as idades
	Curtinhas
	Produção de vídeos/curtametragem que retratem o cotiadiano da cidade
	Crianças e idosos
	Curso ArtEducação Digital
	Capacitação 100 jovens, alunos de escolas públicas, para usarem as tecnologias para criar videografia poética
	Jovens em idade escolar
	Construindo Cidadania
	Atendimento às alunas de balé do IFSP do período da manhã e da tarde; parceria com o projeto Escrevendo com o Escritor; visita ao projeto Tibum com oficinas do projeto; visita ao Centro do convivência do município com duas oficinas do projeto; projeto Construindo Cidadania foi aprovado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente em 2011; atendimento às crianças da Associação Fraterna aos Necesitados (AFAN) com início no mês de outubro; atendimento às crianças da Escola Municipal Darcília Gumarães
	Todas as idades
	Esporte
	Projetos
	Descrição do Projeto
	Público Alvo
	Tibum
	Atividades esportivas (natação, futebol, ciclismo etc)
	Todas as idades
	Bola Cheia
	Participação de equipes esportivas em campeonatos, reforma de casas de alunos participantes, recebimento de material esportivo
	Crianças e jovens
	Arte e Cultura
	Projetos
	Descrição do Projeto
	Público Alvo
	Gpto teatro de bonecos
	Criação de texto e de bonecos para o projeto Instituto nas Escolas
	Todas as idades
	Projeto Balé
	Aulas de balé
	Crianças e jovens
	"Tecelões Da chica" e "teatrando"
	Apresentação de peças teatrais
	Crianças e jovens
	Museu de Belas Artes de Cataguases
	Exposições de arte
	Todas as idades
	Meio Ambiente
	Projetos
	Descrição do Projeto
	Público Alvo
	O mundo meu
	Atividades comemorativas em prol do meio ambiente
	Todas as idades
	Projeto Art Museu
	projetos "Varal Folclórico" e "Capacitação de artesãos: Oficina de Decoupage Alternativa", realizadas com alunos da APAE Cataguases
	Todas as idades
	Projeto "De Olho no Futuro"
	Educação Ambiental
	Crianças e jovens
	Oficinas
	Oficinas de agendas ecológicas feitas a partir do reaproveitamento de retratos de tecidos e de papel reciclado e oficinas de papel reciclado com a finalidade de disseminar a prática de reciclagem artesanal do papel para a comunidade
	Todas as idades
	Saúde
	ProjetosTabela 18 - Tabela Resumo das Atividades Socio-Ambientais da Companhia Industrial Cataguases referentes ao ano 2011. 								(Conclusão)					 (Conclusão)
	Descrição do Projeto
	Público Alvo
	Doutores Cura Cura
	Atendimentos hospitalares e visitas em escolas e creches
	Crianças e jovens
	Ginástica
	Atividades de Fisioterapia
	Idosos
	Cidadania
	Projetos
	Descrição do Projeto
	Público Alvo
	T.E.A.R de Cultura e Cidadania
	Organizar feiras de artesanato local e encontros culturais
	Todas as idades
Fonte: www.cataguases.com
	
A Tabela 19, por sua vez, expressa dados divulgados no mesmo Relatório Social de 2011, no qual são evidenciados valores quantitativos que representam os investimentos da firma em cada uma de suas áreas de atuação, influência e impacto. Dessa forma, é possível concluir que do montante total investido, apenas uma pequena parcela é empregada no financiamento do operacional e projetos ambientais, não sendo claro, exatamento, o quanto deste valor é necessário realmente para cumprir com as obrigações legais da firma e o quanto é destinado à área por vontade própria de acionistas. 
Tabela 19 - Balanço Social referente ao Período de 2011 da Companhia Industrial Cataguases.									 (Continua)
	Base de Calculo
	
	2011
	
	
	2010
	
	Receita Líquida (RL)
	 
	212.766
	 
	 
	191.594
	 
	Resultado Operacional (RO)
	 
	15.743
	 
	 
	19.272
	 
	Folha de Pagamento Bruta (FPB)
	 
	36.214
	 
	 
	34.595
	 
	Indicadores Sociais Internos
	Valor (mil)
	% sobre FPB
	% sobre RL
	Valor (mil)
	% sobre FPB
	% sobre RL
	Alimentação
	2488
	6,86%
	1,17%
	2.191
	6,33%
	1,14%
	Encargos Sociais Compulsórios
	11.657
	32,19%
	5,48%
	10.860
	31,39%
	5,67%
	Previdência Privada
	808
	2,23%
	0,38%
	509
	1,47%
	0,27%
	Saúde
	2.287
	6,32%
	1,07%
	2.084
	6,02%
	1,09%
	Segurança e Saúde no trabalho
	848
	2,34%
	0,40%
	917
	2,65%
	0,48%
	Educação
	19
	0,05%
	0,01%
	58
	0,17%
	0,03%
	Cultura
	76
	0,21%
	0,04%
	50
	0,14%
	0,03%
	Capacitação e desenvolvimento profissional
	335
	0,93%
	0,16%
	226
	0,65%
	0,12%
	Creches ou auxilio-creche
	6
	0,02%
	0,00%
	7
	0,02%
	0,00%
	Participação no Lucro ou Resultado
	2.193
	6,06%
	1,03%
	1.533
	4,43%
	0,80%
	Outros
	0
	0,00%
	0,00%
	0
	0,00%
	0,00%
	Total - Indicadores Sociais Internos
	20.717
	57,21%
	9,74%
	18.435
	53,29%
	9,62%
	Indicadores Sociais Externos
	Valor (mil)
	% sobre FPB
	% sobre RL
	Valor (mil)
	% sobre FPB
	% sobre RL
	Educação
	205
	1,30%
	0,10%
	293
	1,52%
	0,15%
	Cultura
	264
	1,68%
	0,12%
	436
	2,26%
	0,23%
	Saúde e Saneamento
	149
	0,95%
	0,07%
	256
	1,33%
	0,13%
	EsporteTabela 19 - Balanço Social referente ao Período de 2011 da Companhia Industrial Cataguases.
(Conclusão)
	65
	0,41%
	0,03%
	79
	0,41%
	0,04%
	Combate à fome e segurança alimentar
	0
	0,00%
	0,00%
	0
	0,00%
	0,00%
	Outros
	0
	0,00%
	0,00%
	0
	0,00%
	0,00%
	Total das Contribuições para a Sociedade
	683
	4,34%
	0,32%
	1.064
	5,52%
	0,56%
	Tributos ( excluídos encargos sociais)
	33.297
	211,50%
	15,65%
	28.475
	147,75%
	14,86%
	Total - Indicadores Sociais Externos
	33.980
	215,84%
	15,97%
	29.539
	153,27%
	15,42%
	Indicadores Ambientais
	Valor (mil)
	% sobre FPB
	% sobre RL
	Valor (mil)
	% sobre FPB
	% sobre RL
	Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa
	242
	1,54%
	0,11%
	812
	4,21%
	0,42%
	Investimentos em programas e/ou projetos externos
	3
	0,02%
	0,00%
	3
	0,02%
	0,00%
	Total do investimentos em meio ambiente
	245
	1,56%
	0,12%
	815
	4,23%
	0,43%
	Indicadores de Corpo Funcional
	
	2011
	
	
	2010
	
	Nº de empregados ao final do período
	 
	1530
	 
	 
	1.527
	 
	Nº de admissões durante o período
	 
	193
	 
	 
	189
	 
	Nº de empregados(as) terceirizados(das)
	 
	80
	 
	 
	80
	 
	Nº de estagiários(as)
	 
	39
	 
	 
	33
	 
	Nº de empregados acima de 45 anos

Outros materiais