Buscar

Aconselhamento na Área de Saúde Mental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Aconselhamento na Área de Saúde Mental (CAPS)
O profissional da Psicologia trabalha os aconselhamentos da loucura, do diferente. Possuindo como foco fundamental a desinstitucionalização, sendo sua luta principal a redução do número de leitos nos manicômios e a implementação de ampla rede comunitária de serviços substitutivos·.
Nos dias de hoje, após os movimentos contra a instituição psiquiátrica, os hospitais psiquiátricos são substituídos pelos CAPs, onde é trabalhado como um serviço de atenção em saúde mental muito efetivo na substituição da internação de longa duração, porque não isola os pacientes de suas famílias e da comunidade, mas os envolve com a devida atenção, ajudando na recuperação e na reintegração social do individuo com sofrimento psíquico. O tratamento é feito por uma equipe de profissionais interdisciplinares, no qual estão inseridos psicólogos que proporciona mudanças, como a de possibilitar que o doente mental permaneça com sua família, desde que este convívio seja saudável e positivo. Para isso, o serviço deve estar inserido numa rede articulada de apoio e de organizações que se proponham a oferecer um continuum de cuidados.
O aconselhamento do Psicólogo com a família nesses cuidados exige que se tenha uma nova organização familiar e aquisição de habilidades, que podem de imediato, alterar as atividades diárias dos familiares. Diante disso, o familiar torna-se um parceiro da equipe de saúde e facilitador nas ações de promoção da saúde mental e de inserção do individuo em seu meio.
“muitas vezes, o familiar responsável concentra sua dedicação e seu tempo no cuidado da pessoa com sofrimento psíquico, o que pode levar a transformações na sua vida, como dificuldades no trabalho e diminuição do lazer. O Psicólogo deve estar atento e comprometido com essa problemática: a dificuldade/complexidade do cuidado da família e do usuário, buscando construir dispositivos de apoio e mecanismos que facilitem a participação e a integração da família. Nesta multiplicidade de sujeitos envolvidos, a família se destaca pelo seu papel de cuidadora e por ser, muitas vezes, o elo mais próximo que os usuários têm com o mundo.
A família, entendida como uma unidade de cuidado necessita de apoio profissional para orientá-la e fornecê-la, quando esta se encontrar em um estado de fragilidade. Sendo assim, o tratamento não se restringe a medicamentos e eventuais internações, mas, também a procedimentos que visem a uma reintegração familiar, social e profissional, bem como a uma melhoria na qualidade de vida, tanto do doente quanto de seus familiares.
Nos dias de hoje, a saúde mental brasileira recomenda a inclusão do portador de transtorno mental na sociedade tirando-o do âmbito hospitalar e inserindo-o no contexto sociofamiliar. Para isso, as famílias e os profissionais de saúde, bem como a sociedade em geral, são orientados a aceitar uma forma mais humanizada de olhar a loucura, encontrando modos de conviver com a diferença, dissipando os estereótipos e os preconceitos em relação à figura do louco.
As mudanças sociais e a luta por melhorias no tratamento, em especial, do psicótico, vem ganhando ênfase no atual contexto social, promovendo benefícios no tratamento do paciente. O tratamento é modificado de tal forma, que não há um olhar apenas nos sintomas da doença, mas no sujeito como um todo 
No contexto do CAPs, os psicólogos podem trabalhar o aconselhamento, dentre outros espaços, nas oficinas terapêuticas. Essas práticas grupais possuem uma ordem recreativa, e mostra uma grande eficácia para o tratamento de transtornos psiquiátricos e problemas emocionais, com objetivo central a reeducação de internos para a vida em sociedade. As atividades terapêuticas motivam o paciente a falar, além de aprimorar a escuta dos profissionais 
As vivências do CAPs mostram que as variadas atividades que lá são realizadas servem como guia para o paciente construir autonomia. Em alguns casos, o tratamento medicamentoso e a atenção social, dão suporte para estas atividades. Para alguns pacientes, somente, o trabalho individual é ineficiente para trabalhar sua subjetivação. Também existem casos que sem o trabalho individual o paciente não pode ser compreendido como um todo..
Embora ainda haja inúmeras dificuldades a serem transpostas acredita-se que os primeiros passos já foram dados para a desconstrução/construção de novas possibilidades de atuação do psicólogo no cerne da atenção primária a saúde

Outros materiais