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12/06/2015 Econet Editora
http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/ap­prof/contabilidade/exame_suficiencia/modulo2.php 1/16
MÓDULO II
QUESTÕES AVALIADAS POR ÁREA DE CONHECIMENTO
Fundamentos da Contabilidade ­ Atos e Fatos ­ Princípios ­ Teoria ­ Contabilidade Pública
ROTEIRO
            1. FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
                1.1. Contas do Ativo
                1.2. Contas do Passivo de Contas do Patrimônio Líquido
                1.3. Contas de Custos e Contas de Despesas
                1.4. Contas de Receitas
                1.5. Organograma das funções de Débito e Crédito
                1.5.1. Débito
                1.5.2. Crédito
            2. ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS
                2.1. Atos Administrativos
                2.2. Fatos Contábeis
                2.2.1.  Fatos Permutativos
                2.2.2. Fatos Modificativos Aumentativos
                2.2.3. Fatos Modificativos Diminutivos
                2.2.4. Fatos Mistos ou Compostos Aumentativos
                2.2.5. Fatos Mistos ou Compostos Diminutivos
            3.PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
                3.1. Princípio da Entidade
                3.2. Princípio da Continuidade
                3.3. Princípio da Oportunidade
                3.4. Princípio do Registro Pelo Valor Original
                3.5. Princípio da Competência
                3.6. Princípio da Prudência
            4. TEORIA DA CONTABILIDADE
                4.1. Goodwill
                4.2. Classificação do Goodwill
                4.3. Fatores que geram o Goodwill
                4.4. Mensuração do Goodwill
                4.5. Amortização do Goodwill
            5. CONTABILIDADE PÚBLICA
1. FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
1.1. Contas do Ativo
Os elementos do Ativo ficam do lado esquerdo do Balanço Patrimonial. Por isso, todas as contas do Ativo (Bens
e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, isto é, no lado esquerdo.
Observe  que  uma  empresa  pode  possuir  ou  não  bens  e  direitos.  Não  existem  bens  negativos  e  tampouco
direitos negativos. Assim,  as  contas do Ativo devem possuir  saldo devedor  ou nulo.   Para que  uma  conta  do
Ativo  ­  Bens  e Direitos  ­  tenha  saldo  devedor,  é  necessário  que  as  variações  (aumentos  e  diminuições)  nela
ocorridas sejam registrados da seguinte forma:
1.2. Contas do Passivo de Contas do Patrimônio Líquido
Contas do Passivo: As contas do Passivo aparecem sempre no lado direito do Balanço. Neste caso, com elas,
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ocorre o inverso do que acontece com o Ativo.  Com este efeito, os aumentos e as diminuições do Passivo que
representas as obrigações, devem ser registrados da seguinte forma:
Contas do Patrimônio Líquido: O Patrimônio Líquido, também chamado  PL, fica do lado direito do Balanço, e o
critério dos lançamentos contábeis é o mesmo aplicado ao Passivo, sendo:
Nota: O Balanço Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido.
O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade,
capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos.
O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes
de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação.
O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o
valor do Ativo e o valor do Passivo.
Quando o valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o resultado é denominado Passivo a Descoberto.
Nesse caso, no Balanço Patrimonial, a expressão Patrimônio Líquido deve ser substituída por Passivo a
Descoberto.
1.3. Contas de Custos e Contas de Despesas
As contas de Custos e Despesas estarão representadas no Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE).
Tem natureza de lançamento a débitos. Com efeito, os aumentos e as diminuições dos Custos e Despesas
devem ser registrados da seguinte forma:
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1.4. Contas de Receitas
As contas das Receitas aparecem sempre no lado direito dos Razonetes, que estarão representados
Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Com efeito, os aumentos e as diminuições das Receitas
devem ser registrados da seguinte forma:
O  Lançamento  Contábil  que  é  feito  nas  contas  Patrimoniais,  pertencentes  ao  grupo  do  ATIVO,  PASSIVO
EXIGÍVEL  e  PATRIMÔNIO  LÍQUIDO,  e  nas  contas  de  Resultado,  representadas  pelas  RECEITAS,  e
DESPESAS, terão efeitos de aumentos ou diminuições nas respectivas contas.
As  contas  de  ATIVO,  por  terem  saldo  devedor,  são  aumentadas  de  valor  por  lançamentos  a    DÉBITO  e
diminuídas por lançamentos a CRÉDITO. As contas de PASSIVO EXIGÍVEL e de PATRIMÔNIO LÍQUIDO, por
apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por lançamentos CRÉDITO e diminuídas por  lançamentos
a DÉBITO. As  contas  relativas  às RECEITAS  e DESPESAS,  por  afetarem  diretamente  o  Patrimônio  Liquido,
são, CREDITADAS em relação as Receitas ­ porque aumentam o PL ­ e DEBITADAS em relação as Despesas ­
porque diminuem o PL.
O  Lançamento  Contábil  que  é  feito  nas  contas  Patrimoniais,  pertencentes  ao  grupo  do  ATIVO,  PASSIVO
EXIGÍVEL  e  PATRIMÔNIO  LÍQUIDO,  e  nas  contas  de  Resultado,  representadas  pelas  RECEITAS,  e
DESPESAS, terão efeitos de aumentos ou de diminuições nas respectivas contas.
As  contas  de  ATIVO,  por  terem  saldo  devedor,  são  aumentadas  de  valor  por  lançamentos  a  DÉBITO  e
diminuídas  por  lançamentos  a  CRÉDITO.  As  contas  de  PASSIVO  e  de  PATRIMÔNIO  LÍQUIDO,  por
apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por lançamentos CRÉDITO e diminuídas por  lançamentos
a DÉBITO. As  contas  relativas  às RECEITAS e DESPESAS,  por  afetarem  diretamente  o  Patrimônio  Liquido,
são  CREDITADAS  em  relação  as  Receitas  porque  aumentam  o  PL  e  DEBITADAS  em  relação  as  Despesas
porque diminuem o PL.
TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES DO DÉBITO E CRÉDITO
 
NATUREZA PARA O SALDO
DAS CONTAS DO SALDO AUMENTAR DIMINUIR
Ativo = Bens e Direitos Devedor Debita Credita
Passivo = Obrigações Credor Credita Debita
Patrimônio Líquido Credor Credita Debita
Receitas Credor Credita Debita
Despesas Devedor Debita Credita
Contas Retificadoras do Ativo Credor Credita Debita
Contas Retificadoras do Passivo Devedor Debita Credita
 
1.5. Organograma das funções de Débito e Crédito
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1.5.1. Débito
1.5.2. Crédito
2. ATOS ADMINISTRATIVOS E FATOS CONTÁBEIS
2.1. Atos Administrativos
O entendimento comum de Ato Contábil, está em função de acontecimentos que não alteram o patrimônio, por
isso, não são registrados nos livros contábeis.
Por exemplo: contratos, avais, fianças, orçamentos, etc.
Nota: e muito comum encontrar a denominação Ato Contábil para os eventos acima descritos.
2.2. Fatos Contábeis
Já os Fatos Contábeis, são aqueles que provocam modificações no Patrimônio da entidade, sendo, por isso,
objeto de contabilização através das contas patrimoniais ou das contas de resultado, podendo ou não alterar o
Patrimônio Líquido.
Estes acontecimentos provocam alterações qualitativas e quantitativas ou ambas, no Patrimônio da entidade.
Por exemplo: compras de mercadorias, vendas de mercadorias ou serviços , direitos adquiridos, obrigações
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assumidascom terceiros, receitas e despesas reconhecidas.
Classificação dos Fatos Contábeis:
Os fatos contábeis são classificados de acordo com a forma que atuará sobre o patrimônio da entidade.
­ Fatos Contábeis Permutativos
­ Fatos Contábeis Modificativos Aumentativos
­ Fatos Contábeis Modificativos Diminutivos
­ Fatos Contábeis Mistos Aumentativos
­ Fatos Contábeis Mistos Diminutivos
2.2.1.  Fatos Permutativos
São acontecimentos que não alteram o valor do Patrimônio Líquido da empresa.
São meras permutas entre as contas patrimoniais.
Compra de mercadorias a vista + Ativo ­ Ativo
Compra de mercadorias a prazo + Ativo + Passivo
Pagamento de duplicata ­ Passivo ­ Ativo
Transferência de valores do longo prazo para o curto prazo ­ Passivo + Passivo
Transferência de lucros para aumento de capital ­ Patrimônio Líquido + Patrimônio Líquido
2.2.2. Fatos Modificativos Aumentativos
São acontecimentos que aumentam o Patrimônio Líquido da empresa.
Recebimento de receita + Ativo + Patrimônio Líquido
Perdão de uma dívida ­ Passivo + Patrimônio Líquido
2.2.3. Fatos Modificativos Diminutivos
São acontecimentos que diminuem o Patrimônio Líquido da empresa.
Pagamento de salários ­ Patrimônio Líquido ­ Ativo
Provisão de Férias ­ Patrimônio Líquido + Passivo
2.2.4. Fatos Mistos ou Compostos Aumentativos
São acontecimentos em que há:
­ permuta entre os elementos patrimoniais; e
­ aumento do Patrimônio Líquido.
Recebimento de Duplicatas Receber com juros + Ativo ­ Ativo+ Patrimônio Líquido
Pagamento de Duplicatas a Pagar com desconto ­ Passivo ­ Ativo+ Patrimônio Líquido
Renovação de dívida com desconto ­ Passivo + Passivo+ Patrimônio Líquido
Emissão de Debêntures com ágio  + Ativo + Passivo+ Patrimônio Líquido
2.2.5. Fatos Mistos ou Compostos Diminutivos
São acontecimentos em que há:
­ permuta de elementos patrimoniais;
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­ diminuição do Patrimônio Líquido.
Recebimento de Duplicatas a Receber com desconto + Ativo­ Patrimônio Líquido ­ Ativo
Pagamento de Duplicatas a Pagar com juros ­ Patrimônio Líquido­ Passivo ­ Ativo
Renovação de dívida com juros ­ Patrimônio Líquido­ Passivo + Passivo
Emissão de Debêntures com deságio + Ativo­ Patrimônio Líquido + Passivo
3.PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Os  princípios  fundamentais  de  contabilidade  que  trata  a  Resolução  CFC  nº.  750  de  1993,  sofreu  algumas
alterações pela Resolução CFC nº. 1.282 de 28.05.2010, publicada no Diário Oficial de 02.06.2010 que Atualiza e
consolida  dispositivos  da  Resolução  CFC  nº.  750/93,  que  dispõe  sobre  os  Princípios  Fundamentais  de
Contabilidade.
Os  Princípios  de  Contabilidade  são  os  preceitos  resultantes  do  desenvolvimento  da  aplicação  prática  dos
princípios  técnicos  emanados  da  Contabilidade,  de  uso  predominante  no  meio  em  que  se  aplicam,
proporcionando interpretação uniforme das demonstrações financeiras.
Em relação à observância dos princípios, constituem Princípios de Contabilidade (PC) os princípios enunciados
pela Resolução CFC nº. 750 de 1993, sendo que a observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é
obrigatória  no  exercício  da  profissão  contábil  e  constitui  condição  de  legitimidade  das  Normas  Brasileiras  de
Contabilidade (NBC)
Para aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a situações concretas, a essência das transações
deve prevalecer sobre seus aspectos formais.
Conforme o CFC, a conceituação, amplitude e enumeração dos princípios, podemos entender que os Princípios
Fundamentais  de  Contabilidade  representam  a  essência  das  doutrinas  e  teorias  relativas  à  Ciência  da
Contabilidade,  consoante  o  entendimento  predominante  nos  universos  científico  e  profissional  de  nosso  País.
Concernem, pois,  à Contabilidade no  seu  sentido mais amplo de  ciência  socil,  cujo objeto é o Patrimônio  das
Entidades.
São Princípios Fundamentais de Contabilidade:
I ­ o da ENTIDADE;
II ­ o da CONTINUIDADE;
III ­ o da OPORTUNIDADE;
IV ­ o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V ­ Revogado pela Resolução CFC nº 1.282 (02.06.2010) vigência a partir de 02.06.2010
VI ­ o da COMPETÊNCIA e
VII ­ o da PRUDÊNCIA.
Nota: No item V deste princípio, constava o princípio da Atualização Monetária.
3.1. Princípio da Entidade
O  Princípio  da  ENTIDADE  reconhece  o  Patrimônio  como  objeto  da  Contabilidade  e  afirma  a  autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
independentemente  de  pertencer  a  uma  pessoa,  um  conjunto  de  pessoas,  uma  sociedade  ou  instituição  de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o patrimônio não
se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a  recíproca não é  verdadeira. A  soma ou agregação contábil  de
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patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico­contábil.
3.2. Princípio da Continuidade
O  Princípio  da  Continuidade  pressupõe  que  a  Entidade  continuará  em  operação  no  futuro  e,  portanto,  a
mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
3.3. Princípio da Oportunidade
O  Princípio  da  Oportunidade  refere­se  ao  processo  de  mensuração  e  apresentação  dos  componentes
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
A  falta de  integridade e  tempestividade na produção e  na divulgação da  informação  contábil  pode ocasionar  a
perda  de  sua  relevância,  por  isso  é  necessário  ponderar  a  relação  entre  a  oportunidade  e  a  confiabilidade  da
informação.
3.4. Princípio do Registro Pelo Valor Original
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser  inicialmente
registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo,
de diferentes formas:
I ­ Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes
de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri­los na data da aquisição. Os passivos
são  registrados  pelos  valores  dos  recursos  que  foram  recebidos  em  troca  da  obrigação  ou,  em  algumas
circunstâncias,  pelos  valores  em  caixa  ou  equivalentes  de  caixa,  os  quais  serão  necessários  para  liquidar  o
passivo no curso normal das operações; e
II  ­  Variação  do  custo  histórico.  Uma  vez  integrado  ao  patrimônio,  os  componentes  patrimoniais,  ativos  e
passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais  teriam
de  ser  pagos  se  esses  ativos  ou  ativos  equivalentes  fossem  adquiridos  na  data  ou  no  período  das
demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não
descontados,  que  seriam  necessários  para  liquidar  a  obrigação  na  data  ou  no  período  das  demonstrações
contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam
ser  obtidos  pela  venda  em  uma  forma  ordenada.  Os  passivos  são  mantidos  pelos  valores  em  caixa  e
equivalentes  de  caixa,  não  descontados,  que  se  espera  seriam  pagos  para  liquidar  as  correspondentes
obrigações no cursonormal das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de
caixa  que  se  espera  seja  gerado  pelo  item  no  curso  normal  das  operações  da  Entidade.  Os  passivos  são
mantidos  pelo  valor  presente,  descontado  do  fluxo  futuro  de  saída  líquida  de  caixa  que  se  espera  seja
necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;
d)  Valor  justo.  É  o  valor  pelo  qual  um  ativo  pode  ser  trocado,  ou  um  passivo  liquidado,  entre  partes
conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e)  Atualização  monetária.  Os  efeitos  da  alteração  do  poder  aquisitivo  da  moeda  nacional  devem  ser
reconhecidos  nos  registros  contábeis  mediante  o  ajustamento  da  expressão  formal  dos  valores  dos
componentes patrimoniais.
São resultantes da adoção da atualização monetária:
I ­ a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos
do poder aquisitivo;
II ­ para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar
sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos
componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e
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III  ­  a  atualização  monetária  não  representa  nova  avaliação,  mas  tão  somente  o  ajustamento  dos  valores
originais  para  determinada  data, mediante  a  aplicação  de  indexadores  ou  outros  elementos  aptos  a  traduzir  a
variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.
3.5. Princípio da Competência
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos
períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
3.6. Princípio da Prudência
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para
os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
O  Princípio  da  Prudência  pressupõe  o  emprego  de  certo  grau  de  precaução  no  exercício  dos  julgamentos
necessários às estimativas em certas  condições de  incerteza, no sentido  de  que  ativos  e  receitas  não  sejam
superestimados  e  que  passivos  e  despesas  não  sejam  subestimados,  atribuindo  maior  confiabilidade  ao
processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais.
A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade constitui infração às alíneas "c", "d" e "e" do art.
27  do  Decreto­Lei  n°  9.295,  de  27  de maio  de  1946  e,  quando  aplicável,  ao  Código  de  Ética  Profissional  do
Contabilista.
(...)
DECRETO LEI Nº 9.295, DE 27 DE MAIO DE 1946.
Cria  o  Conselho  Federal  de  Contabilidade,  dejine  as  atribuições  do  Contador  e  do  Guarda­livros,  e  dá  outras
providências
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição,
DECRETA:
(...)
Fundamentação Legal: Resolução CFC nº. 750 de 1993, Resolução CFC nº. 1.282 de 28.05.2010.
4. TEORIA DA CONTABILIDADE
4.1. Goodwill
O termo goodwill  é  considerado  por  especialistas  um  termo  técnico  sem correspondente  versão  adequada  em
português, embora a Lei 6404/76 tenha considerado o termo Fundo de Comércio como equivalente.
Alguns  autores  entendem  que  goodwill  são  os  super­lucros,  isto  é,  o  incremento  de  lucratividade  sobre  o
investimento acima da media apresentada por outras empresas. Outros consideram o confronto entre valores de
mercado ou de utilização com os ativos subavaliados. Existem os que entendem como goodwill o incremento de
valor dos ativos pelo resultado da sinergia do conjunto organizacional sobre a soma dos ativos individuais.
Um ativo sem substância corpórea, que representa a diferença entre o valor econômico global da empresa e os
valores econômicos individuais de seus ativos.
Pode também ser entendido como um valor residual atribuível entre outros fatores à existência de administração
eficiente, processos industriais e patentes próprios, localização ótima, recursos humanos excelentes, efetividade
da propaganda e condições financeiras privilegiadas e do grau de sinergia,  fatores  importantes para a empresa,
mas  não  contemplados  pela  contabilidade,  em  função  da  dificuldade  de  sua  mensuração.  Acabam  todos
incorporados ao goodwill quando a empresa é vendida.
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Quanto  ao  seu  valor,    numa  conceituação moderna,  o  goodwill  corresponde  à  diferença  entre  o  valor  atual  de
toda  a  empresa,  ou  seja,  sua  capacidade  de  geração  de  lucros  futuros,  e  o  valor  econômico  de  seus  ativos
apresentando, portanto,  uma  característica  residual.  O  caráter  residual  de  seu  valor  decorre  da  forma  de  sua
apuração. No  caso de goodwill  relacionado  com super­lucros,  seu  valor  resultava  da  diferença  entre  os  super­
lucros e os lucros normais e no caso da diferença do valor da empresa como um todo, em termos de capacidade
potencial de  produzir  lucros  futuros,  e  o  valor  dos  ativos  identificados  e  contabilizados  enfatiza  o  resíduo  dos
ativos não contemplados pela contabilidade”.
 
Segundo  o  The  Chartered  Institute  of  Management  Accountants  (CIMA),  o  mais  importante  instituto  de
contadores  gerenciais  do  Reino  Unido,  em  sua  Terminologia  Oficial  de  Contabilidade  Gerencial  (1996,  p.87)
“goodwill  é  definido  como  a  diferença  entre  o  valor  de  um  negócio  em  sua  totalidade  e  a  soma  dos  ativos
individuais avaliados por seu valor justo”.
 
Outros autores têm se posicionado quanto a sinergia que se forma no todo da empresa que cria um valor maior
da empresa como um todo, em relação a soma dos seus ativos  individuais,  formando o goodwill,  inclusive que
as empresas ao escolherem ativos o fazem buscando aqueles que terão o maior valor subjetivo,  isto é, o ativo
individual  no  mercado  tem  um  valor,  mas  para  a  empresa,  na  composição  com  outros  ativos,  tem  um  valor
superior.
 
Quando a empresa busca maximizar lucros, está claro que ela deve selecionar a composição de ativos que, aos
olhos do administrador, tenha o maior valor subjetivo.
O goodwill pode assim ser considerado, sob três prismas:
 
a) como o excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado
de seus ativos líquidos;
 
b) nas consolidações, como o excesso de valor pago pela companhia­mãe por sua participação sobre os ativos
líquidos da subsidiária; e
 
c) como o valor atual dos lucros futuros esperados, descontados por seus custos de oportunidade.
 
Não podemos deixar de entender goodwill  com um ativo  intangível diferente dos demais ativos  identificáveis  e
que  o  mesmo  tem  sua  existência  ligada  a  continuidade  da  entidade  e  está  sempre  ligado  a  capacidade  de
geração de lucros da empresa. Caso o valor dos lucros futuros sejam menores que o valor econômico dos ativos
da empresa, estamos diante de um goodwill negativo ou Badwill.
 
É sabido que a Contabilidade Financeira reconhece e contabiliza o goodwill apenas quando ocorre a compra de
uma  empresa,  pois  nesta  situação  impera  o  princípio  contábil  do  custo  como  base  de  valor,além  de  fatores
como o reconhecimento pelo mercado do valor do goodwill.
 
A contabilizaçãodo goodwill formado internamente não tem sido aceita pela sua subjetividade.
4.2. Classificação do Goodwill
O goodwill pode ser classificado conforme a seguinte divisão:
goodwill comercial: criado em função, exclusivamente, de toda a empresa, independentemente das pessoas
proprietárias ou administradoras; é um valor decorrente de serviços colaterais, como equipe cortês de
vendedores, entregas convenientes, facilidade de crédito, de pendências apropriadas para serviço de
manutenção, qualidade do produto em relação ao preço, atitude e hábito do consumidor como fruto de nome
comercial e marca tornados proeminentes em função de propaganda persistente, localização da firma;
goodwill pessoal: decorrente de uma ou várias pessoas que integram a empresa, sendo proprietária(s) ou
administradora(s);
goodwill profissional: desenvolvido por uma classe profissional que cria uma imagem que a distingue dentro
da sociedade, propiciando condições de alta remuneração, como no caso dos médicos, advogados e contadores
em alguns países;
goodwill de nome ou marca comercial: ocasionado pela imagem do nome da empresa que produz o produto
ou da marca sob a qual é comercializado.
goodwill industrial: decorrente de altos salários, baixo turnover de empregados, oportunidades internas
satisfatórias para acesso a posições hierárquicas superiores, serviço médico, sistema de segurança adequa¬do,
desde que tais fatores contribuam para a boa imagem da empresa e também para a redução do custo unitário de
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produção em virtude da eficiência de uma força de trabalho operando nessas condições;
goodwill financeiro: derivado da atitude de investidores e de fontes de financiamento e de crédito em virtude de
a empresa possuir sólida situação para cumprir suas obrigações e manter sua imagem ou, ainda, obter recursos
financeiros que lhe permitam aquisições de matéria­prima ou mercadorias em melhores termos e preços;
goodwill político: em decorrência de boas relações com o Governo.
4.3. Fatores que geram o Goodwill
O goodwill decorre basicamente de alguns fatores tais como:
a) recursos humanos bem preparados;
b) produtos de qualidade reconhecida;
c) boas parcerias com fornecedores;
d) outros fatores que favoreçam a entidade.
administração superior;
organização ou gerente de vendas proeminentes;
fraqueza na administração do competidor;
propaganda eficaz;
processos secretos de fabricação;
boas relações com os empregados;
crédito proeminente como resultado de uma sólida reputação;
excelente treinamento para os empregados;
alta  posição  perante  a  comunidade,  conseguida  por meio  de  ações  filantrópicas  e  participação  em  atividades
cívicas por parte dos adminis¬tradores da empresa;
desenvolvimento desfavorável nas operações do competidor;
associações favoráveis com outra empresa;
localização estratégica;
descoberta de talentos ou recursos;
condições favoráveis com relação aos impostos;
legislação favorável.
Torna­se relevante observar que existe uma impossibilidade de listar todos os fatores e condições em virtude da
própria natureza do goodwill.
Reconhecimento do Goodwill
O goodwill normalmente é reconhecido como ágio ou deságio quando de aquisição de outras empresas, ou seja
de participações societárias.
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Em geral pode­se dizer que na prática o goodwill é reconhecido como:
a) goodwill adquirido:
Ágio ou deságio na aquisição de investimentos.
do excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de seus
ativos líquidos;
nas consolidações,  como  o  excesso  de  valor  pago  pela  companhia­mãe  por  sua  participação  sobre  os  ativos
líquidos da subsidiária
b) goodwill subjetivo:
O goodwill subjetivo pode ser definido  “como o valor atual dos lucros futuros esperados, descontados por seus
custos de oportunidade”.
Sob outro aspecto, o goodwill subjetivo é a valorização extra de ativos decorrente de:
investimentos em seu pessoal: Treinamento de pessoal ou outras formas de valorização profissional;
gastos com propaganda e marketing, valorização do ponto de localização.
Ao fazer considerações sobre a classificação do goodwill, também relata sobre o tratamento que a contabilidade
vem  dispensando  ao  mesmo,  afirmando  que  a  contabilidade  tem  registrado  o  goodwill  adquirido,  mas  que  o
goodwill subjetivo, aquele que se origina como o valor atual dos lucros futuros esperados, descontados por seus
custos de oportunidade, são usualmente debitados a despesa, devido a problemas de objetividade.
4.4. Mensuração do Goodwill
O goodwill normalmente é reconhecido quando da aquisição de empresas e, nestes casos, é considerado como
ágio ou deságio sobre investimentos.
A tendência é o crescimento gradativo da importância do goodwill, na medida em que os ativos não identificados
e/ou contabilizados vão aumentando proporcionalmente aos demais ativos, com a sofisticação dos negócios.
Como o goodwill é basicamente a diferença entre o valor da empresa em termos de capacidade de geração de
lucros, comparada com o valor dos seus ativos, alguns dados são necessários para encontrá­lo:
a. estimativa dos lucros futuros esperados pela empresa;
b. identificação e mensuração do valor econômico dos seus ativos e,
c. taxa de descontos ideal a utilizar para a apuração do valor atual
O goodwill  formado  internamente não  registrado pelas empresas segundo, seria apurado pela diferença entre o
lucro projetado para os períodos, menos o valor do patrimônio líquido expresso a valores de realização no início
de cada período, multiplicado pela taxa de custo de oportunidade (investimento de risco zero); cada diferença é
dividida pela taxa desejada de retorno (ou custo de capital).
4.5. Amortização do Goodwill
Alguns autores entendem que o goodwill adquirido deve ser baixado diretamente contra o patrimônio líquido.
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Outros  entendem  que  o mesmo  deva  permanecer  como  um  ativo  pois  pode  ter  vida  indefinida,  a  menos  que
desapareça o seu valor, e que o goodwill interno pode continuar sendo gerado.
Uma outra corrente entende que o goodwill  como potencial de serviços pode desaparecer  e  portanto  o mesmo
deve ser amortizado pela sua vida útil.
“tanto  o  goodwill  adquirido  como o  gerado  internamente  deveriam  ser mantidos  como  ativos,  ...  e  que,  face  a
subjetividade presente, faz­se necessário incluir notas explicativas nos demonstrativos contábeis, .... sendo seu
valor ajustado, a cada exercício, ..., em função de novas expectativas de geração de resultados”.
5. CONTABILIDADE PÚBLICA
Podemos  definir  como  Contabilidade  Pública    o  ramo  da  contabilidade  que  registra,  controla  e  demonstra  a
execução dos orçamentos, dos atos e fatos da fazenda pública e o patrimônio público e suas variações.
 
Portanto,  seu  escopo  relaciona­se  ao  controle  e  gestão  dos  recursos  públicos.  Com  o  advento  da  Lei  de
Responsabilidade  Fiscal  ­  LRF  (Lei  Complementar  101/2000),  a  contabilidade  pública  passou  a  ter  maior
importância  e  valorização.  A  contabilidade  pública  é  regulada  pela  Lei  4.320/1964,  que  é  a  Lei  das  Finanças
Públicas.
 
Na contabilidade pública, o fator mais relevante é o balanço de resultados, que trata da despesa e da receita, ou
seja, de que forma foi arrecadado o dinheiro e como foi aplicado, tendo como fico a visão de gestão.
 
A Lei  de  Responsabilidade  Fiscal  ­  LRF  deu  uma  forma  aoRelatório  Resumido  da  Execução  Orçamentária  e
definiu o que compõe o relatório e como se publica essa informação. Também trouxe como inovação o relatório
de  gestão  fiscal,  que  visa  demonstrar  se  foram  atingidas  as  metas  e  os  limites  estabelecidos  na  lei  de
responsabilidade fiscal. Outra inovação é que a lei exigiu que as receitas vinculadas tenham a contabilização de
onde está evidenciado o que já foi aplicado e qual é o saldo.
 
Esta Lei também passou a dar uma maior importância e visibilidade à contabilidade.
 
A Contabilidade Pública – em qualquer das na áreas Federal, Estadual, Municipal  ou no Distrito  Federal  ­  tem
como base a Lei 4.320, de 17 de março de 1964, que instituiu normas gerais de direito financeiro para elaboração
e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
 
Comparativamente, a Lei 4.320/64 está para a Contabilidade Aplicada à Administração Pública assim como a Lei
das Sociedade por Ações , Lei 6.404/76, está para a Contabilidade aplicada à atividade empresarial.
 
A  Contabilidade  Pública  registra  a  previsão  da  receita  e  a  fixação  da  despesa,  que  são  estabelecidas  no
Orçamento  Público  aprovado  para  o  exercício.  Escritura  a  execução  orçamentária  da  receita  e  da  despesa,
fazendo a comparação entre a previsão e a realização das receitas e despesas, efetua o controle das operações
de crédito, a dívida ativa, os valores, os créditos e obrigações, revelando as variações patrimoniais e mostra o
valor do patrimônio.
 
Está  interessada  também  em  todos  os  atos  praticados  pelo  administrador,  sejam  de  natureza  orçamentária
(previsão  da  receita,  fixação  da  despesa,  empenho,  descentralização  de  créditos  etc.)  ou  sejam  meramente
administrativos  (contratos,  convênios,  acordos,  ajustes,  avais,  fianças,  valores  sob  responsabilidade,
comodatos de bens, etc.) representativos de valores potenciais que poderão afetar o patrimônio no futuro.
 
Comumente o objeto contabilidade é o patrimônio. Porém, a contabilidade pública não está interessada somente
no patrimônio e suas variações, mas,  também, no orçamento e sua execução, que é a previsão e arrecadação
da receita e a fixação e a execução da despesa.
 
A  contabilidade  pública,  além  de  registrar  todos  os  fatos  contábeis  ­  modificativos  permutativos  e  mistos  ­
registra  também  os  atos  potenciais  praticados  pelo  administrador,  que  poderão  alterar  qualitativa  e
quantitativamente o patrimônio.
 
O  objetivo  da  Contabilidade  Pública  é  o  de  fornecer  aos  gestores  informações  atualizadas  e  exatas  para
subsidiar as tomadas de decisões, aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da legislação e
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às instituições governamentais e particulares informações estatísticas e outras de interesse dessas instituições.
6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1) Uma determinada empresa de manutenção de veículos em seu Balancete de Verificação, de 31.12.2010
apresentava os seguintes saldos das contas:
CONTAS SALDOS
Adiantamento de Clientes R$ 5.000,00
Bancos conta Movimento R$ 4.000,00
Caixa R$ 800,00
Capital a Integralizar R$ 8.000,00
Capital Social R$ 12.000,00
Clientes R$ 800,00
Custo de Serviços Vendidos R$ 3.500,00
Despesas com Aluguel R$ 500,00
Despesas com Energia Elétrica R$ 200,00
Despesas com Pró­Labore R$ 3.200,00
Despesas com Propaganda R$ 1.500,00
Despesas com Salários R$ 3.400,00
Despesas com Seguros R$ 300,00
Despesas com Telefone R$ 200,00
Duplicatas a Pagar R$ 3.500,00
Equipamentos R$ 4.000,00
Estoques de Peças de Reparos R$ 5.000,00
Imóveis R$ 12.000,00
Lucros Acumulados R$ 2.200,00
Receita com Venda de Serviços R$ 28.000,00
Seguros a Vencer R$ 3.300,00
Após o encerramento das contas de resultado, o Balanço Patrimonial apresentou o Ativo Total e o Patrimônio
Líquido, respectivamente, de:
a) R$ 26.600,00 e R$ 21.400,00.
b) R$ 29.900,00 e R$ 21.400,00.
c) R$ 31.600,00 e R$ 29.400,00.
d) R$ 34.900,00 e R$ 29.400,00.
2) Uma  empresa  possuía  um  imóvel,  utilizado  no  desempenho  de  suas  atividades,  adquirido  por  R$
30.000,00  e  depreciado  em  20%  do  seu  valor.  Vendeu­o  por  R$  25.000,00,  em  30.09.2010concedendo
prazo ao comprador para pagamento até o final de fevereiro de 2011 com  juros simples de 5% ao mês,
recebidos no ato da venda. A empresa encerra seu exercício social em 31 de dezembro de cada ano. A
operação proporcionou à empresa vendedora:
a) Aumento do Ativo Circulante no valor de R$ 4.750,00.
b) Aumento do Patrimônio Líquido no exercício de 2010 no valor de R$ 7.250,00.
c) Um Ativo Imobilizado reduzido no valor de R$ 25.000,00.
d) Uma Receita Financeira, no exercício de 2010no valor de R$ 3.750,00.
3) A alternativa INCORRETA em relação à Contabilidade enquanto conhecimento é:
a) A Contabilidade deve permitir ao usuário, como partícipe do mundo econômico, observar e avaliar o
comportamento; comparar seus resultados com os de outros períodos ou Entidades; avaliar seus resultados à
luz dos objetivos estabelecidos.
b) A Contabilidade possui objeto próprio, que é o Patrimônio das Entidades, e consiste em conhecimentos
obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, incerteza e falta de causas, em nível
qualitativo diferente das demais ciências sociais.
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c) Na Contabilidade, o objeto é sempre o Patrimônio de uma Entidade, definido como um conjunto de bens,
direitos e obrigações para informais, ou a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza, independente da
sua finalidade, que pode, ou não, incluir o lucro.
d) Os usuários tanto podem ser internos e externos e, mais ainda, com interesses diversificados, razão pela qual
as informações geradas pela Entidade devem ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a
avaliação da sua situação patrimonial e das mutações sofridas pelo seu patrimônio, permitindo a realização de
inferências sobre o seu futuro.
4) Considere as afirmativas a seguir a respeito das formalidades da escrituração contábil:
I. Não se admite o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos lançamentos.
II.
A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas demonstrativos e
demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas de Contabilista
legalmente habilitado.
III.
O Balanço e demais Demonstrações Contábeis de encerramento de exercício serão transcritos no
“Razão”, completando­se com as assinaturas do Contabilista e do titular ou do representante legal
da Entidade.
IV.
No caso de a Entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários
contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma
de livro.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
5) Considerando  uma  empresa  que  tenha  um  valor  total  de  seus  ativos  de  R$  139.180,00,  um  Valor
Econômico Adicionado (VEA) de R$ 12.730,00 e um custo médio ponderado de capital de 13,98%. O valor
do goodwill e o valor de mercado desta empresa serão, respectivamente, de:
a) R$ 14.509,65 e R$ 153.689,65.
b) R$ 19.457,36 e R$ 58.637,36.
c) R$ 91.058,65 e R$ 230.238,65.
d) R$ 177.965,40 e R$ 317.145,40.
6) Em 20.03.2010, foi apropriada a folha de pagamento, referente ao mês de março, para pagamento até o
quinto dia útil do mês seguinte, conforme quadro abaixo:
Salários R$ 10.000,00
Gratificações R$ 25.000,00
Salário­Família (estatutário) R$ 500,00
INSS R$ 4.000,00
IRRF R$ 5.000,00
Outros Consignatários R$ 1.000,00
Líquido R$ 25.500,00
Empenhandoe liquidando as despesas, têm­se os seguintes valores de Crédito Disponível, Crédito Empenhado
e Crédito Liquidado:
a) R$ 25.500,00, R$ 35.500,00 e R$ 10.000,00.
b) R$ 29.500,00, R$ 35.500,00 e R$ 30.500,00.
c) R$ 30.500,00, R$ 29.500,00 e R$ 35.500,00.
d) R$ 35.500,00, R$ 25.500,00 e R$ 30.500,00.
7) O balanço orçamentário elaborado por um ente da federação era:
RECEITA    
Receitas Correntes R$ 150.000,00
     Tributária R$ 125.000,00
12/06/2015 Econet Editora
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     Outras Receitas Correntes R$ 25.000,00
Receitas de Capital R$ 200.00,00
     Operações de Crédito R$ 90.000,00
     Outras Receitas de Capital R$ 110.000,00
TOTAL R$ 350.000,00
DESPESA    
Despesas Correntes R$ 150.000,00
     Pessoal e Encargos Sociais R$ 100.000,00
    Juros e Encargos da Dívida R$ 50.000,00
Despesas de Capital R$ 100.000,00
     Investimentos R$ 25.000,00
     Amortização da Dívida R$ 75.000,00
TOTAL R$ 250.000,00
Analisando o quadro acima, a resposta CORRETA é:
a) O resultado de capital foi um déficit de R$ 200.000,00.
b) Houve um superávit de R$ 100.000,00.
c) Houve uma capitalização de R$ 200.000,00.
d) O resultado corrente foi de R$ 100.000,00.
8) De acordo com o regime contábil adotado pela Contabilidade Pública no Brasil:
a)  As  despesas  compreendem  os  desembolsos,  os  compromissos  e  os  encargos,  quando  imputados  no
resultado.
b) As receitas e despesas extra­orçamentárias integram o resultado patrimonial do exercício.
c) O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
d) O reconhecimento da receita ocorre somente com o lançamento, que permite a identificação do devedor.
9) Assinale a alternativa que conceitue corretamente CONTABILIDADE:
a)  Ciência  que  trata  dos  fenômenos  relativos  à  produção,  distribuição,  acumulação  e  consumo  dos  bens
materiais
b) Técnica que registra as ocorrências que afetam o patrimônio de uma entidade
c)  Ciência  que  estuda  e  pratica  as  funções  de  orientação,  controle  e  registro  dos  atos  e  fatos  de  uma
administração econômica
d)  Técnica  que  consiste  na  decomposição,  comparação  e  interpretação  dos  demonstrativos  do  estado
patrimonial e do resultado econômico de uma entidade
e) Conjunto de princípios, normas e  funções que  tem por  fim ordenar os  fatores de produção e controlar a sua
produtividade e eficiência, para se obter determinado resultado 
10) Uma empresa, que adota o regime da competên​cia em sua escrituração, encerrou exercício social em
31.12.96. Nos primeiros dias de 1997 escritu​rou os seguintes eventos:
1. pagamento de salários dos empregados relati​vos ao mês de dezembro de 1996;
2. recebimento da diferença de imposto recolhido a maior  em dezembro de 1996 e já reclamada naquele mês à
autoridade competente;
3. venda de um bem do ativo permanente pelo preço de custo.
A escrituração refere­se, respectivamente, a fatos contábeis:
12/06/2015 Econet Editora
http://www.econeteditora.com.br/links_pagina_inicial/ap­prof/contabilidade/exame_suficiencia/modulo2.php 16/16
a) permutativo ­ permutativo ­ permutativo
b) modificativo diminutivo ­ modificativo au​mentativo ­ permutativo
c) permutativo ­ modificativo aumentativo ­ modificativo diminutivo
d) modificativo diminutivo ­ misto aumentativo ­ permutativo
e) misto diminutivo ­ misto aumentativo ­ misto diminutivo
11) Caracteriza fato contábil misto diminutivo a operação representada pelo lançamento:
a)
D
C
C
Fornecedores
Banco ­ Conta Movimento
Abatimentos sobre Compras
b)
D
C
C
Caixa
Duplicatas a Receber
Receitas Financeiras
c)
D
C
C
C
Veículos ­ novos
Caixa
Títulos a Pagar
Veículos ­ antigos
d) DC
Empréstimos de Sócios
Capital a Integralizar
e)
D
D
C
Empréstimos Bancários
Encargos Financeiros sobre Dívidas Repactuadas
Títulos a Pagar
Elaborado em 16.11.2010
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