Buscar

Epidemiologia do Trauma de Face no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

12
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
DEPARTAMENTO CLÍNICA ODONTOLÓGICA 
TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL
EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA DE FACE NO BRASIL
 Artigo científico apresentado a disciplina de Traumatologia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia.
2
Salvador, 2017
SUMÁRIO
	1. RESUMO..................................................................................................
	2. INTRODUÇÃO.........................................................................................
	3. OBJETIVO..............................................................................................
4. DISCUSSÃO..........................................................................................
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................
6. REFERÊNCIAS......................................................................................
Introdução 
O trauma pode ser considerado o conjunto das perturbações causadas subitamente por um agente físico de etiologia, natureza e extensão muito variadas, podendo estar situadas nos diferentes segmentos corpóreos. A pele da face e os ossos faciais, devido à sua projeção anterior corporal, são extremamente expostos às agressões. Os tecidos moles, ao serem comprimidos entre os ossos e as forças de agressão externa, podem ter inúmeras lesões potencializando os efeitos deletérios das fraturas ósseas.12,13
O trauma é definido como uma entidade caracterizada por alterações estruturais ou desequilíbrio fisiológico do organismo induzido pela troca de energia entre os tecidos e o meio. As vítimas de traumatismos podem permanecer por semanas, meses ou até mesmo anos em serviços de reabilitação e fisioterapia. E quando não recebem os cuidados necessários podem ficar com sequelas que levam a dificuldades no convívio social, incapacidade no trabalho, deformidades e problemas emocionais. 18,19
O Brasil, com dimensões continentais, apresenta uma variabilidade epidemiológica no trauma da face.7 Trata-se de um trauma de abrangência multidisciplinar, envolvendo principalmente as especialidades de otorrinolaringologia, oftalmologia, cirurgia plástica, maxilofacial e neurocirurgia.11 
As lesões e os ferimentos bucomaxilofaciais apresentam grande importância na sociedade contemporânea. A face é uma parte do corpo que está normalmente exposta sem proteções externas, que, quando traumatizada, resulta em lesões graves. O trauma facial é um assunto de grande relevância, pois é uma emergência médica cada vez mais frequente, principalmente nas últimas 4 décadas, estando associado ao aumento dos acidentes com veículos automotores e da violência urbana.1,3
O trauma facial pode ser considerado uma das agressões mais devastadoras encontradas em centros de trauma devido às conseqüências emocionais e à possibilidade de deformidade e também ao impacto econômico que tais traumas causam em um sistema de saúde.3
Uma agressão maxilofacial envolve não só tecidos moles e ossos, mas também, por extensão, pode acometer o cérebro, olhos, seios da face e dentição.11 As fraturas de mandíbula, do nariz e do zigomático são as mais prevalentes da região maxilofacial.1,3 
A epidemiologia das fraturas da face variam com o tipo, a gravidade e etiologia da lesão, podendo depender da população pesquisada. Da região bucal, os incisivos centrais seguidos dos incisivos laterais da maxila são os dentes mais prevalentes às injúrias traumáticas ocasionadas por quedas, acidentes automobilísticos e violência.1, 3
Os traumatismos, sob todos os aspectos, apresentam grande importância na sociedade atual estando entre as principais causas de morbi-mortalidade. Dentre as inúmeras lesões ocorridas em centros de traumas urbanos, o traumatismo facial é um dos mais prevalentes. Por ser a parte mais exposta do corpo e a menos protegida, a face é a região mais relacionada a uma variedade de traumatismos ocorridos, isoladamente ou associados a outros órgãos ou sistemas, em centros de emergência. 3
A ocorrência de traumas bucomaxilofaciais, em sua maioria, no gênero masculino, cuja faixa etária corresponde à fase de transição da juventude para a adulta. A maior frequência das lesões e dos ferimentos bucomaxilofaciais em homens adultos jovens pode ser explicada pelo fato de o homem trabalhar fora de casa e assumir atividades de risco, tornando-o mais vulnerável aos acidentes.1,2,3,11
Também há relatos na literatura de que algumas características populacionais, como viver em meio rural e urbano, níveis sócio-econômicos ou educacionais influenciam na etiopatogenia e gravidade dos traumas faciais. Mecanismos fisiológicos como propriocepção alterada, fraqueza, tremor e reflexos diminuídos facilitam a queda. 11
O diagnóstico e tratamento de lesões faciais obteve grande progresso nas últimas décadas. Trata-se de um trauma de abrangência multidisciplinar, envolvendo principalmente as especialidades de trauma, oftalmologia, cirurgia plástica, maxilofacial e neurocirurgia. Uma agressão localizada na face não envolve apenas tecido mole e ossos, mas também, por extensão, pode acometer o cérebro, olhos, seios e dentição. Quando o trauma ocorre por impacto de grande velocidade e energia cinética, lesões concomitantes, que podem ser mais letais do que o trauma facial por si, têm sido pouco relatadas. 2
	Em vista da alta incidência e prevalência dos traumatismos faciais, é preciso ter uma clara compreensão dos padrões das lesões que acometem a face para que possam auxiliar na assistência emergencial, a fim de propiciar condutas e tratamentos adequados e efetivos. Além disso, tais informações epidemiológicas podem também ser utilizadas para implantação de protocolos direcionados à realização de programas de prevenção. 3, 4
Fratura de órbita configura como um dos sítios de fraturas de face mais comuns registrados na literatura, próximo dos sítios mandibular, nasal e terço médio.8,9
Entre as queixas oftalmológicas principais: o enoftalmo e a diplopia são reveladores do aumento patológico e assimétrico da complacência e do diâmetro da cavidade orbitária fraturada. A fixação do globo ocular é na opinião dos autores uma complicação da fratura que deve definir o tratamento como urgente, pois quanto mais tempo as estruturas orbitárias permanecerem sequestradas e pinçadas pelos fragmentos ósseos fraturados, maior será a fibrose tecidual e maior, portanto, a dificuldade cirúrgica de liberação dos tecidos.8,10
Devido ao aumento das mortes e incapacidades ocorridas por causas externas, principalmente nos grandes centros urbanos, com comprometimento da face, o atendimento odontológico hospitalar está cada vez mais voltado para casos originados na violência. Portanto, a Odontologia tornou-se responsável, por meio dos serviços de emergência odontológica e traumatologia bucomaxilofacial, pelos cuidados a esses pacientes, o que exige melhor conhecimento dessa morbidade, uma vez que existem poucos estudos com abrangência populacional nessa área.12,14
Objetivo 
Realizar uma revisão de literatura a respeito da Epidemiologia do Trauma de Face no Brasil.	
Discussão 
A face, bem como a cavidade bucal, está muito susceptível a fraturas e as injúrias causadas deixam sequelas físicas, funcionais, estéticas e, não raro, psicológicas.17
As lesões faciais acometeram em sua grande maioria pacientes homens. Esta alta vulnerabilidade dos homens à maioria dos traumatismos pode ser atribuída ao fato de que na sociedade o homem tem mais liberdade para trabalhar fora de casa e está mais engajado em atividades de alto risco, tornando-o mais vulnerável aos acidentes. 3,12
Existe ocorrido uma tendência mundial ao aumento da incidência de mulheres que estão cada vez mais expostas aos fatores de risco que ocasionam os traumatismos faciais. 3
A ausência de lesões por acidente detrabalho nas mulheres, talvez possa ser devido ao menor número, ainda, de mulheres no mercado de trabalho e/ ou, por ser uma característica feminina, o maior cuidado e zelo em quaisquer de suas atividades. 3
	Os pacientes na fase adulto jovem (18 a 40 anos) constituíram a faixa mais prevalente em ambos os gêneros no estudo, mas com predomínio estatisticamente significante dos homens em todos os mecanismos causadores dos traumatismos faciais. Jovens adultos geralmente têm maior capacidade física, automobilidade e estão mais presentes em situações de alto risco, além de fazerem parte de um grupo de maior consumo de álcool. 4,5,7,17 
As causas acidentais, o uso abusivo do álcool e o desrespeito às leis de trânsito foram identificados como fatores diretamente relacionados aos acidentes de transporte. A problemática do envolvimento dos jovens com o uso e tráfico de drogas, e consequentes mortes, vem sendo discutida por muitos autores, os quais apontam como primordial a tomada de medidas urgentes, entre elas oferta de oportunidades de trabalho para os jovens, fortalecimento e aprimoramento do vínculo entre pais e filhos e uma perspectiva positiva para o futuro de crianças e jovens.12,15
De acordo com a literatura, geralmente, as agressões são responsáveis por fraturas mandibulares no corpo e ângulo, os acidentes automobilísticos por fraturas no côndilo e corpo mandibular ou no côndilo e sínfise e, os acidentes com motociclistas, na maioria das vezes sem uso de capacetes, responsáveis por fraturas no corpo, sínfise parassínfise e côndilo. 2,3,6
Os pacientes vítimas de traumas que são atendidos em unidade de emergência necessitam de avaliação integral, cuidados específicos, cautelosos, assim como a realização de procedimentos rápidos e eficientes. Para isso, é imprescindível a assistência humanizada com profissionais de saúde aptos para a realização das ações essenciais, a fim de estabilizar as funções vitais, evitar danos e/ou agravos para os pacientes.18,19
Considerações Finais
A mandíbula é o osso mais prevalente das fraturas dos ossos da face, tendo como causa principal o acidente por motocicleta e a violência interpessoal.
As mudanças no modelo de desenvolvimento, no estilo de vida e no comportamento assumem importância para a Saúde Pública.
Referências bibliográficas
1 – Scannavino, FLF, et al. Análise epidemiológica dos traumas bucomaxilofaciais de um serviço de emergência. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.13, n.4, p. 95-100 , out./dez. 2013.
2 - Wulkan M, Parreira Jr JG, Botter DA. Epidemiologia do trauma facial. Rev Assoc Med Bras. 2005; 51(5): 290-5.
3 – CARVALHO, TBO, et al. Six years of facial trauma care: an epidemiological analysis of 355 cases. BRAZILIAN JOURNAL OF OTORHINOLARYNGOLOGY 76 (5) SETEMBRO/OUTUBRO 2010.
4 – RAJENDRA, PB, et al. Characteristics of associated craniofacial trauma in patients with head injuries: An experience with 100 cases. J Emerg trauma Shock, v. 2, n. 2, p. 89 – 94, May – Aug 2009.
5 - Lee KH, Snape L, Steenberg LJ, Worthington J. Comparasion between interpersonal violence and motor vehicle accidents in the aetiology of maxillofacial fractures. ANZ J Surg. 2007;77:695-8.
6 - Martini MZ, Takahashi A, Oliveira Neto, HG, Carvalho Júnior JP, Cúrcio R, Shinohara EH. Epidemiology of mandibular fractures treated in a brazilian level I trauma public hospital in the city of São Paulo, Brazil. Braz Dent J. 2006;17:243-8.
7 - Kontio R, Lindqvist C. Management of orbital fractures. Oral Maxillofac Surg Clin North Am. 2009;21(2):209-20.
8 – Kruschewsky, LS, et al. Aspectos epidemiológicos e sequelas nas fraturas de soalho de órbita atendidas em Serviço de Cirurgia Craniomaxilofacial de Salvador, Bahia. Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2010; 13(4): 216-20.
9 - Hollier LH Jr, Sharabi SE, Koshy JC, Stal S. Facial trauma: general principles of management. J Craniofac Surg. 2010;21(4):1051-3.
10 - Tabrizi R, Ozkan TB, Mohammadinejad C, Minaee N. Orbital floor reconstruction. J Craniofac Surg. 2010;21(4):1142-6.
11 - Martins Junior, JC, et al. Aspectos Epidemiológicos dos Pacientes com Traumas Maxilofaciais Operados no Hospital Geral de Blumenau, SC de 2004 a 2009. Arq. Int. Otorrinolaringol. / Intl. Arch. Otorhinolaryngol., São Paulo - Brasil, v.14, n.2, p. 192-198, Abr/Mai/Junho - 2010.
12 – SANTOS, CML, et al. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS TRAUMAS BUCOMAXILOFACIAIS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA DE 2008 A 2009. Revista Baiana de Saúde Pública. v.36, n.2, p.502-513 abr./jun. 2012
13 - Freire E. Trauma: a doença dos séculos. São Paulo: Atheneu; 2001.
14 - Silva OMP, Lebrão ML. Estudo da emergência odontológica e traumatologia buco-maxilo-facial nas unidades e internação e de emergência dos Hospitais do município de São Paulo. Rev Bras Epidemiol. 2003;6(1):58-67.
15 - Paes JV, Sá Paes FL, Valiati R, Oliveira MG, Pagnoncelli RM. Retrospective study of prevalence of face fractures in southern Brazil. Indian J Dent Res. 2012;23(1):80-6.
16 – ARAGÃO, JA, et al. Perfil Epidemiológico dos Pacientes com Fraturas dos Ossos da Face em um Hospital Público do Estado de Sergipe. Rev. Fac. Odontol. Porto Alegre, v. 51, n. 1, p. 11-14, jan./abr., 2010.
17 – FREITAS, DA, et al. Estudo epidemiológico das fraturas faciais ocorridas na cidade de Montes Claros/MG. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 38, nº 2, p. 113 - 115, abril / maio / junho 2009.
18 - SOLLER, ICS, et al. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM TRAUMATISMOS FACIAIS ATENDIDOS EM EMERGÊNCIA HOSPITALAR. Rev Min Enferm. 2016; 20:e935
19 – CALIL, AM, et al. MAPEAMENTO DAS LESÕES EM VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA. Rev Latino-am Enfermagem 2009 janeiro-fevereiro; 17(1)

Outros materiais