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DIREITO DAS COISAS PROFESSOR: DENIS DE SOUZA LUIZ www.denis-souza.blogspot.com.br DIREITO DAS COISAS Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. A fixação da data da aquisição da posse se justifica por assinalar o início do prazo da prescrição aquisitiva. AQUISIÇÃO DA POSSE DIREITO DAS COISAS Os meios de aquisição da posse podem ser classificados em originário e derivado. Originário: a aquisição da posse realiza-se independentemente da anuência ou da aquisição de um possuidor anterior, ou seja, não existe relação de causalidade entre a posse atual e a anterior. Derivado: a aquisição da posse decorre da anuência de um possuidor anterior e é precedida de um negócio jurídico, existindo, portanto, relação de causalidade entre a posse atual e a anterior. AQUISIÇÃO DA POSSE DIREITO DAS COISAS São meios originários de aquisição da posse: a apreensão e o exercício do direito. Apreensão da coisa: recai sobre coisa sem dono (res nullius) ou sobre coisa abandonada (res derelicta). Exercício do Direito: ocorre quando o possuidor exerce ostensivamente o direito que pode ser objeto da ação possessória. (Ex: servidão) AQUISIÇÃO DA POSSE DIREITO DAS COISAS São meios derivados de aquisição da posse: A tradição por sua vez, constitui um meio derivado de aquisição da posse. Tradição: é a transferência da posse de um possuidor para o outro, é a entrega da coisa. AQUISIÇÃO DA POSSE DIREITO DAS COISAS Pode ser: • Real: decorre da entrega efetiva do bem; • Simbólica: decorre de atos que simbolizam a entrega do bem (ex: entrega das chaves); •Consensual: decorre do consenso entre as partes e em regra é estabelecida por um contrato. TRADIÇÃO DIREITO DAS COISAS Ocorre quando o possuidor aliena bem de sua propriedade, mas nele permanece à outro título. Nestes casos, opera-se a transmissão da posse indireta, mas a permanência na posse direta. Exemplo: Eu vendo minha casa para Carlos, e continuo possuindo-a como simples locatário. FICTA CONSTITUTO POSSESSÓRIO DIREITO DAS COISAS FICTA TRADITIO BREVI MANU Aquele que possuía em nome alheio, passa a possuir em nome próprio. EXEMPLO: O locatário que adquire a propriedade da coisa locada. FICTA CONSTITUTO POSSESSÓRIO DIREITO DAS COISAS ACESSÃO DE POSSES A posse pode também ser adquirida em virtude de sucessão inter vivos ou mortis causa, tanto a título singular quanto universal. Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres. Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. DIREITO DAS COISAS ACESSÃO DE POSSES A posse do sucessor pode somar-se à posse de seu antecessor para todos os efeitos legais. No entanto, na hipótese de haver essa junção, o sucessor recebe a posse antiga com todos os seus vícios (continuidade do caráter da posse). Sucessor a título universal: há obrigatoriamente a soma das posses (a doutrina denomina essa modalidade de sucessão de posses ? sucessio possessionis). Sucessor a título singular: pode escolher se inicia uma posse nova ou se soma a sua posse com a de seu antecessor (a doutrina chama essa modalidade de acessão de posses (acessio possessionis). DIREITO DAS COISAS QUANTO AO LEGATÁRIO?? DUAS CORRENTES 01 A corrente majoritária defende que o art.1.206, CC trata da sucessão mortis causa e o art. 1.207, CC aplica-se somente à sucessão inter vivos. Dessa forma, tanto no caso dos herdeiros quanto no dos legatários ocorre a sucessio possessionis. 02 A outra corrente entende que há conflito aparente entre os art.s 1.206 e 1.207, CC, e que o legatário, por ser sucessor a título singular, pode escolher se irá ou não aceder sua posse a do antecessor. Nesse sentido, Arnaldo Rizzardo, ao comentar o art. 1.207, CC, leciona que o dispositivo acima não se refere apenas à sucessão mortis causa, mas envolve qualquer transmissão. DIREITO DAS COISAS EXTINÇÃO DA POSSE 5 6 TOMADA DA POSSE POR OUTREM (V. ART. 1.224) CLASSIFICAÇÃO DA COISA COMO BEM FORA DO COMÉRCIO PERDA DA COISA . PERECIMENTO DA COISA ABANDONO TRANSMISSÃO DA POSSE PARA OUTRA PESSOA 2 1 3 4 DIREITO DAS COISAS PARÂMETROS LEGAIS Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196. Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recupera-la, é violentamente repelido. DIREITO DAS COISAS
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