A coesão da ideologia de gênero com o princípio básico da educação

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A coesão da ideologia de gênero com o princípio básico da educação
 Em pleno século XXI, predominam ainda convicções errôneas quanto às questões de gênero. Sendo este a definição de como a pessoa se vê, podendo, ou não, concordar com o que lhe foi atribuído quando nasceu. É basicamente a escolha, identidade e individualismo de cada um. Vale considerar que nenhum ensino é isento de ideologia, mas esta, também não pode ser seletiva ou beneficiária. Deve ser inclusiva à todos os tipos de vida e pensamento. 
A aplicação da educação de gênero nas instituições de ensino é de extrema importância. Já que se trata de uma apologia a uma sociedade igualitária, democrática e que se colocada em ação. Esta ação pode promover a desconstrução de violências, preconceitos, estigmas e estereótipos. Infelizmente, uma das dádivas que o indivíduo conservador não herdou do homo sapiens é a tolerância vulgo respeito. 
São constantes os casos de preconceito e desrespeito a mulheres e homossexuais. Como exemplo, os parlamentares da bancada religiosa que atrapalham a disseminação do gênero cultuando a homofobia - a maioria, para não dizer todos -, são contra o casamento homoafetivo, estabelecendo a misoginia (a lei do feminicídio deixou de ser estendida às mulheres trans) e revalidando cada vez mais o patriarcado (vários projetos como a criação de uma lei que tipifica o aborto como crime hediondo). 
A ideologia de gênero é constantemente mal interpretada por uma série de erros. O principal deles deve-se ao fato de ser associada a biologia. Esta, não determina o que um indivíduo é ou deve ser, pois ninguém nasce igual à ninguém, a biologia é tão ampla e diversa quanto o cérebro dessas pessoas. Levando em consideração estas colocações, é preciso atentar para a falta de informações convictas,o que dificulta definir algo construído a partir de distorções e desinformação. 
Em uma sociedade onde se predomina o alastramento do ódio e da ignorância na forma das repressões já citadas acima e onde apenas o homem hétero, cisgênero e branco é ouvido ( pois se for mulher, é omitido), se for de etnia diferente é discriminado e se for homosexual não é levado à serio), vemos o porque é importante a implantação do gênero. Já dizia o influente gênio matemático Pitágoras de Samos: "Educai as crianças e não será necessário punir os adultos". 
Se o indivíduo adquirir uma boa base, tanto moral quanto ética, que são especialmente advindas da educação, teremos uma geração mente aberta e tolerante. E o mais importante, a palavra “ser humano” não será usada para se referir a espécie e sim, no sentido do verbo “SER”. Fundamentando a boa educação como princípio básico, talvez daqui alguns anos será possível dizer que as escolhas foram tomadas por nós e não por partidários que influem no corpo das pessoas como se elas fossem simplesmente um número dentre milhares (referência ao aborto e cpf). 
Se investíssemos na educação diversa e não apenas no aumento de salários da burguesia talvez a realidade seria mostrada, e com ela iria vir a constatação de que todos, até mesmo homens sofrem com estereótipos de gênero, a famosa ‘’crença’’ de que ‘’homem não chora’’ é um exemplo disso. Se todos entenderem que pode sim existir a igualdade, as correntes da sociedade estariam a se quebrar e com isso talvez uma possível liberdade verídica, e não só teórica. Juntando a liberdade e uma boa base educacional, criariam-se bons homens, homens livres e essa liberdade viria de forma natural para as mulheres. Se os homens não forem agressivos e repressores, as mulheres não serão obrigadas à serem submissas. Se estes forem bem guiados, não terão à necessidade de controlar. Mulheres não serão controladas, homossexuais não serão mortos por intolerância e as diversas etnias não serão discriminadas socialmente. Teria-se plantada uma cultura de equidades e tolerância e não uma cultura de violência e estupro.
Se formos todos bem conduzidos desde o começo, não existirão os fanatismos, nada nos alienará e talvez possamos dizer o amém para o agradecimento, e não fazer apologia à metáfora: “amem, sem acento, para amar mais”. Como dizia Simone de Beauvoir Beauvoir: "Que nada nos limite. Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância."