EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL
O Direito Empresarial surge na idade média no período de máxima ascensão da classe burguesa. Ainda denominado Direito Comercial, pelo motivo ao qual nasceu da necessidade do comerciante daquele período de possuir um conjunto de normas para disciplinar suas atividades profissionais desenvolvidas, assim sendo, baseado nos usos e costumes da classe dos comerciantes gregos e fenícios, que se encontravam em torno do mar mediterrâneo na antiguidade. Assim foram aplicando essas regras e disciplinando seu cotidiano de maneira a qual reduziu seus conflitos. 
O Direito Comercial, de início tinha um caráter subjetivo, pois foi elaborado pela própria classe de comerciantes para regular somente as relações entre comerciantes, ou seja, extremamente restrito, pois quem não tivesse registro nas corporações e não fosse mercador, não tinha acesso a esses direitos. Desta feita, o Direito Comercial nasce como um direito especial, paralelo ao Direito Civil, ganhando assim uma autonomia jurídica, devido a seus princípios e métodos característicos. 
No entanto, o prestígio e a importância das corporações foram enfraquecendo o mercantilismo, no que resultou no fortalecimento do Estado, que afastou das corporações e dos mercadores a função de elaborar as normas comerciais e suas aplicações. O primeiro código comercial surge na França em 1673 com a ordenação terrestre, e em 1681 a ordenação marinha que regulava o comércio marítimo.
As Ordenações tiveram vigência por um longo período, até a elaboração do Código de Comércio Napoleônico de 1807, após a revolução francesa de 1789, que chega para objetivar o Direito Comercial e afastar o caráter subjetivo da figura do comerciante matriculado na corporação. Sendo assim o DC passa a ser baseado na prática de atos de comércio dispostos na lei, não sendo aplicado apenas aos comerciantes das corporações.
No Brasil, o Direito Comercial tem origem em 1808 com a chegada da família real ao país e a abertura dos portos às nações amigas, da origem até a criação do primeiro Código comercial Brasileiro, as leis vigentes eram as portuguesas, e os códigos da Espanha e França, pois quando havia lacuna nas leis portuguesas eles aplicavam as leis das nações cristãs, gerando assim uma “confusão” jurídica na disciplina das relações comerciais.
Em 1834, foi apresentada ao Congresso Nacional um projeto de Código comercial que, após a tramitação de mais de 15 anos, deu origem ao primeiro código brasileiro, o Código Comercial Brasileiro, baseado nas leis de Portugal, frança e espanha, adotando a teoria francesa dos atos de comércio. A teoria dos atos de comércio vigente por um período, começa a perder força com a extinção dos tribunais de comércio em 1875, assim sob o aspecto processual, em 1939 perde a validade a teoria dos atos de comércio e o judiciário passa a utilizar de jurisprudências através de analogias com o direito italiano, assim definindo como empresas também as clínicas, salões de cabeleireiros e etc. 
Eis que surge a lei 10406 em 2002 ( Código Civil) e em sua parte especial, tem um livro que trata exclusivamente do direito de empresa. As normas fundamentais do direito comercial se encontram no II livro da parte especial, Do Direito de Empresa, que revogou parte do Código Comercial. Teve como base o código italiano que apresenta uma nova teoria que substitui a dos atos de comércio e disciplina as atividades econômicas, é a denominada teoria da Empresa que veio para harmonizar o Direito Comercial, e assim reduzir os conflitos e promover a paz social.