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Aula 06: Utilização de carboidratos na dieta Prof. Natalia Mação AULA 06: UTILIZAÇÃO DE CARBOIDRATOS NA DIETA Compostos por carbono, hidrogênio e oxigênio Uma das principais classes de biomoléculas Desempenham vários papéis importantes em todas as formas de vida: o Fontes de combustíveis metabólicos e armazenadores de energia o Componentes estruturais das paredes celulares e dos exoesqueleto de artrópodes o Partes do RNA e DNA – ribose e desoxirribose o Características integrais de muitas proteínas e lipídios, em especial nas membranas celulares reconhecimento entre as células e a marcação molecular Classificação de acordo com seu tamanho molecular (grau de polimerização): o Monossacarídeos: GP1 o Dissacarídeos: GP2 o Oligossacarideos: GP3-9 o Polissacarídeos: GP>9 o CLASSE GP EXEMPLO LOCAL DE ABSORÇÃO MOLÉCULAS ABSORVIDAS Monossacarídeos e dissacarídeos 1 1 1 2 2 Glicose Frutose Galactose Sacarose Lactoseb ID IDa ID ID ID Glicose Frutose Galactose Glicose + fructose Glicose + galactose Oligossacarídeos 3 3-9 Rafinose Inulina IG IG AGCC AGCC Polissacarídeos > 9 > 9 Amido Polissacarídeos não-amiláceos Predominantemente IDc IG Glicose ACGG a Exceto quando são consumidas em doses muito grandes em uma única refeição b Exceto nos indivíduos intolerantes à lactose, no qual a lactose flui para o IG c Algum amido escapa da digestão no ID (amido resistente). Em todos esses casos, os CHO que entram no IG tornam-se substrato para fermentação bacteriana, para AGCC GP: grau de polimerização Fonte: Gibney,2005 Aula 06: Utilização de carboidratos na dieta Prof. Natalia Mação Carboidratos glicêmicos Taxa de captação = taxa de hidrólise dos oligossacarídeos e polissacarídeos Fatores intrínsecos dos alimentos ingeridos e do consumidor influenciam essas taxas: FATORES ALIMENTARES FATORES DO CONSUMIDOR • Tamanho da partícula • Macroestrutura e microestrutura dos alimentos, sobretudo se as paredes da célula estiverem intactas • Relação amilose:amilopectina dos amidos • Teor de lipídeo nos alimentos • Presença (ou ausência) de inibidores enzimáticos • Grau de trituração na boca • Velocidade do esvaziamento gástrico • Tempo de trânsito no ID Carboidratos não glicêmicos Não são absorvidos no ID e entram no IG FERMENTAÇÃO Por que os CHO entram no cólon? Não existem transportadores de monossacarídeos na mucosa intestinal ou porque não atuam tão rápido Não existem enzimas necessárias para digerir CHO no ID Existem enzimas mas não conseguem ter acesso aos CHO Enzimas não digerem CHO rápido o suficiente para que eles sejam completamente absorvidos CHO não absorvidos: Monossacarídeos: exceto gli, gal e fru. Parcial ou completamente não-absorvidos Açúcares do álcool: parcial ou completamente não digeridos Dissacarídeos: exceto maltose, sacarose e lactose não são absorvidos Oligossacarídeos: nenhum é absorvido, exceto a maltodextrina Polissacarídeos: nenhum polissacarídeo não-amiláceo é digerido Amido resistente Aula 06: Utilização de carboidratos na dieta Prof. Natalia Mação GRUPO ALIMENTOS TEOR DE CHO CEREAIS Arroz, trigo, milho, centeio, cevada e seus produtos, entre outros 70% LEGUMINOSAS Feijões, ervilha,lentilha, grão-de-bico, tremoços, soja 60% HORTALIÇAS Grupo A Grupo B Grupo C Abobrinha, acelga, agrião, aipo, berinjela, alface, couve, espinafre, pepino, pimentão, repolho, outras folhas Abóbora, beterraba, cenoura, chuchu, ervilha verde, quiabo, vagem, etc Batata, araruta, mandioquinha, batata-doce, cará, inhame, mandioca, etc 5% 10% 20% FRUTAS Grupo A Grupo B Caju, carambola, melancia, melão, pitanga, goiaba, groselha, abacaxi, abricó, cajá, jaca, laranja, lima, limão, maracujá, pêssego, romã, abacate, entre outras Ameixa, amora, cereja, damasco, figo, framboesa, graviola, maçã, mamão, manga, pêra, banana, caqui, marmelo, nêspera, uva, entre outras 5 a 10% 15 a 20% Fontes Alimentares E Recomendações Diárias Alimentos de origem animal: mel e leite Recomendações diárias: WHO/FAO (2003) – 55 – 75% do VET (na prática = 55 – 60% do VET) CHO simples: 0 – 10% do VET CHO complexos: 50 a 70% do VET Índice glicêmico: medida do grau em que um alimento específico – 50g - aumenta glicemia Fatores que interferem na resposta glicêmica dos alimentos: Procedência do alimento Tipo de cultivo Forma de processamento e cocção Consistência e teor de fibras Auxilia a seleção de alimentos Alimento controle utilizado = pão = 100 Recomendação para o uso do IG: substituição de alimentos de alto por baixo IG ao longo do dia Aula 06: Utilização de carboidratos na dieta Prof. Natalia Mação IG VALORES Baixo 55 Médio 56 – 69 Alto 70 Carga glicêmica: medida de quanto um alimento específico, numa refeição, aumenta a glicemia Produto do IG e da quantidade de CHO presente na porção de alimento consumido, comparado com o alimento padrão Mede o impacto glicêmico da dieta Glicose como controle: alimentos podem ser classificados em baixa carga glicêmica (CG < 10) e alta carga glicêmica (CG > 20) Observações: Dietas com baixo IG: Ajudam no controle e perda de peso sensibilidade à insulina Promovem o controle do DM risco de DCV Prolongam a resistência durante o exercício Dietas com alto IG: Ajudam para repor combustível energético pós exercício Contagem de CHO Aplicando a contagem de CHO: Importante levar em conta o total de CHO consumido por refeição Distribuição deverá obedecer às necessidades diárias, previamente definidas deste nutriente associadas com a anamnese do indivíduo, onde se identifica o consumo real por refeição CG VALORES Baixa 10 Média 11 - 19 Alta 20 Aula 06: Utilização de carboidratos na dieta Prof. Natalia Mação Métodos mais amplamente utilizados: Método 1: Lista de equivalentes, trocas e substitutos Alimentos são agrupados: cada porção = 15g de CHO Classificação: o Categorias (grupo de alimentos) - base na função nutricional e na composição química o Porções de uso habitual de nossa realidade Método 2: Contagem de gramas de CHO Somar os gramas de carboidratos de cada alimento por refeição tabelas e rótulos dos alimentos Lembrar que peso em g do alimento é diferente do peso em g de CHO do alimento Aula 06: Utilização de carboidratos na dieta Prof. Natalia Mação
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