Ciências do Ambiente - AV2

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Biomas 
 
Biomas representam comunidades estáveis de organismos característicos (plantas, animais, 
bactérias, fungos, etc) com uma ampla distribuição geográfica. O principal fator que determina 
o tipo de bioma é o clima. 
 
Fatores do clima afetam a formação de um bioma: 
 
- Temperatura; e 
- Padrão de Precipitação. 
 
Padrão de variação de temperatura, por exemplo, áreas tropicais são quentes e não há 
variação significativa de temperatura. Áreas perto dos polos têm invernos longos e muito frios 
e verões frios e curtos. 
 
Padrão de precipitação: que é a quantidade de precipitação anual, além de incluir a forma na 
qual a precipitação ocorre (neve, chuva, etc) distribuição sazonal, etc. 
 
Principais biomas do planeta: 
 
- Florestas; 
- Campos e campinas; 
- Desertos e tundras. 
Desertos 
 
Os desertos são encontrados em regiões onde a precipitação é pequena. 
 
Clima: a falta de água é o fator preponderante para caracterizar determinada área, como 
deserto (índice pluviométrico menor que 25 cm/ano). 
A periodicidade da precipitação varia em diferentes desertos (alguns recebem água nos meses 
de inverno na forma de chuva ou neve; outros na forma de temporais em intervalos esparsos). 
Desertos podem ser bem frios durante a maior parte do ano, e a variação grande de 
temperatura entre o dia e a noite é significativa. 
Organismos: uma das características é a distribuição dispersas das plantas; a mesma 
característica ocorre com os animais. No deserto todas as espécies acham-se adaptados para 
sobrevivência em um ambiente quente e rico. Por exemplo, como a taxa de evaporação é 
muito alta, as plantas tem folhas finas (que diminuem a superfície para evaporação) ou, caules 
e raízes com grande poder de retenção de água (como os cactos). 
A população de animais é pequena e a maioria apresenta um tamanho pequeno e muitos 
restringem sua atividade à parte da noite, quando a temperatura não é tão elevada. 
Impacto humano: historicamente os desertos são onde os humanos tem tido pouca influencia. 
As condições climáticas não permitem sua utilização pela agricultura, e embora a tecnologia 
atual permita que a água seja transportadora para o deserto, apenas algumas áreas especificas 
se transformaram em cidades ou foram usadas para culturas. 
 
 
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Campos & Campinas 
 
Também conhecidos como pradarias ou estepes, são biomas característicos de regiões 
temperadas. 
 
Clima: a umidade disponível é o fator principal no estabelecimento desse tipo de bioma. 
Pradarias recebem 25-75 cm de precipitação por ano, e os ventos são constantes nesses locais, 
com verões quentes e invernos amenos (ou rigorosos). Em muitas pradarias o fogo é um fator 
importante para impedir invasão de espécies vegetais (árvores, por ex) e recibos os nutrientes 
no solo. 
Organismos: as gramíneas constituem cerca de 60-90% de vegetação existente. As gramíneas e 
outras plantas presentes se caracterizam por formarem aglomerados e suas raízes forma uma 
espécie de contenção que impede a erosão do solo. Árvores que necessitam de quantidades 
maiores de água ocorrem raramente, exceto onde existem cursos d’água. 
Os consumidores primários são herbívoros que pastam no local, formando nutrientes para as 
plantas (através de matéria orgânica excretada) bem como impedindo a ploriferação de outras 
espécies de vegetais. Além desses animais, varias espécies de insetos (gafanhotos e outros 
herbívoros) estão presentes, além de animais como repteis e aves. 
Impacto humano: Pradarias com clima mais ameno têm sido progressivamente ocupadas por 
culturas agrícolas, como milho e trigo. Pradarias mais áridas vêm sendo usadas na pecuária, 
como área de pastagem. Por essa razão existem poucos biomas dessa natureza que não foram 
ainda modificados pela atividade humana. 
 
Florestas 
 
Basicamente podem-se classificar as florestas mais representativas como florestas tropicais. 
 
- Floresta tropical úmida; 
- Floresta tropical seca. 
 
Floresta tropical seca 
 
Sua principal característica é a precipitação sazonal variável. São encontradas em áreas da 
América central e do Sul, Austrália, África e Ásia. 
Clima: esse tipo de floresta apresenta um clima que varia de meses de chuva intensa e 
seguidos períodos de seca que variam de 1-8 meses. A precipitação pode ser alta (200 cm) ou 
baixa (50 cm). 
Organismos: como a precipitação é sazonal a maior parte das plantas possui adaptações 
especiais para suportar períodos de seca. Muitas das espécies animais encontradas nesse tipo 
de floresta estão presentes nas florestas tropicais úmidas, embora apresentando menor 
diversidade. 
Impacto humano: as maiores partes dessas florestas estão localizadas próximas a áreas 
densamente povoadas, isso implica em desmatamento constante para obtenção de madeira e 
transformação progressiva dessas áreas em áreas agrícolas e de pastoreio. 
 
Floresta tropical úmida 
 
Clima: caracterizada por uma temperatura elevada na maior parte do ano, sem apresentar 
grandes variações. A precipitação é alta (500-200 cm/ano) e esse fator conjugado as altas 
temperaturas faz com que a maior parte dos vegetais se desenvolva rapidamente. Entretanto, 
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o solo é podre em nutrientes, pois a chuva tende a arrastar os nutrientes não absorvidos pelos 
vegetais. 
Impacto humano: grandes partes dessas florestas estão localizadas em países pobres e as 
populações próximas a esses biomas tem tendência a explorar os recursos naturais oferecidos 
pelos mesmos. Na situação atual esse tipo de floresta tem sofrido um desmatamento continuo 
para exploração de madeiras e/ou utilização para agricultura e pecuária. 
 
Meio terrestre 
 
Terra -> é considerada a parte do planeta que não está coberta pelos oceanos. 
Solo -> é considerado como a camada superficial do terreno contendo uma mistura de 
minerais, matéria orgânica, organismos vivos, ar e água que em conjunto sustentam o 
crescimento dos vegetais. A proporção desses componentes varia com o tipo de solo. 
 
45% Minerais 
Exemplo de solo propicia para agricultura. A composição e o tipo de 
solo determinam o tipo de vegetal a ser cultivado no mesmo. 
25% Ar 
25% Água 
5% Matéria orgânica 
 
Propriedades do solo: 
 
- Textura: determinada pelo tamanho das partículas mineiras presentes no solo. 
- Estrutura: referem-se ao modo com que as varais partículas do solo se agregam. 
- Atmosfera: o grau de umidade determinado basicamente pelos espaços vazios (poros) 
existentes entre as partículas que irão determinar o número e as espécies presentes de micro-
organismos em determinados tipo de solo. 
 
Tipos de solo: 
 
 Argiloso: possui partículas pequenas, impermeável a água, sendo um solo rico em 
nutrientes; 
 Arenoso: permeável à água com partículas relativamente grande com aspecto de grãos; 
 Humoso: aqueles que possuem grande quantidade de matéria orgânica em 
decomposição. 
 Solo calcário: formado por partículas de rochas, seco e propenso a uma grande variação 
de temperatura com a incidência da radiação solar. 
 
Erosão 
 
É o processo de desgaste e transporte do solo por ação de vento, água, gelo, .. 
O processo de erosão ocorre em qualquer área do globo, entretanto é mais intenso em 
algumas regiões específicas. A desertificação e o desenvolvimento são os principais fatores de 
erosão do solo devido à ausência de espécie de vegetais que ajudam a reter o solo, através de 
uma rede de raízes, por exemplo. 
 
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Resíduos sólidos 
 
São os compostos ou objetos, ou mesmo partículas que se acumulam no local onde são 
produzidos e para os quais não existe destinação específica. Eles estão normalmente 
classificados em relação ao setor econômico responsável pela sua geração:- Resíduos de mineração; 
- Resíduos agrícolas/pecuários: matéria orgânica (esterco) + material proveniente do 
processamento do material usado (cascas, sementes, etc); 
- Resíduos industriais: incluem grande variedade de material (restos de demolição, pedaços de 
metal, plásticos, cinzas, etc). 
 
De acordo com o risco ambiental, os rejeitos são classificados em perigosos ou não. 
 
Além desses rejeitos, existem também os resíduos “municipais”, que consiste de matérias que 
a população não utiliza mais (incluindo restos de comida). 
 
Método de tratamento dos resíduos sólidos 
 
Embora o método de tratamento dependa especificamente do tipo de resíduo, historicamente 
o método mais empregado era enterrar os resíduos fora do ambiente urbano, muitas vezes em 
áreas adjacentes a rios e lagos. Para minimizar o volume parte do rejeito era queimado a céu 
aberto. 
 
Modernamente 5 técnicas são empregadas: 
 
1. Aterros; 
2. Incineração; 
3. Compostagem; 
4. Redução de volume/peso; 
5. Reciclagem. 
 
Aterros -> método mais barato, os aterros modernos estão localizados em áreas escolhidas 
criteriosamente; água/gases e outros líquidos são cuidadosamente coletados e monitorados 
para impedir contaminação de lenços freáticos. 
 
Incineração -> processo de queima dos resíduos, os incineradores mais modernos são 
projetados para aproximar o calor liberado na reação de combustão para gerar energia. 
A redução da quantidade de rejeito é enorme (+- 90% do volume e 75% do peso). 
Riscos primários da incineração: 1 – Quantidade de ar; e 
 2 – Disposição das cinzas. 
Cinzas contém Pb, Cd, Hg, As (custo do investimento em incineradores é muito alto $50 – 400 
milhões). 
 
Compostagem -> Processo de transformação de resíduos ricos em um material estável, ricos em 
nutrientes e matéria orgânica. 
 
Redução de volume -> na prática equivale a qualquer modificação em determinado processo 
que reduza a quantidade e toxidade dos rejeitos gerados durante a evolução do mesmo. 
 
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Reciclagem -> metade do tratamento que consiste no reaproveitamento da(s) matéria(s) 
prima(s) que constituem o resíduo. 
Vantagens: redução na quantidade de material que pode ser incinerado ou despejado em 
aterros, reaproveitamento de matérias primas, geração de empregos, etc. 
Problemas associados: difícil fazer a reciclagem que garanta apenas um tipo de composto (ex, 
plásticos de composição variada não podem ser reprocessados da mesma maneira), quantidade 
de material reciclado deve ser compatível com o método de tratamento para evitar acúmulo de 
material.