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Donald Winnicott HENRIQUE PAIXÃO JOSIMARA ARAÚJO LUCAS F. REZENDE SEMINÁRIO DE PSICOLOGIA MÉDICA PROF MARIA DA CONSOLAÇÃO MARIANA ABREU THAIS PADILHA THEAGO SARAIVA BIOGRAFIA ● Pediatra e psicanalista ● Nascido em 7 de abril de 1896, em Plymouth, na Grã-Bretanha ● Morreu em Londres, em 25 de janeiro de 1971. ● Aos 14 anos foi para um internato. ● Posteriormente ingressou na Universidade de Cambridge → estudou biologia e depois medicina. BIOGRAFIA ● Serviu como estagiário de cirurgia e oficial médico em um destróier na 1ª Guerra Mundial ● Foi um colaborador de jornais médicos, psiquiátricos e psicanalíticos. ● Escreveu para revistas destinadas ao público em geral → discutia problemas das crianças e das famílias BIOGRAFIA ● Sentia-se oprimido por sua mãe com tendências depressivas e também por duas irmãs. ● Foi a influência de seu pai que o encorajou em sua criatividade; ● Tratou durante a 2º Guerra Mundial de crianças que haviam sido separadas de suas famílias; ● Constelação mãe-bebê → não há como descrever um bebê sem falar de sua mãe → no início, o ambiente é a mãe → gradualmente vai se transformando em algo externo e separado do bebê. METODOLOGIA ● Diferente de Freud e outros, decidiu estudar o bebê e sua mãe como uma “unidade psíquica” ● No início quando o bebê é totalmente depende da mãe, ela dá a ilusão de que o seio é parte do corpo do bebê, fomentando inicialmente a sensação de controle mágico do bebê sobre o objeto externo. ● A criança não pode ficar eternamente presa a essa forma mágica de pensamento onipotente. ● Cabe, então, a essa mãe promover progressivamente a desilusão que levará o princípio da realidade. HOLDING ● Winnicott propõe que durante o final da gestação e primeiras semanas após o parto, produz-se na mãe um estado psicológico especial → preocupação materna primária A mãe adquire uma capacidade particular para se identificar com as necessidades do bebê HOLDING ● Inclui toda a rotina de cuidados ao longo do dia e da noite → mãe protege o bebê contra afronta fisiológica: leve em consideração sensibilidade epidérmica da criança, tato, temperatura, sensibilidade visual e auditiva ● É um ambiente propício a um processo de formação de um ser humano independente → somatório de aconchego, percepção, proteção e alegria fornecidos pela mãe HOLDING ● Sustentação → compreende, em especial, o fato físico de sustentar a criança nos braços, e que constitui uma forma de amar ● A maneira como o bebê é sustentado no colo pela sua mãe é um experiência física e simbólica → significa a firmeza com que ele é amado e desejado como filho HOLDING ● O holding feito pela mãe é o fator que decide a passagem do estado de não-integração → integração posterior ● O vínculo entre a mãe e o bebê assentará as bases para o desenvolvimento saudável das capacidades inatas do individuo ● A falta de holding adequado provoca uma alteração no desenvolvimento: cria-se uma “casca” (o falso self) em extensão da qual o indivíduo cresce enquanto o “núcleo” (verdadeiro self) permanece oculto e sem poder se desenvolver HANDLING ● É a experiência de entrar em contato com as diversas partes do corpo do bebê através da mão cuidadosa da mãe; ● Observou que podem surgir problemas psicológicos em crianças fisicamente doentes devido a falta de contato com o corpo; ● Criança tem dificuldade em aceitar suas limitações físicas como reais; MÃE SUFICIENTEMENTE BOA ● Possibilita ao bebê a ilusão de que o mundo é criado por ele → concede ao bebê experiência de onipotência primária, base do fazer criativo. ● É conhecida como ambiente facilitador → atende ao bebê na medida exata das necessidades deste ● A base da estabilidade mental depende das experiências com a mãe, e principalmente, do seu estado emocional. SELF ● O ser humano nasce com um conjunto desorganizado de pulsões, instintos, capacidades perceptivas e motoras que conforme progride o desenvolvimento vão se integrando, até alcançar uma imagem unificada de si e do mundo externo SELF ● O ambiente deve se adaptar adequadamente à criança para formar seu verdadeiro self. ● Assim o papel da mãe é prover o bebê de um ego auxiliar que lhe permita integrar suas sensações corporais, os estímulos ambientais e suas capacidades motoras nascentes; EGO AUXILIAR Quando a sustentação for bem sucedida a criança vive com uma continudade existencial, no entanto quando falha, o bebê terá uma experiência subjetiva de ameaça, que obstaculiza o desenvolvimento MÃE NÃO BOA ● É incapaz de cumprir a onipotência da criança → deixa de responder as gesto da mesma e coloca no lugar seu próprio gesto, cujo sentido depende da submissão ou acatamento por parte da criança FALSO SELF ● Incapacidade materna para interpretar as necessidades da criança ● O desenvolvimento do falso self se relaciona a uma amplitude na escala de psicopatologia que irá desde sensações subjetivas de vazio, futilidade e irrealidade até tendências antissociais, psicopatia, caracteropatias e psicoses. FALSO SELF ● Pode substituir o real e o indivíduo. ● A atitude social cortês e bem educada faz parte do self falso. ● Aumento da capacidade de abrir mão da onipotência, conseguindo, assim, um lugar na sociedade que não conseguiria em um self verdadeiro. DESENVOLVIMENTO PSÍQUICO ● Winnicott propõe que a maturação emocional se dê em três etapas sucessivas: ○ Integração e personalização; ○ Adaptação à realidade; ○ Pré-inquietude ou crueldade primitiva. INTEGRAÇÃO E PERSONALIZAÇÃO ● O bebê nasce em um estado de não integração → os núcleos do ego estão dispersos e, para o bebê, estes núcleos estão incluídos em uma unidade que ele forma com o meio ambiente INTEGRAÇÃO E PERSONALIZAÇÃO ● A meta desta etapa é a integração dos núcleos do ego e a personalização → adquirir a sensação de que o corpo aloja o verdadeiro self. ● A personalização é quando a criança começa a perceber que “a pessoa de alguém encontra- se no próprio corpo” INTEGRAÇÃO E PERSONALIZAÇÃO ● A integração começa pela mãe que junta os “pedacinhos do ego” da criança, permitindo que ela se sinta integrada dentro dela. Posteriormente a própria criança une os vários núcleos do seu ego o que permite diferenciar o “eu” do “não-eu”. ADAPTAÇÃO Á REALIDADE ● Nessa fase, a importância da mãe é de fornecer o fracasso gradual da adaptação para que a função mental do bebe se desenvolva. ● A mente se desenvolve através da capacidade de compreender e compensar as falhas. ● O entendimento da criança libera a mãe de ser quase perfeita. ● Winnicott considera que a atividade mental da criança faz com que um meio ambiente suficiente se transforme em um perfeito, converte o relativo fracasso da adaptação em um sucesso adaptativo. CRUELDADE PRIMITIVA (PRÉ-INQUIETUDE) ● O bebê volta seu ódio sobre si mesmo para proteger o objeto externo ● Quando a criança exprime raiva e recebe amor, a criança confirma que a mãe sobreviveu e é um ser separado dela. ● O bebê adquire a noção de que suas próprias pulsões não são tão danosas → aceita sua responsabilidade. ● Winnicott pensa que a criança pequena tem uma cota inata de agressividade, que se exprime em determinadas condutas auto- destrutivas. OBJETO TRANSICIONAL ● Padrão comum de comportamento em bebês, que tem início por volta dos 4 anos → muitas vezes o primeiro objeto possuídoe adotado pelo bebê tem importância crucial “a primeira posse não-eu” ● Normalmente as crianças permanecem apegadas por longo tempo com a permissão dos pais que reconhecem seu valor OBJETO TRANSICIONAL ● O conceito de objeto transicional recebe três usos diferentes, como: ○ em uma etapa do desenvolvimento, em um processo evolutivo ○ vinculada às angústias de separação ○ vinculada às defesas contra as angústias de separação ● Além disso, o fenômeno ou objeto transicional podem ter evolução patológica. OBJETO TRANSICIONAL ● Integra a estimulação da autonomia da criança pela família ● Tem um caráter de intermediação entre o mundo interno e externo ● Pode ser também uma situação, as quais servem para demarcar limites mentais em relação ao mundo interno e externo. ● A criança se exercita através da experimentação com objetos. Elas sentem que esses, que estão em uma zona intermediária, são parte de si mesma OBJETO TRANSICIONAL ● O primeiro contato da criança esse objeto transicional e o mundo externo está relacionado ao seio materno. ● Em primeiro momento há uma sensação de onipotência, tendo o seio como se fosse seu. ● No entanto, logo após essa onipotência ilusória, a mãe deve mostrar que o seio é uma posse e não faz parte da criança. OBJETO TRANSICIONAL ● A ligação e o afastamento do objeto transicional deixa em cada indivíduo uma marca: fica na mente um espaço intermediário entre o interno e o externo. ● É nesse espaço que se produz muitas atividades criativas do homem, como as artes, que representa a “realidade “ para si mesmo → representa o mundo interno para o exterior. LÚDICO: A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR ● O ato de brincar nos primeiros anos de vida é fundamental na construção da identidade pessoal; ● Para a criança, o brincar é a sua linguagem → expressa suas alegrias, frustrações, habilidades e dificuldades; ● É a maneira encontrada para se expressar no mundo e comunicar sua realidade interior; ● Ao brincar a criança aprende a focar sua atenção e desenvolver sua criatividade, cooperação, autoconfiança e motivação. Possibilitando também o aprendizado em lidar com frustrações e regras. ● Pelo brincar a criança se apropria de experiências com e através de um espaço situado entre o real e a fantasia. Isso possibilita o crescimento e amadurecimento em inter-relação com o ambiente. ● É fundamental o papel da brincadeira por misturar e conciliar o manejo do mundo objetivo e a imaginação; ● A instalação de brinquedoteca em hospitais é amparado pela Lei Federal nº11.104, de 21 de março de 2005 ESPAÇOS LÚDICOS EM HOSPITAIS dispõe sobre a obrigatoriedade do equipamento nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação ● Apesar da obrigatoriedade da lei, a brinquedoteca está presente de forma diferenciada nas instituições hospitalares ● Limitações quanto: ○ ao seu uso ○ à presença de profissionais capacitados para atuação; ○ à compreensão dos benefícios das brincadeiras; BRINQUEDOTECAS EM HOSPITAIS: BELO HORIZONTE BRINQUEDOTECAS EM HOSPITAIS: BELO HORIZONTE http://g1.globo.com/rio-de- janeiro/noticia/2015/12/salas-de- quimioterapia-se-transformam-em- aquarios-no-rio.html Video para finalizar https://www.youtube.com/watch?v=aREhERT8COE REFERÊNCIAS ● Governo do Rio de Janeiro. Disponível em: http://rj.gov.br/web. Acessado em: 23/05/2016. ● GALVAN, Gabriela Bruno e MORAES, Maria Lúcia Toledo.Os conceitos de verdadeiro e falso self e suas implicações na prática clínica. Aletheia [online]. 2009, n.30, pp. 50-58. ISSN 1413-0394. ● MAXWELL. A relação mãe-bebê: uma visão winnicottiana. Disponível em: http: //www.maxwell.vrac.puc-rio.br. Acessado em: 22/05/2016. ● Psicologia e Cuidado Humano. Disponível em: http://www.psicologo.inf.br/. acessado em: 22/05/2016. OBRIGADO!!!!
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