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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ROGELMA ARAUJO APRENDIZAGEM POR CONDICIONAMENTO RIO DE JANEIRO, SETEMBRO DE 2017 ROGELMA ARAUJO APRENDIAGEM POR CONDICIONAMENTO Trabalho Solicitado pelo Docente José Fernando Ribeiro de Freitas, da matéria Psicologia de Aprendizagem e Memória da Universidade Estácio de Sá. RIO DE JANEIRO, SETEMBRO DE 2017 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------4 2- CONDICIONANDO UM CACHORRO----------------------------------------------------------5 3- JONH B. WATSON E IVAN PAVLOV: CONDICIONAMENTO CLÁSSISCO-------6 4- CONDIONAMENTO CLÁSSICO COMO ACONTECE ------------------------------------7 5- BURRHUS FREDERIC SKINNER: CONDICIONAMENTO OPERANTE ------------8 6- CONDICIONAMENTO OPERANTE COMO ACONTECE--------------------------------9 7 – CONDIONAMENTO CLÁSSICO EXEMPLO----------------------------------------------10 8 - CONDICIONAMENTO OPERANTE EXEMPLOS----------------------------------------11 9 – CONCLUSÃO-------------------------------------------------------------------------------------12 4 1 - INTRODUÇÃO Veremos nesse trabalho formas de aprendizagem por condicionamento, tanto o clássico quanto o operante, que estão muito presentes em nosso dia-a-dia. Apresentarei um condicionamento com cachorro feito na prática. Falaremos de dois importantes representantes do Behaviorismos e o que cada um representou: Jonh B. Watson e Burrhus Frederic Skinner e suas contribuições para a Psicologia. Veremos também como acontece cada condicionamento e exemplos que vivenciamos em nosso cotidiano. 5 2 – CONDICIONANDO UM CACHORRO Questão: Será que um cão com dez anos de idade consegue aprender um novo no comportamento? Hipótese: Um cão com dez anos de idade já é considerado um cão idoso. Então pode torna-se um problema para o condicionamento. Método e resultado: No condicionamento com o cão como reforço positivo foi utilizado comida feita para cachorro (o estímulo incondicionado), e o ato de sentar era a resposta incondicionada e o comando de voz “senta” era o estímulo neutro. Quando o cão obedecia ao comando ela era recompensada com o alimento reforçando positivamente o comportamento. Após quatro semanas de treinamento e horários alternados o cão passou a associar a ordem “senta” com o petisco que ganhava toda vez que obedecia, sendo assim o estímulo era incondicionado tornou- se estímulo condicionado que passou a ter uma resposta condicionada. Assim realizando o condicionamento operante. Discursão: Treinar um cachorro já com 10 anos de idade, o que é considerado um cão idoso, trouxe um problema: a demora em aprender um novo condicionamento. Pois um cão idoso já não está tão disposto a dar atenção ao dono, já que eles preferem ficar mais isolados. Mas com um pouco de insistência foi possível confirmar que um cachorro idoso consegue sim aprender novos truques. Entretanto é importante que mesmo o cão realizando o comando de sentar já sem a apresentação da comida o reforço se faz necessário um controle para que o cachorro não pare de obedecer ao comando. Já que a frequência é muito importante para a manutenção da reposta. 6 3 – JONH B. WATSON E IVAN PAVLOV: CONDICIONAMENTO CLÁSSISCO Não podemos falar sobre condicionamento clássico sem mencionar Ivan Pavlov. Um fisiologista russo, que na década de 20 realizava uma pesquisa sobre salivação de cães no qual era apresentado estímulos para fazer o cachorro salivar (algum tipo de comida). E percebeu que após um tempo de pesquisa ao ouvir o som de um sino o cachorro começava a salivar sem apresentação da comida. O que aconteceu foi que toda vez que o assistente de Ivan Pavlov entrava na sala de experimento com comida tocava um pequeno sino, e o cão acabou associando o som com alimento e passou a salivar somente com o tocar do sino. Essa descoberta viria a ser o berço do condicionamento clássico, que tempos depois Jonh B. Wason usaria em sua teoria. Pode –se dizer que a Escola Behaviorista foi fundada oficialmente por Jonh B. Watson, a partir de seu experimento com o caso do “Pequeno Albet”. A intenção era comprovar que nossos medos ou fobias são provenientes de alguma experiência desagradável da infância. O experimento foi realizado com um bebê e ficou conhecido como “pequeno Albert”. A intenção era fazer com que o bebê tivesse medo de rato com a pelagem de cor branca. Vale ressaltar que o bebê Albert foi escolhi a dedo por Watson e sua assistente Rosalie Rayner, pois a criança era estável emocionalmente e não apresentava medos ou fobias por animais. Dentro de um ambiente controlado o Watson batia com um martelo em uma barra de ferro fazendo um barulho muito forte, combinando a visualização do rato com o som estridente. Causando em Albert a reação de medo, assim conseguindo uma resposta emocional condicionada. Vale ressaltar que o experimento de Watson fui muito bem-sucedido. 7 4 – CONDIONAMENTO CLÁSSICO COMO ACONTECE O condicionamento clássico ocorre quando uma resposta reflexa é eliciada do organismo. Onde irá ocorrer um pareamento com algum estimulo que a princípio não tem influência nenhuma no organismo, que é chamado de estímulo neutro (SN), esse estímulo será pareado com um estímulo que já alicia uma resposta (R) do organismo, nesse caso irá ocorrer o pareamento entre os dois estímulos durante o pareamento, até que com após o condicionamento o estímulo neutro (SN) que não tinha resposta nenhuma passa aliciar a resposta do organismo (R). 8 5 – BURRHUS FREDERIC SKINNER: CONDICIONAMENTO OPERANTE O condicionamento operante começou com Skinner, que se auto nomeou Behaviorismo Radical, para se contrapor ao behaviorismo de Watson. O behaviorismo de Skinner dedica-se ao estudo das respostas. Ele se preocupava em descrever e não em explicar o comportamento. Ele sempre se preocupou com o comportamento observável. Skinner não se preocupava em especular o que ocorria dentro do organismo. Ele não duvidava da existência do mentalismo, porém, não levava em consideração esse fator para suas pesquisas, pois o que interessava para Skinner era somente aquilo que podia ser mensurado. O condicionamento operante ocorre sem qualquer estímulo antecedente externo observável. O condicionamento tem como base o reforço, como exemplo podemos citar a caixa de Skinner, a qual ele fazia experiência com ratos. Esses ratos eram colocados em uma caixa e deveriam apertar uma barra de ferro para ganhar comida, toda vez que a barra era pressionada caia ração. 9 6 - CONDICIONAMENTO OPERANTE COMO ACONTECE O condicionamento Operante é quando se tem a intenção de fazer que um comportamento se repita ou seja extinto, através do reforço ou punição. Esses comportamentos são aprendidos em função de suas consequências,podendo ser o reforço positivo (R+) ou negativo (R-), nesse caso a intenção é que a resposta volte a ocorrer. A resposta do organismo é que irá determinar sua ocorrência no futuro, ou não. Pois o condicionamento operante também tem como função extinguir a frequência de um determinado comportamento com a punição positiva (P+) ou negativa (P-). 10 7 – CONDIONAMENTO CLÁSSICO EXEMPLO O condicionamento clássico ocorre quando uma resposta reflexa é eliciada do organismo, como já vimos anteriormente. Vejamos o exemplo abaixo: Um jovem de vinte e poucos anos sofreu um sequestro relâmpago quando se encaminhava para uma agência bancária. Neste período ele foi colocado na porta mala de seu carro no qual sentia o cheiro do combustível. Finalmente após três horas de posse dos bandidos ele foi libertado. Hoje esse jovem não consegue mais andar de carro e nem entrar em uma agência bancária. No exemplo acima vimos claramente um condicionamento clássico, onde o cheiro do combustível podemos chamar de estímulo (S) e a aversão (medo, fobia) ao carro de resposta (R), já que ao sentir o odor (S) do combustível ele não consegue mais andar de carro devido ao medo (R). 11 8 - CONDICIONAMENTO OPERANTE EXEMPLOS Podemos citar como exemplo de condicionamento operante por reforço positivo funcionários de lojas de vendas. Geralmente os funcionários dessas lojas trabalham por comissão, além do salário fixo, então quando mais vendem mais lucram. E outra forma de condicionamento por reforço algumas dessas lojas com a intenção de aumentar as vendas e até mesmo a competição entre os funcionários estabelecem metas e os funcionários precisam atingi-las para ganharem alguma gratificação da empresa, podendo ser uma folga quando o funcionário quiser ou até mesmo um valor em dinheiro e etc. Vimos que nesses casos ocorrem o reforço positivo, pois os funcionários quem vendem muito ganham uma comissão maior e até mesmo o reconhecimento por parte da empresa quando eles são gratificados com folga ou dinheiro ou qualquer outra coisa que cause a vontade de vender muito ou ser reconhecido. Podemos citar um exemplo de condicionamento operante por punição as torcidas organizadas de futebol. Quando ocorre uma briga dentro de algum estádio com torcidas organizadas geralmente o Ministério Público entra com uma ação na justiça desportiva para punir o clube com a perda de mando de campo, gerando como consequência a diminuição da torcida no estádio, ou até mesmo o time jogar sem a presença dessas pessoas. Nesse caso o condicionamento é para extinguir confrontos entre torcidas dentro de estádios. Vimos o exemplo do condicionamento através da punição, nesse caso foi com a punição negativa, pois foi retirado da torcida algo que eles tanto desejam que é assistir ao jogo no estádio. 12 9 - CONCLUSÃO Podemos verificar no presente trabalho que os condicionamentos clássico e operante estão mais presentes do que podemos imaginar, desde o adestramento de um cachorro até um vendedor de loja. Sem contar que esses tipos de condicionamento são utilizados por nós e nem as percebemos. Vimos que a escola behaviorista teve um papel importante na história da Psicologia a partir de Watsons, que trouxe um objeto de estudo que não era subjetivo, era claro e perceptível e observável. 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna (p.210- 241). 10. ed. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2017. HALL, C. S.; LINDZEY, G.; CAMPBELL, J. B. Teorias da Personalidade (p.389- 403). 4. ed. Porto Alegre: Artmed Editora S.A., 2008.
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