Buscar

Pedido de Liberdade Provisória em Caso de Porte de Drogas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTACIO DE SA
Francisco das Chagas Gomes - Matrícula - 201202199216
DIREITO PROCESSO PENAL I
SEMANA 13
Caso Concreto
Flávio foi preso em flagrante delito por estar portando três papelotes de cocaína, que alegou ser para uso próprio, nas proximidades de uma casa noturna. Conduzido à Delegacia, o Delegado lavrou o APF, indiciando Flávio pela prática do crime previsto no art. 33 da Lei 11.343/06, representando ao juízo pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. O advogado de Flávio ajuizou junto à 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo pedido de liberdade provisória, que foi negado sob o argumento de que o art. 44 da Lei de Drogas veda a concessão de liberdade provisória e este crime ser considerado inafiançável nos termos do art. 5º, XLIII, da Constituição, sem indicação fundamentada dos requisitos do art. 312, CPP, que ensejam a prisão preventiva. 
Agiu de forma adequada o magistrado? Justifique sua resposta.
RESPOSTA SUGERIDA: 
Não há como se sustentar o ato do Magistrado, visto o c rime cometido no caso em tela, nos termos do artigo 33 da lei 11.343/06 (lei de drogas) está na sua forma privilegiada, 
conforme dispõe o parágrafo 4º do artigo 33 do mesmo regramento, devendo assim a possível pena a ser aplicada ser reduzida de um sexto a dois terços. Ademais, nota-se que não há circunstâncias caracterizadoras da prisão preventiva, visto a não verificação de perigo a ordem pública, econômica ou a conveniência da instrução criminal, como assim se depreende do artigo 312 do CPP. Se faz necessário também ressaltar que em decisão recente pela suprema corte, na apreciação do HC 82.959, firmou-se o entendimento sobre a possibilidade de conversão em pena restritiva de direitos nos crimes disposto no artigo 33 da lei de drogas na sua forma privilegiada, ou seja, quando constatada a primariedade do réu, bons antecedentes e que não se dedica a atividades criminosas. Portanto, em tais casos, se o juiz vislumbrar a probabilidade de ser futuramente re conhecida na sentença a sua forma privilegiada, poderá deixar de decretar a prisão preventiva, tendo e m vista que não faz sentido manter o acusado preso quando certamente se dará a sua soltura após a condenação. Conforme capitulação dos artigos: art.33, 311 e 312 do CPP.

Outros materiais