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AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica PSICOLOGIA JURÍDICA Aula 2: Código de ética profissional do psicólogo AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional Questões éticas Elaboração de laudos e pareceres – Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Edições do Código de Ética O Código de Ética dos psicólogos teve em seu percurso histórico quatro versões, nos anos de 1975, 1979, 1987 e 2005. 1975 – Oficialmente batizado como o primeiro Código de Ética Profissional do Psicólogo (CEPP) – Resolução CFP nº 8, de 02 de fevereiro de 1975 –, publicada no Diário Oficial da União. 1979 – Segundo CEPP de 1979 entrava em vigor, ainda no período político ditatorial, porém, em um momento em que os movimentos sociais de resistência se fortaleciam. Nesse segundo Código pode-se constatar que alguns temas ganharam ênfase, como os que versavam sobre sigilo e relações com a Justiça, enquanto outros foram excluídos, entre eles o artigo que versava sobre a prática de interrogatório sob ação de hipnose (Romaro, 2008). A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Edições do Código de Ética 2005 - Quarto Código de Ética do Psicólogo (atualmente em vigor) que foi resultante do percurso histórico da Psicologia frente às novas demandas sociais e também como carta que dialoga ativamente com a Cultura de Direitos Humanos, instituída a partir da Constituição Federal de 1988. É bastante reduzido, deixando de tratar alguns temas de forma mais específica e direta, para se tornar um instrumento com princípios mais gerais e amplos, com a finalidade de permitir a discussão e reflexão da profissão como um todo. De modo geral, a intenção do novo Código foi: “deixar de ser um instrumento fundamentalmente prescritivo para ser um Código que permita o exercício do pensamento, possibilitando a ética se fazer presente, enquanto associada à prática profissional”. A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Edições do Código de Ética De acordo com o CFP (Resolução CFP nº 010/2005): Sua expectativa é de que o Código "seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão" (CFP, 2005, p.5 e CEPP, 2014, p. 6). A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Problemas éticos que envolvem a Psicologia O psicólogo, ao lidar com o ser humano, enfrentará dilemas éticos que perpassarão sua prática, tais como: • O sigilo; • Atendimento de pessoas portadoras de doenças contagiosas; • O valor a ser cobrado pelo serviço prestado; • Prática antiética de um colega de profissão. A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Dilemas éticos na relação do psicólogo com a pessoa atendida e/ou familiares desta, ou na relação com a equipe de trabalho • Até que ponto manter o sigilo profissional? • É possível quebrar o sigilo? Em quais situações? • Como agir frente às atitudes antiéticas de colegas de trabalho? • Quais as informações sobre o paciente devem constar no prontuário? • Deve-se quebrar o sigilo em casos de violência física, abuso sexual ou negligência contra menores? • Qual a atitude do psicólogo frente a um paciente portador do HIV positivo, que está contaminando deliberadamente seus parceiros? A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Papel do psicólogo O psicólogo não pode nem deve compactuar, silenciar ou repetir atitudes que violem a liberdade, a dignidade e os direitos da pessoa humana. Deve procurar parcerias capazes de fortalecer sua prática ética e estimular atitudes socialmente dignas, contribuindo para o advento de uma sociedade mais ética. A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Compromisso ético da Psicologia • A relação ética firmada com o cliente deve ser respeitosa, cuidadosa e amorosa; • Por meio das demandas que vêm sendo apresentadas ao psicólogo atualmente, seu campo de atuação se consagra em diversos espaços: equipes de saúde, escolas, área familiar, entre outros. “Em todas essas situações, ele precisa se questionar acerca do seu fazer, do papel das instituições públicas [...]. A ele compete oferecer oportunidades para o crescimento do indivíduo [...] e estabelecer novos vínculos sociais.” (PASSOS, 2007. p. 63-64). A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Ética Profissional O que significa? “A ética profissional é a aplicação da ética no campo das atividades profissionais; a pessoa tem que estar imbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivê-los nas suas atividades de trabalho.” (CAMARGO, 1999, p. 31-32 apud PASSOS, 2007, p. 79). Em que o psicólogo deve pautar-se para que sua postura possa ser considerada ética? • No Código de Ética Profissional do Psicólogo; • Em suas convicções pessoais, guiado por seus valores e princípios, construídos ao longo de sua formação pessoal e profissional; • Nos princípios éticos que servem a todos, ou seja, princípios que não priorizem crenças ou valores pessoais. A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas O Código é composto por: • Responsabilidades gerais do psicólogo; • Responsabilidades e relações com instituições empregadoras e outras; • Das relações com outros profissionais ou psicólogos; • Das relações com a categoria; • Das relações com a justiça; • Do sigilo profissional; • Das comunidades científicas e da divulgação ao público; • Da publicidade profissional; • Dos honorários profissionais; • Da observância, aplicação e cumprimento do Código de Ética. A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Princípios Fundamentais O atual Código de Ética é fundado nos seguintes princípios: • Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e outros princípios estipulados na Declaração Universal dos Direitos Humanos (e referendados na nossa Constituição Federal de 1988): liberdade, igualdade e integridade do ser humano; • Promoção da saúde e qualidade de vida das pessoas e coletividades, atuando contra negligência, discriminação, violência, crueldade e opressão; • Responsabilidadesocial; • Divulgação dos conceitos éticos e da prática psicológica; • Reconhecimento das relações de poder nos contextos em que atua, e o impacto destas relações; • Principais artigos a serem estudados para a matéria. A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Art. 2º Ao psicólogo é vedado: b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais; g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico-científica; h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas; k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação; A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Art. 9º É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional. Art. 10 Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo. Parágrafo único - Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias. A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Questões éticas Art. 11 Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar informações, considerando o previsto neste Código. Art. 12 Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho. Art. 13 No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício. A atuação do psicólogo de acordo com a interpretação do seu código de ética profissional AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Resolução CFP n.º 007/2003 Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica. Art. 2º - O Manual de Elaboração de Documentos Escritos, referido no artigo anterior, dispõe sobre os seguintes itens: I. Princípios norteadores; II. Modalidades de documentos; III. Conceito / finalidade / estrutura; IV. Validade dos documentos; V. Guarda dos documentos. Art. 3º - Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de avaliação psicológica deverá seguir as diretrizes descritas neste manual. Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Avaliação Psicológica Avaliação Psicológica = processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos. Os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica. Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Avaliação Psicológica Principais técnicas da Avaliação Psicológica: • Entrevistas; • Observação; • Testes Psicológicos; • Dinâmicas de grupo; • Observação lúdica; • Provas situacionais e outras. Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Avaliação Psicológica I - Princípios norteadores na elaboração de documentos 1 – Princípios técnicos da linguagem escrita • Redação bem estruturada e definida, expressando o que se quer comunicar; • Ordenação que possibilite a compreensão por quem o lê, o que é fornecido pela estrutura, composição de parágrafos ou frases, além da correção gramatical; • Clareza, a concisão e a harmonia. Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Avaliação Psicológica 2 – Princípios Éticos e Técnicos 2.1. Princípios Éticos • Basear informações na observância dos princípios e dispositivos do Código de Ética Profissional do Psicólogo – ao sigilo profissional, às relações com a justiça e ao alcance das informações – identificando riscos e compromissos em relação à utilização das informações presentes nos documentos em sua dimensão de relações de poder. Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Avaliação Psicológica 2 – Princípios Éticos e Técnicos 2.2. Princípios Técnicos • Basear exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações, dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais); • A linguagem deve restringir pontualmente às informações que se fizerem necessárias, recusando considerações que não tenham relação com a finalidade do documento específico; • Deve-se rubricar as laudas, desde a primeira até a penúltima, considerando que a última estará assinada, em toda e qualquer modalidade de documento. Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica Avaliação Psicológica II - Modalidades de documentos • 1. Declaração; • 2. Atestado psicológico; • 3. Relatório / laudo psicológico; • 4. Parecer psicológico. Atenção! A Declaração e o Parecer psicológico NÃO são documentos decorrentes da avaliação Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma. Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações psicológicas AULA 2: CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO Psicologia jurídica VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Conceito / finalidade / estrutura da elaboração de documentos. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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