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05 Seleção de espécies

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SELEÇÃO DE ESPÉCIES FLORESTAIS
Prof. Dr. Rubens Marques Rondon Neto
Alta Floresta/MT
Universidade do Estado de Mato Grosso
Campus Universitário de Alta Floresta
Graduação em Engenharia Florestal
Disciplina: Práticas Silviculturais
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  Cerca de 1/3 dos reflorestamentos na região tropical é formado por espécies dos gêneros Pinus e Eucalyptus:
 - Devido à utilização industrial em grande escala,
 - Rápido crescimento,
 - Habilidade de adaptação à novos ambientes;
 A escolha da espécie adequada é o principal fator p/ o sucesso do reflorestamento;
 A decisão de escolha baseia-se principalmente em analogias das características edafoclimáticas entre a região de origem e a área de plantio.
Importância
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Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Equador
Regiões de ocorrência das Florestas tropicais no mundo
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 Silvicultura da espécie
 Disponibilidade de sementes;
 Produção de mudas;
 Capacidade de rebrotar após o corte;
 Porte e forma das árvores.
Fundamentos ecológicos
 Características da madeira
 Escolha da espécie após a definição das características da madeira que se deseja obter p/ produção do produto de origem madeireiro desejado;
 Características físicas, mecânicas, anatômicas e químicas da madeira desejáveis;
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 Ex.: Amescla (Trattinnickia burseraefolia):
 - Cerne/Alburno pouco distinto a indistinto, 
 - Grã cruzada irregular,,
 - Cheiro indistinto,
 - Brilho moderado,
 - Resistência ao corte moderamente dura,
 - Densidade seca (0,57 g/cm3),
 - Usos (laminados, compensados, caixotaria, construção)
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 Condições do sítio
 Uso anterior do solo e que fatores podem condicionar o uso de determinadas espécies florestais;
 Preferir solos profundos e evitar os poucos profundos;
 Evitar solos compactados ou duros;
 Evitar solos c/ impedimentos físicos;
 A exigência de fertilidade varia c/ a espécie:
 - Alta: Swietenia macrophylla,
 - Baixa: Pinus caribaea var. hondurensis;
 A maioria das espécies requer solos c/ boa drenagem;
 Dados da vegetação natural fornece informações do clima e solo da região em que não há registros da espécie florestal.
Afloramentos rochosos
Latossolo vermelho
Mapa de solos
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 Problemas fitossanitários
 Suscetibilidade a pragas e doenças;
 Na zona de ocorrência natural existe problemas fitossanitários graves:
 - Ataque de Hypsipyla grandella em cedro (Cedrela odorata).
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 Condições climáticas
 Distribuição anual das chuvas:
 - A atividade vegetativa está condicionada a disponibilidade de água;
 Regime de chuvas na área de ocorrência natural da espécie, sendo:
 - Requer chuvas predominantes no verão e que suportam secas  fortes no inverno,
 - Requer chuvas predominantes no inverno e que suportam secas  fortes no verão,
 - Requer chuvas uniformemente distribuídas durante o ano;
 Verificar as exigências especiais;
 Informar sobre a procedência geográfica das sementes ou clones:
 - Eucalyptus camaldulensis, origem Victoria - Austrália, região c/ chuvas de inverno.
Eucalyptus sp. c/ estresse hídrico
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 Ciclo térmico
 Temperatura média anual e a amplitude do seu ciclo através do ano são importantes para a seleção da espécie;
 Temp. máx. absolutas praticamente não exercem influência sobre a adaptação da espécie;
 Temp. mín. podem constituir um fator limitante;
Eucalyptus sp. em geada
Tolerância de espécies de eucalipto à geadas
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 Teca (Tectona grandis) (WEBB, 1980):
 - Clima tropical quente e úmido, c/ verão chuvoso e inverno seco,
 - Temp. média anual (22 a 28ºC),
 - Temp. máxima do mês mais quente (24 a 30ºC),
 - Temp. mínima do mês mais frio (18 a 24ºC), 
 - Precipitação média anual (1.250 a 2.500 mm),
 - Estação seca de 3 a 5 meses,
 - Não suporta geada,
 - Altitude entre 0 a 900 m.
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 Escolher as espécies pelas características da madeira:
 - Ex: Mogno-africano (Khaya ivorensis), madeira p/ serraria
 Tipo de madeira (dimensões):
 - Ex: Eucalyptus paniculata, fuste grande p/ vigas de ponte;
 Produção volumétrica;
 Produção econômica: produção de volume de madeira a baixo custo;
 Comportamento de mercado. Qual o mercado p/ a teca em 2.036 ??
Fundamentos econômicos
Khaya ivorensis
Postes de Eucalyptus sp.
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Fundamentos socioeconômicos
 Mercado p/ os produtos florestais
 Necessidade de florestas
 Disponibilidade de áreas
 Facilidades de produção
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 Fase 1: Eliminação
 Visa selecionar as espécies c/ base nos testes de campo;
 Incluir grande no. de espécies potenciais;
 A seleção é feita nos estágios iniciais de crescimento;
 Período da etapa é de 10 a 20% da idade de rotação (2,5 a 4 anos);
 Delineamento de blocos ao acaso (no mínimo 25 plantas/parcela), sem linha de bordadura;
 Espaçamento de plantio: 2 x 2 m.
Etapas da seleção de espécies florestais
Metodologia proposta por BURLEY e WOOD
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Esquema de um ensaio de seleção de 15 espécies florestais: fase de eliminação
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 Fase 2: Competição
 Visa comparar de 5 a 10 espécies selecionadas na fase anterior;
 Mesmo delineamento experimental, c/ 25 a 49 plantas/parcela, acrescentando uma faixa de isolamento de 1 ou 2 linhas;
 Avaliação até uma idade correspondente a 50% da rotação;
 Espaçamento de plantio: 2,5 x 2,5 m.
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Esquema de um ensaio de seleção de 08 espécies florestais: fase de competição
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 Fase 3: Comprovação
 Visa confirmar sob condições normais de plantio;
 Mesmo delineamento experimental: 
 - Parcela central c/ 100 árvores tendo mais de uma faixa de bordadura,
 - O tamanho deve ser suficiente p/ contornar os efeitos de bordadura,
 - Fornecer dados sobre o crescimento e produtividade no período total de rotação e a qualidade da madeira;
 Espaçamento de plantio: 3 x 2 m (permite a mecanização).
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Esquema de um ensaio de seleção de 04 espécies florestais: fase de comprovação
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 Razões p/ a escolha de espécies exóticas
 Espécie florestal exótica refere-se às árvores que crescem em áreas em que não ocorrem naturalmente;
 A produção de madeira em florestas tropicais não será a solução p/ o atendimento da futura demanda de madeira;
 Comparação de produção volumétrica média:
 - Florestas naturais ( 0,5 m3/ha/ano),
 - Povoamentos florestais c/ espécies exóticas ( 25 a 30 m3/ha/ano).
Espécies florestais exóticas
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Pinus taeda
Hymenelobium sp.
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 Contribuição p/ reduzir as pressões sobre a vegetação natural;
 Usadas p/ suplementar ou substituir florestas nativas que não podem produzir em qtde. e qualidade desejada;
 Necessidade crescente de madeira p/ fins energéticos ou industriais.
Árvores de > DAP
Árvores de < DAP
Exploração madeireira
Queima de resíduos
Formação de pastagens
Agricultura e reflorestamento
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 Pode repor espécies nativas que têm problemas fitossanitários;
 Desconhecimento da qualidade da madeira e silvicultura das espécies nativas;
 Crescimento mais rápido que as espécies nativas;
 Dificuldade de manejar florestas nativas;
 Poucas espécies de qualidade (1%) da madeira desejável entre inúmeras espécies florestais (500) que ocorrem na área;
 Desconhecimento da biologia das espécies nativas;
 Disponibilidade de sementes melhoradas e em qtdes. suficientes;
 É mais adequada p/ crescer em áreas marginais (campo, capoeira).
Plantio de Myracroduon urundeuva
Toras ocas
Custo alto de exploração
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 Características de espécies florestais exóticas invasoras
 Rápido crescimento;
 Maturação precoce de sementes;
 Reprodução em tempos curtos;
 Produção de grandes qtdes. de sementes;
 Produção de sementes durante mais de uma época no ano;
 Mais de uma forma de dispersão
de sementes;  Tolerância a solos de baixa fertilidade, encharcados ou áridos e degradados;  Capacidade de interferir no ambiente pela liberação de substâncias alelopáticas no solo.
Fases de maturação de jambolão (Syzygium jambolanum)
Regeneração natural
de Pinus sp.

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