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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – CAMPUS ITABIRA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA NOME DOS ACADÊMICOS, RA E TURMA 1- Maria Luiza Rodrigues – 2017011003 - 16 2- Marina Martins Guimarães - 2016015429 - 16 3- Paulo Henrique Lopes - 2017008376 - 16 DISCIPLINA Laboratório de Física A – FISI03 PROFESSOR(A) Edelma Eleto da Silva LABORATÓRIO Laboratório de Física I ASSUNTO DA AULA PRÁTICA Resfriamento de Newton DATA DA AULA 09/11/2017 1 INTRODUÇÃO Quando um corpo aquecido até uma temperatura T é deixado em repouso, a tendência é que sua temperatura se iguale a temperatura do ambiente ( ) com o decorrer do tempo. T a Em outras palavras, o corpo aquecido e o ambiente atingirão o equilíbrio térmico, pois o sistema de maior temperatura (T > ) fornece calor ao sistema de menor temperatura. Esse T a fenômeno foi estudado por Isaac Newton, e os seus experimentos nos mostram que quando a diferença de temperatura (T - ) não é muito grande, a quantidade de calor transmitida do T a corpo mais quente para o mais frio, por unidade de tempo , é proporcional à diferença de dt dT temperaturas do corpo e do ambiente. Assim, temos que : (T )dt dT = − k − T a (eq. 1) Onde k é chamada de constante de resfriamento de Newton e seu valor depende do material de cada objeto. Alguns exemplos que podemos citar que contribuem para a alteração do valor de k, são: ● a superfície: Quanto maior for a superfície de contato entre o sistema e o ambiente, maior será a rapidez do resfriamento; ● calor específico do objeto: sabendo que o calor específico de um material está diretamente ligado com a quantidade de energia necessária para variar a temperatura deste mesmo objeto, podemos concluir que se dois corpos receberem a mesma quantidade de energia num mesmo intervalo de tempo, aquele com maior calor específico apresentará menor rapidez de resfriamento; ● características do meio: assim como as características do corpo são importantes neste processo, as características do meio também são. Se o corpo está em contato com o ar - bom isolante térmico -, mais lento será o processo de resfriamento do que se estiver imerso em água, por exemplo, já que a condutividade térmica do ar é menor do que a da água. 2 OBJETIVOS Experimentalmente, observar as perdas de calor de um corpo aquecido para um reservatório térmico e obter o coeficiente de resfriamento de Newton, ilustrando o processo caracterizado por um decaimento exponencial de fator k. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Para realizar o ensaio relatado foram utilizados um cronômetro, um béquer de 500 ml, um termômetro, além de água aquecida. Inicialmente, o termômetro foi deixado sobre a mesa para que a temperatura ambiente fosse coletada. Posteriormente, o béquer foi preenchido com a água previamente aquecida e o termômetro foi imerso na água. Decorrido um período de três minutos para garantir que o termômetro realmente estava em equilíbrio térmico com a água, a temperatura inicial foi coletada e o cronômetro foi ativado para que, a cada 3 minutos, uma nova coleta de temperatura fosse feita. A última coleta foi feita aos 30 minutos. Com esses dados e através da equação 3.1, obtida a partir da regressão feita da equação (eq. 2) e explanada abaixo, o valor do coeficiente de (t) T (T ) . eT = a + 0 − T a −kt regressão de Newton foi calculado matematicamente. (eq. 3.1) 4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS Com o termômetro sobre a mesa, a temperatura ambiente foi coletada, sendo esta de 24° C. Através de verificações periódicas e com o termômetro imerso na água, as temperaturas da água também foram coletadas, estando dispostas na tabela 4.1. É possível observar que, a cada medição, a diferença em relação à medição anterior é exponencialmente menor, em consonância com a equação 2.1. Tabela 4.1: Temperaturas coletadas. Tempo (min) Temperatura (º C) Tempo (min) Temperatura (º C) 0 51,0 ± 0,5 18 44,5 ± 0,5 3 50,0 ± 0,5 21 43,5 ± 0,5 6 48,5 ± 0,5 24 43,0 ± 0,5 9 47,5 ± 0,5 27 42,0 ± 0,5 12 46,2 ± 0,5 30 41,0 ± 0,5 15 45,5 ± 0,5 - - A partir de tais dados e com o auxílio do software Origin, o gráfico 4.1 foi gerado usando o recurso de regressão exponencial para encontrar os valores da temperatura ambiente (representado por y0), a diferença entre a temperatura inicial e a temperatura ambiente (A1), o inverso do tempo (t1) e o coeficiente de resfriamento de Newton (k), além de suas respectivas incertezas. Gráfico 4.1: Temperatura x Tempo Fonte: autoria própria. Como pode ser observado, o valor do coeficiente de resfriamento de Newton gerado a partir da curva dos dados coletados, ou seja, o coeficiente teórico, foi de (18,79 ± 3,92).10-3. Por outro lado, o valor do coeficiente calculado – ou seja, o valor obtido através dos dados coletados aplicados à equação 3.1 – foi 15,42 . 10-3, ou seja houve um aumento de 21,85% do valor teórico em relação ao calculado. Ainda assim, os valores estão satisfatoriamente próximos. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o experimento, foi possível observar o líquido entrando em equilíbrio térmico com o ambiente e, com isso, calcular o coeficiente de resfriamento de Newton para a água. Além disso, foi possível também observar uma divergência entre o valor teórico e o valor calculado. Tal diferença aconteceu, provavelmente, devido a erros sistemáticos ocorridos na leitura e, principalmente, devido ao fato de que, através do método calculado, apenas 3 temperaturas são levadas em consideração (temperatura ambiente, inicial e final), enquanto no método teórico 11 temperaturas são consideradas. Assim, podemos concluir que o método gráfico é mais próximo à realidade. REFERÊNCIAS LEI DE RESFRIAMENTO DE NEWTON Disponível em: http://www2.pelotas.ifsul.edu.br/denise/caloretemperatura/resfriamento.pdf. Acesso em: 11 de Novembro de 2017. Professores de Física da UNIFEI. Lei de Resfriamento de Newton. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ. FISI03 - LABORATÓRIO DE FÍSICA BÁSICA. Itabira. Cap. 7. p. 25-26. TABACNIKS, Manfredo Harri. CONCEITOS BÁSICOS DA TEORIA DE ERROS. São Paulo: Instituto de Física da Universidade de São Paulo, 2003. p. 1-27. Revisão:Profa. Dra. Ewa Shibulska. ASSINATURA DOS COMPONENTES 1- 2- 3- COMENTÁRIOS E ASSINATURA DO PROFESSOR
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