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Classificação de Solos • Devido a heterogeneidade os solos e a grande variedade de suas aplicações, é praticamente impossível estabelecer um único critério para sua classificação. • Conclui-se, então, que há a necessidade de existirem vários sistemas de classificação de solos, cada um procurando atender de maneira específica os vários campos da Geotecnia. Entre os vários sistemas de classificação existentes, temos alguns mais usados pela engenharia civil: • Classificação Genética Geral; • Classificação Granulométrica; • Classificação Unificada; (U.S. Corps of Engineers); e • Sistema Rodoviário de Classificação - HRB (Highway Research Board). Classificação Genética Geral • É um sistema de classificação descritiva, sendo necessário para a sua utilização, um conhecimento da gênese dos solos, ou de uma forma que seja mais simples, fazer uma análise da sua macro estrutura, da cor e da posição de coleta da amostra no perfil do subsolo. a) SOLO RESIDUAL – de decomposição das rochas que se encontram no próprio local de formação. Para que ocorram é necessário que a velocidade de decomposição da rocha seja maior do que a velocidade de remoção por agentes externos. Maduro – que já perdeu toda estrutura original da rocha (homogêneo). b) SAPROLITO – mantém a estrutura original da rocha-mãe, inclusive veios intrusivos, fissuras e xistosidade, mas perdeu a consistência da rocha – solo residual jovem. c) ROCHA ALTERADA – horizonte em que a alteração progrediu ao longo das fraturas ou zonas de menor resistência. d) SOLOS TRANSPORTADOS – que foram levados ao seu atual local por algum agente de transporte. - Solos Coluvionares - transportados por ação da gravidade, coluviões. - Solos Aluvionares – transportados pela ação da água, granulometria varia de acordo com a velocidade da água, aluviões. - Solos Eólicos – transportados pelo vento, escenssialmente arenoso. - Solos Drift – transportados por geleira, frequêntes na Europa. Classificação Granulométrica Uma das maneiras de se classificar um solo é através da sua curva de distribuição granulométrica. Essa distribuição é representada por uma curva que indica, para cada "diâmetro" de grão, qual é a sua porcentagem do solo que possui grãos menores ou maiores. Classificação Granulométrica Classificação Unificada Esta classificação foi proposta em 1952 pelo U.S. Bureau of Reclamation e U.S. Corps of Engineers e tem como origem uma classificação proposta por Arthur Casagrande (1942) que visava classificar solos para utilizá-los na construção de aeroportos. Hoje muito utilizada por engenheiros que trabalham em barragens. Utiliza-se nessa classificação além de granulometria os limites de consistência. Classificação Unificada Os solos são identificados pelo conjunto de duas letras, como apresentados na tabela: • a 1º letra é relacionada a fração predominante do grão mineral presente no solo; • a 2º é relacionada às características dessa fração. Classificação Unificada Classificação Unificada Solos Granulares: - menos que 50% de finos (# 200); - se tiver menos que 5% de finos, a 2º letra expressa a uniformidade da granulometria “bem” ou “mal” graduado; - se tiver mais que 12% de finos, a 2º letra classifica os finos; - se tiver entre 5 e 12% de finos, recomenda-se duas características secundárias, ex. SP-SC = areia mal graduada, argilosa. Classificação Unificada • Solos de granulação fina: - a 1º letra expressa a porcentagem da fração fina; - a 2º letra indica sua compressibilidade; - utiliza-se a Carta de Plasticidade para classificação; - comportamento argiloso é representado por um ponto acima da reta inclinada denomidada Linha A, solos orgânicos e siltosos abaixo da Linha A; - solos orgânicos se distinguem de siltosos pela coloração; - quanto maior seu LL mais compressível é o solo; - o sistema adjetiva como alta ou baixa compressibilidade em função do LL maior ou menor que 50%, Linha B. Classificação Unificada Classificação Unificada Sistema Rodoviário de Classificação Baseado na granulometria e limites de Atterberg; • Solos grosseiros: <35% de finos (passa na #200); A-1a - <50% passando na #10 (2mm), <30% passando na #40 (0,42mm) e <15% passando na #200 e IP < 6 => GW A-1b - <50% passando na #40 e <25% passando na #200 e IP<6 => SW A-3 - >50% passando na #40 e <10% passando na #200 =>SP A-2 - areias classificadas em função dos índices de consistência (gráfico) Sistema Rodoviário de Classificação • Solos finos: >35% de finos; Subdivididos em função do índice de consistência. Sistema Rodoviário de Classificação Sistema Rodoviário de Classificação • Nesta classificação é introduzido o chamado índice de grupo (IG), n.° inteiro que varia de 0 a 20 e define a "capacidade de suporte" do terreno de fundação de um pavimento, sendo dado em função de: • Quanto menor IG melhor será o solo. IG = 0 indica material excelente e IG = 20 indica péssimo material para subleito. IG = 0,2 a + 0,005 a.c + 0,01 b.d Sistema Rodoviário de Classificação IG = 0,2 a + 0,005 a.c + 0,01 b.d a : porcentagem de solo que passa na malha 200 menos 35. a = (% Ø < # 200) - 35 (0< a < 40) b : porcentagem de solos que passa na malha 200 menos 15 b = (%Ø < 200) - 15 (O < b < 40) c : valor do limite de liquidez menos 40 c = LL - 40 (0 < c < 20) d: valor do índice de plasticidade menos 10 d = IP-10 (0<d<20). Sistema Rodoviário de Classificação
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