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hepatopatias 2

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06/03/2016
1
Hepatopatias
Profa. Priscila Paiva Dias
Fortaleza - 2016
Cirrose
Cirrose
• Conceito
– Doença hepática crônica
decorrente de necrose
difusa e regeneração do
tecido, levando a aumento
na formação de tecido
fibroso destruindo a
estrutura hepática normal.
Etiologia da Cirrose
1. Consumo crônico de
álcool
2. Hepatite viral
3. Drogas
4. Substâncias tóxicas
5. Colestase prolongada
6. Cirurgia de derivação
intestinal
Fatores que aumentam a suscetibilidade
• Ingestão alcoólica prolongada (15 a 20 anos)
• Consumo esporádico de grande quantidade de
álcool
• Ingerir bebidas alcoólicas sem alimentação
Fatores que aumentam a suscetibilidade
• Ingestão de bebidas alcoólicas com alto conteúdo 
de etanol
• Sexo feminino
• Ingerir bebidas alcoólicas diferente
06/03/2016
2
Cirrose
Ascite 
acúmulo de 
líquido na 
cavidade 
abdominal.
Fase compensada: 
Paciente geralmente assintomático ou 
queixas inesperadas (perda de peso ou 
distúrbios digestivos)
Fase descompensada:
Paciente com ascite, aranhas vasculares 
(spiders), ginecomastia, icterícia, 
hemorragia digestiva, infecções 
bacterianas e encefalopatia hepática
Sintomas da 
Cirrose
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DA CIRROSE
• Icterícia
• Hipertensão Portal
• Ascite
• Esplenomegalia
• Encefalopatia hepática
ICTERÍCIA
• Depósito de bilirrubina na pele e mucosas do
corpo.
• O fígado é o responsável pela metabolização e
eliminação
• O excesso significa deficiência hepática
• No objetivo de se adaptar ao excesso de bilirrubina
o organismo deposita na pele e mucosa dos órgãos,
sendo um processo temporário.
HIPERTENSÃO PORTAL
Veia porta - 75% sangue chega ao fígado (grande
pressão)
Com formação de circulação colateral venosa -
Varizes esofagianas
As varizes do esôfago
ocorrem devido ao aumento da
pressão venosa pela dificuldade de
passagem do sangue pelas veias
intra hepáticas.
Quando ocorre a ruptura
destas varizes, os doentes podem
sangrar, através de vômitos
contendo sangue vivo e de fezes
com melena (sangue digerido).
VARIZES ESOFAGIANAS
06/03/2016
3
ASCITE
Cirrose
Aumento líquido cavidade 
peritoneal Exudação 
de líquidos
Hipoalbuminemia Hipertensão portal
ASCITE
Depleção de fluidos
Aumento da aldosterona
Retenção de H2O e Na
Ascite
Paracentese
• A paracentese é a inserção de uma agulha na
cavidade abdominal para a extração de líquido
ESPLENOMEGALIA
Consiste no aumento do volume
do baço decorrente do aumento na
pressão venosa. Quando o baço
aumenta de tamanho, a sua
capacidade de reter e armazenar
células sanguíneas aumenta. A
esplenomegalia pode reduzir o
número de eritrócitos, de
leucócitos e de plaquetas
circulantes (levando,
respectivamente, a anemia,
leucopenia e plaquetopenia.
Carboidratos
• Glicemia normal, aumentado ou diminuído
• Glucagon, resistência a insulina, aumento de TNF e IL-1,
redução de IGF- 1 e na capacidade de armazenamento
de glicogênio
Proteínas
• Hipoalbuminemia, edema e ascite
• Comprometimento das funções de transporte
• Relação de BCCA – AAA anormal
• Baixos níveis de ureia
• Hiperamonemia
Implicações nutricionais na Cirrose
Lipídios
• Má absorção de gordura
• Colesterol aumentado (colestase), diminuído (desnutrição) 
e cirrose (normal)
• Elevação dos níveis de triglicerídeos
Detoxificação
• Ação prolongada de medicamentos
• Resposta inflamatória
Implicações nutricionais na Cirrose
Outras alterações
• Icterícia
• Alterações no metabolismo dos estrogênios e androgênios
• Deficiência de vitamina K (hemorragias)
• Deficiência de vitamina D
• Baixas reservas de B12 e folato
• retenção de água e sódio, com ascite e edema devido ao
hiperaldosteronismo
Implicações nutricionais na Cirrose
06/03/2016
4
• Má absorção
• Má digestão
• Naúseas/vômitos
• Metabolismo Alterado
• Saciedade precoce
• Anorexia
DESNUTRIÇÃO
• Recordatório 24h
• Inquérito dos hábitos alimentares (história
etilismo)
• ASG/ Exame físico
• Avaliação do grau de disfunção hepática e estado
nutricional (Child – Pugh)
• Exames bioquímicos
• Bioimpedância
• Antropometria
Avaliação nutricional nas 
Doenças Hepáticas
• Método subjetivo utilizado para detectar sinais e
sintomas associados à desnutrição e às deficiências
de micronutrientes:
 Gordura corporal: supra-orbital, 
bola gordurosa de Bichart, tricipital,
cintura
 Massa muscular: supra e infraclavi-
cular, deltóide, quadríceps, panturrilha,
adutor do polegar, músculos interósseos
 Ascite
 Edema periférico (MMSS e MMII)
Observação: classificar quanto à perda e 
grau de comprometimento das reservas 
corporais
EXAME FÍSICO
• Risco relativo (RR) de óbito
– Classificação de Child-Pugh > 10: RR = 11,33;
– Bilirrubina > 2,5mg/dL: RR = 9,47;
– Fibronectina > 165mg/L: RR = 6,59;
– Atividade de Protrombina: RR = 6,19.
EXAMES BIOQUÍMICOS
Classificação de Child-Pugh
Pontuação 1 2 3
Encefalopatia
hepática
Ausente Grau 1 - II Grau III e IV
Ascite Ausente Leve Moderada, 
Grave ou 
refratária
Albumina (g/dL) >3,5 2,8 a 3,5 <2,8
Bilirrubina
(mg/dL)
<2 2 a 3 >3
Tempo de 
Protrombina
(seg)
<4 4 a 6 >6
Resultado da 
classificação
Child A: 
5 a 6 pontos
Child B:
7 a 9 pontos
Child C:
10 a 15 pontos
Estado 
nutricional
Bom Regular Precário
Peso seco para cálculos das Necessidades Energéticas
Avaliação Antropométrica
Estimativa de Peso com EDEMA
Edema Excesso de peso hídrico
+ Tornozelo 1 kg
++ Joelho 3 a 4 kg
+++ Raiz da coxa 5 a 6 kg
++++ Anasarca 10 a 12 kg
Estimativa de Peso com ASCITE
Ascite Excesso de peso hídrico
Leve 3 a 5 kg
Moderada 7 a 9 kg
Grave 14 a 15 kg
(BLACKBURN & BISTRIAN, 1977 apud KAMIMURA et al., 2003)
06/03/2016
5
Circunferência do Braço (CB)
Esta medida representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e 
gorduroso. 
Para sua determinação, o braço avaliado deve estar flexionado em direção ao tórax, 
formando um ângulo de 90o, mas na medição deverá estar estendido ao lado do corpo.
(JELLIFFE, 1966; FRISANCHO, 1990)
ADEQUAÇÃO DE CB
Adequação de CB = CB obtida x 100
CB do P50
Classificação % adequação
Desn. Grave < 70
Desn. Moderada 70 – 80
Desn. Leve 80 – 90 
Eutrofia 90 – 100
Sobrepeso 100 – 120
Obesidade > 120
Circunferência Muscular do Braço (CMB)
(FRISANCHO & JELLIFFE, 1973)
CMB (cm) = CB (cm) – (0,314 x PCT (mm))
ADEQUAÇÃO DE CMB
Adequação de CMB = CMB obtida x 100
CMB do P50
Classificação % adequação
Desn. Grave < 70
Desn. Moderada 70 – 80
Desn. Leve 80 – 90 
Eutrofia 90 – 100
Sobrepeso 100 – 120
Obesidade > 120
Indicadores de Risco de Desnutrição
• Índice de Maastricht (IM): 
IM = 20,68 – (2,4 x albumina plasmática [g/dL]) – (0,1921 x pré-albumina
[mg/dL]) – (0,00186 x linfócitos totais [células/mm3]) – (4 x [peso
atual/peso ideal])
O Peso Ideal (PI) para cálculo do percentual de peso ideal foi obtido pela 
equação: PI = 22 x (altura [m]2). 
Pontos de corte para o diagnóstico de desnutrição: 
• IM > 0 a 3 - Indica que o paciente é levemente desnutrido; 
• IM > 3 a 6 - Indica que o paciente é moderadamente desnutrido; 
• IM > 6 - Indica que o paciente é gravemente desnutrido. 
DITEN, 2011 
Indicadores de Risco de Desnutrição
Índice de Risco Nutricional (IRN): IRN = (1,519 x albumina
plasmática [g/ dL]) + 41,7 x (peso atual/ peso usual).
O peso usual foi definido como o peso mais estável do paciente 
em seis ou mais meses anterior à avaliação. 
Pontos de corte para o diagnóstico de desnutrição: 
• IRN > 100 - Indica ausência de desnutriçãoou seja, o paciente 
é bem nutrido; • IRN = 97,5 a 100 - Indica que o paciente é 
levemente desnutrido; 
• IRN = 83,5 a 97,4 - Indica que o paciente é moderadamente 
desnutrido; 
• IRN < 83,5 - Indica que o paciente é gravemente desnutrido. 
DITEN, 2011 
TRATAMENTO NUTRICIONAL
 Reversão da desnutrição;
 Melhora do prognóstico (retardar complicações);
 Favorecer a aceitação da dieta e melhorar o aproveitamento 
dos nutrientes;
 Atender necessidades orgânicas – ganho de peso;
 Aporte de aa adequado para regeneração hepática – cuidar 
encefalopatia (AACR)
Objetivos Dietoterápicos na Doença
Hepática
06/03/2016
6
Objetivos Dietoterápicos na Doença
Hepática
• Melhorar a qualidade de vida
por meio da melhora funcional
hepática;
• manter ou recuperar o peso
adequado;
• controlar o catabolismo
proteico muscular e visceral;
• manter o balanço nitrogenado,
a síntese de proteínas de fase
aguda e a regeneração
hepática, sem aumentar o risco
de encefalopatia hepática.
DITEN, 2011
 Ingestão oral inadequada;
 Anorexia:
 Saciedade precoce (ascite);
 Náusea; 
 Vômito;
 Restrições dietéticas (sódio);
 Má digestão;
 Má absorção de gorduras (esteatorreia);
 Metabolismo anormal dos macro e micronutrientes;
Causas da desnutrição nas hepatopatias
• Refeições menores e frequentes, modificadas de acordo
com o grau de disfagia e consciência do paciente
• Encorajar suplementos líquidos orais
• Sonda quando necessário (ingestão menor que 0,8g ptn/kg
e menos de 25 Kcal/kg)
• Restrição sódio (edema) – 2g de sal = 920mg de sódio
• Não restringir proteína (pela desnutrição – exceto:
encefalopatia hepática III e IV)
• Restrição líquido
Estratégias Nutricionais
• Necessidades individualizadas
• Método prático: 25-35Kcal/kg peso/dia peso atual - se
edema ou ascite utilizar peso ideal
• Ascite eleva o gasto energético de repouso em 10% -
considerar
Recomendações de calorias
CUPPARI (2014) WAITZBERG (2009) Com COLESTASE
Calorias 25-35 Kcal/kg 30-40 Kcal/Kg 30-40 Kcal/Kg
30 -50Kcal/kg se 
desnutrido
Proteínas 1 ,2 – 1,8 g/kg 1 – 1,5 g/kg 1 – 1,5 g/kg
Carboidratos 50 a 60% Ate 80% Ate 80%
Lipídios < 30% 20-30% 20 a 27%
Consistência Geral Geral Branda ou pastosa
– Náuseas – 6 a 8 
refeições
Cirrose não complicada Cirrose complicada
 Edema,ascite e desnutrição – Usar peso ideal ou peso seco.
 **Na esteatorreia, usar TCM
 Lembrando: 1 g de sal de cozinha (NaCl) = 400 mg de Na
CUPPARI (2014) WAITZBERG (2009)
Calorias 40 -50 Kcal/Kg 40 -50 Kcal/Kg
Proteínas 1 ,0–1,5 –
1,8 g/kg 
(desnutricao)
1 ,0– 1,8 g/kg
Carboidratos ate 80% Ate 72% 
Lipídios 20 – 33% Ate 28% **
Na (Sódio) c/ uso de diuréticos: 120 mEq/dia (2760 mg)
s/ uso de diuréticos: 40 mEq/dia (920 mg)
Líquidos (RH) 500 a 1000 ml/dia
06/03/2016
7
Cirrose
Dietas normo (30 kcal/kg de peso/dia) ou hiperproteicas (1,2 g
de proteína/kg de peso/ dia) modificadas, com aumento da
ingestão de proteínas lácteas (leite, iogurtes, queijos e requeijão
cremoso) e proteínas vegetais, como soja, feijões e grão-de-bico;
havendo também redução significativa da amônia plasmática.
DITEN, 2011
Encefalopatia 
hepática
Manifestação clínica da insuficiência 
hepática aguda ou crônica
Ação de substâncias tóxicas do 
sangue para o cérebro ou deste 
para o sangue
Conceito
– Síndrome clínica que se desenvolve na hepatopatia
avançada, caracterizada por atividade mental
prejudicada, distúrbios neuromusculares e
consciência alterada.
Encefalopatia Hepática
• Aumento da produção de amônia
• Ingestão proteica alta
• Constipação
• Restrição hídrica
• Sangramento GI
• Infecção (aumento do catabolismo proteico)
• Transfusão de sangue
• Alcalose (produção aumentada de amônia)
• Cirurgia
Etiologia e Encefalopatia Hepática
No cérebro o excesso de amônia, juntamente c/ α
cetoglutarato (ciclo de Krebs) forma glutamina que
aumenta a permeabilidade das membranas das
células nervosas e promove a entrada dos aa
aromáticos, que formam falsos neurotransmissores
(octapanina e feniletanolamina) que irão causar
inibição nervosa com distúrbio da função
neuromuscular.
Etiologia e Encefalopatia Hepática Classificação de Encefalopatia 
Hepática
Estágios Níveis de Consciência Conteúdo de Consciência
0 Normal Normal
I Leve perda da atenção Redução na atenção; adição e 
subtração prejudicadas
II Letárgico Desorientado; 
comportamento inadequado
III Sonolento, mas responsivo Desorientação completa; 
comportamento bizarro
IV Coma Coma
Critérios de West-Haven
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 Evitar catabolismo proteico (evitar
excesso de amônia)
 Diminuir substratos para falsos
neurotransmissores, ou seja, diminuir
AACA (Phe, Tirosina, Triptofano)
 Diminuir substratos proteicos no
intestino
DIETOTERAPIA NA ENCEFALOPATIA 
• Encefalopatia Estágio 1 e 2
– Energia
• 25 – 35 kcal/ kg dia ou 1,3 x GER
– Proteína
• Transitoriamente: 0,5; a seguir 1 – 1,5g/ kg/dia
• 0,25 – 0,5g/ kg/dia a cada 2 a 3 dias ou 10g/dia em 
2 a 3 dias
• BCAA: 0,25 g/kg (2:1 ou 3:1)
• Aumentar a proteína em combinação com as fibras;
Tratamento Dietoterápico
Gibney, 2007
• Encefalopatia Estágio 3 e 4
– Energia
• 25 – 35 kcal/ kg dia ou 1,3 x GER
– Proteína
• Transitoriamente: 0,5 – 1,2 enriquecida com
BCAA
• Aumentar como no grau 1 e 2
Tratamento Dietoterápico
Gibney, 2007
• Encefalopatia Hepática
– Álcool
• Interromper o consumo
– Gordura
• 20 – 40% VCT
• Dieta com baixo teor de gordura + TCM (15mL,
3 – 4 vezes ao dia) em caso de esteatorreia
Tratamento Dietoterápico
Gibney, 2007
• Encefalopatia Hepática
– Carboidratos
• 50 – 60% VCT
• Hipoglicemia
• Hiperglicemia
– Sódio
•Restringir para controlar a ascite (2 g/dia)
– Água
• 1 – 1,5 L se houver ascite
Tratamento Dietoterápico
Gibney, 2007
Encefalopatia Hepática
– K, Mg, Ca, Zn e P
• Se deficiência
– Suplementos vitamínicos
• DPE (vitaminas do complexo B, folato e Vit C)
• Sangramento (Vit K)
• Esteatorreia (vit. Lipossolúveis)
– Refeições pequenas e frequentes
Tratamento Dietoterápico
Gibney, 2007
06/03/2016
9
Padrão alimentar
• Fracionamento
• Evitar jejum
• Utilizar alimentos de fácil digestibilidade e alta
densidade calórica
• à noite administrar suplementos energéticos e
usar dietas quimicamentes definidas
Essas medidas servem p/ evitar hipoglicemia,
reversão da oxidação de substratos e prevenção
da perda de peso.
Encefalopatia hepática
 Lembrando: c/ ascite: PI (eleva GEB em 10% ) e s/ ascite: PA
CUPPARI(2014) WAITZBERG (2009)
Calorias 25 -40 Kcal/Kg Ate -40 Kcal/Kg
Proteínas Grau 1 e 2: 0,5 a 1,2 g/kg
Grau 3 e 4: 0,5 g/Kg
Grau 1 e 2: 0,5 a 1 g/kg
Grau 3 e 4: 0,5 a 0,7 g/Kg
Carboidratos Ate 75% Ate 75% 
Lipídios Ate 25% Ate 20 a 25%
Na (Sodio) 250 a 500 mg/dia –se retenção hídrica em pacientes
hospitalizados
Liquido (RH) 1000 a 1500 ml/dia
Consistência de pastosa a branda e alimentos de fácil digestão e de alta densidade
calórica.
AACR : AAA
Administração proteica – proporção de AA ramificados e 
aromáticos
AACR: AACA =2:1
Proteína vegetal + leite e derivados
Alimentos permitidos e não permitidos
(pag 344, Cuppari 2005; 
ou 442 da versão de 2014)
Utilização de aminoácidos de cadeia ramificada (Isoleucina,
leucina, valina) reserva-se a pacientes com grau de
encefalopatia mais avançado e com atrofia muscular mais
acentuada pois o uso é limitado devido ao alto custo.
Recomendações Encefalopatia
(DITEN, 2011)
 Alimentos Permitidos:
• azeite, óleo, margarina
• leite de soja, tofu, leite de cabra,
• peixe, miúdos de carneiro, proteína de soja
• Cebola, pimentão,tomate, chuchu, abobrinha, cenoura,
cogumelos, vagem, pepino, brócolis, espinafre, berinjela,
batata, palmito
• molho de tomate, ameixa, uva passa, abacate
• açúcar, farinha de rosca e trigo, fubá, amido de milho
Alimentos contra-indicados e permitidos
p/ dieta rica em AACR
 Alimentos Permitidos:
• leite de coco, baunilha
• arroz, feijão, grão-de-bico, milho, lentilha,
• condimentos: pimenta-do-reino, salsinha, alho,
canela, cominho, louro, coentro, manjericão, gengibre.
• maçã, mamão, banana, limão.
 Alimentos contra-indicados:
• queijo, gema de ovo, carne de vaca e porco, frango e
derivados.
06/03/2016
10
SUPLEMENTOS PARA HEPATOPATAS
Nutri Liver é um alimento para situações
metabólicas especiais para pacientes com
função hepática comprometida. Densidade
calórica de 1,4 kcal / ml, 45% de Aa de cadeia
ramificada, excelente quantidade de cromo,
ferro, vit. A, magnésio, ácido fólico e vit. B12
Dieta rica em aminoácidos de cadeia
ramificada (AACR) e baixo teor de aminoácidos
aromáticos, hipercalórica, permitindo um
melhor manejo da encefalopatia hepática e
favorecendo a síntese proteica. Isenta de
sacarose, lactose e glúten
• É uma alternativa viável para pacientes com insuficiência
hepática em estágio terminal causada por cirrose decorrente
de álcool ou outras causas.
• Os pacientes são submetidos a cuidadosa triagem para avaliar
condições de se submeterem ao transplante.
• A nutrição no pré-operatório e pós-operatório imediato podem
acelerar a recuperação, diminuir a permanência na UTI e
causar menos infecção.
Transplante Hepático
Hepatopatia Proteína
G/kg/dia
Energia
Kcal/kg/dia
VET
% HC
VET
% Lip
Objetivos
Hepatite aguda 
ou crônica
1,0 -1,5 30-40 67-80 20-33 Prevenir desnutrição
Favorecer regeneração
Cirrose 
descompensada 
ou 
descompesada 
Desnutrição
1,0 -1,5
(1,2 a 1,5)
30-40 67-80 20-33 Prevenir desnutrição
Favorecer regeneração
Encefalopatia 0,5 -1,2 25-40 75 25 Suprir necessidades 
nutricionais sem 
precipitar EH
Pré –
Transplante
1,2 -1,75 30-50 70-80 20-30 Restaurar ou manter 
estado nutricional
Pós Transplante 1,0 30-35 70 30 Restaurar ou manter 
estado nutricional
Fonte: Cuppari L. Nutrição clínica no adulto. São Paulo: Manole, 2014.
Cuppari, DCNT, 2009
Quadro resumo
Hepatopatia Proteína
G/kg/dia
Energia
Kcal/kg/dia
VET
% HC
VET
% Lip
CIRROSE 
COMPENSADA
1,2 a 1,5 35 a 40 50 a 60 Até 30
ENCEFALOPATIA 
HEPÁTICA
1 a 1,2
(suplementação 
com AACR, se 
houver 
intolerância)
35 a 40
TRANSPLANTE 1,2 a 1,5 35 a 40
ASCITE 2000mg/dia de sódio; 2 a 3g de sal, 1000ml líquidos (se o 
sódio plasmático for inferior a 125mEq/L)
Cuppari, DCNT, 2009
Quadro resumo – DCNT; Cuppari, 2009
EXERCÍCIOS
Paciente, masculino, 52 anos, portador de cirrose hepática e
etilista há 22 anos. Foi internado com quadro de desorientação,
perda ponderal e suspeita de hemorragia. Após avaliação clínica,
foi classificado com encefalopatia grau 1, albumina de 3,2g/dL,
bilirrubina de 2,3 mg/dL e ascite moderada controlada. Peso atual
de 62kg peso habitual de 68kg há 6 meses altura de 1,70m, CB de
28cm PCT de 10mm.
Determine o estado nutricional e as necessidades nutricionais dos
pacientes.
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB)
-Fazer a adequação através do valor encontrado no P50:
-Adequação da CB (%)= CB obtida (mm) X 100/ CB percentil 50
Valor encontrado Classificação
<70% Desnutrido grave
71-80% Desnutrição moderado
81-90% Desnutrição leve
91-110% Eutrofia
111-120% Sobrepeso
>120% Obeso 
Fonte: Blackburn, 1979
06/03/2016
11
PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB)
PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB)
-Fazer a adequação através do valor encontrado no P50:
-Adequação da PCT (%)= PCT obtida (mm) X 100/ PCT
percentil 50
Valor encontrado Classificação
<70% Desnutrido grave
71-80% Desnutrição moderado
81-90% Desnutrição leve
91-110% Eutrofia
111-120% Sobrepeso
>120% Obeso 
Fonte: Blackburn, 1979
PREGA CUTÂNEA TRICIPTAL (PCT) PERCENTIS DA PREGA CUTÂNEA TRICIPITAL (PCT)
PERCENTIS DA PREGA CUTÂNEA TRICIPITAL (PCT)
CMB = CB cm - (PCT cm X 3,14)
CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB)
Este parâmetro avalia a reserva de tecido muscular (não
existe classificação de sobrepeso e obesidade)
-Fazer a adequação através do valor encontrado no P50:
-Adequação da CMB (%)= CMB obtida (cm) X 100/ CMB
percentil 50
Valor encontrado Classificação
<70% Desnutrido grave
71-80% Desnutrição moderado
81-90% Desnutrição leve
> 91% Eutrofia
06/03/2016
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PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB)
PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB)
Paciente LMN, sexo feminino, 52 anos, desenvolveu hepatite
imunomediada há 8 anos, tendo progredido nesse período para
cirrose hepática, com quadro de encefalopatia estágio 2. Foi
admitida no hospital com ascite grave, icterícia importante e
confusão mental e hipoglicemia. Os exames bioquímicos revelaram
albumina = 2,3 mg/dL, bilirrubina = 7,6 mg/dL, Avaliação
antropométrica: Peso = 64kg (há 6 meses), Peso usual = 55kg,
Altura = 1, 58 cm, CB = 23cm, PCT = 10mm.
• Determine o estado nutricional, utilizando a classificação de
Child-Pugh e medidas antropométricas
• Calcule as necessidades energéticas, macro (HC, proteínas,
incluindo o perfil adequado de AACR/AAA, lipídios) e
micronutrientes para a paciente.
• Elabore dieta com orientações nutricionais
ESTUDO DE CASO PARA A DIETA
OBRIGADA PELA ATENÇÃO !

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