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Como preparar sermões

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Como preparar sermões.
Como apresentar a mensagem de Deus.
 
CONHECIMENTOS DE HOMILÉTICA
A ARTE DE PREGAR SERMÕES RELIGIOSOS
 
LEITURAS: Mt 28:18; Mc 16:15-20; 11Tm 4:1-5.
 
INTRODUÇÃO: O que é Homilética?
A arte de bem falar em público (especialmente em púlpito); teoria da eloquência.
	
Homilia: Prática sobre assuntos religiosos; seria discurso fastidioso sobre moral.
Como discurso religioso, falamos sobre a arte de bem falar no púlpito da igreja.
 A igreja e a pregação do evangelho.
A suprema tarefa da igreja do Senhor Jesus Cristo, no mundo, é a evangelização, Mc. 16:15; Mt. 28:19; Jo. 20:21; At. 1:8. " Evangelizar significa proclamar a verdade "; boas novas.
Pregar: anunciar; ensinar sob forma de doutrina; aconselhar; inculcar; fazer sermões.
Sermão: discurso religioso, pronunciando no púlpito ; prédica.
Púlpito: tribuna de onde pregam os sacerdotes; eloquência sagrada.
 
A evangelização praticada pela igreja no período do novo testamento continua como modelo da igreja hoje, a modernidade não mudou a mensagem que Jesus, Pedro, Paulo e outros pregam.
Havia 2 pontos básicos na igreja inicial; At 5:42; 2:40-41; 4:4.
praticava evangelismo pessoal, nas casas; de casa em casa; de pessoa em pessoa .
Praticava evangelismo em massa ( campanhas ), no templo e para multidão, "com anzol e com rede".
É importante reconhecer que o evangelismo pessoal é o método tradicional mais eficiente para obter resultados positivos e profundos. Sempre tem decisões mais consciente, Jo. 3:4-5.
Cada cristão deve ser uma testemunha ardente, do poder regenerador do evangelho e proclamá-lo.	 
A igreja tem muito a perder por se esquecer do evangelismo pessoal.
evangelismo de massas é proveitoso e rápido, Mt. 24:14; com sinais, At. 3:5-6; 14:7-11.
Exige-se um bom conhecimento de cada proclamador, At 18:26; 1 Co. 3:9, é necessário preparação, pois você é um representante do rei dos reis e Senhor dos Senhores.
 
 
A preparação
É indispensável estar preparado em duas áreas: espiritual e natural.
Na área espiritual temos que se preocupar com:
a) sua piedade pessoal; disponibilidade para Deus.
Piedade: respeito e amor, devoção às coisas religiosas.
b) Seu conhecimento da palavra, pois vai interpretar a palavra.
c) Sua fé e coragem.
d) Sua convicção de chamada junto com a reconhecida vocação cristã.
e) Sua humildade.
f) Seu espírito de oração, canal livre para a comunhão com o alto.
g) Sua visão da obra.
h. Sua sensibilidade espiritual e uma unção plena do Espírito Santo.
Na área natural deve tomar cuidado com:
a) Seu desenvolvimento sóbrio e fecundo de sua inteligência.
b) Seu exercício continuo e sábio de sua memória.
c) Seu adestramento constante de dicção.
d) Seu cuidado dia e noite com saúde pessoal.
e) Aperfeiçoamento do idioma.
f) Sua expansão honesta, humilde e inteligente da cultura.
g. Sua preparação psicológica.
Pregar o evangelho não é somente fazer discursos ou sermões, é falar em nome de Deus, 1Co. 1:21; Is. 52:7; Rm. 10:15. "Vamos dar a pregação o prestígio que o Senhor lhe deu e ele nos dará o êxito que ele mesmo conquistou.
Definições de Homilética
 
"Homilética é a arte de pregar sermões religiosos".
"Estudo das maneiras de se preparar e apresentar a mensagem cristã".
II Tm. 2:15- Nós devemos nos preparar.
Gn. 49:21-"Formosos segundo o espírito de Deus".
Todo pregador é um edificador, Hb.3:4; 1Co.3:10. O pregador é o que anuncia a palavra certa no tempo certo, Pv. 25:11, Maçã significa alimento, ouro significa metal por excelência, prata significa redenção.
Características da pregação
Deve ser bíblica.
É um crime utilizar o púlpito e não pregar a bíblia. "Os pentecostais são acusados de incluir demasiadamente textos bíblicos em suas mensagens". Certamente aí está o segredo do crescimento, II Tm. 4:2a, nunca irá faltar na bíblia o pregador deve faltar de verdade contida no livro Santo.
Deve ser reduzida a uma expansão bíblica. Os ouvintes jamais irão reter na memória todas as verdades que escutam do pregador, então é necessário ter cuidado para centralizar a mensagem em Cristo Jesus e sua palavra.
A pregação deve conter mensagem
 
Deve produzir efeitos positivos.
A pregação não deve ser como um conto vulgar, é uma forma de comunicação sublime, o pregador recebe de Deus uma mensagem, que então transformará aos homens. "Ele é veículo que levará". Exige-se dedicação para se ter frutos na colheita.
O Pregador deve pregar somente a verdade. O mundo necessita de uma transformação, mudança de vida, de natureza, de costumes, que somente a verdade de Deus pode produzir.
A pregação deve ser com convicção
Todas as verdades que estão nas páginas da Bíblia são indiscutíveis, 11Pe 1:20-21; Jo 17:17.
Ninguém pode ter sucesso como pregador se não tiver convicção naquilo que prega.
O pregador tem que crer no fruto de sua semente. É melhor não pregar, do que pregar e não crer na própria pregação, Rm 10:8.
"Toda pregação de fé, tem sucesso".
Cristo deve ser o centro da pregação
A plataforma evangélica existe para que se pregue a Cristo.
Existe muitas maneiras de se começar uma pregação, porém há uma só maneira de se terminar: Apresentando a Cristo.
Nada, nem ninguém pode tirar-lhe o lugar na pregação.
Inicia-se a pregação partindo de um texto bíblico
Uma mensagem sem um texto Bíblico que a respalde, é como um trem sem os trilhos.
"Um texto sem contexto pode ser mero pretexto".
O pregador deve ser sábio ao escolher e utilizar o texto. O melhor comentário da bíblia continua sendo ela mesma.
É aconselhável pregar somente textos curtos e conhecidos do pregador.
"Aquele que não ordena seus pensamentos, não pode ser senhor de suas palavras".
"Ordene bem suas palavras e serás ouvido".
Não grite como louco: "O grito é a manifestação cabal de quem não tem o argumento".
Pregador e pregação simples tem bom resultado
Simplicidade não é desleixo nem falta de conhecimento. Não é ignorância.
Ritualismo, formalismo e artificialismo são os grandes inimigos do pregador,
11Co 11:3b. "A autoridade de Jesus não foi posta em dúvida por sua simplicidade".
Os gestos devem ser simples. A atenção do povo deve estar na palavra e
não no orador. No final eles devem falar bem da pregação e não do pregador. (Fora com aquelas perguntas: Como você acha que eu fui? O povo gostou de mim?)
Deve-se evitar dois extremos: A imobilidade e a dramatização.
pregador não é uma estátua, nem tampouco palhaço, artista.
Linguagem simples e não linguagem "chão".
Coração simples, como pombas, Mt 10:16. Nessa simplicidade evitará você de pregar por pão.
"Pregue para 5 como se estivesse pregando para mil; pregue para mil como se fosse 5; com a mesma simplicidade e entusiasmo".
A pregação tem três métodos:
Pode ser:
Textual. Examina um texto Bíblico literalmente e detidamente.
Expositiva. Exige muito conhecimento do pregador, pois vai fazer uma exposição lógica e objetiva do texto apresentado.
Por tópicos. Se divide um texto em várias partes lógicas que exige argumentação progressiva até a aplicação final que é o clímax da mensagem.
Qualquer que seja o método, é necessário ter-se um texto.
a. O texto desperta interesse na Palavra de Deus.
b. Inspira confiança na Palavra.
c. Outorga autoridade ao pregador.
d. Orienta o público baseado na Palavra.
Composição da mensagem (sermão)
São três partes que compõem um sermão:
Integrantes, não integrantes e auxiliares.
Integrantes:
a. Introdução – começo "Sempre curto e objetivo".
b. Corpo – a parte central.
c. Conclusão – curta, simples e objetiva. "Não fique dizendo: "Já estou terminando"; pois acabará por mentiroso e tirando a atenção dos sinceros ouvintes.
Não integrantes:
a. O texto das escrituras lido diante dos ouvintes.
b. Tema – ligado ao texto, e o
que irá conduzir a mensagem em perfeita unidade.
Há muitos temas:
Temas gerais: Fé, Salvação, Trindade....
Temas específicos; temas doutrinários; tema prático; tema evangelístico; tema ocasional.
c. Duração – É necessário saber quanto tempo se tem para pregar. Hoje geralmente o tempo é muito curto, talvez por que muitos dirigentes não dão prioridade a santa Palavra , ou pensa que o povo não quer ouvir a Palavra.
Outros pensam que o povo os quer ouvir pelo resto da vida, e desandam a falar até o "raiar do dia"; quando se têm o que dar sempre terá gente para ouvir, duro é ficar 1 ou 2 horas ouvido "ladainha".
d. Tipo de ouvintes – Fazer identificação dos ouvintes:
Idade, posição, lugar, temperatura, conhecimento do evangelho, sistema de som...
Elementos auxiliares: - São ao que dão corpo a mensagem, subsídio: Referências, história, ilustrações...
Pregar o evangelho não pode ser considerado uma aventura, uma profissão, um negócio. É um privilégio.
 
O conhecimento que o pregador deve ter da Bíblia
Quem deseja ser um bom pregador do Evangelho, deverá identificar-se com a Bíblia, conhecer sua origem, sua composição, estrutura, seu propósito, seu caráter e seus efeitos.
A Bíblia:
Escrita por mais ou menos 40 autores, durante um período de 16 séculos, é um verdadeiro milagre.
a. É um livro para ser buscado, Jo 5:39, "Examinai-o".
b. Crido, Jo 2:22.
c. Lido, 1Tm 4:13. "Existe pregadores que nunca leram a Bíblia". Só copiam sermões, parecem papagaios: Só repetem o que ouviram outros pregarem.
d. Recebido, 1Ts 2:13.
e. Confirmado e aceito, At 17:11.
A inspiração da Bíblia é divina, obra do Espírito Santo, At 1:16; 11Tm 3:16; Hb 3:17; 11Pe 1:21; 11Pe 1:23-25; 11Sm 23:2; Êx 4:12...
66 livros em duas partes:
39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento.
A pessoa central é Cristo, Lc 24:25-27; Jo 5:39; At 10:43.
O Velho Testamento foi escrito para nosso exemplo, 1Co 10:6,11.
Para compreender é preciso buscar ajuda do Espírito Santo, Lc 24:45; Sl 119:18.
Há muitos objetivos:
a. Avisar aos crentes, 1Co 10:11.
b. Manifestar o cuidado de Deus, 1Co 9:9-10.
c. Ensinar e instruir, Rm 15:4.
d. Aperfeiçoar o cristão para toda boa obra, 11Tm 3:16-17.
e. Fazer o homem sábio para salvação, 11Tm 3:15.
f. Produzir fé na divindade de Cristo, Jo 2):31.
g. Produzir vida eterna, Jo 5:24.
Contém:
História, poesia, profecia biografia, arqueologia, mineralogia, oceania, astronomia...
Nela está o boiadeiro, o rei, o profeta, o médico, o pescador, mestres...
"A Bíblia é o único livro que foi escrito por todos os materiais e em todos os métodos inventados pelo homem, pedra, bronze, prata, couro, ferro, barro...
Alguns testemunhos de que a Bíblia é a Palavra de Deus:
a. Sua unidade.
b. Sua divina inspiração. Expressões como: "Assim diz o Senhor", "E veio a mim a Palavra do Senhor". Há como 2:500 vezes.
c. As profecias sobre a pessoa de Jesus.
d. Informações científicas, Is 40:20-22; Jó 38:35; Ap 11:9; Na 2:34.
e. Preservação maravilhosa.
f. Seus nomes e títulos, Hb 4:14; 11Tm 2:15; Lc 24:32; Sl 1:2; Is 34:16.
g. Experiências transformadoras daqueles que a tem lido.
A Bíblia é o único livro que tem a natureza de Deus em si mesma: Eternidade,
santidade, pureza, perfeição e verdade.
É o livro texto do pregador:
a. A convicção do pecado pela pregação, At 2:14-37.
b. A fé que possui o cristão, Rm 10:17.
c. A pureza interior pela Palavra, 11Co 7:1.
d. Segurança do cristão provém da Palavra, 1Jo 5:13.
e. As raízes de nossa consolação, 1Ts 4:18.
Como estudar a Bíblia
Primeiro tem que se conhecer a Cristo pessoalmente em experiência, filiação e interiormente.
a. É necessário depender do Espírito Santo, Ele é o mestre, revelador de segredos e o glorificador de Cristo.
b. Amar o conhecimento. Conhecimento com humildade, sinceridade e com perfeito amor.
c. É necessário cuidar da vida de oração. Orando falamos com Deus, o inspirador da Bíblia; então fazemos uso das chaves que abre as portas.
d. É necessário um espírito obediente, ao que a Bíblia diz, ordena e proíbe.
e. É necessário ser perseverante: Na leitura, meditação e na retenção do conhecimento; sem preguiça. "O diabo tenta todo mundo, mas, o preguiçoso tenta o diabo".
f. É necessário ter fé. Fé para aceitar tudo o que a Bíblia afirma, para entender tudo o que ela ensina, e fé para descansar em tudo o que a Bíblia promete.
 
Dicas que podem ajudar
 
a. Ao contar um testemunho não detalhe muito, ou então escreva um livro.
b. Nunca olhe para uma só pessoa, ainda que sinta algo diferente (de Deus) ao olhar para essa pessoa. Lembre-se que você está pregando para todos.
c. Nunca "vença" o povo pelo cansaço. Não obrigue o povo a dar glória ou aleluia só para satisfazer teu ego, ou para ter sensação que a tua prédica tem resultado.
d. Não grite. Não confunda grito com eloquência. Do tipo: (receba, receba, recebaaaaaaaaaaaa!). ( Dá glória, Dá glória, Dá glória, Dá glóriaaaaaaaa!) ( Olhe o anjo, Olhe o anjo, Olhe o anjooooooooo!) ( Shiiiiiiiiiiiii, escuta o poder, escuta o poder shiiiiiiiiiii). "OGRITO É A MANIFESTAÇÃO CABAL DE QUEM NÃO TEM O ARGUMENTO".
e. Não desrespeite os companheiros de púlpito, ou o pastor da igreja em que estás. (Aparentemente falar mal dos obreiros trás alegria aos descontentes).
f. Faça o que te foi pedido para fazer, não invente nada.
g. Não fique estático, você não é uma múmia; não fique pulando tanto, pois não és um palhaço. A comédia tem sua hora e se for bem colocada pode até ajudar a compreensão dos ouvintes e evitar o cansaço. Dizem que o pregador pode dar alguns passos para os lados e para trás, 4 vezes em 40 minutos. Imagine aqueles que gostam de pegar o microfone só para ficarem saracoteando no púlpito, exigindo "espaço" como se fossem dançar ou pular corda. A boa regra de Homilética diz que não se deve pegar o microfone na mão, a não ser se for necessário.(Toda regra tem exeção) Se você tiver boas palavras todos irão te ouvir.
h. Observe se estás sendo ouvido; ser ouvido é uma coisa sendo entendido é outra. (Observe que você pode não estar agradando, mas, sendo ouvido, pois a Palavra de Deus sempre será perseguida, não querem ouvir). Mas não confunda. Um prego bem batido vale por dez torto. O muito falar faz tropeçar.
i. Nunca preencha lacunas com "amém" , "né", ou coisa assim.
j. Não pronuncie palavras feias, de baixo calão, ridículas ou indecorosas. Treine seu vocabulário; as palavras ditas no quintal de sua casa não deve ser a mesma que você dirá no púlpito.
k. Não cruze ,os braços ou debruce em cima do púlpito; púlpito não é cama.
l. Antes de iniciar, enquanto assentado no púlpito, não fique conversando com os colegas de lado e nem escorando de um lado para o outro ou pernas abertas e, nem limpar as narinas (isso deve ser feito em oculto, no banheiro ou secretaria). Púlpito é exemplo de elegância e comportamento social, além de ser um lugar santo e de reverência.
m. Púlpito é lugar de se pregar a Palavra de Deus, então pregue como se Deus estivesse em teu lugar.
n. O teu próximo pode ser o teu espelho. É observando que se aprende. Tenha um espírito de crítica construtiva, e permita que te critiquem.
o. Cuidado com as ondas e modismo de outros pregadores, antes de copiá-las, analise-as pela Palavra de Deus e os costumes gerais. A arte está em não copiar nada na integra, ou se tira algo , ou acrescenta-se algo.
p. Aprenda ética ministerial para que saibas o teu limite.
q. Cuidado com aqueles que gostam de dizer: "Deus falou para mim...." Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Timóteo
4.2)
“Que pregues a palavra…”
Creio que essa era a principal preocupação do apóstolo Paulo ao escrever esta segunda carta a Timóteo. De fato, o jovem Timóteo jamais deveria ser levado por outras distrações que lhe desviasse o foco da mensagem cristocêntrica. Podemos dizer que o conselho dado a Timóteo não tem sido muito bem aproveitado por muitos pregadores do século 21. Em muitas igrejas o foco da mensagem cristocêntrica tem sido substituído por outras coisas totalmente alheias e desnecessárias.
Temos visto muitas “pregações” que nos deixam estupefatos e até mesmo preocupados. Devemos esclarecer que o nosso objetivo aqui não é ensinar a pregar a palavra, mas identificar e alertar sobre alguns desvios cometidos no meio do arraial dos santos. Mencionaremos pelo menos 10 incoveniências que freqüentemente ocorrem nos púlpitos de nossas igrejas, os quais devem ser evitados:
1. Abandonar o texto
Pregar a Palavra não consiste em ler um texto bíblico e imediatamente abandoná-lo para em seguida falar da própria experiência, dos sonhos, visões e conquistas espirituais e seculares. Por mais que tenha algo de interessante, nada deve substituir a exposição da Palavra. A exposição da Palavra por sua vez não deve ser confundida com a narração de várias histórias sem vínculo algum com a passagem em pauta. Iniciar, por exemplo, com a parábola do filho pródigo e completar com a cura do cego de Jericó e concluir com a mulher samaritana sem fazer a devida contextualização e aplicação prática. Isto feito pouco se aproveita. A falta de objetivo na pregação dificulta a compreensão por parte dos ouvintes. Esse tipo de pregação tem sido muito favorável às conversações paralelas na igreja.
Pregar a Palavra
Fomos chamados para dizer o que Deus disse em sua Palavra. Ez 33.7
2. Usar citações indevidas
Pregar não é citar intelectuais do mundo secular, dizendo o que eles pensam ou pensavam sobre Deus, sobre o pecado e sobre quaisquer assuntos espirituais. A igreja não está interessada em saber o que um sociólogo, psicólogo, ou filósofo tal disse sobre Deus, sobre o pecado, sobre a família, etc. O que importa para a igreja é o que Deus diz em Sua palavra.
Um homem por mais intelectual que seja, se não for um homem de Deus, a sua teologia não é correta, e portanto descartável. Sempre que o apóstolo Paulo precisava fundamentar seus argumentos ele se expressava assim: “Mas o que diz a Escritura?” (Gálatas 4.30)
3. Exagerar falando das novidades do mundo secular
Igualmente, pregar não é gastar boa parte do tempo tempo falando das tecnologias do século 21, de política ou mesmo comentar conteúdo de filmes, novelas ou noticiários veiculados na internet.
Não somos contra a informação e precisamos dela, mas a igreja não se reuniu para isto. O que acontece? Jesus foi bem claro em Lucas 6.45: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.” A igreja se reuniu com objetivos específicos voltados à adoração. Ela jamais deve ser confundida com os atenienses, os quais nos dias de Paulo se ocupavam apenas em ouvir ou dizer as últimas novidades.
4. Testemunhar negativamente
Pregar não é falar detalhadamente sobre a nossa vida de pecado antes de receber a Cristo como Salvador, isto só gera constrangimento. Sim, testemunhos devem ser dados, mas só são proveitosos quando se tem em mente 1 Pedro 4.11: “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém.”
5. Ter visão distorcida da glória de Deus
Igualmente pregar a Palavra não é avisar a igreja o tempo todo que vai descer a glória de Deus e nada acontece! A igreja cansa de esperar por esse momento “glorioso” o qual nunca chega. Qualquer crente instruído na Palavra de Deus sabe que a glória de Deus não se manifesta através desses expedientes. O máximo que esses “pregadores” conseguem é transmitir uma ideia errada acerca da glória de Deus, principalmente para os novos convertidos.
6. Querer atuar no lugar do Espírito
Pregar não é tratar asperamente a igreja porque ela não está dando “glória a Deus.” Qualquer pessoa sabe que quando o pregador está sob a unção do Espírito a igreja glorifica a Deus naturalmente sem pressão nenhuma. Comandos dessa natureza são indícios de que o pregador não orou, não se consagrou e negligenciou o estudo da Palavra. Ele deveria pelo menos lembrar que a igreja continua sendo a noiva de Cristo! Imagine como Cristo se sente vendo alguém brigando com a noiva dele!
7. Dar comandos exclusivistas
Pregar igualmente não é emitir comandos exclusivistas do tipo: “Só quem vai morar no céu levanta a mão ai” Se essa insinuação fosse verdadeira, alguém que sofresse de bursite não iria para o céu! Nem é necessário dizer que a nossa salvação depende destes modismos baratos para ser verdade. Graças a Deus, pela liberdade que temos em Cristo não somos obrigados a obedecer esses tipos de comando.
8. Manifestar inimizade
Pregar não é desabafar ou discordar direta ou indiretamente do pastor, dirigente da congregação, ou mesmo de qualquer membro da igreja. Esta “sabedoria” nunca servirá para a edificação da igreja. Em Tiago 3.14-16 temos uma alerta de Deus: “Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa.” Púlpito nunca foi lugar para desabafo!
9. Usar lendas e mitos como ilustrações
Pregar não é se valer de mitos ou lendas para ilustrar a mensagem. Embora essas história contenham lições morais, jamais tem autoridade para ilustrar a verdade da palavra de Deus. Diga-se de passagem, Deus jamais precisou de uma ajuda extra do diabo (que é o pai da mentira) para ilustrar a Verdade de sua Palavra. Para isso Deus nos deixou todo o Antigo Testamento e as parábolas de Jesus, estas são perfeitas ilustrações para qualquer doutrina bíblica.
10. Gritar em vez de pregar
Pregar não é ordenar publicamente ao sonoplasta que aumente o volume do microfone apenas para exibir a “excelência” do timbre de voz do pregador. Na verdade gritaria nada tem nada a ver com unção. Para muitos pregadores a igreja é composta apenas de surdos e, diga-se de passagem, é também por esta causa que muitos não-crentes não põem mais os pés no prédio da igreja. Que se pregue a Palavra com veemência. A Bíblia diz que Apolo pregava com veemência, mas em Atos 18.24 a qualidade mais destacada de Apolo era esta que ele era eloquente e poderoso nas Escrituras.
Devemos apenas lembrar que a pregação deve ser cristocêntrica do começo ao fim, sem subterfúgios para citações descabidas e modismos absurdos. A exposição do evangelho de Cristo deve ser feita de forma simples e pura. Isto é o suficiente para que a igreja seja edificada e os pecadores entendam o plano de Deus para a salvação.
John MacArhur, pastor norte-americano, quando manifestou a seu pai o desejo de ser pregador, imediatamente o pai lhe deu uma Bíblia na qual escreveu: “Pregue a Palavra”. De fato, quem se propor à pregação da Palavra deve estar atento ao significado de “manejar bem a Palavra da verdade” (2 Tm 2.15)
Em fim, como pregar a Palavra de Deus?
Pregar a Palavra de Deus não é uma tarefa fácil, e acima de tudo envolve sacrifícios. Veja no vídeo abaixo alguns conselhos práticos do Pr. Paulo Romeiro sobre como pregar a Palavra de Deus:
r. Cuidado para não dizer algo que machuque seus companheiros que estão na sua retaguarda, afinal o pastor local, seus obreiros, é que ficam anos e anos ali enchendo o templo para você ir lá pregar; portanto não estrague com 45 minutos o trabalho de meses ou anos. (ousadia não é estupidez)
s. Não pense que porque está
ali no púlpito você é melhor que todos os obreiros locais ou da região. (Quando saem dizendo: "Em tal região ou em tal campo não se tem pregadores.") Senão tivesse você não encontraria ali igreja ou templo para pregar.
t. Por ultimo, não pregue por oferta, ou quantia estipulada que as vezes são absurdas. Lembre-se: "Se exijo o que mereço, sou medido pelo que sou; se confio na graça de Deus sou medido pelo o que Deus é."
Pregar é falar em lugar de Deus, é o próprio Deus falando. Não torne pouco as coisas de Deus. Somos apenas um canal. Que esta pequena obra lhe ajude a melhor fazer a obra do Mestre.

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