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Instrumentos de politica monetária

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Instrumentos de politica monetária
O principal objetivo que deve ser perseguido pelo Banco Central é a estabilidade do nível de preços e para alcançar esse objetivo o Banco Central dispõe de instrumentos de política monetária no sentido de evitar que a expectativa inflacionária supere a meta de inflação anunciada.
A meta para a taxa Selic é definida pelo COPOM, de acordo com as expectativas em relação aos comportamentos das variáveismacroeconômicas e para perseguir essa meta o Banco Central dispõem de alguns instrumentos, sendo eles:
Taxa de Redesconto
O Banco Central é também conhecido como emprestador de última instancia, de modo que, quando os bancos comerciais se encontram como a relação encaixe técnico/ depósitos a vista muito baixo, podem recorrer ao Banco Central. Em uma linguagem maissimples, esse instrumento resolve os problemas relacionado a deficiência de caixa momentânea dos bancos.
O redesconto ocorre quando o Banco Central compra títulos de um banco comercial, sendo que o valor emprestado é inferior ao valor do ativo dado em garantia, quando o banco paga o empréstimo, ele recompra o ativo pelo seu valor integral. De modo, que a diferença entre os dois valores exprime a taxa de redesconto.
O banco dos bancos pode adotar dois tipos de políticas de redesconto, a punitiva e não punitiva. A taxa de redesconto punitivasignifica que o custo de redesconto é igual à taxa de juros de mercado mais um percentual adicional, logo os bancos comerciais evitamao máximo essa possibilidade.
As Alíquotas das Reservas Compulsórias
O Banco Central pode controlar a oferta monetária ao determinar o montante de reservas bancárias, como alíquota dos depósitos, que os bancos comerciais devem manter junto ao Banco Central. Sendo assim, a alíquota estipulada pelo Banco Central está, inerentemente, veiculada ao objetivo da política econômica a ser adotada. Portanto, se o objetivo é elevar a demanda agregada, por meio do aumento da oferta monetária, o Banco Central nesse caso diminui a alíquota do compulsório, de modo, que os bancospossam conceder mais créditos, aumentando o multiplicador monetário da economia.
Operações de Open Market
O principal instrumento para perseguir a meta estabelecida é por meio das operações de “OPEN MARKET”.
No mercado aberto são negociados compra e venda definitiva de títulos do Tesouro Nacional e operações compromissadas de comprae venda de títulos. A compra e venda dos títulos públicos ocorre por meio do Banco Central e dependendo da sua necessidade, ele compra ou vende os títulos disponíveis.
Caso, o Banco Central queira diminuir a taxa de juros e ele compra os títulos públicos que estão em circulação injetando liquidez na economia. Contudo, caso queira aumentar a taxa de juros, o Banco Central vende, títulos públicos.
NFLAÇÃO - Conceito, Tipos, Conseqüências e Políticas de Combate
CONCEITO
A inflação é o processo de aumento generalizado dos preços dos bens e serviços transacionados na economia, resultado de uma contínua perda do poder aquisitivo da moeda.
A inflação é relativa, pois cada pessoa sofre uma taxa de inflação diferente em determinado período de tempo, os preços de produtos idênticos ou semelhantes variam de forma distinta em cada ponto de venda.
A inflação é causa de sérios distúrbios econômico-sociais que prejudicam certas classes de pessoas na medida em que beneficiam outras. O principal efeito da inflação é o da redistribuição da renda das pessoas que recebem formas fixas de remuneração (trabalhadores assalariados, aposentados e pensionistas) cujos rendimentos são corroídos diariamente pela inflação por aqueles que recebem rendas variáveis ou ajustáveis às alterações dos preços (empresários, rendeiros, profissionais liberais e trabalhadores autônomos) que com isso acabam provocando ou realimentando a inflação.
Outro efeito importante da inflação é a redistribuição da riqueza decorrente da perda de valor dos ativos financeiros face aos aumentos dos preços. Tal processo flui do devedor para o credor, pois durante o período da dívida, o valor real (poder aquisitivo) do débito diminui com a inflação. Para evitar que os valores reais dos títulos sejam menores na data de pagamento é necessário uma correção monetária plena do valor expresso em moeda.
A inflação provoca também a desvalorização da moeda e dos depósitos à vista emitidos pelos bancos aos seus clientes o que prejudica o indivíduo na medida em que beneficia o governo e os bancos, pois, o prejuízo dos possuidores dos meios de pagamentos corresponde aos lucros dos seus emitentes.
Quando a inflação atinge altas taxas (caso das inflações no Brasil e em outros países latinos americanos) as remarcações de preços ocorrem com tal freqüência que as pessoas perdem a noção exata dos preços dos bens e serviços e, especialmente, dos preços relativos prevalecentes nos mercados.
TIPOS BÁSICOS DE INFLAÇÃO
A inflação normalmente pode resultar de fatores estruturais (inflação de custos), monetários (inflação de demanda) ou de uma combinação de fatores. Além de ser tradicional na teoria econômica, esta classificação de inflação, baseada no modelo de oferta e procura agregada é a mais adequada a analise da complexa inflação brasileira.
	Tipos de Inflação
	Inflação de Custos
	Processo inflacionário gerado pela elevação dos custos de produção, especialmente dos salários e/ou dos preços das exportações.
	Inflação de Oferta
	Processo de elevação persistente do nível de preços, provocada por retração da oferta agregada (insuficiência de oferta) e por retrações persistentes da oferta de bens e serviços, acompanhada de recessão e queda do nível de emprego.
	Inflação Híbrida
	Consiste de um aumento persistente no nível de preços provocado pela interação dos mecanismos de inflação de demanda e de oferta, em função da tentativa dos agentes econômicos de recuperar rendas corroídas pela inflação dos períodos anteriores.
	Inflação Estrutural
	Baseada na hipótese de inelasticidade ou rigidez da oferta de bens e serviços, especialmente nos setores de produção de alimentos e de importação, característica dos países subdesenvolvidos.
	Inflação Inercial
	O processo inflacionário é auto-alimentado, causado pelas expectativas de comportamento dos preços e/ou pelos mecanismos de reajustamento de renda desenvolvidos pelos agentes econômicos a fim de se protegerem contra os efeitos de uma inflação crônica.
	Inflação de Demanda
	Processo inflacionário gerado pela expansão dos rendimentos ocorre quando os meios de pagamento crescem além da capacidade de expansão da economia, ou antes, que a produção esteja em plena capacidade. Aumentando os preços e, por extensão, os salários e os rendimentos em geral dando origem a um espiral inflacionário.
2. Funções do Estado na economia
Como já pudemos identificar dentre as políticas monetária e fiscal, são várias as influências do governo no curso das atividades econômicas. Além da política monetária e da atividade estritamente orçamentária de arrecadação de tributos e dos gastos públicos, o governo também influencia através da administração de empresas estatais, da regulamentação de empresas privadas (pudemos identificar na aula 7 a regulamentação da concorrência de mercado estabelecida pelo CADE), política de controle de preços, preços mínimos, subsídios, etc.
As atividades do governo que influenciam a atividade econômica, a fim de atingir as finalidades de concorrência leal entre as empresas e o bem-estar da sociedade, são divididas em três funções. São elas:
1. função alocativa: provisão de bens públicos, ou processo pelo qual o uso de recursos totais da economia é dividido entre bens públicos e privados, e pelo qual a composição dos bens públicos é escolhida. No Brasil pudemos observar a partir dos anos 1990 a promoção do sistema misto de oferta dos serviços como educação e saúde, quando o papel do setor privado configurado na forma de mercado passou a ser maior para o acesso da população a estes serviços.
2. função redistributiva: refere-seao ajustamento da distribuição da renda pessoal, para assegurar conformidade com o que a sociedade considera uma situação “justa” de distribuição. Ao considerarmos os impostos diante desta função do Estado temos no Brasil a sua progressividade. Ao efetuar o imposto de renda pessoa física o indivíduo depara-se com as alíquotas correspondentes ao tamanho da sua receita, ou seja, quanto mais o indivíduo ganha, mais paga impostos. Esta é a maneira pela qual o Estado assegura a possibilidade de gastos em consumo à população menos favorecida.
3. função estabilizadora: relaciona-se ao uso da política orçamentária com o objetivo de manter o pleno emprego, um grau razoável de estabilidade no nível de preços e da balança de pagamentos, e uma taxa adequada de crescimento econômico. Isto é, adontam-se políticas com o objetivo de estabilizar oscilações de preços, emprego, câmbio, etc.
Diante desta descrição das funções do Estado temos como observar a grande importância que ele tem para uma economia e uma sociedade, principalmente se tratando de um país em desenvolvimento como o nosso, onde há um grande caminho a se percorrer para atingirmos um mercado concorrencial cujo funcionamento traga grandes resultados para a economia, e também para atingirmos condições mais justas e igualdade para a sociedade. Neste sentido é importante sabermos se a atuação dos governantes de fato segue a direção do crescimento e do desenvolvimento econômico.
As Funções da Moeda
Diariamente utilizamos a moeda para pagar bens e serviços que necessitamos e como todos os bens são expressos em moeda única é simples compararmos o valor de cada um deles.
Habitualmente distinguem-se as três funções desempenhadas pela moeda numa economia que são elas:
• Meio de pagamento ou instrumento de troca
• Unidade de conta ou medida de valor
• Instrumento reserva de valor
Meio de pagamento ou instrumento de troca: Serve nos actos de compra e venda funcionando como meio intermediário das trocas, desde que a quantidade de moeda permita alcançar qualquer bem ou serviço, bem como liquidar qualquer divida. Exemplo: Pagamento da conta do telefone.
Unidade de conta ou medida de valor: O escudo em Portugal era a unidade de medida que permitia estabelecer o valor dos bens em relação aos outros, hoje em dia denomina-se pelo Euro. Sabendo o preço de um bem, fazendo as contas sabe-se o valor total dos bens adquiridos. Exemplo: Um caderno custa 1,50€, logo três cadernos custam 4.50€.
Instrumento de reserva de valor: É possível guardar moeda, ou seja poupar, para adquirir bens ou serviços no futuro, podendo assim ser utilizada em qualquer momento. 
O facto da elevada liquidez da moeda, persuade a conversão imediata em meio de pagamento em que leva as pessoas a guardarem-na. Exemplos: Comprar uma casa é necessário poupar dinheiro, conversão “dinheiro” em ouro ou jóias.
Explicando o conceito da Curva de Laffer
Considerada uma das teorias mais conhecidas na economia mundial, a Curva de Laffer foi difundida por Arthur Laffer, economista norte-americano que fez parte da equipe do governo Reagan.
A Curva de Laffer diz respeito a uma interpretação gráfica dos valores de tributação de um governo e sua arrecadação em alíquotas diferentes. A sua aplicação ilustra o conceito de “elasticidade da receita taxável” e calcula a carga tributária relacionada ao valor real que o governo arrecada desses tributos.
Para entender a Curva de Laffer de forma simples e didática iniciamos com o exemplo 0% a 100% de tributação:
Se o governo não possui tributação alguma, a tributação é de 0 e a arrecadação também será 0, obviamente. No caso de a alíquota de tributação passar para 100%, segundo a Curva de Laffer também não haverá nenhuma arrecadação, já que o contribuinte não terá incentivo para ele conseguir tal valor.
Partindo do princípio que tanto em zero como em 100% não ocorre arrecadação, a Curva de Laffer demonstra haver um valor de alíquota específico, um determinado valor médio que consiga o valor máximo de arrecadação, com menos sonegação possível. A ilustração gráfica abaixo esclarece a teoria:
O ponto 0 indica que não há tributação e arrecadação. O ponto 2 representa os 100% de tributação e também nenhuma arrecadação. Já o número 1 é considerado a média de alíquota ideal, ou seja, o valor máximo que um governo pode elevar seus tributos para ter o retorno máximo de arrecadação.
A ascendência da curva demonstra que a partir do ponto 0 até o ponto 1, o governo começa a arrecadar com os tributos, atingindo seu ápice quando chega no 1.
Como a Curva de Laffer explica a sonegação no Brasil?
O que a Curva de Laffer esclarece é que existe um ponto específico em que a arrecadação atinge seu limite e a partir daí começa a declinar proporcionalmente ao aumento das alíquotas. Sendo assim, a teoria afirma que quanto mais impostos, o contribuinte tem mais dificuldade em pagá-los, seja por dificuldade financeira, seja por diminuição da produção, tornando mais atrativa a sonegação. Ou seja, quanto mais impostos, maior é a sonegação.
No Brasil, essa questão é ainda mais evidente quando analisamos o retorno do investimento dos tributos para os contribuintes. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, evidencia a relação entre a carga tributária e o retorno dos valores arrecadados para a população. De acordo com o levantamento, entre os 30 países com maior carga em tributos, o Brasil é o que menos oferece retorno em serviços essenciais em prol da sociedade, justificando a falta de incentivo para o pagamento correto desses tributos.
Mais uma evidência de que a alta tributação no Brasil não é a melhor forma de aumentar a arrecadação é de que normalmente os altos números de arrecadação também estão ligados às campanhas de anistia fiscal, com reduções e parcelamentos de determinados débitos tributários, em que são propostos descontos para que os contribuintes consigam pagar. Isso é mais uma prova de que quando a carga tributária diminui, a arrecadação aumenta.
A alta carga tributária em tempos de crise
A movimentação econômica serve como base para a arrecadação de tributos. Sendo assim, o excesso de tributos, principalmente em momentos de crise econômica e financeira, como o caso do Brasil, traz muitos prejuízos à economia. Além das dificuldades típicas enfrentadas, a alta carga tributária também contribui para a diminuição das vendas, diminuição no poder de compra, e por consequência provoca o aumento no número de desempregados.
Instituir um bom plano de cobrança de tributos não significa simplesmente aumentá-los para subir a arrecadação, é necessário fundamentalmente encontrar um sistema tributário correto e viável que se enquadre com a realidade econômica do país.
O que é PIB:
PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período.
O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia, e tem o objetivo principal de mensurar a atividade econômica de uma região. Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo intermediários.
Para analisar o comportamento do PIB de um país é preciso diferenciar o PIB nominal do PIB real.
PIB nominal calcula a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e comercializado, e PIB real é calculado a preços constantes, onde é escolhido um ano-base para eliminar o efeito da inflação, e o PIB real é o mais indicado para análises.
O PIB pode ser calculado a partir de três óticas: a ótica da despesa, a ótica da oferta e a ótica do rendimento.
Na ótica da despesa, o valor do PIB é calculado a partir das despesas efetuadas pelos diversos agentes econômicos em bens e serviços para utilização final, e corresponderá à despesa interna, que inclui a despesa das famílias e do Estado em bens de consumo e a despesa das empresas em investimentos.
Na ótica da oferta, o valor do PIBé calculado a partir do valor gerado em cada uma das empresas que operam na economia.
Já na ótica do rendimento, o valor do PIB é calculado a partir dos rendimentos de fatores produtivos distribuídos pelas empresas, ou seja, a soma dos rendimentos do fator trabalho com os rendimentos de outros fatores produtivos.
Ver também o significado de poder aquisitivo.
PIB do Brasil
De acordo com dados do PPC (Paridade do Poder de Compra), em 2014 o PIB do Brasil estava estimado em US$ 3,072 trilhões, posicionando-se em 7º lugar no ranking de países com maior PIB.
Neste mesmo ano, a média do PIB per capita do brasileiro ficou em US$ 15.153, conquistando o 63º lugar na lista de países com maior PIB per capita.
Balança comercial
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em contabilidade nacional, a balança comercial resulta da agregação da balança de bens e de serviços, ambas componentes da balança corrente. A balança comercial registra, portanto, as importações e as exportações de bens e serviços entre os países.[1] Consequentemente, podemos expressar o saldo da balança comercial da seguinte maneira:[2]
{\displaystyle \operatorname {\text{Saldo da balança comercial}} ={\text{Exportações}}-{\text{Importações}}}
Quando as exportações são maiores que as importações regista-se um superavit na balança, e no caso contrário regista-se um deficit.[1] Normalmente, uma balança comercial deficitária implica uma balança corrente também deficitária, pois balança comercial é comummente a componente com maior peso na balança corrente. Contudo, o deficit comercial pode ser compensado com os superavits das restantes balanças correntes. Tal foi o caso de Portugal durante grande parte da segunda metade do século XX com as remessas dos emigrantes, que são contabilizadas na balança de transferências correntes.[3]
A razão entre as exportações e importações dá-nos a taxa de cobertura das importações pelas exportações, ou, simplesmente, taxa de cobertura. Esta taxa indica-nos em que percentagem as exportações pagam as importações.[1]
{\displaystyle \operatorname {\text{Taxa de cobertura}} ={\frac {\text{Exportações}}{\text{Importações}}}*100\%}
concorrência monopolística
Dizemos que um mercado é concorrência monopolística quando identificamos a existência de elementos da concorrência perfeita e do monopólio que o deixam em situação intermediária entre estas duas formas de organização de mercado.
Concorrência monopolística: situação de mercado na qual existem muitas empresas vendendo produtos diferenciados que são substitutos próximos entre si.
Então, podemos considerar a existência de um grande número de compradores e de vendedores, cada empresa produzindo um produto diferenciado, embora seja substituto próximo dos produzidos pelas outras empresas. Identificamos também a livre entrada e saída das empresas.
Outras características são a curva de demanda negativamente inclinada, ilustrando que reduções do preço provocam aumentos nas quantidades vendidas. E a demanda é bastante elástica uma vez que há disponibilidade de numerosos substitutos para o produto, permitindo ao consumidor outras alternativas de consumo na ocorrência de aumentos de preço.
Exemplos de concorrência monopolística podem ser dados no setor de serviços como os prestados em academias de ginástica, salões de beleza, padarias, bares, etc.
Decisões sobre preço e produção de uma empresa em concorrência monopolística
A empresa em concorrência monopolística no curto prazo tem comportamento de empresa em monopólio. Há restrições pela tecnologia de produção, pelos preços pagos pelos fatores de produção e a curva de demanda é negativamente inclinada. A empresa em monopólio irá produzir uma quantidade de produto para o qual Rmg = Cmg, podendo ter lucro extraordinário (lucro econômico) ou prejuízo no curto prazo.
Em concorrência monopolística, quando uma empresa aumenta seu preço, seus clientes têm a opção de comprar um produto similar de outra empresa.
Por sua vez, a empresa em concorrência monopolística no longo prazo tem comportamento de empresa em concorrência perfeita. Portanto, ela não obterá lucro extraordinário no longo prazo. Ela somente obterá lucro normal (lucro econômico zero), assim como uma empresa perfeitamente competitiva. Então, a obtenção do lucro zero requer que o preço aplicado pela empresa seja igual ao custo médio de produção (P = Cme).
Como conclusão podemos sintetizar que em um mercado de concorrência monopolística no curto prazo as empresas podem obter lucro extraordinário ou prejuízo, ao passo que no longo prazo a livre entrada e saída de empresas na indústria faz com que cada empresa tenha lucro econômico igual a zero (lucro normal), assim como no mercado de concorrência perfeita. No equilíbrio de longo prazo não há incentivo para novas firmas entrarem ou saírem da indústria.
Concorrências Imperfeitas III: oligopólio e oligopsônio
Esta estrutura de mercado é a que prevalece nas economias do mundo ocidental. Ela é caracterizada por um pequeno número de empresas que produzem bens substitutos entre si (idênticos ou diferenciados) e que praticam preços bastante similares. Os exemplos mais comuns são a indústria automobilística, a indústria de bebidas e a indústria de eletrodomésticos.
Há um método de se verificar se uma indústria é um oligopólio, através do qual se determina o índice de concentração da indústria. Este método fornece o percentual da produção da indústria que é controlada pelas quatro maiores produtoras. (aos alunos que pretendem maiores definições em economia de empresas, verifiquem as teorias de Cournot, Bertrand e Stackelberg contidas no Capítulo 12 do livro do Pindyck e Rubinfeld indicado nas Referências Bibliográficas)
As principais características do oligopólio são:
- a existência de poucas firmas interdependentes por considerarem e reagirem às decisões de preço e produção de outras.
- o oligopólio pode ser puro nos casos de bens homogêneos ou substitutos perfeitos entre si como o cimento, o aço e outras matérias primas. Ou diferenciado, no caso dos produtos semelhantes, e portanto não idênticos como o cigarro, as bebidas e os automóveis.
- e a existência de dificuldades para entrar na indústria como as economias de escala, o controle sobre as fontes de matérias-primas, e a existência de patentes como barreiras legais.
Oligopsônio
Esta estrutura de mercado é caracterizada por poucas empresas de grande porte compradoras de determinada matéria-prima. Estando no âmbito do fornecimento das matérias-primas, as empresas do oligosônio podem comprar de muitos pequenos produtores , ou então de um mercado fornecedor também concentrado, com poucos e grandes produtores. Esta última possibilidade também é denominada oligopsônio bilateral, que a exemplo das indústrias siderúrgicas e automobilísticas o comércio é caracterizado por poucos vendedores e poucos compradores.

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