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EDTOMOIX Q 6 7 8 9 10 Tadeu 20 09 SEI (PP) (Ce) (R)

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ESTUDOS DISCIPLINARES
TOMO IX
Prof. Tadeu Santos
Questão 6 – questão 33 – ENADE 2014
 Os currículos organizam conhecimentos, culturas, valores 
e artes a que todo ser humano tem direito. Assim, o currículo 
deve ser analisado conforme as experiências vividas pelos 
estudantes, nas quais se articulam os saberes, aprendidos por 
eles na vivência e na convivência em suas comunidades, 
com os conhecimentos sistematizados que a escola deve 
lhes tornar acessíveis. 
ARROYO, M. G. Educandos e educadores: seus direitos e o currículo. In: ARROYO, M. G. Indagações 
sobre o currículo, educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da 
Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007, p. 67 (com adaptações). 
Questão 6 – questão 33 – ENADE 2014
A partir da definição de currículo abordada pelo autor, avalie as 
afirmações a seguir. 
I. A construção do currículo constitui um processo de seleção 
cultural, o que pode colocar em desvantagem determinados 
grupos sociais e culturais. 
II. O sistema educativo confere ao currículo efetividade que 
envolve uma multiplicidade de relações, razão pela qual esse 
deve ser considerado práxis e sua materialização corresponder 
à forma como foi idealizado. 
III. As teorias críticas reconhecem a existência de poderes 
diversos diluídos nas relações sociais, conferindo ao currículo 
a função de atuar em processos para a inclusão escolar. 
IV. É desafio da escola incluir no currículo experiências culturais 
diversificadas, que não reproduzam estruturas da vida social 
em suas assimetrias e desigualdades. 
Questão 6 – questão 33 – ENADE 2014
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) II e IV, apenas. 
d) I, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Introdução teórica
Composição curricular 
 O termo currículo sofreu mudanças e passou por várias 
definições no campo da Pedagogia. Significava, 
tradicionalmente, a relação entre matérias/disciplinas e uma 
sequência lógica, um corpo organizado de conhecimento. Na 
prática, a visão mais comum, que, muitas vezes, perdura até 
hoje, é a de que se trata de um conjunto de disciplinas a 
serem ensinadas em cada curso ou série associado ao tempo 
destinado a cada uma dessas disciplinas. 
Introdução teórica
 Com os problemas socioeconômicos surgidos a partir do 
processo de industrialização e urbanização do século XVIII, 
teorias progressivistas foram ganhando força e a escola passou 
a ser vista, naquele contexto, como a instituição responsável 
pela “compensação dos problemas da sociedade”. Assim, as 
teorias críticas passaram a reconhecer que há vários poderes 
diluídos nas relações sociais, o que confere ao currículo a 
função de atuar em processos para a inclusão escolar e social. 
O foco do currículo deixou de ser o conteúdo e passou a ser 
a forma de organização das atividades. 
Introdução teórica
 A composição curricular é um dos temas de maior 
sensibilidade e complexidade no campo educacional. De 
acordo com Souza (2009), “o professor deve ter a consciência 
de que os currículos não são conteúdos prontos a serem 
transmitidos aos alunos”. Ainda segundo o autor, o currículo 
é uma construção, uma seleção de conhecimentos e práticas 
que devem ser reinterpretados em cada contexto histórico. 
 A construção do currículo é, portanto, um momento que reúne 
múltiplas e diversificadas forças sociais e culturais que, por 
vezes, se aproximam, se complementam ou estabelecem 
conflitos de valores e prioridades. 
 Isso é natural em decorrência da multiplicidade de valores 
e de manifestações culturais que cada grupo social tem e não 
é diferente no Brasil, país de grandes dimensões territoriais e 
de enorme diversidade social e cultural.
Introdução teórica
 Isso significa que a construção do currículo pode colocar em 
desvantagem certos grupos sociais e culturais. Dessa forma, é 
desafio da escola atual incluir experiências culturais diversificadas, 
a fim de dirimir desigualdades e não reproduzir, por conseguinte, 
estruturas da vida social em que haja assimetrias.
 Outro aspecto extremamente significativo na composição curricular 
é a política educacional, que é dinâmica e deve ser interpretada 
e reinterpretada em cada contexto sócio-histórico. Sua aplicação 
requer uma estratégia de ação complexa, composta por diversos 
conteúdos, valores e procedimentos metodológicos. Como as 
propostas curriculares adotadas nas escolas são provenientes de 
saberes situados em contextos sociais e históricos delimitados, 
os saberes devem ser articulados com os conhecimentos 
sistematizados que a escola deve tornar acessíveis aos alunos 
e baseados na vivência e na convivência dos alunos em 
suas comunidades. 
Retomada da questão
A partir da definição de currículo abordada pelo autor, avalie as 
afirmações a seguir. 
I. A construção do currículo constitui um processo de seleção 
cultural, o que pode colocar em desvantagem determinados 
grupos sociais e culturais. 
II. O sistema educativo confere ao currículo efetividade que 
envolve uma multiplicidade de relações, razão pela qual esse 
deve ser considerado práxis e sua materialização corresponder 
à forma como foi idealizado. 
III. As teorias críticas reconhecem a existência de poderes 
diversos diluídos nas relações sociais, conferindo ao currículo 
a função de atuar em processos para a inclusão escolar. 
IV. É desafio da escola incluir no currículo experiências culturais 
diversificadas, que não reproduzam estruturas da vida social 
em suas assimetrias e desigualdades. 
Retomada da questão (cont.)
É correto o que se afirma em: 
a) I, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) II e IV, apenas. 
d) I, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 Alternativa correta: D
Análise das afirmativas
I. Afirmativa correta. Justificativa. A construção do currículo 
de um curso ou de uma diretriz curricular para todos os 
cursos de um país é momento de escolha de conteúdos 
técnicos e culturais que representam valores aceitos por 
determinado grupo social. É, portanto, um momento de 
decisão política e social, que nem sempre contempla os 
interesses de grupos sociais minoritários ou com menor 
possibilidade de intervenção nessas escolhas. Por isso, 
é correto afirmar que a construção do currículo constitui 
um processo de seleção cultural, o que pode colocar em 
desvantagem determinados grupos sociais e culturais. 
Quanto maior a prática multicultural, menor a desvantagem 
dos diversos grupos sociais e culturais. 
Análise das afirmativas
II. Afirmativa incorreta. Justificativa. O sistema educativo nem 
sempre consegue tornar o currículo efetivo, porque vários 
fatores devem ser levados em conta. A formação e a seleção 
dos professores, a remuneração que eles recebem, o local 
em que o currículo será aplicado e o momento histórico, 
econômico e social em que o currículo será desenvolvido na 
prática interferem decisivamente na concretude do 
currículo. Muitas vezes, a prática do professor em sala de 
aula será diversa daquela que foi planejada no currículo, 
pois suas condições objetivas estarão diferentes das que 
foram originariamente pensadas. 
Análise das afirmativas
III. Afirmativa correta. Justificativa. A inclusão escolar não se 
limita a garantir que o aluno faça matrícula na escola. 
Compreende o ingresso do aprendiz no ambiente de 
educação e também sua permanência durante todos os anos 
necessários para sua formação, além de sua participação 
efetiva e constante nas atividades planejadas pela escola. A 
participação do aluno, a partir de suas vivências e 
experiências de vida, é a única formade analisar se os 
conteúdos escolhidos para aquele currículo estão em 
consonância com a realidade. O respeito às experiências 
e vivências que cada aluno traz para o ambiente escolar é o 
reconhecimento da existência de poderes diversos diluídos 
nas relações sociais, o que permite ao currículo exercer 
a função de atuar nos processos para a inclusão escolar. 
Análise das afirmativas
IV. Afirmativa correta. Justificativa. A sociedade é um campo de 
forças no qual estão em permanente confronto os diversos 
grupos sociais, seus valores, suas escolhas e suas opções. 
A escola não deve reproduzir em seu ambiente esse 
confronto, mas permitir que os distintos grupos sociais se 
manifestem de forma interativa, democrática, para que 
diferentes ideias, valores e escolhas dialoguem. É nesse 
sentido que se pode afirmar que um dos grandes desafios 
da escola é construir o currículo com experiências culturais 
diversificadas, que não reproduzam estruturas da vida 
social em suas assimetrias e desigualdades. 
Indicações bibliográficas
 ARROYO, M. G. Educandos e educadores: seus direitos e o 
currículo. In: ARROYO, M. G. Indagações sobre o currículo, 
educandos e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: 
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. 
 LOPES, A. R. C. Pluralismo cultural em políticas de currículo 
nacional. In: MOREIRA, A. F. B. Currículo: políticas e práticas. 
São Paulo: Papirus, 1999. 
 SOUZA, T. M. L C. O currículo e a cultura. In: Das 1001 noites aos 
200 dias letivos: a representação do livro didático para os 
professores e o currículo necessário ao mundo contemporâneo. 
Rio de Janeiro: Saci, 2009. 
 UNESCO. Organização das Nações Unidas para a Educação, 
Ciência e Cultura. Disponível em: 
<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/>. Acesso em 23 nov. 2015.
INTERVALO
Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014
 O Plano Nacional de Educação (PNE) inclui 20 metas e 
estratégias traçadas para o setor nos próximos 10 anos. 
Entre as metas, está a aplicação de valor equivalente 
a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação pública, 
promovendo a universalização do acesso à educação infantil 
para crianças de quatro a cinco anos, do ensino fundamental 
e do ensino médio. Esse plano também prevê a abertura de 
mais vagas no ensino superior, investimentos maiores em 
educação básica em tempo integral e em educação 
profissional, além da valorização do magistério. 
BRASIL. Conheça as 20 metas definidas pelo PNE. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br>. Acesso 
em 4 jul. 2014 (com adaptações). 
Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014
 A Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o PNE, 
prevê importantes dispositivos, tais como: 
 Art. 5º A execução do PNE e o cumprimento de suas metas 
serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações 
periódicas. 
Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014
 Art. 10 O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os 
orçamentos anuais da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios serão formulados de maneira a assegurar a 
consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as 
diretrizes, metas e estratégias deste PNE e com os respectivos 
planos de educação, a fim de viabilizar sua plena execução. 
 Art. 11 O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, 
coordenado pela União, em colaboração com os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, constituirá fonte de 
informação para a avaliação da qualidade da educação básica 
e para a orientação das políticas públicas desse nível 
de ensino. 
Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014
 Art. 13 O poder público deverá instituir, em lei específica, 
contados 2 (dois) anos da publicação desta Lei, o Sistema 
Nacional de Educação, responsável pela articulação entre 
os sistemas de ensino, em regime de colaboração, para 
efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano 
Nacional de Educação. 
a) Considerando as informações anteriores, conclui-se que o 
PNE possibilita ao país iniciar seu processo de 
desenvolvimento, pois prevê aumento anual de 10% nos 
patamares de aplicação do PIB em educação e sistema de 
monitoramento da aplicação de investimentos, o Sistema de 
Avaliação da Educação Básica, a ser instituído nos próximos 
dois anos. 
Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014
b) Prevê meta de aplicação de 10% do PIB em educação, 
sinalizando que os gestores escolares terão 10 vezes mais 
possibilidades de atingir patamares mais elevados de 
educação nos próximos 10 anos, pois vincula os 
investimentos com a educação aos níveis de 
desenvolvimento do país, aferidos pelo PIB. 
Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014
c) Estabelece que a melhoria da educação básica –
universalização do acesso à Educação Infantil, aumento de 
vagas no Ensino Superior, maior investimento em educação 
em tempo integral e em educação profissional – evidencia a 
base para o desenvolvimento, pois o crescimento econômico 
é o indicador do percentual de recursos do PIB a ser 
aplicado em educação. 
d) Disponibiliza para os gestores escolares o crescimento de 
10% dos investimentos do PIB em educação, ao ano, durante 
os próximos 10 anos e um Sistema Nacional de Avaliação 
para verificar a efetivação de diretrizes e metas dispostas no 
referido Plano.
Questão 7 – questão 32 – ENADE 2014
e) Permite planejar a educação para os próximos 10 anos e 
institui mecanismos de monitoramento e avaliação, tanto da 
execução do Plano como da qualidade da educação, por 
meio do estabelecimento de metas educacionais e definição 
dos investimentos a serem disponibilizados para o alcance 
dessas metas. 
Introdução teórica
O Plano Nacional de Educação (PNE) 
 O Plano Nacional de Educação (PNE) inclui 20 metas e 
estratégias para o setor educacional por dez anos. É o 
documento responsável pelo planejamento da educação até 
2024, já que foi estabelecido em 2014, e institui mecanismos de 
monitoramento e avaliação. Em seu art. 5º, consta que “a 
execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto 
de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas”. 
Introdução teórica
 De acordo com o art. 10, do PNE: “O plano plurianual, as 
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão 
formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações 
orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e 
estratégias deste PNE e com os respectivos planos de 
educação, a fim de viabilizar sua plena execução”. 
Introdução teórica
As 20 metas estabelecidas no PNE 2014 são reproduzidas a seguir. 
 Meta 1: universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola 
para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar 
a oferta de Educação Infantil em creches, de forma a atender, no 
mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) 
anos até o final da vigência deste PNE. 
 Meta 2: universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para 
toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que, 
pelo menos, 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos 
concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de 
vigência deste PNE.
 Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda 
a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, 
até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de 
matrículas no Ensino Médio para 85% (oitenta e cinco por cento). 
Introdução teórica
 Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 
(dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, oacesso à educação básica e ao atendimento educacional 
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, 
com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de 
recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços 
especializados, públicos ou conveniados. 
 Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 
3º (terceiro) ano do Ensino Fundamental. 
Introdução teórica
 Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 
50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a 
atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos alunos 
da educação básica. 
 Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as 
etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da 
aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias 
nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental; 5,5 nos anos finais do Ensino Fundamental; 
5,2 no Ensino Médio. 
Introdução teórica
 Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 
(dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no 
mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência 
deste plano, para as populações do campo, da região de 
menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por 
cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre 
negros e não negros declarados à Fundação Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 
 Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 
(quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e 
cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência 
deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 
50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. 
Introdução teórica
 Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) 
das matrículas de educação de jovens e adultos, nos Ensinos 
Fundamental e Médio, na forma integrada 
à educação profissional. 
 Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional 
técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e, 
pelo menos, 50% (cinquenta por cento) da expansão no 
segmento público. 
Introdução teórica
 Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na Educação 
Superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 
33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 
(vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e 
expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das 
novas matrículas, no segmento público. 
 Meta 13: elevar a qualidade da Educação Superior e ampliar a 
proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo 
exercício no conjunto do sistema de Educação Superior para 
75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 
35% (trinta e cinco por cento) doutores. 
Introdução teórica
 Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-
graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual 
de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) 
doutores. 
 Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) 
ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos 
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III, 
do caput, do art. 61, da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 
1996, assegurado que todos os professores da educação 
básica possuam formação específica de nível superior, obtida 
em curso de licenciatura na área de conhecimento 
em que atuam. 
Introdução teórica
 Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta 
por cento) dos professores da educação básica, até o último 
ano de vigência deste PNE, e garantir a todos os profissionais 
da educação básica formação continuada em sua área de 
atuação, considerando as necessidades, as demandas e as 
contextualizações dos sistemas de ensino. 
 Meta 17: valorizar os profissionais do magistério das redes 
públicas de educação básica, de forma a equiparar seu 
rendimento médio ao dos demais profissionais com 
escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência 
deste PNE. 
Introdução teórica
 Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de 
planos de carreira para os profissionais da educação básica e 
superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o 
plano de carreira dos profissionais da educação básica 
pública, tomar como referência o piso salarial nacional 
profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII, 
do art. 206, da Constituição Federal.
Introdução teórica
 Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para 
a efetivação da gestão democrática da educação, associada a 
critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública 
à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, 
prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. 
 Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública 
de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) 
do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de 
vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por 
cento) do PIB ao final do decênio. 
Disponível em: <http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em 29 dez. 
2016. 
Retomando a questão
 Art. 13 O poder público deverá instituir, em lei específica, 
contados 2 (dois) anos da publicação desta Lei, o Sistema 
Nacional de Educação, responsável pela articulação entre 
os sistemas de ensino, em regime de colaboração, para 
efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano 
Nacional de Educação. 
a) Considerando as informações anteriores, conclui-se que o 
PNE possibilita ao país iniciar seu processo de 
desenvolvimento, pois prevê aumento anual de 10% nos 
patamares de aplicação do PIB em educação e sistema de 
monitoramento da aplicação de investimentos, o Sistema de 
Avaliação da Educação Básica, a ser instituído nos próximos 
dois anos. 
Retomando a questão
b) Prevê meta de aplicação de 10% do PIB em educação, 
sinalizando que os gestores escolares terão 10 vezes mais 
possibilidades de atingir patamares mais elevados de 
educação nos próximos 10 anos, pois vincula os 
investimentos com a educação aos níveis de 
desenvolvimento do país, aferidos pelo PIB. 
c) Estabelece que a melhoria da educação básica –
universalização do acesso à Educação Infantil, aumento de 
vagas no Ensino Superior, maior investimento em educação 
em tempo integral e em educação profissional – evidencia a 
base para o desenvolvimento, pois o crescimento econômico 
é o indicador do percentual de recursos do PIB a ser 
aplicado em educação. 
Retomando a questão
d) Disponibiliza para os gestores escolares o crescimento de 
10% dos investimentos do PIB em educação, ao ano, durante 
os próximos 10 anos e um Sistema Nacional de Avaliação 
para verificar a efetivação de diretrizes e metas dispostas no 
referido Plano.
e) Permite planejar a educação para os próximos 10 anos e 
institui mecanismos de monitoramento e avaliação, tanto da 
execução do Plano como da qualidade da educação, por 
meio do estabelecimento de metas educacionais e definição 
dos investimentos a serem disponibilizados para o alcance 
dessas metas.
Análise da questão
 A – Alternativa incorreta. Justificativa. O PNE não prevê aumento 
anual de 10% nos patamares de aplicação do PIB em educação e 
sistema de monitoramento da aplicação de investimentos. O valor 
de 10% do PIB corresponde à meta mínima de valor investido em 
educação para 2024. 
 B – Alternativa incorreta. Justificativa. A destinação de 10% do PIB 
para investimentos em educação (meta 20 do PNE) nãosignifica 
necessariamente que os gestores terão dez vezes mais recursos 
à sua disposição, pois, para que haja aumento dos recursos 
públicos para a educação, é necessário que o PIB aumente e isso 
depende dos resultados da economia nacional, que nem sempre 
propicia aumento expressivo da produção agropecuária, industrial 
e de serviços. Os gestores poderão dispor de mais recursos 
públicos para a educação pública somente se o PIB crescer no 
período de dez anos do PNE. 
Análise da questão
 C – Alternativa incorreta. Justificativa. A educação de um povo, em 
todos os níveis, é componente essencial para o desenvolvimento 
da nação, mas a melhoria da educação básica por si só não é 
suficiente para promover o crescimento econômico. 
 D – Alternativa incorreta. Justificativa. Da forma como está 
redigida a alternativa, entende-se que o crescimento anual dos 
investimentos em educação será de 10%. No entanto, o PNE prevê 
como meta o investimento mínimo de 10% do PIB em educação em 
2024. Além disso, obviamente, o montante de recursos depende do 
valor do PIB. 
 E – Alternativa correta. Justificativa. Ao estabelecer metas, 
percentuais de recursos econômicos e formas de monitoramento, 
o PNE efetiva o planejamento da educação para os próximos 10 
anos e, com isso, permite que os gestores de todos os níveis 
públicos estejam alinhados na consecução dos projetos que 
viabilizarão o cumprimento das metas.
Indicações bibliográficas
 ALVES, H. E. Plano Nacional de Educação (PNE) – 2014 - 2024. 
Disponível em: 
<http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/4
39/documentoreferencia.pdf>. Acesso em 29 dez. 2016. 
 BRASIL. Plano Nacional de Educação (PNE). Brasília, 2014. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011 
- 2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em 16 nov. 2015.
INTERVALO
Questão 8 – questão 35 – ENADE 2014
 Da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania 
fundamentado no reconhecimento das diferenças e na 
participação dos sujeitos, decorre uma identificação dos 
mecanismos e processos de hierarquização que operam 
na regulação e produção de desigualdades. Essa 
problematização explicita os processos normativos de 
distinção dos alunos em razão de características intelectuais, 
físicas, culturais, sociais e linguísticas, estruturantes do 
modelo tradicional de educação escolar. 
BRASIL, MEC. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008, 
p. 6 (com adaptações). 
 As questões suscitadas no texto ratificam a necessidade de 
novas posturas docentes, de modo a atender a diversidade 
humana presente na escola. Nesse sentido, no que diz respeito 
a seu fazer docente frente aos alunos, o professor deve:
Questão 8 – questão 35 – ENADE 2014
I. Desenvolver atividades que valorizem o conhecimento 
historicamente elaborado pela humanidade e aplicar 
avaliações criteriosas com o fim de aferir, em conceitos ou 
notas, o desempenho dos alunos. 
II. Instigar ou compartilhar as informações e a busca pelo 
conhecimento de forma coletiva, por meio de relações 
respeitosas acerca dos diversos posicionamentos dos 
alunos, promovendo o acesso às inovações tecnológicas. 
III. Planejar ações pedagógicas extraescolares, visando ao 
convívio com a diversidade; selecionar e organizar os 
grupos, a fim de evitar conflitos.
Questão 8 – questão 35 – ENADE 2014
IV. Realizar práticas avaliativas que evidenciem as habilidades 
e as competências dos alunos, instigando esforços 
individuais para que cada um possa melhorar o 
desempenho escolar. 
V. Utilizar recursos didáticos diversificados, que busquem 
atender a necessidade de todos e de cada um dos alunos, 
valorizando o respeito individual e o coletivo. 
Questão 8 – questão 35 – ENADE 2014
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e III. 
b) II e V. 
c) II, III e IV. 
d) I, II, IV e V. 
e) I, III, IV e V. 
Introdução teórica 
Direitos humanos, cidadania e educação inclusiva 
 Muito se fala em direitos humanos, cidadania e inclusão. 
Os discursos, sobretudo os de caráter político ou educacional, 
vêm sendo permeados por frases como “observação dos 
direitos humanos”, “construção da cidadania”, “exercício 
da cidadania”, “políticas de inclusão” etc. 
 A educação precisa ser pensada em consonância com a 
garantia dos direitos humanos, com uma representação de 
sociedade que possa fortalecer a promoção desses direitos 
como dimensão ética. Trata-se de um movimento de saída “de 
si” e de encontro “com o outro”. 
Introdução teórica 
 É necessário, portanto, entender o processo de interação 
social como algo permanentemente conflituoso e compreender 
os fatores que o fazem ser assim. Isso tende a colocar em 
xeque forças diversas, às vezes antagônicas, bem como os 
próprios conceitos de direitos humanos, cidadania e inclusão, 
pois são conceitos que costumam ser interpretados sob uma 
ótica particular de determinado tipo de intervenção humana. 
Introdução teórica 
 Os processos normativos da distinção dos alunos em razão 
de características intelectuais, físicas, culturais, sociais e 
linguísticas, estruturantes do modelo tradicional de educação 
escolar, só podem ser extirpados, ou pelo menos dirimidos, 
com posturas docentes que atendam e valorizem a 
diversidade humana na escola. Para tanto, um professor pode 
utilizar, por exemplo, recursos didáticos diversificados, que 
atendam as necessidades de todos e de cada um dos alunos, 
a fim de valorizar o respeito individual e o coletivo. 
 Com relação àqueles que têm algum tipo de limitação, 
deficiência ou necessidade especial, o processo de inclusão 
escolar tem avançado no país, embora ainda haja muito 
por fazer. 
Introdução teórica 
 Historicamente, um dos maiores desafios para a plena 
inclusão social das pessoas com deficiência foi o acesso ao 
sistema regular de ensino, considerado insatisfatório até por 
muitos daqueles que não apresentam nenhuma necessidade 
especial. Durante longo tempo, foi predominante a ideia de 
que pessoas com alguma condição de deficiência deveriam 
frequentar apenas entidades especializadas e exclusivas para 
elas. Hoje, no entanto, não há dúvidas de que a convivência 
entre os diferentes, entre aqueles com e sem deficiência, é um 
processo positivo e benéfico para todos os envolvidos. 
Introdução teórica 
 O tema da inclusão ainda levanta muita polêmica no Brasil. 
Embora a garantia legal ainda não possibilite que a inclusão 
escolar aconteça de forma integral ou sem dificuldades, o país 
conta com farta legislação a respeito do tema, que garante 
a todas as crianças e a todos os adolescentes com deficiência 
o acesso às salas de aula comuns e criminaliza qualquer 
tentativa de negar a alunos com deficiência matrícula em 
escolas públicas e particulares (artigo 8º, da Lei n. 7.853/89, 
artigo 208, da Constituição Federal, e artigo 24, da Convenção 
sobre o Direito das Pessoas com Deficiência, só para 
mencionar alguns). 
Introdução teórica 
 Ainda existe resistência por parte de pais de alunos com 
deficiência que rejeitam a ideia de matricular seus filhos em 
escolas comuns, pois percebem e apontam as inúmeras 
debilidades do sistema regular de ensino. 
 O professor deve ser o elemento-chave que instiga seus 
alunos e compartilha com eles as informações e a busca do 
conhecimento de forma coletiva, por meio de relações 
respeitosas quanto aos diversos posicionamentos dos alunos, 
promovendo indistintamente, por exemplo, o acesso às 
inovações tecnológicas, o debate, as discussões e a 
participação dos sujeitos envolvidos no processo 
de ensino-aprendizagem.Retomando a questão
I. Desenvolver atividades que valorizem o conhecimento 
historicamente elaborado pela humanidade e aplicar 
avaliações criteriosas com o fim de aferir, em conceitos ou 
notas, o desempenho dos alunos. 
II. Instigar ou compartilhar as informações e a busca pelo 
conhecimento de forma coletiva, por meio de relações 
respeitosas acerca dos diversos posicionamentos dos 
alunos, promovendo o acesso às inovações tecnológicas. 
III. Planejar ações pedagógicas extraescolares, visando ao 
convívio com a diversidade; selecionar e organizar os 
grupos, a fim de evitar conflitos. 
Retomando a questão
IV. Realizar práticas avaliativas que evidenciem as habilidades 
e as competências dos alunos, instigando esforços 
individuais para que cada um possa melhorar o 
desempenho escolar. 
V. Utilizar recursos didáticos diversificados, que busquem 
atender a necessidade de todos e de cada um dos alunos, 
valorizando o respeito individual e o coletivo. 
Retomando a questão
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e III. 
b) II e V. 
c) II, III e IV. 
d) I, II, IV e V. 
e) I, III, IV e V.
 Alternativa correta: B
Análise das afirmativas
I. Afirmativa incorreta. Justificativa. Aferir, em conceitos ou 
notas, o desempenho dos alunos não é, necessariamente, 
um dever do professor. Há outras formas de aferir o 
desempenho. Ademais, em nenhum trecho a questão faz 
referência à avaliação. 
II. Afirmativa correta. Justificativa. De fato, instigar ou 
compartilhar as informações e a busca pelo conhecimento de 
forma coletiva, por meio de relações respeitosas acerca dos 
diversos posicionamentos dos alunos, e promover o acesso 
às inovações tecnológicas são desejáveis como tarefas do 
professor, tanto para seus alunos sem deficiência quanto 
para aqueles que tenham alguma necessidade especial. 
Análise das afirmativas
III. Afirmativa incorreta. Justificativa. Propor atividades 
extraescolares e evitar conflitos são ações que estão fora do 
âmbito de atuação do professor. 
Análise das afirmativas
IV. Afirmativa incorreta. Justificativa. A realização de práticas 
avaliativas não é assunto da questão nem dos documentos 
estudados para esse tema. 
V. Afirmativa correta. Justificativa. Utilizar recursos didáticos 
diversificados, que busquem atender às necessidades de 
todos e de cada um dos alunos e que valorizem o respeito 
individual e o coletivo, é algo correto, que deve permear a 
prática docente. 
 Alternativa correta: B. 
Indicações bibliográficas 
 AZEVEDO, J. M. L. A educação como política pública. 
Campinas: Autores Associados, 1997. 
 BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 2004. 
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 2000. 
INTERVALO
Questão 9 – questão 24 – ENADE 2014
 O trabalho é uma relação social fundamental dos homens com 
a natureza, que leva à criação do indivíduo e da sociedade. 
Essa atividade do homem, em sua apropriação e 
transformação do mundo, é, ao mesmo tempo, processo 
histórico e processo de humanização, desencadeados pela 
dupla relação dos homens com a natureza e entre si. Tendo 
em vista o que se afirma no trecho anterior, avalie as 
asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. O homem é mais que sua individualidade, é ator de mudança 
nas interações sociais. 
PORQUE 
II. A transformação permanente do homem, em seu contato 
com a natureza e com os outros homens, gera a constante 
mudança da sociedade. 
Questão 9 – questão 24 – ENADE 2014
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras 
e a II justifica a I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras 
e a II não justifica a I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira 
e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa 
e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
Introdução teórica
Homem, natureza e trabalho 
 O homem é um ser que trabalha e produz o mundo e a si mesmo. 
O homem trabalha, em princípio, transformando a natureza, ao 
mesmo tempo em que também transforma a si mesmo, 
a sociedade e as relações interpessoais que estabelece. 
Satisfaz, assim, suas necessidades naturais e sociais. 
 Historicamente, o trabalho é uma determinação das forças 
produtivas e, no modo de produção capitalista, existe uma 
relação de antagonismo entre classes sociais com interesses 
opostos, dominados e dominadores, oprimidos e opressores, 
operários e capitalistas. 
Introdução teórica
 O trabalho, que permeia esse atendimento às necessidades 
mais básicas do homem, não pode ser realizado apenas com a 
posse sobre a matéria-prima ou alguma matéria já modificada 
pelo homem. O trabalho engloba os objetos para a realização 
do trabalho, as técnicas, os recursos etc. 
 De acordo com Aranha e Martins (1993), “o trabalho, ao 
mesmo tempo que transforma a natureza, adaptando-a às 
necessidades humanas, altera o próprio homem, 
desenvolvendo suas faculdades. Isso significa que, pelo 
trabalho, o homem se autoproduz”. Pelo trabalho, o homem 
muda as maneiras pelas quais age sobre o mundo e altera sua 
maneira de perceber, de pensar e de sentir. 
Introdução teórica
Ainda de acordo com as autoras, temos o que segue: 
 Por ser uma atividade relacional, o trabalho, além de 
desenvolver habilidades, permite que a convivência não só 
facilite a aprendizagem e o aperfeiçoamento dos 
instrumentos, mas também enriqueça a afetividade resultante 
do relacionamento humano: experimentando emoções de 
expectativa, desejo, prazer, medo, inveja, o homem aprende a 
conhecer a natureza, as pessoas e a si mesmo. O trabalho é a 
atividade humana por excelência, pela qual o homem intervém 
na natureza e em si mesmo. O trabalho é condição de 
transcendência e, portanto, é expressão da liberdade 
(ARANHA e MARTINS, 1993). 
Introdução teórica
 O homem não pode, portanto, ser considerado apenas sob o 
prisma de sua individualidade, mas deve ser considerado um 
ser social que, como tal, é o ator de mudanças nas interações 
sociais. Isso se dá pelo fato de a transformação do homem ser 
permanente, uma vez que ele está em constante contato com 
a natureza e com os outros homens, transformando-os e 
deixando-se transformar por eles, o que representa uma 
ininterrupta mudança da sociedade. 
Retomando a questão
 O trabalho é uma relação social fundamental dos homens com 
a natureza, que leva à criação do indivíduo e da sociedade. 
Essa atividade do homem, em sua apropriação e 
transformação do mundo, é, ao mesmo tempo, processo 
histórico e processo de humanização, desencadeados pela 
dupla relação dos homens com a natureza e entre si. Tendo 
em vista o que se afirma no trecho anterior, avalie as 
asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. O homem é mais que sua individualidade, é ator de mudança 
nas interações sociais. 
PORQUE 
II. A transformação permanente do homem, em seu contato 
com a natureza e com os outros homens, gera a constante 
mudança da sociedade. 
Retomando a questão
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras 
e a II justifica a I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras 
e a II não justifica a I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira 
e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa 
e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
Análise das asserções 
I. Asserção correta. Justificativa.O homem é também resultado 
das relações que estabelece com outros e com o ambiente 
em que vive e é agente nas transformações sociais. 
II. Asserção correta. Justificativa. O trabalho do homem 
transforma a natureza e a sociedade. De acordo com 
Aranha e Arruda (1993), “o trabalho, ao mesmo tempo 
que transforma a natureza, adaptando-a às necessidades 
humanas, altera o próprio homem, desenvolvendo suas 
faculdades. Isso significa que, pelo trabalho, o homem 
se autoproduz”. 
Assim, as asserções I e II estão corretas e a asserção II justifica a 
I, pois o homem é ator social na medida em que produz trabalho. 
 Alternativa correta: A
Indicações bibliográficas 
 ALVES, G. O novo (e precário) mundo do trabalho: 
reestruturação produtiva e crise do sindicalismo. São Paulo: 
Boitempo, 2000. 
 ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução 
à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.
 VÁSQUEZ, A. S. Filosofia da práxis. São Paulo: Expressão 
Popular, 2007. 
Questão 10 – questão 26 – ENADE 2014
 Uma professora chega, cumprimenta seus alunos e pede que 
organizem as mesas e as cadeiras em roda, pois vão começar 
a aula discutindo uma notícia. Em primeiro lugar, a professora 
verifica se estão todos ali. Uma aluna diz que algumas 
pessoas chegarão atrasadas por causa da chuva forte que 
caiu, mais uma vez, à tarde. A professora, então, explica ao 
grupo que a notícia que trouxe é exatamente sobre as chuvas 
que têm castigado as pessoas da cidade. Ela começa por 
perguntar se, entre os alunos, há alguém que tenha sofrido 
com a chuva. Vários alunos passam a dar seus depoimentos, 
falando sobre problemas com o trânsito e com as enchentes. 
Questão 10 – questão 26 – ENADE 2014
 A partir daí, a professora convida os alunos a pensar sobre as 
causas das enchentes: falam de lixo, entupimento de bueiros 
e canalização de rios. No final da aula, ela lê a notícia que 
trouxe e pede que cada um escreva um pequeno texto 
comentando o que pode ser feito para diminuir o problema 
das enchentes. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>. Acesso em 30 jul. 2014 (com adaptações). 
Questão 10 – questão 26 – ENADE 2014
 Pela descrição da aula da professora, infere-se que sua 
prática é condizente com a concepção de aprendizagem 
apresentada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). 
Com base nas informações apresentadas, avalie as 
afirmações a seguir. 
I. O tema apresentado pela professora faz parte dos 
conteúdos de Ciências e as atividades propostas por ela 
estão restritas ao âmbito dessa disciplina. 
II. A prática da professora incorpora a compreensão de que o 
aluno é alguém que tem o que dizer e que a sala de aula é 
espaço de construção compartilhada de conhecimentos. 
Questão 10 – questão 26 – ENADE 2014
III. A atividade proposta revela o compromisso da professora 
com o desenvolvimento de competências dos alunos, pois 
ela considera os conhecimentos prévios e os amplia. 
IV. A professora seleciona os conteúdos e as atividades, 
relacionando-os, em uma perspectiva interdisciplinar, às 
vivências a que os alunos são expostos em 
seu universo cultural. 
Questão 10 – questão 26 – ENADE 2014
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) I, III e IV. 
e) II, III e IV. 
Introdução teórica 
Interdisciplinaridade 
 Interdisciplinaridade é um conceito que serve para qualificar 
o procedimento pedagógico que é comum a duas ou mais 
disciplinas ou a mais de um ramo do conhecimento. Dito de 
um modo muito simplificado, interdisciplinaridade é o 
processo de ligação entre disciplinas. Na área pedagógica, um 
planejamento interdisciplinar se dá quando duas ou mais 
disciplinas relacionam seus conteúdos para aprofundar 
conhecimentos e levar dinâmica ao ensino. 
Introdução teórica 
 A interdisciplinaridade não dilui as disciplinas; ao contrário, 
a interdisciplinaridade as reforça e mantém sua 
individualidade. A interdisciplinaridade integra as disciplinas 
ou os diversos ramos do conhecimento a partir da 
compreensão das múltiplas causas ou fatores que intervêm 
sobre certa realidade, trabalhando todas as linguagens 
necessárias para a constituição de conhecimentos, 
comunicação e negociação de significados e registro 
sistemático dos resultados (BRASIL, 1999). 
Introdução teórica 
 No âmbito escolar, a interdisciplinaridade pode fazer parte de 
um grande projeto, entre dois ou mais professores, mas 
também pode ser a tarefa de um professor só. No caso de um 
professor de Química, por exemplo, é possível que ele resolva 
ensinar a composição de vários materiais de uso frequente dos 
pintores. Então, podem ser incluídas na atividade pesquisas a 
respeito de história da arte, dos pintores importantes e de suas 
nacionalidades, atividade que uniria Química, História, 
Geografia e Artes. 
Introdução teórica 
 Exemplo semelhante é o da professora que chegou à sala e, 
após cumprimentar seus alunos, começou a aula com a 
discussão de uma notícia. A partir da realidade dos alunos, 
começaram a dialogar sobre o problema dos atrasos dos 
alunos por causa das chuvas que castigam a cidade, a 
frequência dessas chuvas, os horários habituais das 
precipitações, as causas das enchentes como o descarte 
incorreto de lixo, que provoca o entupimento dos bueiros, a 
canalização de rios, que aumenta a impermeabilização do solo 
das cidades etc. 
Introdução teórica 
 Nessa atividade da professora em questão, os fundamentos 
nos quais a aula se baseia possibilitam entender que a 
interdisciplinaridade é muito mais do que uma simples 
integração de conteúdos e que a relação entre os conteúdos 
disciplinares é a base para um ensino mais engajado e 
atraente, no qual uma matéria auxilia a outra. Os alunos têm 
voz, o conhecimento é construído de maneira compartilhada, 
o que desenvolve competências nos alunos, que têm suas 
vivências compartilhadas e valorizadas em seu 
universo cultural. 
Retomando a questão
 Pela descrição da aula da professora, infere-se que sua 
prática é condizente com a concepção de aprendizagem 
apresentada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). 
Com base nas informações apresentadas, avalie as 
afirmações a seguir. 
I. O tema apresentado pela professora faz parte dos 
conteúdos de Ciências e as atividades propostas por ela 
estão restritas ao âmbito dessa disciplina. 
II. A prática da professora incorpora a compreensão de que o 
aluno é alguém que tem o que dizer e que a sala de aula é 
espaço de construção compartilhada de conhecimentos.
Retomando a questão
III. A atividade proposta revela o compromisso da professora 
com o desenvolvimento de competências dos alunos, pois 
ela considera os conhecimentos prévios e os amplia. 
IV. A professora seleciona os conteúdos e as atividades, 
relacionando-os, em uma perspectiva interdisciplinar, às 
vivências a que os alunos são expostos em 
seu universo cultural. 
Questão 10 – questão 26 – ENADE 2014
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) I, III e IV. 
e) II, III e IV. 
Análise das afirmativas 
I. Afirmativa incorreta. Justificativa. O tema apresentado pela 
professora não faz parte apenas dos conteúdos de Ciências. 
As atividades propostas por ela são interdisciplinares, não 
estão restritas ao âmbito de uma única disciplina. O debate, 
a exposição de ideias e o pequeno texto produzido pelos 
alunos quanto ao que pode ser feito para diminuir 
o problema das enchentes podem ser trabalhados como 
atividades de Língua Portuguesa, por exemplo. 
II. Afirmativa correta. Justificativa.A prática da professora abre 
espaço para que os alunos comentem suas próprias 
experiências e visões de mundo, o que revela a 
compreensão de que o aluno é alguém que tem o que dizer e 
que a sala de aula é espaço de construção compartilhada 
de conhecimentos.
Análise das afirmativas 
III. Afirmativa correta. Justificativa. A partir dos conhecimentos 
prévios dos alunos, a professora desenvolve o tema, 
ampliando a visão deles. 
IV. Afirmativa correta. Justificativa. A professora não limitou 
o assunto a uma única disciplina ou à mera exposição de 
conteúdos. Ela selecionou os conteúdos e as atividades e os 
relacionou, sob o prisma da interdisciplinaridade, às vivências 
a que os alunos são expostos em seu universo cultural.
 Alternativa correta: E
Indicações bibliográficas 
 BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Básico. 
Ministério da Educação. Brasília, 1999.
 FAZENDA, I. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 
4. ed. Campinas: Papirus, 1999. 
ATÉ A PRÓXIMA!

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