Breve contexto histórico da URSS

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Breve contexto histórico da URSS
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas fora inicialmente apenas um partido dos bolcheviques criado por Vladimir Lenin em 1922, numa tentativa de implantação do Socialismo em larga escala, após a Revolução Russa de 1917, com a união das seguintes repúblicas: 
Rússia;
Moldávia;
Ucrânia;
Bielo-Rússia;
Báltico;
Cáucaso e;
As repúblicas da Ásia Central. 
 A União Soviética se tornou um bloco socialista – um país propriamente dito, com o mesmo sistema sócio-econômico, o mesmo representante político - liderado pela Rússia, e que combateu a polaridade capitalista comandada pelos Estados Unidas da América, durante a Guerra Fria até 1991. Após o desmembramento da URSS surgiu a CEI (Comunidades dos Estados Independentes). 
A história do partido bolchevique nos ensina que o triunfo da revolução proletária, o triunfo da ditadura do proletariado é impossível sem um partido revolucionário do proletariado, livre de oportunismo, e intransigente diante dos oportunistas, e revolucionário diante da burguesia e do poder de seu Estado.
Cenário sócio econômico da União Soviética
Durante os setenta e quatro anos da URSS, houve vários governantes e cada qual com seu período econômico, histórico e metas a atingir. Portanto, é imprescindível que seja retratado um por um para melhor compreensão.
Governo de Lenin (1917-1924): após alcançar o poder, o revolucionário criou o Conselho Supremo da Economia Nacional, o Vesenkha. Este órgão havia amplos poderes econômicos, e com isso, nacionalizou indústrias e bancos, controlou as terras agrícolas, estabeleceu um forte controle político e econômico, e consequentemente com os ideias marxistas, os operários poderiam participar na gestão das indústrias em que trabalhavam, tudo com o intuito de implantar um sistema socialista e proletário, impedindo importações e investindo no sistema produtor de base, sem a distinção de classes sociais, e a participação de todos não apenas da burguesia. 
Mas com seu governo abalado por conflitos internos da contra reforma, Lenin se deparou com um país completamente desgastado pelo atraso e pela guerra, e para que a situação fosse solucionada, anunciou um novo pacote de ações que integraria a chamada Nova Política Econômica (NEP), extinguindo o Vesenkha. Essa nova política permitiu que algumas práticas capitalistas fossem praticadas a fim de aquecer a economia do país, e felizmente, em curto prazo, as liberdades oferecidas conseguiram projetar a recuperação econômica do país.
Governo de Stalin (1924-1953): com o falecimento de Lenin, houve uma luta interna pelo poder que se estabeleceu entre Stalin e Trotski, ocasionando com a vitória de Stalin. 
Em seu governo, implantou um regime ditatorial expandindo a ação repressiva do Estado. Para ele era necessário que além das atividades de produção e consumo, também era preciso que as manifestações sociais, políticas, artísticas e religiosas passassem sob o seu rígido controle, transformando a sociedade soviética em uma era sombria e excluída do resto do mundo. Também eliminou a NPE, fazendo retornar o Vesenkha.
 A política econômica de Stálin empreendeu a coletivização das propriedades agrárias com a criação de propriedades estatais, e propriedades coletivas. Também, incentivou o desenvolvimento de indústria de base a partir do financiamento dos setores de educação e tecnologia, colocando a URSS em uma posição de admiração pelos governantes do ocidente. 
No período da Segunda Guerra Mundial, o regime stalinista teve que combater a oposição dos regimes nazi-fascistas que eram contrários ao comunismo e o socialismo. Possuindo com parte decisiva a participação nos destinos deste conflito internacional, o governo soviético se consolidou no cenário político instaurando várias zonas de influência política, ideológica e econômica com a instalação da ordem bipolar.
Governo de Kruschev (1953-1965): o período é denominado “a desestalinização do sistema”, pois Kruschev iniciou um processo de liberalização do regime com fim da burocratização, direção de áreas econômicas por conselhos locais, maior produtividade, rápida urbanização, aumento das áreas cultivadas e grande desenvolvimento tecnológico no setor espacial. Contudo, as mudanças apontavam o fim do sistema de planificação global, pois Kruschev iniciou uma reforma para descentralizar e liberar a atividade econômica para o sistema livre de mercado a determinados setores da economia. Foi a partir desta reforma que não se pode mais falar de um socialismo de essência pura, e sim em um sistema híbrido, o neo-socialismo, sendo parte conduzido pelo Estado e outra parte pelo regime de mercado e sistema de preços – caracteres do sistema capitalista.
Com esta política, diminuiu o poder da polícia, fechou campos de trabalhos forçados e denunciou, no XX Congresso do PCUS em 1956, os abusos e crimes cometidos durante a ditadura de Stalin.
OBS.: Um fato importante na história foi à construção do muro de Berlim motivado pelo interesse da União Soviética em impedir fugas para o lado capitalista de Berlim, na noite de 12 para 13 de agosto de 1961, ergueram uma cerca de arame farpado e postos de vigia entre os dois lados da cidade alemã. Essa cerca, posteriormente foi substituída por um muro de alvenaria. Assim nascia o muro de Berlim, principal símbolo da Guerra Fria. E lembrando que também foi no governo de Kruschev que houve a primeira exploração espacial.
Governo de Brejnev (1965-1985): com o afastamento de Kruschev, Brejnev assumiu o poder, reestabelecendo o retorno da burocratização, do centralismo político-administrativo e da repressão aos contrários a política governamental – típicas características do velho governo stalinista. Com estas mudanças, o governo foi denominado por “militarização da União Soviética”. 
Com a corrida nuclear e potencialização militar entre Estados Unidos e URSS, Brejnev se envolveu intensamente com a indústria bélica, deixando de lado os investimentos finalísticos sociais essenciais para o bem estar da população soviética. Com isso, os soviéticos passam por uma forte crise de abastecimento, com a falta de produtos básicos à subsistência. No entanto, a estrutura neo-socialista nada sofreu em sua gestão.
Governo de Gorbatchev (1985-1995): Com a morte de Brejnev, e sucessivamente de dois outros sucessores (Tchernenko e Andropov), Gorbatchov foi nomeado dirigente máximo da URSS. Em sua política interna, iniciou várias reformas estruturais conhecidas como Perestroika (reestruturação) e Glasnost (transparência). A partir de sua ascensão, a União Soviética experimentou uma fase de transição rumo a uma nova ordem política, ao modelo de economia de mercado e a uma nova orientação nas relações internacionais. Com as reformas liberalizantes, surgiram na URSS as organizações políticas e sindicais independentes e o pluripartidarismo. Gorbatchev mostrava-se um defensor do estatismo socialista e do igualitarismo econômico, mas afirmava também que seria bem-vinda a iniciativa empreendedora de cada cidadão. Segundo ele, o Estado não deveria ser um obstáculo para o progresso individual. No entanto, suas propostas eram consideradas muito avançadas dentro da própria União Soviética. 
Porém, sua forma de governar não agradou a maioria, tendo como consequência opositores de idéias que pregavam a volta da planificação global, que deram um golpe de Estado em Gorbatchev tirando-o do poder, e sucessivamente seu maior opositor Boris Yeltsen assumiu o poder. Neste meio tempo, as repúblicas do Báltico conquistaram a independência. Nos meses seguintes, todas as repúblicas soviéticas seguiram o mesmo caminho, assim desintegrando a União Socialista Soviética, e posteriormente surgindo a CEI, cujo principal objetivo era desenvolver um sistema econômico e de defesa entre os países integrantes, agora independentes.
Conclui-se que o cenário sócio-econômico da União Soviética oscilou em cada período de governo, sendo primordialmente almejado a planificação econômica com a implantação do socialismo, no qual sóEstado controla as diversas funções estatais, econômicas e jurídicas, para que não houvesse a desigualdade de renda, e também não mais privilegiando a burguesia.
No entanto, houve períodos de fortes ditaduras e outros com maior abertura, o que ocorreu no governo de Kruschev que descaracterizou a essência pura do socialismo.
Por fim, no período do governante Gorbatchev, idealizou para que a URSS tivesse um desenvolvimento a economia deveria ser aberta para o mundo ocidental, com características capitalistas. Porém, Boris difundiu a corrente para a retomada inicial do revolucionário Lenin, assim, houve uma quebra na união dos países, ocasionando a dissolução da URSS.